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História Insuficiente (ABO) - Inquieto - História escrita por IchygoChan - Spirit Fanfics e Histórias
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História Insuficiente (ABO) - Inquieto


Escrita por: IchygoChan

Notas do Autor


Desculpe a demora, honeys!

Capítulo 2 - Inquieto


Fanfic / Fanfiction Insuficiente (ABO) - Inquieto

De olhos abertos, Bakugou fitava o teto submerso na escuridão do quarto. Por mais que tentasse, era simplesmente impossível dormir, podia até mesmo tentar, mas o máximo que conseguia era se frustrar. 

_ Merda. - resmungou levantando-se enfim e indo até a cozinha. Pegou uma cerveja, acendeu o abajur ao lado do sofá e sentou de qualquer jeito, mal humorado por perder mais uma noite de sono. 

Estava ciente de que a próxima manhã seria difícil e que o sono viria no meio do expediente de trabalho. Havia cochilado algumas vezes em serviço e isso não pegou muito bem para a sua imagem, não podia simplesmente ficar dando aquele tipo de vacilo. Abriu a lata e bebeu lentamente, crente de que talvez o álcool ajudasse seu corpo a relaxar e sua mente a desligar. 

No entanto ele sabia qual o motivo de estar sem sono, e que esse problema além de não ser inédito, estava associado a estar preocupado. Havia semanas que não recebia nenhuma notícia de Kirishima através dos amigos, e isso estava deixando-o ansioso. Alguém volta e meia sempre lhe enviava alguma foto ou vídeo, ou mesmo algum relato de como estava seu ômega e filhote, e mesmo que ele fingisse não se importar ou respondesse de maneira curta e desinteressada, aqueles pequenos momentos eram os únicos em que se sentia verdadeiramente feliz. Amava cada foto, gif ou vídeo de seu pequeno bebê, e sorria contente e culpado ao tocar a tela imaginando-se ao seu lado, apertando-o como fazia Eijirou que sempre o acolhia com tanto amor e carinho que era quase palpável. Ao mesmo tempo sentia um peso enorme sobre suas costas. Diferente do que imaginou as coisas não caminharam como havia cogitado inicialmente. Sentia falta do amado, e queria mais do que tudo vencer a vergonha e admitir o erro para voltar para o lado dele, mas era covarde demais para isso. 

Havia sido tão mesquinho e estúpido com Eijirou, seria tolice acreditar que ele iria querer reatar. Nem mesmo sabia como começar a se desculpar, preferindo se esconder a ter que retornar e correr o risco de ser escorraçado da vida dele com honras, assim como merecia. 

E tinha Takeshi. Por mais que desejasse voltar e finalmente poder conhecer o filho pessoalmente, Katsuki não se sentia no direito de se considerar pai. Havia renegado-o até o dia em que recebeu uma foto enviada a si por Deku horas depois dele nascer. 

Na foto o pequeno estava enrodilhado junto a Eijirou que o fitava com um olhar arrebatado e pesaroso que arrancou lágrimas do loiro. No mesmo momento tocou a marca sentindo fluir através de si, ainda que levemente, a mistura de sentimentos que tomava seu ômega. 

Doeu. Nada nunca havia doído tanto em sua vida. 

Bakugou precisou se esconder porque não conseguiu conter a enxurrada de sentimentos que fluiu através de suas lágrimas, sentando-se em um beco enquanto experimentava o sentimento mais miserável que um alfa poderia sentir. 

Suspirou fundo ao ser recordar daquele momento. Havia abandonado seu ômega, perdido o nascimento do próprio filho e nem ao menos estava lá para lhe dar as boas-vindas.

_ Desculpe, Eijirou. - murmurou para o vazio, sentindo-se o homem mais miserável e maldito do mundo. 

   Apegou-se a Takeshi desde o primeiro relance e acompanhava seu desenvolvimento através dos amigos. Chegou a desbloquear Eijirou nas redes sociais, mas ele havia trocado de número e proibido qualquer um de lhe passar o novo contato. Restava apenas a ele vencer o orgulho e a vergonha e voltar. 

Foi então que tudo desandou. 

O celular vibrou sobre a mesa de centro e Katsuki se agitou com tamanha velocidade que derrubou cerveja em si mesmo sem nem mesmo se importar. Pegou o aparelho de maneira afoita e deslizou o dedo pela tela desbloqueando-o. A imagem de fundo era do ômega segurando seu bebê em pé, apoiando seus pezinhoa em seus joelhos enquanto riam um para o outro. Bakugou amava aquela imagem, e sempre sentia os olhos umedecerem emocionados. 

