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História Indecente - ELMAX - A Iniciação - História escrita por Luka__Luka - Spirit Fanfics e Histórias
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História Indecente - ELMAX - A Iniciação


Escrita por: Luka__Luka

Notas do Autor


Como prometido, nosso primeiríssimo pov da Jane ✨ Como demorei pra postar, fiz esse capítulo bem grandão pra vocês! Espero que gostem!

🎧 Aurora - it Happened Quiet (live at the current)
Essa música é muito esse cap.! 🥺

Capítulo 11 - A Iniciação


Fanfic / Fanfiction Indecente - ELMAX - A Iniciação

 

LADY HOPPER

 

 

Meses antes…

 

— A carruagem está pronta, Alteza.


O relógio batia seis e meia, as malas já estavam prontas para partimos. 
Da janela de meus aposentos observava silenciosamente os cocheiros terminando de abastecer a carruagem.

 

— Não desejo ir. — Falei mesmo sabendo que não seria atendida.

— Você e seu pai já conversaram muito sobre isto. A Iniciação é um privilégio na vida de uma Princesa. 


Ouvi Louise dizer atrás de mim, posicionando o resto das malas em um canto.

 

— Não sei se considero homens se matando por mim um “privilégio”.

 

— Tem que ser um cavalheiro muito corajoso para lutar e merecer a sua mão. Você não acha isso algo belo? 


Fiquei em silêncio, nada do que eu dissesse seria ouvido. 
A “Iniciação” como chamavam, era uma tradição arcaica, em que cavalheiros de todas as regiões duelavam pela mão de uma dama. Se “matavam” era o termo mais apropriado, devo dizer. 


Em outras circunstâncias, as jovens eram encarceradas em torres, montanhas longínquas, calabouços altamente protegidos por leões ou armadilhas, para que se algum cavalheiro se atrevesse a desejar a mão dela, teria que pagar o preço para merecê-la. 


Minhas primas Annabeth e Katherine passaram pela iniciação. Minha mãe também passou quando jovem e meu pai lutou por ela e agora, chegou a minha vez. Toda via, não sei dizer se está é a minha definição de algo belo.

 

— Vamos. — Louise tomou minha mão em prol de nossa partida.


Em meu caso, a torre da floresta do castelo seria o meu “calabouço”. 
A floresta era o suficiente para manter os pretendentes de má fé longe. Todos sabiam que aquela floresta era quase um labirinto por dentro e guardava muitos segredos. Segredos que nem eu mesma sabia decifrar e que existiam desde os primórdios. 


Lembro-me de quando eu era pequena, o papai nunca me deixava brincar lá, dizia que havia uma fera que assombrava qualquer criatura que cruzasse seu caminho. E que durante a lua cheia, ela saia pra se alimentar. 

É claro que não passavam de lendas que cada camponês contava de um jeito, mas eu nunca me atrevi a entrar lá e agora, isto estava prestes a mudar.

 

— Eu ficarei lá com você, não se preocupe. Irei servir e lhe fazer companhia. 


Assenti para Louise sem muito apreço, eu estava aborrecida com ela. 
Comecei então a dizer adeus a tudo que eu chamava de lar. Pois, se um dia eu saísse daquela floresta, sairia direto para o lar de meu futuro marido. 
Meu pai achava seguro me deixar esperando que, por algum milagre, um cavalheiro corajoso enfrentasse o horror e tomaria a minha mão. 
Mas, quem iria lutar por uma princesa, cujo o reino ruíu, não é mesmo?

 

Não era bem o que eu havia planejado para mim.

 

— Boa sorte, Princesa! — Diziam os serviçais que cuidaram de mim desde que eu era um bebê e eu me despedia de todos.


É claro que eu sonhei em viver um amor como nos livros, não arranjado, mas um amor espontâneo. 
Confesso que ser trancafiada em uma fortaleza no meio de uma floresta ‘amaldiçoada’ não estava no meu diário de desejos. 


Descemos as escadas e avistei o meu pai parado na portaria do Castelo, ele sabia que eu não concordava com nada daquilo. 
Ele me olhou profundamente nos olhos e suspirou.

 

— Eu espero que algum dia possa me entender, Jane.

— Eu duvido muito, Majestade. 


Dei a volta por ele, sem me despedir. 
Eu queria feri-lo, fazê-lo sofrer, assim como ele estava fazendo comigo!

 

 

— Estou pronta. 


Aquela foi a primeira vez que vi Lady Symoné guiar uma carruagem. Ela era a única que conhecia bem aquela floresta de ponta a ponta, tanto que, me levar para lá foi ideia inteiramente dela.

 

— Subam. 


