Kelly Rermer
Faltava alguns quilômetros para chegarmos ao destino, meu coração estava a mil ao mesmo tempo com muita preocupação. Kim mandava mensagem perguntando se já tínhamos chegado eu respondi que ainda não. As deixei informadas de tudo para não se preocuparem comigo.
Rachel por outro lado não parava de balançar as pernas e os seus olhos estavam ali focados na localização. Parece que elas são bem próximas. Tentei acalma-la mais eu acho que não adianto muito.
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— Desde quanto se conhecem?
— Isa foi única que me estendeu mão... ela é como uma irmã para mim, mais antes eu não pesava desse jeito.
— Como assim?
— Eu era loucamente apaixonada por ela, mais nunca tive coragem de dizer que eu amo... desde então eu deixei essa coisa de lado e viramos grandes amigas e parceira de trabalho. Ela sofreu muito Kelly... eu cuido dela como posso sem passar do meu limite.
— Gosto dela também... acho que temos um mesmo passado.
— Como assim?
— Veja... eu também, esse código de barras e a minha maldição do que eu já fui.
— Minha nossa... nunca pensei que isso existia?
— Hmm...
— Ei chegamos.
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Quando carro parou nós descemos, tinha outros veículos policiais fazendo que faz proteção do local. Rachel seguiu o sinal da Isa até mureta de proteção. Tinha vários destroços espalhados.
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— ISA? ISA?
— Ei veja... tem mais lá embaixo.
— Ah não... tio lá embaixo.
— Certo, peguem as lanternas vamos descer.
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Um pouco mais frente tinha uma escada, descemos por ela e apesar de chegarmos noite havia pouca iluminação. Tomei todo cuidado para não escorregar ou cai para evitar acidentes. Encontrei mais destroços do carro até que um pouco mais a frente comecei a sentir cheiro de gasolina.
Continuei andando por esse caminho até que encontrei vários documentos jogado pelo chão. Mais frente encontrei bolsa da Isa. Celular não estava aqui. Chamei pela Rachel mostrei que tinha encontrado, sinal parou de emitir. Deve ter descarregado a bateria ou por causa da chuva caia agora.
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— Ah não...
— Calma... vamos procurar.
— ISA? ISA²
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Rachel foi pela esquerda, algo me dizia para continuar seguindo em frente. Foi que eu fiz. Andei mais e mais. Cheiro de gasolina ficava mais forte. Eu vi uma luz bem fraquinha vinda quase perto das rochas estranhas. Corri até lá quando eu encontro seu carro e dei volta nele... encontrei Isa. Ela estava completamente espancada, me aproximei dela e tinha muito mais muito sangue...
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— RACHEL!!!!! RACHEL!!!
— Que?! Não... NÃOOO!!! TIO, TIO AQUI...
— Minha nossa... aqui Frank, mande emergência agora mesmo. Código 287, repito código 287.
— Afirmativo.
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Em questão de segundos o local foi tomado pela polícia, como era areia difícil de se acessar eles desceram usando cordas. Paramédicos pediram espaço para cuidarem dela. Colocaram em segurança na marca e a puxaram para cima.
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— Pode vim mais uma...
— Kelly vai... eu estou abalada demais, vá...
— Está bem.
— Coloque cinto.
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Coloquei proteção e formos erguidos para cima, lá ela teve atendimento inicial até chegarmos no hospital particular onde pousamos com segurança. Cinco médicos já estava nos esperando. Levaram ás pressas para dentro da UTI esse foi o único lugar que não pude entrar.
Sendo assim... horas e horas e mais horas passaram...
Ninguém saia para falar.
Vi sol amanhecer.
Dormi ali mesmo no banco onde eu estava, fui acordada pela Rachel que pela cara dela chorou noite toda.
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— Se está realmente bem?
— Chorei noite toda... falaram algo?
— Nada...
— Olha eu trouxe café favorito dela... aqui tome.
— Obrigada...
— Quem é essa garotinha?
— Minha filha, Anne.
— Filha...?
— Sim... que houve?
— Eu acho que... acho não tenho certeza, Isa está gravida.
— Você também acha?
— Como assim?
— Ela... bem ela... ok dormiu lá em casa naquele dia.
— Oh... foi por isso nem percebeu minhas ligações.
— Bem isso não sei.
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Enquanto conversamos uma mulher apareceu se dizendo ser mãe da Isa, eu achei estranho seu comportamento como se tivesse fingindo ou algo assim. Em seguida homem entrou dizendo ser o pai. Rachel levantou foi falar com ela.
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— Que fazem aqui?
— Rachel... cadê minha filha?! Soube que ela sofreu um acidente.
— Espera... como sabia? Se nem foi anunciado na televisão? Nem nada.
— Quem e você?
— Mesmo... responda pergunta, como sabia?
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Dois recuaram eu sabia que estavam fingindo, mais não foram longe. Polícia chego bem na hora prendendo os dois.
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— Que isso?!
— Senhor Rillers, senhora Kerman... estão presos por abuso de menores, agressões e tentativa de homicídio contra Isa Kerman.
— Com que provas?
— Foram encontrados evidencias no local da queda, além de um vídeo que prova tudo que acabei de falar para vocês.
— Maldita... espero que morra... desgraçada.... FILHA DA PUTA...
— Levem os dois agora...
— Tio... obrigada.
— Que isso, mais saiba que já estávamos investigando aquela família muito tempo e só faltava provas suficientes para prendermos eles. Encontramos quadrilha causo o acidente dela. Foram comprados mesmo assim tem uma ficha extensa na polícia vai ser um longo dia.
— Ainda bem... um problema menos.
— Vou indo, qualquer coisa me ligue ah tem uma viatura aqui só avisar.
— Obrigada tio... desgraçados...
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Ainda bem que foram presos...
Me sentei um pouco para relaxar, tomei café mal tinha tocado nele.
Fechei meus olhos por alguns segundos, mais eu fui acordada pela Rachel dizendo que médico estava vindo falar com gente. Esperamos e só apareceu horas depois as sete da noite. Quando fomos para seu consultório onde sentamos para conversar.
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— Desculpem demora, sou doutor Marcos. Quem de vocês e a responsável?
— Bem e...
— Eu, ela minha noiva.
— Como ela está? Viva?
— Sim... mais seu estado muito grave, ela sofreu várias lesões na região da boca nas costas. Além de ter danificado coluna. Não corre risco de ficar sem movimentos.
— Mais doutor ela vinha tendo enjoos um a trás do outro?
— No caso de estupro? Uma grande coleta foi realizada, mais nos exames revela que ela está gravida de um mês.
— Um mês?
— Sim, isso não e tudo... ela foi esfaqueada na barriga. Perdeu muito sangue mais muito mesmo. Para nossa sorte temos tipo de sangue dela e já começamos processo de transfusão.
— Mais e o bebe?
— Não temos certeza de que ele esteja vivo... faremos outro ultrassom para termos a certeza. Mais agora deve descansar e apenas uma pessoa pode ficar com ela. Vou dá espaço para decidirem eu já volto.
— Claro... Melhor você ir eu fico.
— Kelly, não seja paranoica ok... vá descansar eu te chamo ok? Faça isso por ela olha sua cara... tome um banho relaxa te ligo.
— Ok... ok... me liga.
— Pode deixar.
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Médico voltou e Rachel ficaria com ela por essa noite, ela tinha razão estava bem zoada precisava descansar. Deixei hospital e chamei por um táxi. Segui direto para casa.
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