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História Insensível (Malec) - A viagem... - História escrita por O_Daddario - Spirit Fanfics e Histórias
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História Insensível (Malec) - A viagem...


Escrita por: O_Daddario

Notas do Autor


Vamos animar um pouco este domingo com o terceiro capítulo da nossa fic saindo mais cedo...
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No último capítulo algumas pessoas comentaram que acharam confuso o texto. Eu respondi aos comentários, mas trago aqui as explicações.
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Muitos estão acostumados com 'pov Alec' e 'pov Magnus' nas mudanças de protagonismo. Eu não gosto de escrever assim. É coisa minha. Sei que facilita muito a leitura e tal, mas gosto mais de instigar o leitor a descobrir quem está à frente daquele trecho. É meio que um desafio que faço a você, e nem é difícil identificar, porque tem as deixas... Basta apenas um pouquinho de atenção... É o meu estilo e espero que entendam, não me levem a mal e gostem do breve desafio. 😉

Capítulo 3 - A viagem...


Fanfic / Fanfiction Insensível (Malec) - A viagem...

Era estranho ter bons sentimentos por Alec, quando ele era apenas um escroto egoísta e arrogante, que mal olhava para as pessoas, só pensava na sua empresa e, claro, no seu lucro. 

Por Alec, eu não teria fins de semana de folga, nem vida, porque quando se iniciava uma campanha, ele exigia o sangue por ela. E eu dava. 

_ Preciso de uma pausa..._ me debrucei na mesa de reuniões e, apesar de não poder ver, porque fechei os olhos, ardidos de tanto olhar para a tela do notebook, tenho certeza que Alec revirou os olhos. Ele parecia um android. Nunca demonstrava cansaço, nunca reclamava de fome, sede ou sono, estava sempre pronto quando o assunto era trabalho e ganhos. Um exemplo que eu dispensava, porque precisava descansar cinco minutos.

_ Também acho que precisamos dar uma parada. Estamos cansados e sei que amanhã, com a mente limpa, conseguiremos resolver esse problema de última hora. 

O último cliente não gostou de um único trecho no meio do vídeo promocional, e era algo fundamental para sua marca. Tínhamos que encontrar um jeito de resolver isso sem destruir tudo o que já estava feito, para não termos prejuízo. Precisávamos de uma ideia para cobrir o trecho ruim. 

Estávamos matando a cabeça desde o fim da tarde e já passava das 21h. Eu estava cansado e com fome. 

_ Se eu não comer nada agora, vou morrer na próxima meia hora…  Eu.preciso.ir.embora… _ falei pausadamente e Isabelle riu alto. Ela adorava meus dramas. Já Alec…

_ Vão embora vocês dois… Quanta preguiça e drama… _ bufou. _ Eu vou ficar mais um pouco e quando chegarem aqui de manhã isso já vai estar resolvido. Tenho certeza que sozinho eu vou pensar melhor..._ nos expulsou. 

Eu e Isabelle saímos quase correndo, antes que ele mudasse de ideia. 

Fazia uma semana que ele transou comigo, no meu apartamento, e a camisa dele ainda estava na minha cama, debaixo do travesseiro, de onde eu puxava à noite e dormia abraçado a ela, sentindo seu cheiro e lembrando do momento que tivemos. 

Alec estava diferente naquele dia, ele cuidou do ferimento na minha mão, que já sarou, me olhou longamente várias vezes, deixou que eu ficasse com a sua camisa e maquiasse seu pescoço marcado. Quando fui deixá-lo na porta, ele me surpreendeu, quando pegou a minha mão ferida, virou a palma para cima e beijou o local do corte, por cima do curativo. Então se virou e foi embora.

Depois desse dia, não falamos sobre nada do que aconteceu conosco, tudo está como antes. Ele ainda é o boçal escroto de sempre, que só pensa nele mesmo e todos o odeiam, na empresa. Mas eu não consigo mais vê-lo assim.  

Quando voltei - sim, porque eu não consegui ir para casa e dormir, sabendo que Alec estava trabalhando sozinho tarde da noite na firma -, a luz da sala de reuniões ainda estava acesa e todo o resto continuava no escuro, como há uma hora, quando saímos. 

_ Trouxe comida chinesa. Isabelle disse que você gosta… _ entrei na sala com as sacolas e as coloquei ao seu lado. Ele não pareceu surpreso com a minha volta, o que me aborreceu. Sou tão óbvio assim?  