A obedeci, Louise subiu em seguida e demos partida apenas nós três, pois segundo Symoné, a floresta não gostava de companhia. 
Eu achava curioso, as vezes ela falava como se a floresta tivesse sentimentos.

 

— Evitem olhar pelas janelas enquanto fazemos o trajeto. Entendidas? — Murmurou Symoné, fazendo eu e Louise nos entreolharmos.

 

— Tia, isto é mesmo seguro? — Perguntei, pigarreando logo em seguida. — Ahm… perdão, Milady… 

 

 

Ela nada disse. 
Lady Symoné detestava que eu a chamasse de “Tia”, por mais que realmente fosse, parecia que ela queria colocar uma pedra em cima do vínculo familiar que um dia teve conosco. 


Na verdade, eu não sabia muito sobre ela, apenas que foi casada com um dos irmãos de meu Pai, Albert Hopper, que morreu na guerra há muitos anos. O que fazia dela a minha “tia viúva”. Mas, ela desprezava este título, então quase ninguém sabia que éramos parentes. 


Logo, fizemos um caminho árduo pela trilha, eu não imaginava que a floresta fosse tão grande por dentro e tão espantosa. 
Os sons dos galhos e corujas eram recorrentes e quando começou a anoitecer e levantou-se a cerração, ficou ainda mais fantasmagórico. 
Parecia que algo sempre estava à espreita nos observando, como se acompanhasse-nos pelo caminho.

 

— Vocês também sentem isto? — A voz fraca de Louise soou baixo. 

 

— O que é, Louise?

 

— Um desejo enorme de… dormir… para sempre… 


Louise não falava coisa com coisa, seria efeito da floresta? 
Em um momento, ousei desobedecer Symoné e me atrevi a bisbilhotar através da janela e juro pelo meu sangue que pensei ter visto um par de olhos enormes e amarelados no meio da escuridão. Olhos como os de lobo, porém este possuía o triplo do tamanho. 
Não sabia dizer como Symoné não era influenciada pelo assombro.

 

 

 

 

— Chegamos. 


A Madame nos acompanhou e eu pude ver a fortaleza a qual eu passaria os meus próximos dias.

 

— Se entretenha em livros, bordados… você sentirá falta de suas regalias é claro, mas quando menos esperar estará saindo daqui com um noivo. — Disse Symoné se preparando para voltar ao castelo. 


Olhei ao redor, ali era pequeno, modesto, mas acolhedor para passar seja lá quanto tempo fosse. Tinha uma lareira e uma estante grande de livros.

 

— Madame… 

— Sim?

— Já esteve em meu lugar antes, diga-me com franqueza. — Olhei profundamente em seus olhos negros como a noite. — Isto é mesmo… amor

 

— Ora, como duvidas disto? — Disse ela e Louise começou a descarregar as malas e nossos utensílios em silêncio. — Estamos em tempos sombrios, Jane. Ainda vai agradecer seu pai por tê-la trazido para cá.

— No meio da floresta? Jura?

— Se houver outro ataque, você estará segura.

— E se eu não amar o meu salvador?

— Você irá aprender a amá-lo! Como não amar quem salvou a sua vida? Pelo amor dos céus! — Ela exclamava como se aquilo fosse o ato mais espontâneo do mundo, mas eu não compreendia seu raciocínio. 


Olhei através da janela, que dava visão para as numerosas árvores. Elas se mexiam lentamente conforme o vento as guiava. 
Sobre o bosque havia uma leve névoa que sobrevoava melancólica. A partir daquela noite, aquele ali seria o meu lar.

 

— Eu preferia ficar no Castelo e ajudar a reconstruir Madre Pérola. Não achas que eu poderia ajudar?

— Vai ser bom para você ficar longe disto por um tempo, fará com que… pensamentos zombeteiros não pousem sobre sua cabeça.

 

 

Eu sabia… 
No fundo eu sempre soube a verdadeira intenção daquela iniciação. Maldita Louise! 


Há algumas luas, quando entrei em profundo estado de tristeza, todos ficaram preocupados, querendo saber porquê a princesa não saia da cama de tão deprimida. 


Foi quando Louise decidiu revelar que, o motivo de minha profunda tristeza era a morte de uma camponesa ruiva, delatando então o meu segredo mais profundo para meu pai. 
Ela foi direta ao dizer que flagrou-me aos beijos com uma das moças de Madre Pérola. Foi um terrível escândalo. 
Mas, nada supera a reação assombrosa de Symoné quando soube daquilo. Ela simplesmente passou a agir como se eu não existisse, como se eu fosse algum tipo de aberração. 

