Jeon Jungkook. Não consigo processar discretas sinceras palavras para o descrever, quando é meu definitivo poço de tentação. O poço ao qual, por meu coração, eu me jogaria sem ao menos parar para pensar. O príncipe da família Jeon, além de um doce e gentil rapaz, carrega uma beleza de causar colapso, e eu sou a mais nítida prova. Mas as coisas são difíceis, quando jamais poderemos nos tocar, nos beijar e, apenas Deus sabe o que mais, pois há muito que eu deseje fazer.
Segurar meus sentimentos sempre foi algo demasiadamente complicado, mas pode se tornar ainda pior quando o moreno esperto notou o quanto o cortejo. Jungkook passou a dedicar a maior parte do seu tempo tentando me seduzir, e me levar logo ao que chamo de "inferno". Ah, Deus, como eu gostaria de ir para esse inferno com ele. Todavia, toda essa história era de embrulhar o estômago, quando eu tinha a noção de que se por acaso viesse a me envolver com o rapaz, e alguém descobrisse, meu mundo estaria perdido.
Tão frios quanto o reino, é o seu povo, o qual abomina tão fortemente a homossexualidade. Eu perderia o emprego, e a confiança de meus velhos amigos. Não teria a onde me enfiar, de certo. Eu era covarde, e jamais teria coragem de enfrentar tudo, apenas para que eu e ele pudéssemos ficar juntos.
Com todos os preparos que assisti, eu acreditava que quando Jungkook se tornasse noivo, esqueceria de todo esse caso para facilitar para meu lado, mas essa ideia foi um ledo engano.
Me lembro do jantar repentino, o qual usaram para anunciar o seu noivado.
Eu entendia que dali sairia apenas uma junção benigna, sem sentimento algum, mas o frio que se instalou em meu interior foi instantâneo. Os seus olhos se trombaram com os meus, e em silêncio ele me dizia ser apenas meu. O olhar dominante me estremeceu, e jurei sentir as pernas falhas, mas prossegui sem demonstrar minhas emoções.
Infernos, Jungkook é embriagante!
Porém, mesmo assim, passamos a ficar mais frios, inevitavelmente. Não tínhamos mais muito tempo para troca de olhares, e tampouco trocamos palavras. Nós nos afastamos quase que completamente.
E agora, é o seu casamento.
A funesta correria pelo castelo é de dar medo. Com todos os funcionários estando empolgados, eu me sentia aflito. Todos me queimavam com olhos julgadores, como se fosse um completo estranho. Eu com certeza não estava feliz, uma vez que agora isso era uma aliança definitiva.
Os reis estavam tensos e ansiosos, com o nervosismo sendo totalmente descontado nos coitados trabalhadores, e tudo estava um inexplicável caos. Já estava anoitecendo, e o fato da maldita hora estar cada vez mais próxima me fazia suar o pescoço, mesmo com a amena temperatura.
Em todo o desenrolar do dia, era apenas agora que veria Jungkook. Quando sobre a mando da rainha Chaeryeong, eu ia atrás do gibão do príncipe para entregá-lo, caminhando em passos lentos pelo gigantesco corredor, nem um pouco a fim de adiantar tudo.
Suspirei profundamente, ao chegar, antes de deixar dois leves toques na porta de madeira, ouvindo a doce voz feminina responder um simples "Entre".
Soyeon, me encarou sorrindo reconfortante quando fechei a porta e a olhei, com os lábios em um fio.
– Essa sua carinha está péssima. – Disse, com um tom de preocupação – O que há?
– Não se preocupe, apenas não passei bem a noite. – Blefei simples, sorrindo fraco – Sem querer lhe apressar, mas seja rápida. Vim buscar o gibão do príncipe, a pedido de Chaery.
Fui direto ao ponto.
A ruiva deu de ombros, levantando-se de sua cadeira, e me entregando as devidas peças. Parecia exausta, e estava mesmo, de certo, o trabalho por aqui não é nem um pouco leve.
Ela abria a boca, quando a interrompi, impaciente, me despedindo, educadamente, antes de me retirar. Sabia que aquela ali era boa de papo, e com certeza iria me enrolar ao máximo com assuntos bobos.
Em passos pesados, agora, passei a caminhar em direção aos aposentos de Jungkook, sentindo minha pele aumentar a temperatura o quanto mais me aproximava.
Parado diante das grandes portas, senti minha mão falhar quando a ergui, enjoado.