_ Pensei que estava morto de sono e fome e não conseguia mais pensar..._ apenas desdenhou, abrindo as caixinhas e pegando um pouco de comida com o Hachi.

_ Isabelle me levou para jantar _ contei.

_ Ela sabe que você voltou para me alimentar? _ indagou, enquanto comia. Eu sabia que ele estava com fome! 

_ Não… eu disse que ia ficar mais um pouco, tomar uns drinks para relaxar, e chamar um táxi depois. Ela estava muito cansada e foi para casa. 

_ E você não estava exaaaausto? _ esse deboche!

_ Estou… _ apontei. _ Mas não acho que conseguiria dormir sabendo que não terminei meu dever de casa..._ será que ele acredita na minha cara de inocente? 

Alec me encarou longamente, como se tentasse ler a minha mente. Se ele conseguisse, pensaria que sou um louco.

Então se levantou. _ Quer fazer seu dever de casa? _ seu tom foi perigoso. _ Eu vou ajudá-lo… 

Quando ele falou a última frase, todo o meu corpo se arrepiou, principalmente quando me puxou da cadeira, com pressa e me sentou na mesa de reuniões, me roubando um beijo tórrido. Era o que eu queria? Era! 

Transamos ali mesmo, entre papéis, equipamentos eletrônicos e caixinhas de comida. Eu nunca mais veria aquela mesa de reuniões como antes.

Mas Alec não estava satisfeito, ele nunca se satisfazia com pouco. Acho que é coisa de gente rica…

Agora, eu também nunca mais verei meu nicho de trabalho como antes. Sempre vou me lembrar que chupei meu chefe sentado na minha bancada e ele me fodeu de quatro na minha cadeira. A mesa da sala dele também faz parte das minhas novas lembranças…Ai ai...

Tivemos uma ideia super criativa as 4h30, enquanto eu rebolava no colo dele, sentado na cadeira da cabeceira da sala de reuniões. Outra lembrança inesquecível!!!

Era 5h30 quando ele me deixou na frente do meu prédio e me deu um beijo, antes de ir embora. Eu nunca imaginei que Alec fosse um cara que desse beijos de despedida, mas ele é. Ainda lembro que ele beijou a minha mão ferida com carinho. Nunca vou esquecer...

_ Como conseguiu? Uau, isso ficou ótimo!! _ Isabelle estava eufórica quando nos reunimos novamente, às 9h. Eu usava corretivo para esconder as olheiras profundas das duas horas dormida, mas Alec ainda estava com a mesma roupa da noite anterior e aparência cansada, de quem não fechou os olhos. 

Eu sabia que ele iria voltar à empresa e terminar o serviço. Ele também arrumou tudo que bagunçamos, só deixando algumas gotas de sêmen no meu teclado. Mas isso só me fez sorrir… "Desgraçado gostoso do caralho!" Eu nem reclamei de ele ficar com os méritos do trabalho.

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Alec estava mais mal humorado do que sempre quando entramos no avião e eu estava exultante. 

Era a minha primeira viagem internacional e eu ia de primeira classe. 

Ele detestava feiras e conferências, mas Isabelle o obrigou a ir, usando todas as chantagens que tinha nas mangas, porque eu pedi.

Ainda não sei porque eu queria que ele participasse desse momento incrível da minha vida, mas, ele indo junto me dava segurança e paz. 

Estávamos indo para Hong Kong e eu ainda não acreditava, mesmo já estando há algumas horas no avião, desfrutando do meu espaço privativo da primeira classe. 

Mas, claro que eu não ficaria quieto ali, quando o rei do mau-humor estava no leito ao lado. Estávamos voando e eu queria fazer algo que nunca fiz antes.

_ Alec… você está dormindo? _ perguntei baixinho, quando entrei e fechei a porta do espaço privativo dele. 

Alec estava deitado, com uma máscara nos olhos e parecia mais gostoso do que sempre, com a cabeça recostada no travesseiro e a gravata frouxa. 

_ Eu estava tentando, mas você não deixou..._ bufou, sem humor. 

_ Você já transou no ar? Tipo… voando, como agora? _ perguntei, enquanto tirava a gravata dele e abria os botões da camisa. 