 


Todos diziam que me trazer para cá, era para a minha proteção, mas na verdade era para afastar-me das outras garotas. Eu não era tola. 
Eles temiam que eu desvirtuasse outra jovem. A Iniciação era só para garantir que eu só saísse dali casada e livre de cometer mais perversidades. 


Todos juraram manter tudo em segredo, imagine o escândalo se caísse aos ouvidos do povo que a princesa andava pelo Castelo pervertendo moças. 


Meu pai até sugeriu que eu estivesse adoecida da cabeça e com isto comecei a receber visitas frequentes de um médico, um curandeiro e até um padre que me fez uma série de perguntas como “você já presenciou alguma aparição real do diabo?”. Eu sinceramente não sabia dizer o que o diabo tinha a ver com tudo aquilo.

 

— E eu? Ninguém vai perguntar se estou bem com tudo isto? — Eu pensava dia e noite. 

 


Papai ficou muito decepcionado e Symoné pareceu até aliviada por Maxine Mayfield estar entre os mortos. Como se assim, ela tivesse levado com ela o nosso pecado para de baixo da terra. 
Contudo, tentei ser otimista, imaginar que em breve eu seria resgatada por alguém que me cativaria. Mesmo que fosse tão improvável agora. 
Meus guardiões poderiam ficar despreocupados, pois eu não ousaria beijar mais nenhuma moça, afinal a única que um dia cativou meus sentimentos estava morta. 


Eu vi o nome dela ficar na lista de desaparecidos por um longo período de tempo e em uma guerrra, “desaparecido” significava morto. Era chegada a hora de seguir e deixar Maxine Mayfield partir.

 

Alguém viria me salvar. É claro que viria… 

 


Por um tempo este foi o meu pensamento,  mas quando completamos quase dez ciclos de lua ali, eu comecei a… perder um pouco as esperanças.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do POV JANE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                   

 

 

 

 

 

 

MAXINE 

 

 

Dias atuais… 


Saímos de Hawkins pela manhã cinzenta, montados em nossos cavalos. 
Os cavaleiros de Campbel eram ágeis, no entanto, tive o desprazer de ser “escoltada” por um guri magrelo, de cabelo de botija. Não aparentava ter mais que dezoito anos e os outros cavaleiros o chamava de “vara de pesca”. 

 

 

— Ei… — Ouvi ele sussurrar chamando minha atenção. — Você é mesmo o Oliver Woody? O caçador de recompensas? 


O encarei por cima dos ombros, sem muita simpatia.

 

— Eu sou um grande admirador! Quero dizer, você é uma celebridade por nossas terras! 


Dei de ombros e ele cavalgou para mais perto. Aquela seria uma longa viagem...

 

— Você fez mesmo todas aquelas coisas?

— Que coisas? — Perguntei enfastiada.

— Ah, sabe o que dizem… Que você capturou o Farpas, o sequestrador de criancinhas. Que lutou contra um gigante na guerra e arrancou um pedaço da orelha dele. E inclusive, foi ele quem lhe deu essa cicatriz aí no olho!

 

— Escuta “vara de pesca”, eu detesto papear pela manhã! E tem razão, eu fiz todas essas coisas, então não duvide do que eu posso fazer com você se não calar a boca!

 

Er… — Ele engoliu a seco. — tá, eu vou ficar calado aqui na minha… mas, que mau humor!

 


Continuamos cavalgando em silêncio e tudo o que eu queria era chegar logo no Castelo de Valen. 
Eu não tinha cabeça para qualquer outra coisa, mas aquele guri estava mesmo disposto a me fazer perder todas as estribeiras.

 

Ahmsó mais uma… coisinha… que tá me matando aqui, sabe… — Ele riu e eu segurei o pomo da minha espada firmemente, respirando bem fundo. — Porque você não deixa a barba crescer, sabe? ia te dar um ar mais ameaçador, uma coisa… mais… er… tá. 


O fitei profundamente nos olhos, que o fez lastimar e congelar o próprio sorriso. Bastardo irritante!

 

 

— Certo, esse… seu olhar já é ameaçador o bastante, eu vou… ficar aqui atrás.

— Faça isso. 


Subi imediatamente a capa que eu usava para cobrir parte do meu rosto, as vezes ela escapava e eu nem sentia, mas não podia correr o risco de ser reconhecida por ai.

 

 

 

 

 

                                    

 

 

 

 

 

 

Cavalgamos por quase uma hora, quando de repente já podíamos avistar as bandeiras do Castelo flutuando ao longe.

 

 

— Vamos! Quero chegar ao reino ainda hoje. — Ordenei, em meu cavalo, guiando os guardas de Campbel até o Castelo de Valenworsh, ao meu lado agora estava o famoso Conde Ralf, a qual eu conheci naquela manhã. 


