Hyuuga Neji e Mitsashi Tenten olhavam novamente para as provas de um desanimado Rock Lee. Ele estava deitado na mesa da área de estudos com os cabelos negros esparramados por sob as folhas. Neji respirava fundo e olhava para o amigo, cansado e decepcionado consigo mesmo. Tenten apertava as têmporas e tentava manter a calma. Os dois haviam perdido tardes e noites estudando com Lee, passavam horas tomando conta das dúvidas universais do outro, mas ainda não entendiam como fazer que uma nota boa saísse dos grandes esforços.
- Lee, onde foi que você tropeçou dessa vez? – Tenten perguntou ríspida.
Neji revirou os olhos e colocou a mão no ombro do outro em sinal de compreensão:
- Eu sei que dessa vez foi mais difícil, eu conseguia ver pela sua cara. Só que você tem que nos contar o que está sendo tão complicado durante o horário especifico das provas.
Lee levantou a cabeça e deixou os ombros caírem.
- É o campeonato de caratê? – Tenten perguntou mais delicadamente depois do olhar repressivo e divertido do namorado.
- Pode ser.
Ambos levantaram as sobrancelhas e acompanharam o depressivo Lee guardar seu material e seguir para a sua casa.
- Não me leve a mal, Tenten, mas você tem que ser um pouquinho mais delicada. – Neji dizia aquilo com um riso de canto.
Ambos foram na mesma direção de Lee, conversavam aleatoriamente e deixavam o ar frio rodeá-los e encher-lhes os pulmões fortes. Estavam felizes, era dia de folga da academia de caratê e tudo o que poderiam fazer naquele dia frio era nada além de ficarem abraçados sentindo a calorosa presença um do outro, estava sendo um dia maravilhoso.
Para eles até fora, mas durante o começo da manhã três amigas antes inseparáveis iam para a escola sozinhas com seus próprios sentimentos.
Ino havia se arrumado rápido naquela manhã, não se importando com muita maquiagem e pentear muito os cabelos, estava cansada e frustrada por conta de sua família que todo dia se prezavam a dizer algo de Sai, que não conheciam o garoto e que ele podia ser um punk, neet ou até mesmo um ladrão. Ino achava aquilo horrível e tinha tentado evitar todos até mesmo seu irmão adotivo barulhento que gostava de pegar no pé dela, mas ele a amava e ela o amava, e ficar sem falar com Deidara era quase que um crime. Assim que pegou seu casaco e sua bolsa desceu as escadas em silencio e desapontada consigo mesma, afinal ele provavelmente já estaria na faculdade naquele horário, se não apertasse o passo ela chegaria atrasada.
- Já é o terceiro dia que a senhorita sai com essa moleza de casa pra ir pra escola, a secretaria já me ligou várias vezes ontem!
Lá estava Deidara. Yamanaka Deidara! Ele era todo despojado e irritadiço, gostava das coisas do jeito dele, mas explodia logo quando ele mesmo mudava de opinião sobre tudo e todos. Menos de Ino e seus pais.
- Eu não tô de moleza, eu já tava indo! E você não tá na faculdade por que? – Ino desceu as escadas da mansão Yamanaka, fechou o portão de ferro atrás de si e entrou no carro branco com a porta aberta pelo mais velho.
- Eu já passei na matéria desse horário, posso entrar mais tarde. – Deidara dava partida no carro enquanto ajustava o retrovisor. – Hmm, eu não consigo enxergar direito. – ele disse empurrando a franja loura para trás.
- É claro que não, já te disse que deveria prender essa franja ou cortar esse cabelo, essa franja aí que não te deixa enxergar.
Ele olhou para ela de cara fechada e ela olhou para ele do mesmo jeito, ambos de longos cabelos e franjas louras caindo na frente do rosto, logo eles estavam gargalhando, sabiam que não mudariam aquele cabelo, e isso também dava-os um ar de que eram gêmeos.
- Faz tempo que não dá risada, tampinha.
Ino observava Deidara dirigindo calmo e centrado, o ar frio da manhã fazia com que ele ligasse o aquecedor no máximo, mas ela não reclamava, sabia de onde ele tinha vindo.
“Deidara morou nas ruas da Inglaterra por quase dez anos, sem mãe, pai ou irmãos. Ele foi cuidado por uma mulher abusiva e agressiva, deixando-o com traumas. O pai de Ino havia ido para uma convenção em prol do câncer e no meio do evento a família Yamanaka decidiu fazer um tour por orfanatos e em um deles estava ele.
