2 mêses depois:
Depois que Josh simplesmente desapareceu, Melissa piorou muito desde então. Ela não comia direito, fumava dois ou três maços de cigarro por dia, não se arrumava. Ela estava entregue há depressão. Seus pais não sabia mais o que fazer, estavam muito preocupados com Lissa, más não tinha tempo para cuidar dela, então sua mãe pediu para eu fazer companhia para ela enquanto eles não estavam em casa.
As vezes eu achava que minha presença apenas fazia ela piorar, más as vezes ela demonstrava que gostava de estar comigo, e eu sabia disso quando eu cantava suas músicas preferidas, e tocava o ukulele para ela. Não estou mais concentrado na faculdade, tenho todos esses problemas acontecendo e não consigo mais acompanhar infelizmente.
Cheguei em frente à casa de Melissa, peguei a chave de sua casa, que estava em meu bolso, abri a porta. Bob o cachorro que eu havia adotado para ela veio me receber, era um filhote de dálmata. Fechei a porta e o peguei no colo, fui andando em direção às escadas para ir ao quarto de Melissa, mas quando olhei em minha volta, ela estava na sala assistindo TV.
- Finalmente saiu da sua toca - fui em direção há ela, ainda com Bob no colo, e me sentei ao lado dela.
- Eu acordei com vontade de...fazer coisas. - Ela começou a brincar com Bob.
- Você está linda! - E realmente estava.
Pela primeira vez em um mês, Melissa estava sorrindo, sem um cigarro na boca e arrumada.
- Obrigado! - Ela sorriu. - Hoje eu quero fazer um jantar especial para você e meus pais...me ajuda? - Ela me olhou com os olhos brilhando.
- Sim! - Falei empolgado.
- Ok...então me leva para o mercado, para fazermos compras?
- Com certeza...eu faço o que você quiser.
Eu me assusto na hora em que ela encosta seus lábios nos meus, não tive tempo de retribuir, e também não queria. Acho que ela entendeu e se afastou, mas mesmo assim me olhou sorrindo, e eu...assustado.
6 horas mais tarde
- Tyler vai indo colocar a mesa. - Disse Melissa me expulsando da cozinha.
Ela não queria que eu soubesse o que ela estava preparando. Já era 20h00 e seus pais em 30 minutos estaria chegando. Acho que aquele era o dia mais feliz que ela e eu já tivemos depois que passamos por tudo aquilo.
[...]
- Foi um jantar muito bom! - Falei para Tyler.
Nós estávamos na cozinha terminando de organiza-la depois do jantar.
- Seus pais ficaram super felizes! - Disse Tyler.
- Sim! E eu mais ainda ! Obrigado por me ajudar...
- De nada
- Na verdade... - parei o que eu estava fazendo, fui até Tyler e peguei em sua mão.
- Obrigado por tudo...por vir até aqui e me aguentar, aguentar meus choros, meus dramas o cheiro de cigarro. - Sorri de lado e Tyler também.
- Eu gosto muito de você Lissa. - Tyler passou sua mão pelo meu rosto. - E é isso o que nos fazemos, para pessoas que gostamos. - Nos olhamos por um tempo.
- É melhor você ir...seus pais ficarão preocupados. - Soltei sua mão.
Acompanhei Tyler até a porta, e me despedi com um longo abraço, aqueles que a gente dá em pessoas que não iremos ver há um tempo...ou nunca mais. Fechei a porta, peguei Bob no colo, o levei para sua cama, que fica no escritório de meu pai. Dei boa noite para minha mãe e meu pai.
Fui até o quarto, peguei meu iPod, coloquei os fones e uma música agitada. Abri meu guarda-roupa, peguei uma garrafa de vodka que eu havia escondido lá, também peguei alguns comprimidos no banheiro. Me sentei na cama com esses itens ao meu lado, junto com uma folha de papel e uma caneta. Eram muitas as coisas que eu queria escrever, porém não sabia o que dizer. Então relaxei e apenas deixei as palavras que me vinha a cabeça preencher o papel.
Me deitei na cama e coloquei o papel ao meu lado, no travesseiro. Coloquei na boca quatro comprimidos de uma vez, mas não achei que era o suficiente, então coloquei mais três comprimidos, abri a garrafa de vodka e dei vários goles, um seguido do outro. A queimação que descia pela minha garganta era desesperante, porém era uma queimação que depois de um tempo trazia prazer. Relaxei na cama, apenas esperando o efeito, então meu corpo foi amolecendo, meus olhos queimando, meu estômago virando.
- Estou pronta para te encontrar. - Falei comigo mesma, várias e várias vezes.
Continua...
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