Eu não era de julgar as pessoas de primeira instância, mas só de olhar o sujeito velhote que queria se casar com Jane, eu tive náuseas!

 

Um velho babão como este desejando Jane como sua condessa. Que coisa mais repulsiva! — Pensei enquanto seguia ao lado do homem raquítico, fitando-o de cima a baixo. 
Quando ouvi ele me chamar.

 

 

— Ouça, rapaz… hoje você fará a maior missão de sua vida, ouviu? Já deu uma boa olhada na filha do Rei? — O homem deu uma gargalhada exdrúxula, que fez o meu estômago se revirar. — Arh! Mal posso esperar para ver aquele rostinho angelical nos meus aposentos durante a noite. Sabe do quê estou falando, não é? 


Neste momento eu cerrei meus punhos tão forte, que quase cravei as unhas na palma. Precisei travar meu maxilar para não responder a ele algo que botaria tudo a perder. Mas, que filho da puta! 


Conde Ralf era repulsivo, estava no auge de seus cinquenta e poucos anos e nunca conseguiu uma condessa. Ali estava o motivo, ele era nojento e covarde! 
Ao contrário do que o mensageiro dele descreveu, Ralf não parecia nenhum pouco impossibilitado de realizar aquela missão, aquilo não passava de pura covardia. 


Os boatos eram que Ralf nunca havia guerreado em nenhuma das batalhas dos reinos, suas terras foram herdadas de seus antepassados, as quais perdeu boa parte em jogos e apostas. 


Ele era um charlatão a vista do povo, sua única especialidade estava em suas forças armadas. Soldados e armas não lhe faltavam, por isto era certo tomar cuidado ao fazer negócios com ele. 


O plano brilhante dele era: Ele pediria a benção ao Rei Hopper antes de partir para o resgate e quando fosse vestir as armaduras, trocaria de lugar comigo para fazer o seu trabalho. Fraco! 


Eu já havia recebido a primeira quantia em dinheiro, que entreguei imediatamente a minha família. 
Minha mãe estava em profundo estado vegetativo, o máximo que consegui fazer foi tocar suas mãos pálidas e sussurrar em seu ouvido que eu estava viva e que voltaria em breve. Por sorte Jamie estava cuidando muito bem dela.

 

 

 

— Chegamos. — Anunciei. 


O Rei Hopper já estava nas portas do palácio para nos receber.  Ver a imagem do Castelo foi estranho, em pensar que um dia entrei por aquelas portas para me tornar uma donzela.

 

 

 

Woody…?!

— Sim? — Respondi atônita, saindo de meus devaneios.

— Estamos prontos… irei saldar o Rei. — O Conde coçou a barba. — Vá buscar aquele brotinho para mim e terá o restante de sua recompensa. 


O olhei, lembrando que já havia matado por muito menos. Mas, uma hora vingaria-me de cada palavra proferida por aquele monte de estrume! 
Eu ainda não sabia como, mas jamais o deixaria tocar em nenhum fio de cabelo de Jane ou tê-la como um troféu só para satisfazer seus encantos. 


Eu apenas precisava pensar com cautela, pois ainda assim precisava daquele dinheiro. Minha família dependia dele. 


Paramos nos portais, descemos dos cavalos e de longe fiquei observando o Conde falar com o Rei e fiquei imaginando o que deu nele para colocar a própria filha em uma floresta perigosa. 


Era óbvio que as histórias da “floresta amaldiçoada” não passavam de lendas do povo, mas era repugnante Jane ficar tanto tempo lá sozinha. 
Tirei a capa do rosto para respirar por dois segundos, eu estava pronta para colocar aquele plano em ação, no entanto, já comecei com o pé esquerdo. 

 

 

— Bela cavalaria, cavalheiros… 


Ouvi uma voz familiar falar atrás de nós. Olhei de imediato por cima dos ombros de onde vinha.

 

— Ansiosos para verem o seu Conde adentrar na florest…? 


Nossos olhos se cruzaram e minha alma saiu do corpo. 


Lá estava ela, a minha eterna pedra no sapato.
Sempre à espreita de qualquer falha minha quando fui sua aprendiz em Madre Pérola e agora, a primeira a me desmascarar. Odiosa Narcisa Symoné!

 

—…rapaz, eu não… conheço você? 

 


Notas Finais


Ui, será que a Max será pega? 👀
Devo dizer que o encontro delas está próximo!

E preciso saber se vocês estão gostando da história e ainda pretendem continuar, pois pretendo continuar só por mais alguns capítulos ❤️🥰

Me deixem saber, beijinnnnn ❤️


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