Alec ergueu a máscara, a deixando nos cabelos, como uma tiara. _ Eu não estou acreditando… Quer que eu realize seu sonho de princesa de transar no avião? _ ele ergueu as sobrancelhas, e eu já havia desafivelado seu cinto, aberto o zíper da calça e minha mão já passeava dentro dela, despertando o que me interessava.

Montei em seu colo e rebolei do jeito que sei que ele gostava. _ Você vai fazer isso por mim? _ caralho, eu sou manhoso, eu sou convincente... 

Ele me puxou pela nuca e me beijou e, é claro, realizou o meu sonho. 

Alec estava na minha mão e nem percebia isso…

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Eu sentia que estava perdendo meu autocontrole e deixando ele fazer o que queria, me usar como bem entendesse. Será que ele percebia o poder que tinha sobre mim? Ele não podia saber. Não devia saber. Eu precisava retomar a minha lucidez, meu controle. Eu não queria me envolver com ninguém, não queria gostar de ninguém novamente. Eu não podia passar por isso de novo…

_ Porra, Izzy! Isso já é demais! _ rosnei, sem paciência. _ Eu não vou dividir o meu quarto, a minha privacidade com o Bane! _ o nome dele saiu da minha boca com asco e Isabelle deu um tapa na minha cabeça por isso. 

_ Pare de ser metido! Magnus não conhece nada aqui e não fala a língua. Ele pode se atrapalhar, pode se machucar, e ele é nossa responsabilidade… _ ela explicou.

_ Eu não sou o pai dele e ele não é minha responsabilidade. Se está tão preocupada de ele ser sugado pela privada, por não saber apertar os botões, divida você o quarto com ele. Eu quero dormir em paz, sem nenhum deslumbrado de primeira viagem por perto _ rosnei, com raiva nos olhos e sei que a minha irmã tremeu. Ela odiava quando eu agia assim, mas essa é a minha natureza, eu não gosto de dividir. 

_ Ok… ele vai ficar no quarto sozinho, mas vai ficar interligado ao seu e… se ele precisar… prometa que vai ajudá-lo, sem ser grosseiro… _ ela pediu, com cuidado. _ Por favor! _ juntou as mãos, como em uma oração.

Revirei os olhos. _ Eu não sou grosso… _ neguei. _ E se ele me perturbar por alguma bobagem, vou ser realista e mandar ele se foder _ avisei. 

_ Meu Deus, por que eu trouxe você?_ ela suspirou, desalentada. 

Estou de mau-humor por causa do delay e da canseira que aquele infame me deu no avião. Só preciso de algumas horas de sono e sossego.

Isabelle não estava cansada, então foi encontrar uma amiga que morava na cidade. Eu pensei que o Bane iria com ela, mas ele também estava tonto pelo delay e preferiu ficar e dormir um pouco. Tenho certeza que ele nunca deitou numa cama tão grande assim e vai adorar cada minuto nela, então, fui só checar se ele não tinha descido pela privada. 

_ Gostando do quarto cinco estrelas? _ perguntei, encostado na porta que ligava nossos quartos. 

Ele levantou a cabeça da cama, onde estava deitado de bruços, com braços e pernas abertos, como uma estrela, uma posição, no mínimo, inusitada para dormir.

_ Que susto! _ ele sorriu. _ Eu nunca deitei numa cama tão grande e tão macia _ contou e eu sei, porque a cama do apartamento dele é dura pra caralho. _ Vem… _ ele bateu no colchão. 

_ Não… eu vou descansar um pouco... _ neguei, com preguiça. _ Só vim ver se está bem instalado. Feche as cortinas para dormir melhor _ apontei e ele se sentou na cama, só de boxer.

_ Eu não sei como fazer isso. Elas não fecham… _ bufou, incomodado. Eu fui até o móvel onde estavam os controles das cortinas e apertei os botões, as fechando. 

_ Aqui não tem papel higiênico… _ ele reclamou baixinho, e eu mordi o lábio inferior. 

_ Venha cá, deixe eu mostrar para você como funciona… _ fui até o banheiro e ele me seguiu. Apertei os botões da privada e expliquei como cada um funcionava, enquanto ele observava atento e alegre. Isabelle ficaria orgulhosa de mim...

Mas, o que eu estava fazendo lá, quando devia estar dormindo? Estou precisando de uns tapas.

