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História Invisible - TAEGI - I'm taking control over you - História escrita por JhamilleBelmino - Spirit Fanfics e Histórias
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História Invisible - TAEGI - I'm taking control over you


Escrita por: JhamilleBelmino

Capítulo 29 - I'm taking control over you


Fanfic / Fanfiction Invisible - TAEGI - I'm taking control over you

BTS – Pied Piper

Não se preocupe, minhas mãos são quentes apenas para você. Se talvez eu estiver destruindo você agora, por favor, me perdoe, porque você não pode viver sem mim, você sabe disso. Estou tomando controle sobre você.”

(Don’t worry, my hands are warm just for you. If maybe I’m destroying you now, please forgive me, because you can’t live without me, you know that. I’m taking control over you.)

 

Dar-hu estava preocupado. Não o tipo de preocupação que lhe tirava o sono ou perturbava seu mente, talvez preocupado nem fosse a palavra certa, e sim atento. O ômega estava atento porque Taehyung estava começando a chegar mais tarde que o habitual em casa depois da escola e isso fazia o alerta soar em sua cabeça no mesmo instante. 

Sabia que ele estava com Min Yoongi e também sabia que o ômega mais novo passava a tarde inteira sozinho em casa, já que a mãe trabalhava. Juntando as duas informações ao fato dele também já ter tido 18 anos e vivido a euforia da primeira paixão, não precisou nem mesmo ele somar as coisas pra saber o quão perigosos aquilo era. 

O ômega não era do tipo cheio de tabus, até porque acreditava que impedir adolescente de fazer algo era a maneira mais fácil de induzi-los a fazer. Taehyung era um jovem muito bem ajuizado e Yoongi também era. Mas prevenção nunca foi demais e por isso ela fez a esposa ter uma conversa de alfa para alfa com o filho, naquela mesma noite. 

O que eles não sabiam era que Taehyung não estava passando as tardes com Yoongi, até porque não daria mesmo para saber, mas ele enfim tinha aprendido a técnica certa para pintar o retrato do Min, então ele vinha tendo aulas extras com a professora de artes. 

No entanto, sabendo ou não, de nada adiantaria porque já tinha passado da hora deles terem aquela conversa com o filho e Dar-hu faria Gayoung agir ela querendo ou não. 

- Isso é tão constrangedor. – a alfa resmungou enfiando no bolso do seu pijama todos os pacotinhos que seu marido tinha lhe passado. Suas bochechas estavam meio vermelhas de tanta vergonha que sentia e se não fosse a força implacável do seu ômega persuadindo aquilo, porque Dar-hu tinha a força de três tratores quando queria algo, ela jamais faria aquilo – Não quero fazer isso, ômega. 

- Mas alguém vai ter que fazer, eu ou você. – ele não estava brincando e Gayoung soube perfeitamente disso quando o esposo cruzou os braços e fez aquela típica expressão que dizia “escolha de forma inteligente, ou irá se arrepender” mesmo sem dizer uma única palavra a respeito. – Decida. 

- Meu pobre filho. – lamentou, erguendo os braços acima da linha do ombro e os deixando cair em uma expressão tipicamente teatral. – Ele já falou que não faz esse tipo de coisa com o Yoongi-ssi, eles não são assim, ômega, não tem com o que se preocupar. 

- A gente também não era, alfa, e no primeiro mês de namoro já estava pulando para o banco de trás do carro pra transar. 

- Bons tempos. – por um segundo Gayoung esqueceu do que estava sendo persuadida a fazer e suspirou em um ar para lá de sonhador, lembrando de suas aventuras com Dar-hu e em como era bom. Tão ludibriada em seu devaneio que só percebeu que o marido tinha se aproximando quando sentiu o toque dele em seus braços. 

- Sim, eram bons tempos e assim como a gente, nosso filho pode agir de modo irresponsável e você, como uma mãe maravilhosa e a minha alfa que eu amo, vai lá se certificar de que ele vai usar a cabeça de cima com mais sabedoria que a de baixo. – enquanto falava, Dar-hu ia a empurrando para fora do quarto, coisa que a alfa nem notou porque seu ômega era tão lindo e tinha um cheiro tão bom, que fazia ela ficar boba apenas de olha-lo. – Vá e quando voltar eu te darei algo de recompensa. 

- Sexo no chuveiro? – questionou sendo completamente atrevida, o que arrancou uma risada gostosa do menor, resmungando quando tentou beija-lo e o ômega só lhe ofereceu a bochecha. 

- Vou te mostrar as roupas íntimas que comprei e vou estrear uma delas só pra você hoje a noite. 

- Opá, eu gosto disso.

- Agora vá falar primeiro com o nosso filho e não me volte sem ter feito isso – foi o que ela falou por último, terminando de empurra-lo para fora do quarto e bater a porta na sua cara, tão rápido que Gayoung precisou de um tempo para processar tudo. – Agora! 

Gayoung precisou de uns segundos para entender o que tinha acontecido ali, mas quando enfim percebeu que seu marido tinha usado seu jeitinho doce e todo o domínio que tinha sobre si, para tira-lo do quarto e fazê-la fazer algo, mesmo quando não queria. 

Taehyung estava no quarto, organizando algo no guarda-roupa, distraído enquanto dividia seu tempo em trocar algumas mensagens com Yoongi. Os dois falando só coisas bobas sobre o dia deles e fazendo planos para o dia seguinte, porque o Kim não teria as duas últimas aulas e o ômega teria aula extra, então estavam vendo como fariam. Porém não era nada demais. 

O alfa estava até distraído quando ouviu uma batida na sua porta e ao virar, deu de cara com a mãe. 

- Você me assustou. – falou meio assombrada, até deixando cair algumas das coisas que estava organizando no guarda-roupa.

- Tem um tempinho? – Gayoung se apoiou melhor no batente da porta, as mãos fechadas em punho dentro do bolso da calça porque aquilo era para lá de constrangedor. Falar de sexo nunca foi um tabu, quando Taehyung tinha 12 anos ela sentou com ele e explicou muita coisa sobre o corpo de um alfa e as mudanças que iria acontecer, mas ele era uma criança ainda e não tinha nem pretensões de iniciar uma vida sexual. Não sabia se ele já tinha ou se já havia começado, e essa era a parte vergonhosa da coisa toda, porque se imaginar fazendo sexo era muito bom, mas imaginar seu filhote fazendo era demais para ela – Queria conversar uma coisa com você. 

- Claro, pode falar, o que rolou?

- Não é nada demais, só algo que seu pai me pediu pra conversar contigo. – ela não entrou muito no quarto, deu alguns passos até parar no meio do cômodo, olhando de um lado para o outro, sentindo o olhar do filho em sua direção. – Você chegou tarde da escola dois dias seguidos. 

- Hm, sim.

- Estava com o Yoongi-ssi?