Era uma mensagem de Deku, aparentemente ele não era o único insone. 

Deku: Kacchan, sei que está online, mesmo que a notificação de mensagem recebida não apareça para mim. Preciso que responda agora. 

Aquelas palavras pareciam conter um certo tom de seriedade que fez um calafrio percorrer a espinha do loiro. Mesmo assim ele demorou um pouco para responder, absorto nos próprios pensamentos e medos. 

Deku: Kacchan, me responde. É sério. 

Teria acontecido algo com seu ômega ou filhote? Os dedos tremeram com o pavor de descobrir o motivo que levava Izuku a mandar mensagens tão tardiamente. 

Deku: É sobre o Eijirou. 

O alfa engoliu em seco com a afirmação, sentindo o desespero em cada batida frenética do coração que pulsava de maneira dolorosa.

Você: O que houve?

Katsuki fechou os olhos ansioso enquanto via a mensagem de "digitando" acima do tópico aparecer e desaparecer por um tempo que pareceu infinito. Sabia que Izuku estava escolhendo as palavras, provavelmente incerto do que deveria dizer. Não conseguiu se conter. 

Você: É algo sério? Aconteceu algo com o Takeshi?

Novamente a palavra digitação parou, reiniciando alguns segundos depois. Cada segundo parecia a ponto de enlouquecer o alfa que já começava a liberar feromônios em demasia. O informe de digitação desapareceu e reapareceu mais três vezes antes dele perder a compostura. 

Você: Fala logo, merda! Tá me deixando apreensivo. 

Deku: Não importa, apenas ignora. 

Você: Como posso? Você me chama as duas da manhã para me mandar ignorar?! Que porra tá acontecendo? O que houve com o Eijiro?

Dessa vez o ícone ficou inativo por um bom tempo e Katsuki teve certeza de que caso estivesse ao lado dele teria explodido aquela cara sardenta pelo menos umas dez vezes. O ícone passou a indicar que ele estava gravando um áudio. 

Deku (áudio): "Olha, Kacchan, eu não sei se você se importa o suficiente para isso, afinal você deixou o Eijirou e o Takeshi sozinhos, mas eles estão precisando muito de você agora. Se não vier a coisa vai ficar feia. "

Você: Porque? 

Deku (áudio) " Eu não posso dizer, ok? O Eijirou nem sabe que ainda me comunico com você e quando descobrir vai ficar muito irritado e com razão. Só posso adiantar isso. Eles precisam de você, venha. 

Você: Algum dos dois está machucado? 

Deku: Não, estão bem. 

Katsuki suspirou aliviado com a resposta, sentindo-se trinta quilos mais leve. 

Você: Então porque essa merda de desespero? 

Deku: Porque não é tão simples. Se não vier vai se arrepender depois. 

Se Bakugou soubesse que ele realmente se arrependeria amargamente, teria dado ouvidos ao amigo, enfrentado toda a falta de estima em si e ido. Chegou a comprar as passagens de avião, mas na última hora desistiu por temer ver o olhar decepcionado de Eijirou. 

No entanto as semanas que se sucederam o deixaram apreensivo. Trabalhava sentindo o estômago revirar e teve o pior surto de ansiedade de toda a sua vida. Deku ainda lhe enviou algumas mensagens que ignorou por medo do que leria. A marca passou a arder cada vez mais insistentemente. Não era um bom sinal. 

Ao final da terceira semana ele recebeu a última, e de todas essa foi a que mais lhe assustou. 

Deku: Não se preocupe, eu não vou mais tentar entrar em contato com você porque agora já deu merda. Não precisa nem responder. 

Você: Deku, maldito o que houve?

Você: Para de fazer hora, o que aconteceu? 

Izuku não o respondeu, pelo contrário o bloqueou. Assustado, Bakugou procurou em sua lista de contatos o novo contato de Eijirou que Momo havia lhe passado escondida. Tentou ligar em vão, pois a linha tocava até cair, sem ser atendida. 

Frustrado e com as lágrimas já trilhando o caminho tão conhecido, Katsuki não quis saber de mais nada, pegou uma mala pequena, colocou algumas roupas rapidamente e saiu do apartamento como um furacão em direção ao aeroporto. Iria atrás do seu ômega para descobrir o que estava acontecendo. 


Notas Finais


Eita!


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