Depois da aula de tecnologia japonesa, eu disse que ia dormir e voltei para o meu quarto.

Estava quase cochilando quando ouvi a porta abrir. Ele entrou, subiu na cama e chegou bem perto do meu rosto. _ Está dormindo? _ perguntou baixinho.

_ Tentando, mas você novamente não deixou..._ falei, sem paciência.

_ Podíamos fazer sexo para relaxar, eu não estou conseguindo dormir… _ ele sugeriu e eu finalmente abri os olhos, o encarando.

_ Ok, mas só uma vez e você vai para o seu quarto _ aceitei, por caridade, porque não sou tão mau assim.

Transamos três vezes e ele dormiu na minha cama.

_ Por que estão discutindo? Consigo ouvi-los do corredor, que inferno! _ Isabelle invadiu o quarto do Bane, no nosso segundo dia de viagem.

Ele estava com as mãos na cintura e olhos de fogo na minha direção, enquanto eu me mantinha de queixo erguido e a certeza que estava certo. Eu sempre estou certo!

_ Esse idiota! _ ele me apontou. _ Esse idiota acabou com o meu bastão delineador… ele estragou! _ quase gritou. 

Revirei os olhos com tanta bobagem. _ Você é dramático e não sabe valorizar o que faço. Não sou sua babá, nem seu empregado. Devia me agradecer por ser tão benevolente..._ falei, com indignação.

_ Vocês podem me explicar o que está acontecendo? _ Isabelle não estava entendendo nada.

_ Eu pedi duas vezes para esse energúmeno me ensinar a abrir e fechar as cortinas e a fazer a privada funcionar e olhe o que ele fez… _ mostrei.

Ao lado de cada botão, eu havia escrito o que ele acionava, tanto na plataforma do quarto, quanto no banheiro. Era uma boa ideia? Era! Ele teria as informações e quando fôssemos embora, era só apagar com um pano úmido. Eu não entendia porque tanto escândalo. Acho que nunca vou entender...

_ Mas ele ajudou você, Magnus… _ ela mostrou. 

_ Eu faço meus atos de caridade, de vez em quando… e não aguento ter que ensinar isso toda vez que ele tem dor de barriga... _ ergui os ombros. 

_ Mas ele usou meu bastão delineador… _ o Bane reclamou, arrasado. _ O único importado que eu tinha… Uma amiga trouxe da Índia e eu economizava para não acabar… _ quase choramingou. 

_ Alec… _ minha irmã me repreendeu, mas eu ainda não entendia o porquê de tanto drama. Não bastava comprar outro? 

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Eu nunca me senti tão encantado por um lugar e Hong Kong me conquistou de várias maneiras. Era como estar dentro de um filme, comendo aquelas comidas, andando por aquelas ruas e ouvindo as pessoas falarem aquela língua engraçada.

Isabelle compactuava da minha alegria e animação, e Alec estava sempre com cara de tédio. Ele falava japonês fluentemente, e Isabelle sabia um pouco, e eu achava lindo ouvi-lo falar ou escolher nossa comida, explicando o que era cada coisa.

A feira foi incrível e, mesmo que Alec dissesse que não valia a pena ter viajado para participar, eu sei que ele gostou muito do que viu. Ele comprou novos equipamentos de edição de vídeo, de alta tecnologia, e até um celular novo para mim, e mandou Isabelle me dar, alegando que seria melhor para o trabalho. 

Mas ele me surpreendeu totalmente no quarto dia de viagem, quando me deu um presente.  

Tinhamos acabado de fazer sexo, na volta de uma tarde de compras. Isabelle devia estar descansando para sairmos a noite para uma balada com suas amigas, e nós também estávamos descansando, só que de um modo diferente… 

Eu cochilei depois de um êxtase intenso e, quando despertei, alguns minutos depois, tinha uma sacolinha ao meu lado. 

_ O que é isso? _ perguntei, me virando para ele, que parecia velar o meu sono, deitado de lado.

_ Um presente… _ disse apenas.

Abri um sorriso e resolvi não fazer nenhum comentário que estragasse aquele momento único. Enfiei a mão na sacolinha e tirei um pequeno quadradinho colorido. Franzi o cenho.

_ É um Omamori… _ ele explicou. _ Um amuleto, um talismã de sorte e proteção… 

Eu sorri e apertei o talismã junto ao coração. _ Você sempre me surpreende… _ murmurei e me aproximei mais, nossos lábios quase se tocando.