A pergunta soou muito inocente, e era muito inocente mesmo, mas Taehyung entendeu ali, naquele questionamento tão bobo, o que tanto a mãe estava tentando fazer e isso fez com que a sua coluna gelasse, porque ninguém estava pronto para ter aquela conversa com os pais por mais tranquilos e liberais que eles fossem. Ninguém, nunca, estaria preparada o suficiente pra conversar sobre aquilo. Jamais. 

E, com toda certeza do mundo, Taehyung não estava naquele instante. 

Não era bobo em dizer que não pensou que o momento fosse chegar. Assim como no início da sua puberdade, ele estava ciente de que os pais levaria aquilo em questão assim que se mostrasse interessado em um ômega e os apresentasse como namorado. Ele sempre foi bastante claro com Gayoung e Dar-hu que só levaria um ômega para os conhecer caso sentisse que era o que seu lobo escolheu, o almoço de dois dias atrás foi a confirmação que o casal estava esperando, então era mais que lógico que eles não iriam deixar barato. 

No entanto, ele jamais imaginou que pudesse vim tão cedo assim e por isso foi preciso de pelo menos um minuto inteiro para ele se recuperar. 

- Não vamos te aquela conversa, vamos? – questionou quase em pânico, os olhos se arregalando ainda mais quando a alfa deu um passo para trás e fechou a porta atrás de si – Mamãe, por favor, não. 

- Olha, também não quero fazer isso, mas seu pai vai acabar comigo se eu chegar no quarto e dizer que não fiz.

- A gente não pode só fingir? – suplicou precisando até mesmo sentar tamanho o constrangimento e Gayoung não tinha nem começado a falar nada. 

- Você já está fazendo aquilo com o Yoongi?

- Não.

- Mas você já fez com outro ômega?

- Mamãe... – choramingou levando as duas mãos ao rosto, desesperado.

- Fez ou não? – insistiu, suspirando pesadamente quando o filho acenou positivamente com a cabeça. Ela então, sentou ao lado dele na cama o tocando no ombro em sinal de apoio. Lembrava bem da mãe fazendo aquilo consigo e entendia o sofrimento do filho, do mesmo jeito que agora entendia o quão sofrido foi para a mãe e pior, ela teve que passar por isso três vezes. Era uma guerreira. – Eu não vou te falar como faz porque provavelmente você sabe e nem vou ficar te dando sermão, contanto que você respeite sempre a vontade do ômega que está contigo, seja educado e se previna, não vou ficar te chamando a atenção de nada. Só quero que você pense mais com a cabeça de cima e não se deixe levar, entendeu? 

- Esse é seu jeito pra me dizer pra usar camisinha?

- Ainda bem que você entendeu sem eu precisar explicar. – ela riu um pouco, dado duas batidinhas contra o ombro do filho antes de se levantar e pegar as embalagens que o esposo tinha colocado em seu bolso – E isso aqui é pra você.

- Por que está me mando esse tanto de camisinha? 

- Porque eu sei que adolescentes tem vergonha de ir em farmácias comprar, então seu pai comprou pra que ninguém tenha surpresas. 

- Obrigado, eu acho, apesar de não ir usar nem tão cedo. 

- Gosto de pensar que sim, mas já tive a sua idade e sei como é a euforia da descoberta do primeiro amor, então, não custa nada prevenir. – chegando mais perto, ela deixou dois beijos contra os cabelos dele, enquanto Taehyung ainda olhava meio desconcertado para os três pacotes de camisinhas em suas mãos, cada uma com 6 unidades e ele não usaria nenhuma, pelo menos nem tão cedo. Pensava em sexo com Min Yoongi, era um adolescente entupido se hormônio maluco em um ômega que lhe virava a mente de diversas formas, mas não estava preocupado com isso. Estavam indo devagar e ele gostava disso. – Só, juízo, alfa, juízo e prevenção. Gravidez é o menor dos problemas em certos casos, então sabedoria sempre. 

- Certo, entendido. 

- Se teu pai perguntar depois, diz que eu te dei um sermão e fui útil, senão ele me quebra. E você sabe usar a camisinha, não sabe? Porque se não souber, eu explico como colocar direitinho.

- Pode deixar, mamãe, eu sei sim, obrigado por isso também. – resmungou prestes a cair duro de tanta vergonha.

Ela fez mais um afago contra os cabelos dele, antes de virar de costas e sair dali. Taehyung, apenas tratou de enfiar aquilo tudo em sua gaveta de cuecas e fingir que nem estava ali. 

Todavia, a exatos 14km dali, Min Yoongi e Shin Naeun já estava prontinhos para dormir e descansar para o dia corrido que teria assim que acordassem. Ainda era cedo, por volta das 20h, mas Yoongi havia se enfiado na cama da mãe após o jantar e os dois estavam assistindo a série que acompanhavam sem muita intensão de sair dali e fazer outra coisa, então só ficaram. 

Ele estava focado naquilo que assistia, mas sua mãe nem tanto porque naquela noite, quando chegou do trabalho, a sua vizinha da frente lhe parou para questionou sobre o alfa com que o ômega passada longos minutos preso dentro do carro quando vinha ser deixado em casa. Segundo a velha beta, não era o mesmo que tinha o carro barulhento – Seokjin – e os dois pareciam para lá de íntimos.

Naeun, que não ligava para opinião de vizinho, vinha tendo pouca paciência para curiosos, mas mesmo assim ela conseguiu ser cortês ao mandar a senhora educadamente ir cuidar da própria vida, porque do filho dela, sabia cuidar bem. 

Porém, não podia negar que a questão ficou em sua mente, e questão essa que ela achava bastante válida, a propósito. 

- A senhora Chu veio falar comigo hoje, dizendo que você e o Taehyung sempre ficam muito tempo no carro quando ele vem te deixar. 

- Não fazemos nada demais, só ficamos conversando e se despedindo, só isso. 

- Eu sei, não estou te acusando nem nada do tipo, confio em você e sei que é inteligente.

- Hm...

- Só tenha consciência do que faz, filhote, quero que saiba que não precisa se forçar a nada por conta de um alfa, respeite seu tempo e o seu corpo acima de qualquer coisa, e se o Taehyung ou qualquer outro alfa não souber respeitar isso, então o corte da sua vida na hora. Você é mais do que isso. 

- Entendi, mamãe, e não vou esquecer disso.

***

Hyung-ski sabia que não dava apenas para ficar parado esperando algo acontecer, sem tomar nenhuma atitude, porque certamente não daria em nada. Era como seus pais sempre lhe ensinaram “se queria, devia correr atrás” e era exatamente isso que pretendia fazer naquele instante. Estava mais do que decidido e por isso não perdeu tempo. 

O sinal da primeira aula havia tocado e não havia muitos alunos fora da sala e aquela era a oportunidade perfeita, porque Park Jimin estava no seu armário pegando alguns materiais e não tinha nenhum dos seus amigos por perto. Era a chance que tinha pedido aos deuses e não era bobo em desperdiçar. 

