Fiquei um bom tempo sentada olhando o lago, minhas lágrimas já haviam secado, não sei quanto tempo se passou, minhas pernas estavam dormentes, ouvi um barulho nas folhas e me virei rapidamente.
- Yuma? - Chamei olhando para a floresta, mas vi Shu vir em minha direção e não consegui disfarçar meu desapontamento.
- Estão todos te procurando. - Falou com a voz arrastada.
- Sinto muito... - Abaixei a cabeça e ele se sentou ao meu lado.
- Pelo que? - Ele se deitou e fechou os olhos.
- Por sumir de repente... - Abracei meus joelhos ficando em posição fetal.
- Ah isso... - Ele resmungou e me olhou. - Quem é Yuma? - Perguntou com desdém.
- Uma pessoa importante que me lembrei... - Omiti um pouco.
- E por que ele estaria aqui? - Questionou e eu desviei o olhar.
- Porque ele disse que me salvaria... - Sussurrei mais para mim do que para ele.
- E do que exatamente você precisa ser salva? - Ele se sentou novamente ao meu lado.
- De mim mesma... - falei sincera.
- Pensei que diria que precisava ser salva de nós... - Afirmou.
- Na verdade não me sinto segura com os trigêmeos, mas não é tão ruim, e o Subaru vem me ignorado recentemente... - Desabafei distraída.
- Então eu e o Reiji não somos ameaça para você? - Observou interessado.
- Na verdade, vocês são os que eu mais confio... - Sorri sincera.
- Não me trate como seu amigo. - Ele me empurrou pro chão e se deitou em cima de mim segurando meus pulsos contra a grama macia.
- O que quer que eu faça? - Sussurrei confusa olhando em seus olhos.
- Você não vai fazer nada. - Ele aproximou seu rosto do meu e me beijou intensamente.
Retribui da mesma forma, ele soltou uma mão minha e passou a mão por baixo da minha blusa, segurei sua nuca e aprofundei o beijo quando senti ele apertar meu seio.
- Shu-san... - Gemi baixo contra sua boca e ele mordeu meu lábio, fazendo-o sangrar um pouco, penso se essa é uma maneira de beijar uma garota e sugar seu sangue ao mesmo tempo, admito ser bem prático.
- Aiko, seja minha... - Ele falou entre o beijo e começou a desabotoar minha blusa.
- Que deselegante. - Reiji apareceu de pé atrás de nós e Shu interrompeu o beijo.
- Você não é bem vindo aqui - Shu falou ríspido sem sair de cima de mim.
- Quantas vezes ela terá que te rejeitar para o mimadinho finalmente aprender o que significa um "não"? - Reiji me puxou para ficar de pé com facilidade.
- Por favor... Não briguem - Gaguejei um pouco nervosa, é culpa minha, o que eu estava pensando?!
- Ela não estava me rejeitando antes de você chegar - Shu se sentou e ajeitou seu cabelo.
- Você... - Reiji pegou Shu pela gola da camisa. - Não toque nela. - Falou ríspido
- Reiji-san!! - Puxei seu braço mas ele me empurrou para trás abruptamente.
- Ela não é seu brinquedinho particular. - Rebateu Shu despreocupado.
- Ora seu... - Reiji deu um soco no rosto de Shu.
- Por favor parem!! - Gritei nervosa mas já era tarde, Reiji jogou Shu no chão e chutou sua barriga.
- Você é uma pessoa insignificante. - Falou Reiji com expressão de nojo.
Não aguentando mais isso, liberei minhas asas e peguei impulso para voar rápido céu acima. Olhei para baixo e vi Reiji me olhar com raiva e Shu me olhar surpreso e admirado.
Olhei pra frente e voei pra longe, fiz Reiji ficar com raiva de mim e eu não entendo, não deixei Shu me morder, pelo menos não diretamente, por que eles estão brigando por algo que só aconteceu?
Eu sempre gostei da noite, o vento gelado e o brilho ofuscante da lua, mas ao leste alguns raios de sol apareciam... Faz tempo que não sinto o sol quente em meu rosto, um dia fora da mansão Sakamaki não faz mal algum certo.
Voei por entre as montanhas e não demorou muito para o sol nascer, fechei os olhos e respiro ar puro, tão limpo que doía meus pulmões, se é que isso é possível.
- Reiji-san baka, Shu-san baka... São tão confusos - Resmunguei e me sentei na beirada de um precipício.
- Isso aqui é tão lindo! - Balancei minhas pernas sorrindo olhando a vista, alguns corvos voavam na mesma direção que vendo, vindo direto em minha direção e passaram por mim.
Sorri e acompanhei os corvos com o olhar, de alguma forma eles me lembram os Sakamaki, abri os braços e me joguei do precipício, na metade da queda eu voltei a voar para longe com uma grande gargalhada, isso é tão bom!
Quando anoiteceu, dei-me por vencida e voei de volta pra mansão, estava exausta, mas incrivelmente feliz, recolhi minhas asas e entrei na casa.