O problema era que, após tanto tempo, eu sentia que já estava perto do fim. Estava a um fio, de deixar de resistir às investidas do Jeon mais novo.
Deixei uma forte batida, apenas, aguardando por alguma atitude.
Quando a porta se abriu, e a visão de Jungkook tomou meus olhos, senti meu coração errar algumas batidas.
O peito definido desnudo, secou-me a garganta, e eu solucei repentinamente, afetado. O moreno sorriu convencido, com aquele olhar mal-criado, motivo de minhas mais impuras idéias.
– Veio me entregar as vestes? – A voz melódica fez bem aos meus ouvidos, quando questionou.
– Exatamente.
Desviei o olhar, carrancudo.
Aquilo era só mais uma infeliz faceta, e eu tinha plena noção de que ele não era tolo, e sabia bem disso.
– Não quer entrar?
– Não. – Respondi frio.
Ele rolou os olhos, parecendo não acreditar.
Eu não queria mesmo ter que dar essa resposta.
Ao mesmo tempo que queria ser rápido, e me livrar logo de sua presença, e só queria estar ali, e ficar alí, o admirando por horas e horas.
– És tão incompreensível… se me corteja, por quê sequer me olha Hoseok? – Pigarreou, antes de dizer – Não tema reparar no que é exclusivamente seu.
Maldito! Muito maldito!
Os lábios finos e rosados, estavam puxados para o lado, o deixando ainda mais malicioso.
– Jeon Jungkook… – O nome soou como um aviso, e ainda mais como um impróprio gemido – Vá logo se vestir.
Ele apanhou as peças de meus braços, plenamente se aproximando de minha face, para deixar em minha bochecha um leve selar.
Eu agradeci aos céus por naquele momento não haver nenhuma alma viva por ali.
Eu era o mais velho de toda essa história, mas diante do moreno, me sentia só mais uma indefesa criança. Esses eram seus efeitos.
– Quando me perder de vez, tu irás arrepender-se, Jung – Afirmou sério – O que será de nós se hoje é o meu infeliz casamento? – Bateu fortemente as portas.
Suas palavras me fizeram refletir.
Meus lábios secaram, e de repente ficar os lubrificando me parecia uma obrigação.
Essa com certeza foi a minha última chance de o ter, pensei com mágoa.
Mais tarde, o salão principal ultrapassou o seu limite de lotação.
As trombetas foram tocadas, e a descer as escadas estavam o rei e a rainha. Como sempre impecáveis, sorriram gentis para todos. Toda a decoração era magnífica, e com tanto, o povo estava encantado. A noite é fria, e o tempo ameaça fechar, mas isso não os impede de sorrir de orelha a orelha.
Eu não faço igual.
Não consigo parar de encarar as escadas, a todo momento engolindo a seco.
Daqui a uma hora, ele estará descendo, e então irá ao encontro de Sooyoung. Ela irá o ter em braços, e depois irá provar daqueles lábios que eu tanto gostaria de saborear.
Deus, por que o mundo tem que ser assim? As palavras de mais cedo, me atacavam a cabeça como flechas, e a náusea era insuportável, eu só queria uma distração, ou melhor, um tempo para poder descansar a mente de tudo isso.
Por isso eu decidi ir me acabar na enorme adega do castelo.
Após a triste frase proferida por Jungkook, eu simplesmente passei a não ligar. Ele estava certo.
Eram 6 anos de paixão, e eu fui incapaz de tomar uma atitude feito um homem. E agora tanto fazia. Tanto fazia a merda dos reis, do povo, e de todo o restante. Tanto fazia esse trabalho, e se eu me tornaria um vendedor de cerveja de baixa qualidade, ou um vendedor da feira, não sou um verdadeiro homem.
Quando as imensas portas brancas apareceram em frente aos meus olhos, eu as abri, o mais discretamente possível, entrando rapidamente e me trancando ali. Fui diretamente atrás de um vinho digno, sequer pegando uma taça para me servir, bebendo diretamente da garrafa.
Se eu tivesse uma chance de fazer tudo de novo, provaria a Jungkook que posso sim ter uma postura de homem, e tomar a atitude que ele tanto esperou. Não resistiria a nossa paixão, e faria tudo por nós.
Eu sou um infeliz…
As lágrimas desceram involuntárias de meus olhos, e eu as enxuguei em vão.
– Me aperta o coração te assistir assim. – Pulei, pateticamente, me assustando, quando ouvi a voz de repente.
Ele estava aqui.
– Inferno Jungkook! Por quê está aqui?