Não sabia quando havia começado todo aquele fascínio pelo ômega, mas também não era como se ficasse muito tempo pensando em como começou e os motivos, desde a primeira vez que colocou seus olhos nele que sentiu-se balançado e desde então, não conseguiu mais desviar os olhos dele. Ainda se lembrava a primeira vez que se falaram, foi na fila do lanche e Jimin pediu para ele pegar uma caixinha de suco para si que estava a sua frente. E ele estava tão lindo e o sorriso em seu rosto era tão radiante, que desde desse dia, não conseguiu mais esquecer.

Fazia bastante tempo isso, mas ainda conseguia lembrar. E desde então, sempre que o ômega sorria em sua direção, o coração do alfa derretia um pouco mais de amores dentro do seu coração, completamente fascinado pelo Park. 

Por isso precisava agir o quanto antes, porque não estava mentindo quando falou a Saeron que iria namora-lo e para isso, era necessário dar o primeiro passo e aquele seria o pontapé inicial. O Park ainda parecia meio receoso em tê-lo por perto, mas o mostraria que não era necessário ter medo e daria tudo certo. Ah, tinha certeza que daria. 

Jimin, por outro lado, não estava esperando investida de seu ninguém naquela quinta-feira pela manhã. Teria aula de biologia e sempre enrolava um pouco até ir para aula, até porque o professor sempre atrasava. Estava pegando novos post-it – porque ele adorava fazer observações neles para entender melhor depois na hora de estudar sozinho – e testando as canetas que ainda serviam para poder enfim ir para aula, quando sentiu alguma lhe tocando na cintura, lhe assustando pela chegada inesperada. 

- Oh, ômega, desculpe, não queria te assustar. – o alfa falou todo galanteador, parando ao lado de Jimin sem dar muito espaço ao Park para fugir, já que a porta do armário aberta lhe impedia de dar um passo para o lado. – Bom dia.

- Hm, o que você quer, alfa? 

- Você está tão bonito, o que faz com o cabelo que o deixa tão bonito assim? – ele tentou tocar nos cabelos do ômega, mas Jimin conseguiu empurrar sua mão para longe antes que fosse capaz de fazer. Gostava que tocassem em seus cabelos, seus pais o faziam dormir fazendo cafuné neles e até os dias atuais, vez ou outra, quando estava distraído demais ou sonolento se via afagando a própria cabeça, mas não significava que gostava do toque daquele alfa. – Está mal humorado, ômega? O que te deixou assim? Pode falar comigo, desabafar. 

- O que você quer, Hyung-ski? – insistiu ergueu a cabeça para olha-lo, a expressão fachada de pura raiva e nem um pouco simpático. Até o cheiro daquele alfa o incomodava e não era como se pudesse fazer muito para mudar isso, ele o irritava e era isso. Não conseguia sequer simpatizar com o alfa. – Eu preciso ir para aula, então seja breve.

- Está sabendo que vai ter uma festa no sábado?

- Sim, me mandaram mensagem sobre isso. 

- Você vai?

- Não sei, vou falar com os meninos, se eles forem, também sim, por quê?

- Se você for, vai com Kim Namjoon?

- Talvez. – ele deu de ombros, desinteressado no assunto, recolheu os restos dos seus materiais e fechando a porta do armário, de modo quase raivoso. Não queria ficar ali dando explicações sobre o que iria fazer ou deixar de fazer aquele alfa, mas Jimin tinha tanta esperança que Hyung-ski entendesse que não estava interessado, que ele apenas tentou não querendo também ser grosseiro, porque ele não gostava de ser grosseiro com ninguém – Talvez eu vá com o Seokjin-hyung, se ele for, mas também posso pegar uma carona com o Hoseok-ssi e tem o Namjoon e o Siu, foi o alfa quem me falou sobre a festa, e tenho certeza que ele não iria se incomodar em me levar. 

- E por que não vai comigo?

- Não, obrigado. 

- Ué, ômega, vamos lá, acho que já deu pra sacar que estou afim de você, por que não colabora? – insistiu tentando toca-lo, mas o Park não deixou, empurrando a mão dele para longe – Hm?

- Olha, eu vou ser bem direto com você porque parece que ainda não caiu a sua ficha, mas não vai rolar, beleza? Eu não quero ficar contigo, você me deixa desconfortável e me incomoda, eu nunca sairia para lugar algum contigo e jamais me envolveria com você. – ele não gritou ou falou alto, na verdade, sua voz saia com uma suavidade tão particular que Hyung-ski precisou se uns segundos para assimilar tudo que estava sendo dito em sua direção. Estava até um pouco chocado, mas não muito, porque ele era do tipo que levava até assunto sério na brincadeira quando bem lhe cabia fazer – Então, larga do meu pé ou eu vou na direção falar que você está me perturbando. E eu estou falando muito sério, alfa. 

- Qual é, Jimin, pra que tudo isso, hm? Eu sou um alfa legal, só basta me deixar provar. 

- Não quero prova alguma sua, apenas que não insista. 

- Ei, Park! – foi tudo que eles ouviram, a voz se propagando pelo corredor silencioso e chamando completamente a atenção tanto do ômega, quanto do alfa. E era ninguém menos que Saeron e Jimin ficou dividido entre ficar aliviado ou completamente confuso – Eu estava esperando você, ômega, mas você demora demais. 

- Demoro?

- Beta, estamos conversando, não deu pra perceber?

- Eu percebi, Hyung-ski, mas eu fiquei de ajudar o Jimin em biologia, então preciso que ele venha comigo, até porque a aula já começou. Vamos, Park? – Saeron não estava muito confortável em fazer aquilo e sabia que podia está passando um pouco dos limites, mas um dos seus braços pousou sobre os ombros do ômega, tomando cuidado em não toca-lo mesmo que no braço e deixá-lo desconfortável, tentando sorrir para a cara de indignado do amigo a sua frente, e em como Jimin parecia confuso – Até mais, alfa, foi mal atrapalhar, mas precisamos ir. 

- Você está sempre atrapalhando, beta. – ele praticamente rosnou, irado, as mãos fechadas em punho caídas ao lado do seu quadril, as sobrancelhas apertadas e os lábios em um traços tenso. Saeron sempre aparecia para colocar seus planos por água a baixo, primeiro foi quando tentou pegar o número de Jimin com Yoongi e agora, quando enfim arrumou coragem pra falar com ele, ela também tinha que aparecer. Aquela beta está a sempre no seu encalço, parecia até uma praga. – Sempre atrapalhando, parece que faz de propósito.

- Não leva para o coração não, parceiro, a gente se fala depois.

Ela agiu de modo suave quando girou o Park sobre os calcanhares e o fez andar na direção que era a aula de biologia. Tinha ido ao banheiro assim que o sinal tocou e estava seguindo para a sala quando viu a cena se desenrolando entre alfa e ômega. 

Queria apenas ter passado direto e seguido para a sala de aula, mas não conseguiu e quando deu por si já tinha agido por impulso e se aproximado. E essa era outra coisa que incomodava Saeron em relação ao Park, do quão impulsiva se tornava ao redor dele. Foi naquela manhã quando praticamente o colocou para correr de junto de si, e estava fazendo naquele instante. 