- Então você voltou - Subaru estava na sala de star sentado na janela olhando pra fora.
- Sim... - Observei ele.
- Péssima escolha. - Falou e saiu da sala de star voltando a me ignorar, suspirei e voltei a andar.
- Então nossa cachorrinha está brincando com os sentimentos dos nossos irmãos mais velhos, huh? - Laito apareceu subitamente ao meu lado, mordeu de leve meu pescoço e eu me encolhi.
- Eu não estou fazendo isso - Me defendi, mas será que é isso mesmo? Mas como assim sentimentos? O que eles sentem de verdade?
- Eu não estou te acusando de nada cachorrinha, mas devia tomar cuidado - Ele riu malicioso e sumiu tão rápido quanto apareceu.
- Aiko-chan!! Eu fiquei tão preocupada! - Yui apareceu com Ayato logo atrás de você e me abraçou forte.
- Desculpe te preocupar assim Yui-chan - Sorri feliz e segurei as mãos dela.
- Não me deixe mais assim, Aiko-nee-chan - Ela sorriu fofa e eu arregalei os olhos surpresa.
- Nee-chan? - Sorri ainda mais e ela corou e se afastou de mim.
- Desculpe... - Ela olhou suas mãos sem graça.
- Tudo bem, achei mega fofo, Yui-nee-chan! - Ri de leve e a abracei.
- Tsc... Que chatice - Ayato deu meia volta e saiu da sala sozinho, nós rimos e nos afastamos.
- Nos falamos depois Aiko-nee-chan! - Ela se despediu e foi atrás do Ayato.
- Aiko, podemos conversar na minha sala? - Reiji apareceu atrás de mim e eu me virei surpresa.
- Claro! - Gaguejei um pouco nervosa.
Ele assentiu dando meia volta e caminhou em direção à sua sala e eu o segui. Quando chegamos na sala nós entramos e ele fechou a porta e trancou, o barulho do trinco me fez sentir um frio no estômago.
- Pode se sentar. - Falou sério e eu me sentei de costas para ele.
- Desculpe ter sumido tão de repente. - Falei rapidamente tentando aliviar o nervosismo.
- Não é por isso que te chamei aqui. - Ele deu a volta e finalmente entrou me meu campo de visão.
- Se é sobre o Shu, eu... - Fui interrompida de imediato.
- Não quero ouvir o nome daquele mimado! - Falou ríspido e eu assenti e olhei minhas mãos em meu colo. - Eu realmente não gostei de vê-lo te tocar daquele jeito. - Falou possessivo se aproximando de mim e levantou meu queixo, seu rosto estava perto demais do meu.
- E-eu não sei o que pensar... - Falei baixo corando.
- Eu não vou deixá-lo genhar você, você é minha! E eu não vou abrir mão disso! - Ele se ajoelhou em minha frente, me abraçou e deitou o rosto em meu colo, nunca vi Reiji tão vulnerável.
- Reiji-san? - Chamei seu nome surpresa.
- Só eu te conheço de verdade, eu vi sua forma real, eu quero te ver por inteira, te ter por inteira e vou fazer isso acontecer. - Falou determinado e pude sentir um frio bom na barriga, sorri de lado e passei a mão por seu cabelo.
- Certo... - Senti meu coração bater rápido.
Eu me pergunto como foi a infância dele, para ele ser assim, como foi sua criação, agora pensando bem, não sei nada sobre nenhum deles, queria perguntar sem ser indelicada.
- Reiji-san? - Levantei seu rosto e ele me olhou confuso, eu sorri e beijei ele.
Ele me mostrou seu lado vulnerável e eu achei encantador, fico curiosa para saber como ele é realmente sem estar tão sério como quando ele está com todos os outros.
Durante o beijo fui tirando seu blazer e puxando-o para deitar comigo no sofá, ele tirou os óculos deixando-o de lado e voltou a me beijar. Ele apertou minha cintura contra ele enquanto eu ia desabotoando sua camisa.
Sempre quis bagunçar ele, que anda todo formal, gosto de saber que comigo ele pode ser ele mesmo, sem toda a pose de certinho, me pergunto se faríamos uma boa dupla.
Abri seu cinto e empurrei sua calça tirando-a com os pés, desci meus beijos por sua clavícula enquanto ele tirava minha saia e calcinha ao mesmo tempo.
Me sinto tão pequena assim, em baixo dele, mas ao mesmo tempo me sinto bem e desejada em seus braços, eu gosto de sentir isso, essa euforia.
Após despimos um ao outro, aproveitei suas carícias por meu corpo, ele se pôs entre minhas pernas e passou sua glande em minha intimidade e gemi por mais.
Seu cheiro impregnado em mim era novidade, meus seios nus contra ele me fazia sentir prazer antes mesmo de senti-lo em mim, era o que eu mais desejava.
Sem mais delongas ele me penetrou, fundo e forte, cravei minhas unhas em seus ombros e joguei meu cabeça para trás sentindo meu corpo em êxtase e isso foi só o nosso começo...
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