Com a chama de felicidade e esperança reacendendo aos poucos, eu o olhei com um meio sorriso.
– Ah, parece que estamos em constante conexão. Mesmo sentimento, emoção e ação. Incrível. – Sorriu fraco – Eu sei que está aqui pelo que te disse mais cedo.
O que eu mais odiava, definitivamente, era demonstrar minhas fraquezas.
– Isso é óbvio. – Fingi não ligar, tomando mais um gole do líquido transparente.
O silêncio se instalou. E meu corpo ferveu, estando sobre seus efeitos. O olhando pelo canto dos olhos, eu pensava.
Essa era a minha chance. Eu queria pedir desculpas, e me declarar, tomar finalmente uma atitude.
– Jungkook. – Ele me fitou, com as sobrancelhas arqueadas – E-eu… – Iniciei – quer saber? Deixa pra lá. – Desisti da declaração – Só, me desculpa por ser um idiota.
Ele rolou os olhos, entediado. – Eu te desculpo.
Os cabelos negros quase cobriam completamente os olhos, e eu só sabia o contemplar, sem coragem.
– Não vai me oferecer? – Perguntou apontando para a garrafa em sua metade.
– Você tem que se casar…
Senti a garganta doer por um nó para dizer.
– Apenas pare de falar desse casamento. – Exaltou, tomando a garrafa de minhas mãos à força, e a virando, plenamente finalizando – Ainda falta uma hora, me permita descansar a mente, e ter ao menos um momento de felicidade sincera.
Dei de ombros.
Ele se levantou, abandonando o objeto que segurava sobre a mesinha de centro, e passando a caminhar aleatoriamente ao redor do exagerado grande cômodo.
A sua sensualidade é indescritível.
Observei, as coxas definidas pelas calças justas, inevitavelmente, bufando. A veste definia a cintura, e eu já estava boquiaberta, admirando suas perfeitas curvas. Ele parou, pensativo, apoiando-se no sofá, e eu não suportei continuar o seguindo com os olhos, quando ele empinou com as suas perfeitas nádegas redondinhas.
Ajeitei as mangas de minha roupa, incomodado, desviando os olhos de você para qualquer idiotice, tentando prender minha atenção.
Por algum motivo o lugar parecia diminuir.
– Eu sei que estás me comendo com os olhos Hoseok. – Caçoou, enrolando os fios lisos nos dedos.
– Não.
Menti, assistindo ele perigosamente se aproximar. Eu até poderia fugir, mas lembrei da atitude que a pouco pensava tanto em tomar, e permaneci em meu lugar, o encarando profundamente.
Eu não vou mais repetir os mesmos erros.
– Eu te quero. – Assumi, ainda acanhado – A muito tempo.
Ele olhou para o teto, mordendo os lábios entre o sorriso.
– Então só… me toque! – Pediu ao parar em minha frente. Engoli a seco, olhando em seus olhos, timidamente colocando minhas mãos em seu quadril. – Você é tão delicioso quanto um roxo cacho de uvas.
Ri soprado, o apertando.
A satisfação em te tocar assim, foi inexplicável. Por mim, nunca mais o soltaria.
– Seok… por favor, faça-me seu essa noite!
Senti o pulsar de meu pênis ao ouvir seu pedido manhoso. Era uma proposta irrecusável.
– Como poderia negar? – Disse.
– Então aceite, e o faça! É sua última chance de me ter totalmente para si. É pegar ou largar… – Meus olhos estavam fixados nos lábios hidratados, e eu estava atento a cada palavra proferida.
Eu não iria largar, não mesmo! E por isso eu peguei. Agarrei Jungkook, o puxando para o meu colo, bruscamente, lhe arrancando um delicioso gemido de aprovação.
Ataquei o seu pescoço, convidativo, detonando a área com chupões e beijos sobre a discreta pintinha. Eu sabia bem que aquelas marcas seriam a primeira coisa a ser notada por todos, mas sinceramente, não dava a mínima, pois naquele momento, Jungkook era somente meu, e de mais ninguém, portanto eu faria com ele o que bem entendesse e me fosse permitido.
Ele agarrou os fios de minha nunca, os puxando impiedosamente, enquanto dançava sobre meu colo. Deslizei minhas mãos por suas curvas, as deixando sobre as nádegas, apenas para poder apertá-las fortemente, e me deliciar com a sensação de ter minha mão preenchida por aquilo tudo. Deixei um ameno tapa, em sua coxa, em seguida, passando a me preocupar em nos livrar das roupas.