Quando os dois enfim dobraram o corredor longe das vistas de Hyung-ski, ela o soltou mantendo dois ou três passos de distância, fazendo Jimin a encara-la ainda tão confuso quanto antes. 

- O que foi isso?

- Pensei que você estava precisando de uma mãozinha com aquele alfa. – deu de ombros, voltando a andar quando o ômega parou. Mas o Park não deixou que fosse muito longe, a puxando se volta pelo moletom – O que, Park?

- Por que me ajudou? Pensei que não gostasse da mim ou algo assim, então por que me ajudou? 

- Porque você só não pode agradecer e pronto? As coisas são sempre cheia de questões com você?

- Pensei que não deveria ser gentil com você. – ela tinha um suave sorriso nós lábios ao falar aquilo, erguendo uma das sobrancelhas quando a viu fugindo do seu olhar. Saeron se fazia de durona, mas Jimin estava começando a ver além daquela casca dura que a circulava. 

- Sinto muito por aquela manhã, não foi legal te tratar daquele jeito. Me desculpe.

- Hm, só desculpo se me ajudar com biologia, não precisa ser fora daqui, mas seria legal ter alguma ajuda, eu realmente preciso de ajuda. – ele arriscou em falar, querendo resolver duas questões de uma só vez. Achava Saeron interessante, como disse aos amigos, estava tendo um crush nela e nem era meme, real, ela era linda com seus cabelos negros e o jeito despojado. A forma como ela sempre apertava os olhos quando o olhava fazia com que o estômago dele se revirasse em ansiedade, então queria se aproximar mais dela. E também precisava realmente de ajuda na matéria e ela disse que era boa. – O que me diz?

- Você está brincando com a minha cara?

- Não estou, então, fechado? – ele estendeu a mão direta na direção dela, querendo selar o acordo entre eles e, surpreendentemente, Saeron acabou apertando a mão de volta ganhando um sorriso enorme logo em seguida. – Ótimo, agora vamos para aula. 

- Você... Você sempre vai sorrir e agir desse jeito quando quiser algo, não vai? – questionou meio aérea, enquanto começava a segui-lo pelo corredor, vendo o ômega rindo baixinho pela sua fala. 

- É o meu charme, beta, tudo que eu quero, eu consigo, tinha isso em mente. – por cima do ombro, ele lançou uma piscadela na direção dela, abrindo a porta da sala logo em seguida e desejando bom dia para todos, nem ligando se o professor estava falando alguma coisa. 

Saeron, por outro lado, entrou calada e seguiu para o seu lugar. Park Jimin tinha cara e cheiro de encrenca, e ela sabia que sempre acabava se ferrando com ômegas assim, mas ela estava disposta a dar uma trégua, até porque não conseguia se manter mais tão longe. 

***

Taehyung tinha puxado seus materiais de artes para o fundo da sala, dando a ele mais privacidade para poder pintar seu quadro sem nenhum curioso de olho. Já tinha compartilhado com a professora o seu trabalho, até porque serviria para nota de final de semestre e também porque ela era profissional, mas não queria ninguém bisbilhotando e era isso que estava certificando em fazer.

Tinha planos com aquele quadro, talvez fosse um pouco brega para muita gente, mas ele não ligava, por isso queria que tudo saísse completamente perfeito e estava se esforçando bastante para isso. 

Estava trabalhando por um pouco de tinta vermelha, os dedos sujos e as mãos também, o avental já trazia grandes manchas mesmo que ele tivesse levado para lavar uma semanas antes. 

Concentrado, focado, mas não o suficiente para deixar passar a leve movimentação ao seu lado, bem do esquerdo, quando sua amiga de classe chegou perto de si quase sorrateiramente. 

- Oi. – ele falou antes que ela falasse alguma coisa, forçando um leve sorriso diante a ômega que sorria abertamente em sua direção. 

- Oi, você parece bem concentrado nessa tela. 

- É muito importante que fique bem feita. – ele deu de ombros não falando muito sobre aquilo, olhou para as horas no relógio e percebeu que faltava um ou dois minutos para o sinal tocar, então começou a guardar tudo. – Estou me esforçando bastante. 

- Tenho certeza que vai ficar ótima, posso ver quando terminar?

- Claro, vai ser meu trabalho do semestre de qualquer forma, então todo mundo vai poder ver. Mas não antes do dono do quadro. 

- A quem você vai dar? – questionou curiosa, fazendo o alfa rir um pouco quando a ômega fingiu que iria ver o que tinha ali. Ela era divertida e Taehyung nunca se sentiu desconfortável em falar ou interagir com ela, pelo contrário, ele só ainda não havia se tocado que a ômega tinha uma quedinha por ele, o que não iria mudar nada seu tratamento com ela. – Deve ser alguém importante pra ser seu trabalho do semestre. 

- Sim, muito importante e especial. – brincou jogando a proteção por cima da tela e não deixando mais a vistas para ninguém, antes de tirar o avental – Espero que ele goste.

- Aposto que vai... Ei, você está sabendo da festa no sábado? 

- Não, aonde? 

- Aniversário do Hyo-joo, líder de torcida. Ele chamou todo mundo do 3°.

- Ah, sim, eu sei quem é. Mas não sei se vou, ultimamente ando meio pra baixo e sem ânimo em ir para festa. – ele deu de ombros tentando limpar as mãos com um pedaço de flanela, não conseguindo tirar tudo, mas boa parte da tinta que havia sujado. – Vou ver com o Yoongi. 

- Yoongi é o ômega com que você tem andado ultimamente? 

- Hm, ele mesmo. – respondeu todo sorridente, muito apaixonado por Min Yoongi para sequer tentar esconder – Se a gente não marcar nada de legal para fazermos juntos e ele aceitar ir, parece uma boa opção. 

- Vocês estão namorando? 

- Não, mas eu espero que ele aceite ser meu namorado quando eu fizer o pedido. – ele tinha um sorriso fofo ao falar aquilo, não notando o tipo de olhar que recebeu da ômega. Como se fosse para salva-lo, o sinal para o intervalo acabou tocando e isso foi a deixa perfeita para ele se livrar daquela situação – Opá, o sinal bateu, eu vou indo lá, a gente se fala depois? 

- Claro, claro, a gente se fala depois.

Yoongi, surpreendentemente, estava esperando Taehyung assim que o alfa saiu da sala, o surpreendendo por aquilo. Ultimamente o ômega estava tentando ser mais desenvolto ao redor do Kim e menos tímido, por mais que fosse difícil para ele. Mas também não era como se fosse uma tortura, só lhe tirava da sua zona de conforto e o Min estava tentando não se sentir tão mal por sair dela. 

O alfa, feliz em vê-lo ali, não se conteve em se aproximar e abraça-lo bem forte, beijando-o contra o pescoço e as bochechas, fazendo o outro rir também com aquilo. Yoongi nunca gostou de muito contato, tinha com a mãe e era também bem paparicado pelo pai quando moravam juntos, era o tipo de filho que recebia beijos e abraços o tempo inteiro, mas indo além desse grupo ilimitado de pessoas, não era normal que ele se sentisse confortável sendo tão tocado e espremido por algum que ele não tinha contato. Mas com Taehyung era diferente e quando Yoongi menos esperou, estava retribuindo o abraço do alfa, deixando que o maior beijasse seu rosto completamente. 

