- Hey cachorrinha, vamos até a sala de química? - No corredor Laito passou o braço em volta dos meus ombros.
- Sim... - falei um pouco desconfiada e continuei caminhando ao seu lado até o laboratório.
- Conto com você, "Aiko-chan" - Ele imitou a voz da Yui sussurrando em meu ouvido, eu me arrepiei de leve e assenti.
- Hm... - Entrei na sala e ele me puxou até o final da sala no canto, o mais escondido possível.
As mesas são divididas em trio, todos na sala já tinham sua equipe, o último a chegar na sala se sentou ao meu lado esquerdo, e eu tive que ficar entre Laito e Kanato, ambos sorriram para mim e eu engoli em seco, sinto que não vou sair inteira dessa aula.
- Estou ansioso para trabalhar com você - Kanato falou arrastado.
A aula começou tranquila, o professor começou a passar explicação no quadro negro ignorando todos na turma, todos estavam interessados em copiar a meteria e eu não me sentia nada segura.
Laito me ignorou por um certo tempo, até seu lápis de enfeite caiu perto de mim, não me incomodei, não maldei quando ele se abaixou para pegar o lápis, até sentir ele passar o lápis na minha perna até minha coxa, fechei minhas pernas involuntariamente e corei.
- Abra as pernas cachorrinha, vou fazê-la gostar do que posso fazer... - Ele afastou minhas pernas e eu as fechei novamente.
- Laito-kun estamos na classe! - Falei nervosa empurrando a mão dele da minha perna.
- Vai cachorrinha, ninguém está nos vendo, vamos brincar um pouquinho - Ele segurou uma mão minha e passou sua outra mão por debaixo da minha saia.
- Isso não é justo, eu também quero provar a Aiko-chan... - Kanato segurou minha mão e levou meu pulso aos seus lábios.
- Por favor... Me soltem... - Tentei me soltar sem chamar a atenção de ninguém na sala.
- Você não vai contar pra ninguém, não é Aiko-chan? - Kanato sussurrou e mordeu meu pulso, engoli em seco e abafei um gemido de dor.
- Vou fazer você ter prazer ao sentir minhas presas em você, tente não gritar muito alto, você não quer que todos te vejam nesta forma deplorável não é? - Laito puxou meu cabelo, fazendo minha cabeça tomar para trás e lambeu meu pescoco, ele prendeu minha outra mão entre suas pernas e com sua mão livre ele me tocou por cima da minha calcinha.
- Me soltem! - Falei baixo lutando contra eles e me contorcendo na cadeira.
- Fique quietinha cachorrinha, eu prometo que você vai gostar do que vai acontecer - Ele lambeu novamente meu pescoço antes de morder no locar e penetrou um dedo em mim ao mesmo tempo.
Soltei um gemido abafado e sinto as lágrimas em meu rosto, foi essa sensação que senti em minha memória perdida, isso já aconteceu antes, eu me senti suja como estou me sentindo agora, eles são escuridão, e estão se intensificando em mim.
Eu não posso. Mas gosto disso.
Alguns minutos depois, Kanato estava tapando minha boca para não gritar, eu sinto o toque de Laito, mas meus pensamentos estão em outra pessoa, e então depois de no máximo dez minutos o sinal tocou e todos começaram a arrumar suas coisas.
- Você tem o sangue tão diferente cachorrinha, chega ser um vicio... - Laito lambeu meu pescoço onde senti escorrer meu sangue.
- Vamos fazer isso outra vez não é, Aiko-chan? - Kanato lambeu seus lábios sorrindo assustador.
Senti meu corpo cansado e me permiti deitar a cabeça em minha mesa, muito do meu sangue havia sido sugado naquele período de tempo, e como Laito disse, eu quase não tinha reparado.
Ouvi os dois se levantarem e sair rindo, fechei meus olhos exausta, não sabia quanto tempo havia se passado, mas parecia ser bem pouco, quando senti alguém se sentar ao meu lado, ele segurou meu rosto e me virou para ele, minha visão está tão embaçada que não pude ver seu rosto perfeitamente bem, mas ele tinha as mãos gentis.
- Aiko-chan, aguenta só mais um pouco, eu prometo que vou te salvar - Ouvi o barulho de mordida e fiquei agitada com medo. - Está tudo bem, eu estou aqui... - Ele aproximou seu rosto do meu e me beijou, nesse beijo ele me fez beber o sangue de sua boca.
Eu queria poder conseguir olhar a primeira pessoa que me tratou tão delicadamente, mas estou tão fraca que só pude ver seus olhos castanhos, estiquei braço com a mão trêmula e toquei seu rosto, pude senti-lo sorrir e me abraçar.