“Parecia sujo, o cabelo que era loiro estava encardido e embaraçado, as roupas que usava pareciam ser muito pequenas para o seu tamanho e seus olhos tinham um ar de abandono – ele havia sido pego roubando e estava naquela instituição há mais de dois anos. Foi quando Ino apareceu e ambos se apaixonaram um pelo outro, ela com nove anos e ele com doze, mas se apaixonaram como poucas pessoas se apaixonam, eram almas gêmeas e até pareciam. O dia em que Inoichi adotou Deidara foi o dia mais feliz na vida das duas crianças, eles passaram o dia todo de mãos dadas, como bons irmãos que pareciam ter esperado a vida toda para se reencontrarem.”
E ela assim até hoje, Deidara estava ali por ela e ela por ele, agradecia a Deus todas as noites por ter permitido encontrar seu irmão.
Ino afundou-se no cachecol respirando vagarosamente para não chorar, mas ele percebeu.
- Me diz o que foi! É o seu namorado?
Ao som daquela palavra os olhos de Ino queimaram e inundaram com as lagrimas.
- Sim.
- E é o papai?
- Sim.
Ele riu aliviado e parou em frente à escola dela.
- Fica tranquila tampinha, se ele me aceitou ele com certeza vai aceitar o Sai. – Deidara piscou para ela mostrando que sabia sim o nome do outro. – agora me dá um abraço que eu volto só semana que vem.
Os irmãos se abraçaram profundamente e ela agradeceu enquanto se recompunha, Ino viu o irmão indo embora e seguiu direto para a sala onde Sai á estava, sentado, olhando a aglomeração de alunos lá em baixo, ele segurava seu lápis de desenho, mas a folha estava vazia.
- Sai, bom dia.
Ele virou seu olhar tranquilo e sorridente para ela e abriu os braços, ele não se importava porque não tinha ninguém ali além deles. Ino seguiu e afundou-se no carinho, mas sem chorar.
- Bom dia.
- Eu amo você. – ela não entendeu bem como aquelas palavras saíram de sua boca naquele dia, tão frio e tão cedo, mas eram as palavras que ela escolheu em dizer.
Ele riu no abraço dela e soltou-a, olhando nos olhos dela ele disse:
- E eu amo você também.
Eles sentaram-se em seus lugares e logo a sala começou a encher, meninas, meninos, o preguiçoso do Shikamaru entrou junto com a exótica Temari, Chouji não estava comendo nada, parecia estar em jejum e outros mais entraram. Logo Naruto entrou, sozinho e feliz, isso era intrigante porque ele havia estado irritado e chateado ultimamente, mas a surpresa maior foi Sasuke.
Pela janela Ino viu Sasuke conversando com Sakura, ambos tinham um sorriso tenro no rosto, ela estava extremamente vermelha e parecia nervosa pois estava colocando o cabelo róseo incessantemente atrás da orelha, o cabelo dela...
**
Sakura estava cansada, já não se lembrava mais da conta dos dias em que dormira pensando em Sasuke e em sua amiga Hinata, a escola estava sendo um fardo e ela amava épocas de frio porque podia sair com Ino e Hinata, mas isso era agora impossível.
Na verdade ninguém decretou nada, distanciamento, solidão, quem era o garoto de quem. Sakura se olhava no espelho intrigada com o rumo da situação “amor”. Enquanto passava óleos e cremes em baixo dos olhos para disfarçar as olheiras ela pensou em Sasuke, propriamente. E em como Hinata entrou em sua vida.
“Hinata era muito pequena naquela época, os pés mal alcançavam o chão quando ela estava sentada no balanço, ao contrário do garoto ao seu lado que a olhava com um ar de desolamento em seu rosto.
“Sakura era criança, estava brincando no parquinho com Ino, juntavam flores do fim da primavera e faziam coroas coloridas e buques, fingiam serem noivas, rainhas, princesas e fadas. Mas a brincadeira estava chata porque Sakura não podia tirar seus olhos da menininha de cabelos curtinhos que chorava demais, pelo menos era em silencio, mas chorava.
“- Ei Ino, aquela menina chorando não te irrita? – Sakura disse com um ar de desdém no rosto redondo infantil.
“- Não me irrita, não. A mamãe dela foi para o céu, deixa ela chorar. Ele tá com ela, não sei porque tá irritada.