- Vamos agora, alfa? – Yoongi perguntou tentando afasta-lo levemente se perto de si, sorrindo mesmo tendo seus lábios, nariz e testa sendo beijados. Seus olhinhos fechados todo bobo. As pessoas que passavam ali, ainda um pouco interessadas demais no envolvimento dos dois, olhando para eles com bastante interesse – Daqui a pouco o coordenador aparece e vamos levar uma bronca daquelas. 

- Só preciso lavar minhas mãos, você me espera? 

- Claro, vamos lá. 

Os dois fizeram o que tinha que ser feito, andando de mãos dadas pelo corredor enquanto Taehyung agia como um bobo junto do ômega. Quando enfim chegaram a mesa todos já estavam lá – Jimin, Jungkook, Hoseok, Seokjin, Soojoon, Ara, Saeron, Hyung-ski, Namjoon e Siu – e mesmo a mesa já estando cheia, eles encontraram um jeitinho de ficarem todos juntos. Ara sentada no colo do namorado, igual Jungkook estava com Hoseok e Jimin em Seokjin, porque o Park sabia que o melhor amigo jamais agiria de uma forma ruim consigo. 

Yoongi acabou tendo que sentar nas coxas de Taehyung também e o alfa não se importou nada com isso, abraçando-o pela cintura. 

- Sério, eu tenho ódio de quem fala isso, “fale por você”, é claro que estou falando por mim, com base na minha vivência, no que eu sei da vida, nas minha ideologias, mas se a carapuça te serve, é um problema que você vai ter que resolver sozinho. – Jimin falou revirando os olhos enquanto comentava sobre a discussão que teve com um colega de classe no meio da aula de sociologia. Estava tão irritado, porém as pessoas ainda olhavam para ele como se ele fosse apenas um gatinho raivoso mostrando suas garras fofinhas. – Odeio! 

- Eu particularmente não quero nunca entrar em um debate com você, Jiminie. – Ara comentou agarrada ao namorado. – Não sei se ia morrer de raiva porque ia querer quebrar você por todo o deboche, ou ia morrer de fofura porque você é fofo demais. 

- Acredite ou não, ele não é tão fofinho assim em uma briga, o Jimin fica quase assustador e eu nem estou exagerando. – Jungkook falou recebendo um aceno positivo de Yoongi e Seokjin porque eles já tinham visto o amigo em ação e não era lá muito fofo de se ver – Ele chegou a socar um alfa uma vez porque ele o irritou. 

- Meu maior orgulho. – Seokjin, como um bom piadista, o abraçou pelas costas fazendo tanto o Park quanto os demais rirem com o seu jeito. Jimin até se aconchegou melhor nele depois disso. – Mas mudando de assunto aqui, vocês estão sabendo da festa de sábado?

- Sim, acho que todos vamos, não é, galera?

- Você quer ir, ômega? – Taehyung perguntou baixinho em direção a Yoongi, alisando o braço dele de modo carinhoso. 

- Você quer ir?

- Só se você for, então, quer ir? 

- Pelos deuses, que casal meloso da porra vocês dois em, vão pra casa do caralho com esse nojo!– Seokjin mais uma vez falou, alto, chamando a atenção dos dois para si – Vamos lá, Gi, vai ser divertido. 

- Igual a última festa que você ia me levar em casa e me esqueceu lá? 

- Não vou fazer de novo, prometo, até porque agora você vai com o Taehyung e, com toda certeza, vai cuidar de você. – brincou. Taehyung concordou com ele, completamente bobo enquanto Yoongi apenas olhava para ele com os olhos apertados em sua direção – Então?

- Vamos, Gi, vai ficar todos juntos, vamos lá. 

- Tudo bem, gente, não precisa implorar, por favor. 

- Ótimo, agora quem vai com quem? Porque eu quero deixar já tudo pronto e confirmado. 

- Eu levo o Siu e o Jimin, sem problemas. – Namjoon falou erguendo a mão ao chamar atenção deles. 

- A Saeron vai comigo e com o Soojoon. 

- Vou? 

- Vai, beta, fica quieta. – Ara falou acenando para a mais nova sem deixá-la falar mais. Saeron era mais nova do que ela e a Ara meio que tinha um elevado senso de proteção em relação a ela. Gostava demais daquela beta cabeça dura. – Jungkook vai com o Hoseok, Yoongi com o Taehyung, Seokjin vai sozinho e você, Hyung-ski, vai como? 

- Meu pai liberou um dos carros, até porque minha intenção inicial era levar o Jimin, mas ele prefere ir com o Namjoon mesmo. – Hyung-ski falou sem conseguir esconder sua  raiva e irritação ao falar, direcionando um olhar atravessado na direção do ômega. 

- E qual o problema dele ir comigo, alfa?

- Ele poderia ir comigo, se divertir, mas ele prefere andar com você mesmo depois de ter te dado um pé na bunda. 

- Ei, eu não dei um pé na bunda dele, presta atenção do que você fala, Hyung-ski! – o Park então tomou a frente, perdendo mais uma vez seu bom humor do começo do dia. Aquele alfa estava mesmo lhe tirando a paciência fazia dias e ele parecia particularmente bem mais irritante naquela quinta-feira. Tentou ser o mais amigável possível com ele esse tempo todo, mas não dava mais e nem estava se forçando a ser legal. – Namjoon é meu amigo e eu não te devo explicações alguma, se quero ir com ele, eu vou. Se não quero ir com você, aceite o meu não. Pronto.

- Além do mais que eu não deixaria ele ir contigo. – Seokjin falou abraçando o amigo, sendo ele agora o alvo do olhar feio do alfa. Todos ao redor, principalmente seus amigos, meio chocados e confuso com a reação repentina de Hyung-ski.

- E você tem que deixar alguma coisa, Seokjin?

- Lógico, Jimin é meu melhor amigo e irei defende-lo igual defendo o Jungkook e o Yoongi. Dei uma chamada no Hoseok quando ele veio com esse papo de namoro com o JK, e você sabe bem o que rolou com o seu amigo por ele está se engraçando para o Gi, então relaxa teu facho aí e fica na boa porque você está tirando minha paciência faz um tempão com isso. 

- Ou o quê?!

- Se você está tentando arrumar briga, avisa logo porque eu detesto drama e vou logo pra ação, não tenho medo de você seu fodido, então fala baixo comigo porque se for pra arrumar outra suspensão por quebra você, vou receber com honra.

- Tudo bem, hyung, está bem, nada de briga. – Jungkook tomou a frente com o seu jeitinho calmo ao falar, tocando o amigo no braço como se isso fosse o suficiente para para-lo. Detestava brigas e não queria ver o alfa se envolvendo em outra porque sabia que ele acabaria ainda mais encrencado.