- Eu prometi que te salvaria, só preciso de um pouco mais de paciência... - Ele sussurrou em meu ouvido e foi o suficiente para me fazer adormecer.
Só consegui memorizar seu cheiro familiar de grama molhada recém cortada e alecrim.
Acordei um tempo depois nos braços de Reiji, olhei em volta e percebi que ele estava andando em direção ao carro.
- Reiji-san? - Minha voz saiu fraca e ele me olhou.
- Realmente, você só atraí problemas - Ele me levou até o carro e entrou comigo no colo.
- Sinto muito... - Deitei a cabeça em seu ombro e adormeci novamente.
Despertei depois em um sofá, olhei ao redor novamente e notei que estava em um tipo de escritório/laboratório ou biblioteca, me sentei e cocei os olhos.
- Finalmente acordou - Ouvi Reiji atrás de mim, quando me virei vi o mesmo sentado à mesa tomando chá.
- Sim... - Me levantei.
- Achei uma coisa que pode despertar algumas memórias suas. - Ele se levantou também é foi até uma mesa com objetos de laboratório, pegou um frasco com um líquido azul e trouxe até mim.
- É só beber? - Quando fui pegar o frasco de sua mão e puxou novamente.
- Não, você tem que estar inconsciente para isso fazer efeito, o que significa que que eu posso fazer você desmaiar de uma forma muito dolorosa ou posso beber seu sangue até que esteja totalmente inconsciente. - Ele explicou rapidamente.
- Certo... - Afrouxei o laço do meu uniforme, desabotoei alguns botões da minha blusa, abaixei-a um pouco deixando meus ombros expostos e prendi meu cabelo em um coque.
- Se eu te morder, também terei acesso as suas lembranças. - Ele afirmou e eu assenti, quando fui pegar o frasco de sua mão novamente ele puxou novamente e bebeu tudo.
- Reiji-san?! - Repreendi nervosa, não sobrará nada para mim. Esse não era o plano.
Ele colocou sua mão em minha cintura e me puxou contra si, ele aproximou o rosto do meu e me beijou, nisso ele me fez beber o líquido de sua boca, logo intensificou o beijo enquanto me empurrava para trás até eu cair sentada no sofá, ele não parou o beijo, só apoiou o joelho dobrado entre minhas pernas enquanto me inclinava no sofá e foi se deitando por cima de mim.
Já deitada no sofá que quase não cabia nós dois, Reiji parou o beijo e se afastou só o suficiente para chegar ao meu pescoço, então ele me mordeu.
Gemi de dor e fechei os olhos inclinando a cabeça pro lado, suspirei quando comecei a me sentir fraca novamente, finalmente posso me lembrar quem sou eu de verdade.
#Flashback
- Aiko-san! Fuja! - Ouvi um guerreiro gritar.
- Não! Não posso deixá-los aqui! - Rebati escutando os soldados cavalgando em direção ao nosso esconderijo.
- Você tem que vir, se não todos terão morrido em vão. - Saitou falou firme e eu assenti com lágrimas nos olhos, comecei a correr com ele por uma trilha na floresta que daria até nossos cavalos. - Aqui pequeno anjo. - Ele montou em seu cavalo e me ajudou a montar com ele. - Segure firme!
Cavalgamos a noite toda neste dia, estávamos exaustos e não tínhamos para onde ir, o peso daquelas mortes em minha consciência me deixava culpada.
- Vamos acampar aqui está noite. - Saitou desceu do cavalo e em seguida me ajudou.
- Obrigada... - Me sentei no chão.
Ainda naquela noite um exército de sobrenaturais nos cercou, disseram que podiam me ajudar, nos levaram para um laboratório que fazia pesquisas sobre seres sobrenaturais, disseram que nunca havia visto um anjo, eles arrancaram algumas penas de minhas asas, abriram minha cabeça para procurar qualquer irregularidade, e para saber mais sobre meus dons.
Anos se passaram e as pesquisas apenas se intensificaram, judiaram do meu corpo, todo esse tempo eu não tive contato com mais nenhum ser vivo, até que eu paralisei, não falava, não dormia, não comia, por conta disso pararam e me mandaram para uma instituição diferente, lá começaram a me dar choques, os enfermeiros me tocavam e judiavam de mim, quando estava começando a voltar a mim de novo comecei a conhecer outras pessoas dessa instituição, talvez isso tenha me salvado.
Ele me salvou uma vez, e voltou para me salvar de novo.
#Flashback
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