Quando finalmente pude contemplar, mais uma vez, o seu abdômen, me concentrei em estimular seus mamilos, me sentindo quase a desmanchar de excitação, ao te ouvir gemer alto, sem escrúpulos.
Eu sabia que ninguém nos escutaria, quando o castelo estava lotado, e com toda aquela conversa, mas aquilo aumentava meu tesão, já que me enchia de adrenalina. Subi meu beijo para a sua boca, arfando ao sentir o bafo refrescante invadir a minha, deliciosamente. Aumentei o meu aperto em sua cintura, ao que alternava a velocidade de meus dedos.
Eu estava tenso, e então pude sentir a sua mão macia deslizar leve por meu peito, a caminho de minha intimidade coberta, me relaxando por inteiro.
Tudo aquilo, causava em mim, as mais inéditas sensações.
Apertei os músculos quando senti apertar minhas coxas em satisfação, ao sentir meu desejo estampado em aparência.
Eu queria agradá-lo ao máximo.
Meus dedos, sem escrúpulos, acariciaram suas nádegas.
Nós passamos a nos satisfazer.
– Somos apenas nós dois, como a muito tempo deveria ser. – Sussurrou arrastado – Me possua por inteiro, seu…
Não pôde ao menos finalizar o que dizia quando em só um movimento, estávamos maravilhosamente conectados. E foi como a mais indescritível sensação, definitivamente, quando sua aprovação rasgou a garganta no mais maravilhoso vagido. A sensação de estar em você era única, contemplável.
Estávamos nos amando como sempre sonhamos e desejamos em silêncio.
Eu o olhava com luxúria, encantado com a situação, apertando fortemente sua carne com a mão. Eu sabia que ele merecia as mais deliciosas sensações possíveis, e então, eu gerei a mais linda cena, um Jungkook lamuriando arrastado, sentindo o avassalador orgasmo o tomar por inteiro, gerando unicamente a mim, a mais linda visão.
Não após muito tempo, eu senti as sensações do mesmo me acabarem, para depois descansar sobre seu corpo.
– É melhor eu ir. – Bufou, se erguendo após alguns minutos de silêncio reflexivo.
Foi então que eu me lembrei da realidade tortuosa, te assistindo se vestir.
– Você tem que estar lá em 9 minutos.
– Eu sei… até mais Hoseok. Obrigado por esse momento, e saiba que eu jamais irei esquecê-lo. – Acariciou meu coro cabeludo, ao que dizia – Eu te amo.
– Mas que inferno Jungkook. – Reclamei, sorrindo bobo – Eu também te amo, muito.
Minha garganta parecia seca, e eu já sentia o ardor dos meus olhos.
Ele selou nossos lábios, e após um curto beijo, ele se retirou.
Eu também jamais esquecerei esse dia. A forma como nós olhamos e agimos, não tem como esquecer. A forma como nós sentimos, foi fantástica, e como estava doendo ter que me vestir para ir assistir ao vivo ele se casando com outra pessoa, talvez levar uma facada não se comparasse, mas eu tinha a plena noção disso desde quando assumi meus sentimentos por ti.
Caminhei até o enorme salão principal, parando em minha posição, e encarando as enormes escadas ao tocar emocionante das trombetas.
Sooyoung as descia com um sorriso de lábio a lábio, e eu não a julgava e nem odiava, uma vez que entendia que a bela moça não tinha a mínima culpa de tudo.
Em passou delicados, ela estava a caminho de Jungkook, que a encarava sem expressão mais afrente. Pude notar que o seu gogó subiu e desceu em desconforto quando ela chegou, e parou a sua frente.
Daí, todas as clássicas perguntas e falas de um casamento se iniciaram, não demorando para chegar nas principais e mais emocionantes.
Eu queria tanto proteger Jungkook, o impedir de passar por essa situação, me impedir de passar por essa situação, e o prender em meus braços para sempre, pois meu amor por ti a cada segundo se torna mais difícil para descrição.
Eu queria que fossemos nós ali, felizes e em total concordância com tudo.
O nosso amor e nada mais.
Eu o amo infinitamente.
– Eu, Kim Sooyoung, aceito você, Jeon Jungkook, como meu legítimo esposo e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. – Pronuncia a loira, causando emoção ao público.
Engoli a seco, esticando os de
dos.
– Eu, Jeon Jungkook, não aceito você Kim Sooyoung, como minha legítima esposa! – Diz simplesmente, abandonando o altar.
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