- É, Hyung-ski, você também, dá um tempo, sem briga. – Soojoon falou agora, dando um tapinha contra o ombro dele, com o seu jeito típico de dizer “baixa a bola” porque ele era o hyung da mesa, o mais velho de todos ali e principalmente, de Hyung-ski e Taehyung, então ele sempre dava uma chamada no outro quando era merecido.

- Dá um tempo um caralho! Vão se foder também! – foi tudo que o alfa falou, afastando a mão do amigo para longe quando se levantou da mesa com tudo. 

Os demais ficaram ali, olhando para ele se afastando sem falar nada, meio assustados com o que havia acabado de acontecer. Ele estava fora do controle e irritado como poucas vezes foi visto. 

Para um alfa que sempre levava tudo na brincadeira, ele estava levando a sério demais Park Jimin não está interessado por si. 

Esse, assim que viu o outro sumindo pela porta do refeitório, se desculpou com todos pela cena porque Jimin se sentia culpado em  causar aquele clima chato para mesa, mas todos – categoricamente – o fez entender que a culpa não era sua de forma alguma, pelo contrário, todos reconheceram que o Hyung-ski estava passando dos limites e ele deveria ter feito isso mais cedo. 

Então logo trataram de fazê-lo esquecer aquilo, fazendo planos para a festa do sábado a noite. Todos pareciam empolgados, até mesmo Min Yoongi, pela primeira vez. 

***

Bonah ia ter mais uma consulta de pré-natal naquela tarde e tanto ela quanto Solji passariam a tarde fora, até porque também havia algumas coisas do enxoval das bebês que faltava comprar e ela iria aproveitar enquanto o peso da barriga ainda deixava. 

Jungkook, sabendo disso, com seu jeito, pediu a mãe para ir pra casa do namorado e ela, que estava tentando agir do modo mais sábio possível e com maturidade, mesmo que ainda fosse difícil a ideia do seu doce filhote está crescendo e tomando suas próprias decisões, deixou. 

O que foi ótimo para eles, porque na casa dos Jung só estava a avó e a irmã do alfa, que não passaram muito tempo lá de qualquer forma, porque a pequena Dawon foi pra a escola assim que almoçaram e a avó tinha aula de pilates naquela tarde, então acabou que os dois adolescentes ficaram sozinhos em casa, para a alegria deles. 

Jeon tinha trocado de roupas, trocado seu jeans por um short de algodão do namorado e uma das camisetas enorme de Hoseok, largado na cama, mexendo no celular enquanto o alfa fazia alguma coisa no seu notebook em cima da mesa de escrivaninha, conversando sem grandes preocupações 

- Foi uma dor de barriga infernal, misericórdia. – Jungkook falou ao namorado depois que Jung questionou se ele já estava melhor depois de ter passado tão mal dois dias antes. – Eu nem sou fácil de vomitar, mas ainda vomitei antes do jantar. 

- Sua mãe falou que pode ter sido o leite. 

- Pois é, me esqueci desse detalhe. – deu de ombros não se importando em nada com aquilo, mesmo que tenha ficado muito mal quando aconteceu. – E eu esqueci de dizer também, soube que a alfa chegou quando você ainda estava lá.

- Não foi nada demais. 

- Hm, não pareceu porque ela ficou dizendo que você era uma alfa abusado e petulante, que não confiava em você. 

- Sua mãe tem problema de confiança, mas isso já não é comigo. – deu completamente de ombros também, fechando a tampa do notebook sem nem mesmo desliga-lo, porque Hoseok tinha preguiça de fazer, indo até o namorado logo em seguida. – Agora não vamos ficar falando sobre ela, por favor, temos tantas outras coisas boas para fazer em vez disso. 

- Tipo? – Jeon perguntou rindo sonoramente quando o namorado veio deitando por cima de si, puxando o celular de suas mãos e jogando para o outro lado da cama grande – Alfa, estou falando com meu grupo do trabalho de matemática. 

- Foda-se, eu não dou a mínima. – ele então se encaixou entre as pernas do namorado, seu quadril batendo contra o quadril de Jungkook e os cotovelos apoiados ao lado das sua cabeça, o rosto bem próximo ao do ômega – Fiz algo meio estúpido hoje, ômega. 

- E o que seria isso?

- Uma alfa meio que ficou falando merda de você hoje na aula, comentando sobre as suas coxas e sua bunda, e o quão sortudo eu sou por ter um namorado tão lindo assim. E eu entrei em um bate boca desnecessário e o professor me tirou da sala de aula. – ele suspirou quando sentiu Jungkook abraçado sua cintura com as pernas e as costas com os braços largos. O rosto de Hoseok ficou apoiado entre o pescoço e o ombro, sentindo o cheirinho do ômega bem contra seu nariz. – Não fiquei com ciúmes tipo “esse é meu namorado, não fale assim dele”, mas eu odiei o modo que ela te tratou, como um pedaço de carne. Você é meu namorado e merece respeito, não gostei disso. 

- Não acho que seja algo estúpido, amor, obrigado por me proteger. – ele virou o rosto e deixou um beijo contra a nuca do alfa, sorrindo quando Jung ergueu o rosto para olha-lo, também sorrindo porque Jungkook era tão perfeito que mal dava para lidar com ele. – Eu não poderia ter encontrado alfa melhor para mim, lindo, educado, sexy, charmoso, respeitoso, cavalheiro e ainda tem um cheiro tão gostoso... Quantos ômegas você acha que pode dizer que é tão sortudo? 

- Bem, ômegas eu não sei, mas sei que não há alfa que tenha se dado melhor do que eu, pode ter certeza. 

Hoseok, então, enfim juntos seus lábios aos do namorado, beijando-o na boca intensamente. Ele lambeu os lábios do ômega, antes de chupar a língua dele e mordiscar seu lábio inferior com a pontinha dos seus dentes. Depois ele se afastou um pouco, recuando a cabeça e deixando que Jungkook tentasse prosseguir com o beijo erguendo o rosto e tomando a iniciativa de beija-lo. 

Os dois então se beijaram, usando a língua para dar mais intensidade ao contato enquanto Jungkook o puxava para mais perto de si. A mão grande do Jung chegando a coxa do ômega, por onde o short escorregou um pouco deixando a pele mais a mostra. Nada tão perigoso, mas bem incriminadora, principalmente quando o alfa escorregou a boca até o pescoço do namorado e mordiscou a pele dele, fazendo Jeon gemer baixinho ao sentir seu corpo se arrepiando inteiro. 

- Ômega... – Jung suspirou alto tentando se afastar do aperto de Jeon para olha-lo melhor. – Eu sei que você não está pronto para sexo, mas eu queria fazer algo, uma coisa que sei que vai gostar. 

- E o que seria, alfa? 

- Seu cheiro me deixa louco, amor, maluco de tão delicioso que é. – como se para provar, ele cheirou o pescoço do namorado, fazendo Jungkook rir um pouquinho por fazer cócegas – E eu quero saber se o gosto é tão bom quando o cheiro. 