_ De uma forma boa, espero… _ ele murmurou de volta. Eu apenas assenti e o beijei.

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_ Por que Alec é tão frio e desinteressado com as pessoas? Ele não namora, não tem relacionamentos? Às vezes parece que ele não consegue sentir nada pelos outros… _ eu perguntei a Isabelle, durante um almoço na volta da viagem. 

Acho que já atingimos intimidade suficiente para eu investigar um pouco a vida de Alec com a ajuda dela. 

Ela suspirou. _ Ele tratou mal você, de novo, durante a viagem? Ele me prometeu… 

_ Só o de sempre… _ revirei os olhos e sorri, a tranquilizando. _ Eu só… percebo que ele não é sociável e não faz questão de ser. Quando fomos para a balada, ele ficou no hotel e quando fomos almoçar com suas amigas ele resolveu ir visitar um museu _ eu ri.

_ Alec não gosta de pessoas. Ele diz que a humanidade é burra e mentirosa. A verdade é que meu irmão nunca foi muito sociável, mas… depois que Will traiu ele com Tessa, ele ficou muuuito pior… _ ela contou, como um segredo.

_ Tessa… _ eu repeti o nome e me lembrei imediatamente da festa. _ Ela estava na festa, na mansão. Achei que tinha visto Alec mudar ao vê-la, mas pensei que era coisa da minha cabeça. 

_ Como essa víbora entrou na minha casa? _ Isabelle rosnou. 

_ Disse que tinha ido com um tal de… _ pensei um pouco. _ Jem… Ela falou que eles vão se casar… Onde fica o tal Will no meio disso? 

Isabelle fez uma cara triste. _ Tessa namorava Jem e o deixou por Will, que morreu… Poucos meses após ficar com Tessa, Will morreu fazendo sexo com ela. Tessa o enforcou até a morte… Foi processada, mas o caso foi arquivado. Ela é muito rica. 

_ Meu Deus… _ cobri a boca com as mãos. Às vezes, logo no começo dessa coisa louca que temos, Alec pedia que eu o enforcasse até o êxtase e eu achava perigoso e tenso. Mas, depois, ele não pediu mais… Ele se satisfazia com o que eu fazia e não precisava de mais. 

_ O que está rolando entre vocês? _ ela perguntou, de repente, e eu arregalei os olhos.

_ Nada! Você está ficando louca? Seu irmão é um diabo sem alma e eu quero ir para o céu _ me defendi.

Ela riu, cínica. _ Alec pode ter todos os defeitos do mundo, mas eu vejo o brilho nos seus olhos quando ele chega e eu vi quando ele, discretamente, comprou isso… _ ela apontou para o amuleto pendurado no meu pescoço. 

Caralho! Essa mulher é uma ninja! 

_ Eu pedi para ele comprar para mim..._ menti, guardando o cordão dentro da camisa.

_ Alec não faz favores… _ ela pontuou.

_ Mas ele teve que fazer, porque eu não falo a língua… _ devolvi, esperto e ela me encarou, sorrindo.

_ Alec está mudando… _ me confidenciou. 

_ Mudando? _ me debrucei na mesa, curioso. _ Mudando como? 

_ Eu não sei explicar… não é como se ele deixasse de ser o puto escroto que é, mas eu vejo nos olhos dele. Nem quando ele estava com Will eu via o que vejo agora… Alec não é mais um ser sem alma… _ ela falou baixinho e, por mais louco que possa parecer, eu acho que entendi, porque eu também sinto que ele está mudando. 

_ Então deixe que ele mude em paz… não vamos despertá-lo para isso, senão ele pode querer voltar a ser o que era… _ sorri, cobrindo as mãos dela com as minhas. 

_ Seja lá o que esteja acontecendo entre vocês… o que você está fazendo para o meu irmão..., obrigada! _ ela sorriu, com olhos marejados.

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Notas Finais


Amanhã teremos o último capítulo dessa short fic e, confesso, vou ficar com saudades dela.
Gostei muito de escrever essa gostosinha. Sem muito conflito, com muito humor...
Sei que muitos gostaram e também vão sentir falta. Mas ...
Já comecei a escrever outra. Só que é bem diferente dessa...😅
Bj e até amanhã...


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