Isa Kerman
Eu... não sei onde estou.
Escutei uma voz... parecia familiar... algo que tocou meu coração.
Não conseguia me mover... nem abrir os olhos.
Sento-me quente... mais que está acontecendo comigo?
Posso sentir meu coração... estou viva... sim estou...
Sinto algo nos meus braços... meu corpo doe...
Que está...
.
— Ei, ei... acorde.
— Hmm...? Que lugar esse?
— Chamo de Jardim... não é maravilhoso?
— Então esse e o céu?
— Céu? Não seja boba... isso e a sua subconsciência, isso tudo está na sua cabeça.
— Minha? Tipo eu estou em coma?
— Digamos que alguém dentro de você crio esse lugar, acho que sabe quem foi.
— Meu bebe...?
— Exatamente.
— Acho que estou ficando louca...
— Está bem... vem aqui.
— Que?
— Se joga vai...
— Oh... meu deus...
— Vai... que está esperando?
— Não... me faça isso...
— Fazer que? Você que quer.
— Mais?!... Ah tá eu entendi...
— Não... não entendeu. Agora mesmo estás deitada numa marca, lutando pela vida Isa. Seu tempo está acabando. Veja olha lá...
.
Era eu deitada na marca toda machucada... Rachel estava lá comigo, em seguida eu comecei a sentir falta de ar. Senti algo me puxar... me afastando do meu corpo.
.
— Não... não...
— Se está morrendo... veja... parada cardíaca deve ser difícil respirar...
— Ah... ah...
— Quer viver... toque na minha mão...
.
Usei todas as forças que eu tinha... agarrei mão dele quando minha respiração voltou ao normal...
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— Por que fez isso?
— Não fiz nada... muitos não sobrevivem, nunca chegaram tão longe. Mais estou surpreso com você. Acho que está pronta.
— Pronta para que?
— Para encontrá-la... venha comigo, caminho e longo.
.
Será que isso tudo e um sonho?
Continuei seguindo esse cara ou esse ser, foi uma longa caminhada mais eu não me sentia cansada nem sem fôlego. Vento era suave como se tivesse andando pelo parque numa manhã ensolarada.
Continuei um pouco mais, até chegar numa parte onde eu conhecia já tinha meio que sonhado com esse lugar. Tinha garotinha brincando na areia. Ele mandou que me aproximasse dela.
Finalmente pude ver seu rosto, sua pele era branca como neve. Cabelos brancos e olhos azuis como água cristalina. Seu sorriso queimava meu coração e quando me viu deu aquele abraço caloroso como se fosse minha.
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— Finalmente nos encontramos...
— Sim... por que fugia de mim?
— Aquele não era momento certo... agora é.
— Quem e aquele... onde ele foi?
— Ele faz parte do seu subconsciente, aquele era forma do seu verdadeiro pai que tanto sonhava. Não notou diferença?
— Sério? Não... mais senti conforto nas palavras.
— Você sabe por que estamos aqui?
— Acho que sei...
— Senhora sofreu muito, não merece carregar essa dor... por isso que estamos aqui para enterrarmos passado.
— Como faço isso?
— Sente-se e deixe-me tocar em você.
— Claro...
.
Me sentei ao lado dela, suas mãos tocaram meu rosto e nossos olhos se encontro que me enfeitiçava. Aquele azul profundo como se estivesse mergulhando de corpo e alma.
.
— Pronta?
— Sim... estou.
— No 3... 1, 2, 3...
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Quando testa dela encosto em mim, foi como um choque... toda minha vida passo em questão de segundos...
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— Que?
— Dor.… sofrimento... desprezo... tudo vai ser enterrado para sempre... volte... e um dia.… vamos nos encontrar novamente...
— Como assim?
— Ainda não é minha hora...
— Não... para...
— Eu...
— PARA...
— Te...
— PARA...
— Amo...
— NÃO... NÃO...
— Mamãe...
— NÃOOOOO!!!!!
— Acorde!
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Eu acordei...
Estava deitada numa cama de hospital... olhei para lado e Rachel dormia, mexi as mãos para ter certeza que nada foi danificado. Tentei levantar mais meu corpo doía tanto... acabei acordando ela.
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— Não... não... Isa?
— Hmm... Rachel...
— Ah meu deus... obrigada... obrigada senhor... OBRIGADA SENHOR!!!!
— Shhh sua doida...
— Graças deus... não faça isso comigo, ou eu serei próxima morrer também.
— Me ajude... levantar...
— Calma... vou subir pouco cama...
— Está bom... melhor...
— Vou chamar médico, agora mesmo.
— Vai...
.
Ninguém vai acreditar no que acabou de acontecer comigo, talvez eu deva manter isso em segredo por enquanto. Mais do nada eu senti uma pontada na barriga, algo escorria pelas minhas pernas... toquei era sangue... tirei os lenções cama toda estava manchada... quando médico entrou ficou pasmo ao ver tudo isso.
.
— Foi que eu temia...
— Que houve?
— Eu... eu... perdi bebe.
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