- Você quer... – Jungkook não teve coragem de continuar, não diante o olhar sério de Hoseok e o sorriso ladino que ele lhe lançou em sua direção. 

- Quero. Você deixa? Se não quiser, não precisa aceitar só pra me agradar, só pensa.

- E se eu quiser? 

- Prometo que vai ser tão gostoso pra você, quanto vai ser pra mim. 

- Você fecha às cortinas? 

- Quero ver você... – sussurrou o beijando nas bochechas e na pontinha do nariz. – Você é completamente lindo e eu quero ver tudo, absolutamente tudo que posso. Qualquer alfa seria facilmente manipulado por você, amor, de tão lindo e de todos, você escolheu a mim então... Porra, Jungkook, eu quero adorar cada parte que te compõe, confia em mim. Aqui é só sobre você e quero te fazer se sentir bem, hm? Muito bem.

Jeon não teve exatamente muita coisa para falar depois disso a não ser acenar com a cabeça em concordância antes de ser beijado mais uma vez pelo namorado. 

Ele amava Hoseok, de verdade, e adorava a sensação de está aprendendo coisas com ele, de se entregar de corpo e alma para aquele alfa que sempre o tratou tão bem e devoto. Não havia alguém melhor para se entregar que não fosse o Jungkook, então ele apenas concordou mesmo que sentisse um frio em sua barriga de nervoso. 

Os dois se beijaram de modo lento, sem pressa, aproveitando o clima aconchegante que os abrigava dentro do quarto. A casa estava completamente em silêncio e tudo que se podia ouvir eram os estralos de beijo e o resfolegar de Jungkook sempre que tinha os lábios mordiscados. 

Uma das mãos de Hoseok estava pousava no seu quadril, empurrando lentamente a roupa dele para baixo, tão lento que o ômega mal pode perceber dedicado em beijar o namorado com todo o ímpeto. 

- Você já está soltando feromônios – a voz de Hoseok saiu mais grave que de costume, sua boca saindo de junto da de Jungkook porque ele precisava sentir mais do seu cheiro contra sua glândula aromática. – Caralho, que cheiro maravilhoso. 

- Amor... – suspirou sentindo-se molhar um pouco as calças quando recebeu mais uma mordidinha contra seu pescoço. O ômega sempre tinha aquele tipo de reação rápida demais com qualquer tipo de estímulo, por menor que fosse, e Hoseok adorava poder ser o único a proporcionar aquilo ao namorado. 

Jung não era do tipo territorial, nunca foi e nem fazia o tipo ciumento, mas havia algo sobre seu lobo toda vez que sentia Jungkook se entregando daquele jeito. O cheiro dele, o gosto, o calor do corpo, tudo, absolutamente tudo fazia com que Hoseok e o seu lobo ficasse maluco. Não maluco irracional, mas ainda mais entregue aquele sentimento. 

A mão dele continuou escorregando sob a roupa de baixo do ômega, ainda o beijando na boca sem mantê-lo longe porque não queria perder o contato, e nem queria deixar Jungkook desconfortável com alguma coisa. 

- Levanta o quadril, amor. – pediu baixinho, a boca a centímetros da boca de Jeon, que se mantinha de olhos fechados, nervoso e ansioso. – Isso, bebê. 

Eles se livraram rápido das roupas de Jungkook, largando tudo caído no chão. Jung podia sentir a pele do namorado contra o seu corpo, ele podia sentir a própria ereção crescendo apenas pela sensação da carne quente de Jeon em contato com suas roupas. O cheiro dele circulando todo o quarto e o embriagando. 

Apoiado contra os joelhos, ele se afastou um pouco do ômega, vendo-o nu da cintura para baixo, as bochechas vermelhas em uma mistura de timidez e excitação. As mãos largas do alfa se espalhou contra a barriga lisa do ômega, erguendo a camisa larga até a linha dos mamilos deixando mais partes do namorado a vista. E ele era lindo. Céus, ele era absurdamente lindo e se não fosse tão estúpido, Hoseok teria erguido as mãos e agradecido aos deuses por tamanha benção. 

- Posso toca-lo, amor?

- Pode.

- Olhe pra mim, ômega, não tenha vergonha  de mim. Vamos lá, bunny. 

Jeon, timidamente, abriu os olhos e viu o namorado ajoelhado entre suas pernas, um tipo de olhar que jamais viu antes no rosto dele, flamejantes e selvagens. Hoseok sorriu em sua direção e ele tentou sorrir também, envergonhado demais, ao mesmo tempo que sentia-se lindo diante o olhar que estava recebendo do namorado. Havia algo na forma que o alfa lhe admirava que fazia com que o ômega sentisse confiança e ganhasse um ar mais desinibido. Não estava 100% porque nunca havia ficado sem roupa diante seu ninguém, mas ainda assim, fazer isso para o Jung era menor desconfortável do que imaginou. 

Assim que teve a atenção do ômega para si, Hoseok voltou a ficar por cima do corpo do ômega, beijando-o na barriga e entre os mamilos, arriscando em raspar os dentes por um deles, ouriçando o biquinho amarronzado e recebendo um suspiro longo do outro. Depois, ele testou fazer o mesmo usando o polegar, esfregando e beliscando a região.

- Isso te machuca? – questionou usando o indicador e o dedo médio para apertar o biquinho.

- Não, mas é estranho. 

- Hm, a gente vai ter tempo pra explorar isso depois. – ele deu outro beijo contra o mamilo dele, e depois fez o mesmo no outro, e mais um no vão que separava os dois, fazendo Jungkook suspirar alto com a sensação dos lábios quentes do namorado em uma região nunca antes acariciada. – Estou mais interessado em outra coisa no momento. 

Jeon mal conseguiu piscar ao sentir o namorado levantando-se da cama e o seu corpo sendo puxado até a borda do colchão, os pés espalhados e ele em uma posição que lhe deixava completamente a mercê de Hoseok. Estava mais exposto do que um dia imaginou ser capaz. 

Sentiu beijos sendo deixados em sua barriga, um frio subindo contra ela, fazendo seu interior fervilhar a cada polegada que o alfa descia mais e mais além da linha do seu ventre. Reunindo suas forças – e tentando vencer a timidez mesmo que em partes a ideia de está nu da cintura para baixo de frente para o namorado ajoelhado entre suas pernas, não tenha chegado exatamente até a mente de Jungkook – o ômega se apoiou contra os cotovelos, recebendo o olhar feroz de Jung em sua direção.

- Posso continuar? – pediu usando um pouco mais de força para marcar o osso no quadril do ômega, um sorriso largo estampado em suas lábios e um tipo de olhar que Jungkook, até então, nunca havia sido capaz de ver. – Tudo bem pra você, ômega? 

- Tudo, vá em frente. 

Jungkook não tinha muita noção se estava realmente pronto para deixar o namorado ir em frente, porque assim que a ponta da língua de Hoseok encostou no seu pequeno pênis, ele sentiu uma descarga descendo por suas pernas até a sola do seu pé, seus braços tremeram e ele desabou na cama soltando um suspiro agudo. Quando os lábios do namorado se fecharam ao redor do seu comprimento, sua primeira reação foi fechar as pernas em torno do rosto do alfa, sentindo a pressão molhada em sua volta. 

Suas coxas foram afastadas e ele podia sentir a ponta gelada do nariz do outro tocando sua pele quente, seu pênis abrigado dentro da boca úmida de Jung chegando quase em sua garganta. 

Apesar de ser um macho, Jungkook ainda era um ômega, então seu pênis era bem menor do que um alfa, não sendo maior do que o dedo indicador do alfa, e ele não possuía sacos escrotas, então todos os estímulos estavam em seu pequeno pênis e em seu ânus. Todos ômega macho era assim e muitos alfas acabava negligenciando o prazer deles e tornava tudo um jogo de apenas enfia e sai. Mas Jung Hoseok não era assim, então ele deu bastante atenção ao pênis do namorado não se envergonhando em usar uma quantidade boa de saliva e lubrifica-lo como podia, as mãos apertando quase dolorosamente as coxas dele impedindo que as fechasse – mesmo que fosse particularmente prazeroso ter as coxas de Jungkook em volta do pescoço – sentindo o cheiro da lubrificação natural dele encharcando sua bunda. 

Quando Hoseok ousou escorregar então a língua naquela direção, os olhos de Jeon se reviraram em sua cavidade ocular e ele gemeu mais audível daquela vez, se agarrando a mão do namorado. Seu corpo dando espasmos involuntários completamente estimulado. 

Ele nunca havia sido tocado de uma forma mais ousada e tão pouco chegou a fazer sozinho, então era tudo novo para si, por isso seu corpo agiu de tal maneira. Gemendo e se contorcendo por completo a cada investida que recebia em sua bunda pelo namorado. Hoseok nem mesmo conseguia falar, praticamente comendo Jungkook com a boca, seu lobo querendo tomar controle enquanto o cheiro do seu ômega chegava com tudo. Como esperado, o gosto era tão bom quanto o cheiro, sem sombra de dúvidas. 

- Alfa! – Jungkook literalmente gritou, a sola do seu pé queimando pela sensação nova que tomava seu corpo cada vez mais, sua virilha se contraindo e a sensação de leveza circulando seu corpo para trás. Seus olhos não conseguiram se manter abertos e ele já podia sentir os cabelos úmidos de suor. – Amor...

Mas então, para completar a desgraça de Jungkook, Hoseok ergueu uma das pernas dele para ter ainda mais acesso ao seu ânus, enquanto segurava o pênis com a mão livre, estimulando-o por completo e o fazendo chegar ao ápice sem nem mesmo perceber. 

Suas costas se descolou da cama, a cabeça jogada para trás e a boca aberta – mas sem sair som algum – os olhos apertados e o abdômen contraído. 

Ele tinha tido um orgasmo. Rápido e intenso ao ponto de lhe arrancar lágrimas dos olhos. Seu corpo flutuando como se estivesse em uma nuvem, o coração e respiração acelerados. Tão entorpecido que precisou de alguns segundos pra registrar o momento que Hoseok se deitou por cima de si, beijando-o na boca sem ligar para o fato do alfa ter estado no meio das suas pernas um minuto antes. 

Embriagado e letárgico demais para pensar nisso. Ainda faltava muito para Jungkook está completamente pronto para o sexo de fato, mas eles podiam fazer tanta coisa gostosa até lá e o ômega percebeu naquele instante que ainda havia muita coisa a descobrir, e seria uma delícia fazer isso com o namorado. Com o alfa que tanto amava. 

***

Chi-woo estava cheiro de trabalho naquela tarde, repleto mesmo, e, o pior de tudo, que tinha que chegar em casa às 19h porque prometeu aos filhos que jantaria com eles naquela noite depois de negligencia-los a semana inteira. Não queria trabalhar tanto, queria poder ter mais tempo para curtir seus três ômegas e poder mima-los com coisas aquém de materiais. Porém ainda não se podia ter aquela regalia e precisava lidar com isso, tanto ele, quanto sua esposa e os dois filhos. 

Por está tão cheio de coisa para fazer, estava um pouco estressado também, sua cabeça doía um pouco e sua coluna ainda mais, os remédios nem pareciam fazer mais efeitos mesmo que tivesse tomado meia cartela inteira. 

Tinha mandado Seokjin levar uns documentos em um prédio longe dali, quando estava estressado da forma que estava, preferia mantê-lo longe de si do que perto demais e diante as suas vistas. Mandou que fosse e não voltasse mais naquele dia e de preferência, se mantivesse em seu canto e não cruzasse seu caminho em casa também. Com isso, por manda-lo embora, Chi-woo precisou ir até a máquina de café pegar uma xícara da bebida, por si mesmo, uma vez que sua secretária também estava ocupada. 

Não sabia mexer naquela máquina, mas também não demorou muito para aprender. 

A xícara estava quase cheia quando sentiu um toque em um dos seus ombros e ao virar para ver quem era, deu de cara com um dos seus sócios, um alfa meio charlatão com que o Kim não gostava de manter contato, porém era um bom profissional, então o aturava na medida do possível. 

- Chi-woo-ssi, quanto tempo que não nos vemos, alfa. – ele disse falando mais alto do que o necessário, lhe dando tapinhas nós ombros, nem ligando pela expressão fechada que recebeu como resposta. 

- Hm...

- Ei, eu vi seu filho um dia desses, ele já está na faculdade? 

- Seokjin? Não, está terminado o ensino médio. – bastou aquilo para que a atenção do alfa fosse direto para o outro, as sobrancelhas apertadas no meio da testa e o café esquecido mesmo que a xícara já tenha terminado de encher – Por quê? 

- Eu vi ele na faculdade com uma alfa um dia desses, eles pareciam bem próximos e achei que ele já estava estudando por lá. 

- Bem próximos como? 

- Próximos, sei lá, do tipo que você não quer que seu filho alfa fique com uma outra alfa. – ele tinha um ar muito sugestivo ao falar, dando mais dois tapinhas contra o ombro de Chi-woo, alcançando uma garrafinha de água antes de sair dali. 

O Kim só ficou lá, parado, a mente fervilhando com ideias nada boas. Seokjin estava lhe escondendo algo e ele não gostou nada da ideia que surgiu em sua mente, do que talvez seria isso. 


Notas Finais


Música do capítulo: https://youtu.be/VEZ_Ui6d9AM

Oi, gente, estamos de volta! Eu estava realmente precisando de uma folga, colocar minha cabecinha no lugar e só relaxar e acho que consegui, não sei.

Espero que tenham gostado do capítulo tanto quando eu gostei e a gente se ver na próxima sexta sem falta.

Ps: Playlist de Invisible:
https://open.spotify.com/playlist/6R63onPk2N2biEsb2YvbrE?si=0BN8wvNoRdGASFqeK8KBcA
Sim, eu reorganizei.


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