“Ino disse aquilo tão naturalmente que a primeira culpa da vida de Sakura apareceu. Ela devia ter imaginado, ambos usavam quimonos pretos combinando e ele afagava o cabelo dela com a mãozinha de um jeito protetor de alguém que tentava entender e que estaria sempre ali. Sakura sentiu inveja.
“- Quem é com ela? É irmão?
“- Eles nasceram perto, brincam desde que nasceram, sei que a mamãe dele cuidava dela desde que nasceu. Ela é Hyuuga e ele Uchiha. – Ino disse sem olhar para cima, estava presa no entrelaço das flores em sua mão.
“- Qual Uchiha ele é? – Sakura disse por ciam dos ombros olhando os dois.
“- Todo mundo quer saber isso... Sasuke! E eu sei que você vai perguntar: ele gosta de tomates cereja e cabelo longo.”
Sakura suspirou e olhou sua imagem no espelho, a base deixando seu rosto mais bonito ainda, os olhos verdes, delineador e blush... e cabelos longos... ela riu consigo mesma, abriu a gaveta e pegou uma tesoura, seguiu até a cozinha e pediu um favor a sua mãe.
Quando saiu de casa sentiu o vento bater na nuca e afundou-se em seu cachecol, feliz e satisfeita, a maquiagem havia sido retirada e somente um leve batom cobria-lhe os lábios.
No caminho da escola ela viu a cabeleira dele toda desarrumada, o casaco de cor chamativa e os fones vermelhos contrastando com o loiro. Naruto andava despreocupadamente escutando sua música, ela sempre soube que ele seguia por aquele caminho, mas sua ânsia de ver Sasuke lá na frente nunca deixou-a prestar atenção nele. Ela então apertou o passo e logo estava ao lado dele. Ele pareceu não reparar até o momento em que ela puxara a blusa dele.
Naruto virou-se e os olhos azuis a encararam, de repente, enquanto ele tirava o fone, ela viu aqueles olhos brilharem:
- Você cortou o cabelo!
Sakura arregalou os olhos, o cachecol não dava essa impressão, ela pensou.
- Cortei. – Sakura puxou uma mexa e sacudiu em frente ao rosto.
- Ficou muito... – ele fechou a cara e continuou andando, mas Sakura não desistiu.
- Muito o que?
Naruto parou e virou-se de frente para ela, sorrindo e corado:
- Muito bonito em você, Sakura.
Antes que pudesse responder ao garoto, uma mensagem chegou ao seu telefone “você vai vir para a escola? quero conversar com você.”
Era Sasuke, ela então guardou o telefone e apertou o passo, mas antes que pudesse se afastar de Naruto ela disse:
- Vamos sair hoje!
Naruto nada fez além de sorrir. Ele viu a garota andar mais depressa dentro de seu casacão rosa e continuou com um sorriso bobo no rosto que ele nem tinha ideia.
Sakura viu o rapaz encostado no muro do lado de fora da escola, estava com as mãos dentro dos bolsos dos casacos. Parecia incomodado e ansioso, como se estivesse esperando alguém que não fosse ela. Quando se aproximou dele pensou em mil coisas que poderia dizer ao garoto, pensou em como dizer que chorara por ele durante todos esses dias, mas parou, parou com esses pensamentos porque toda vez que pensava sobre isso o rosto de Naruto aparecia em sua mente, seus olhos azuis, seu sorriso quente como o sol e seus cabelos louros. Antes que pudesse se perder ainda mais nestes devaneios ela ouviu Sasuke dizer:
- Está tudo bem?
Ele havia desencostado do muro e estava agora ao lado de Sakura, os olhos negros faziam parte daquele ambiente gelado cheio de neve e agora que entendia tudo o que dera errado em relação aos dois foi compreendido por ela, ele não era como ela nem um pouco, não era agitado e não falava o que pensava ou sentia de modo tão espontâneo, não como Naruto... de novo ele em seus pensamentos.
- Está sim, claro. O que foi? – Sakura sorriu e ele ergueu as sobrancelhas.
- Eu quero me desculpar com você adequadamente, sobre não ir ao encontro, te dizer que foi por causa de Hinata e ficar esses dias agindo como se você não existisse. Me desculpe.
Sakura não pode evitar, começou a gargalhar de uma maneira que ela não conseguia parar, mas cessou quando Naruto passou por eles.
- Está tudo bem, Sasuke. Eu entendi os meus sentimentos, de verdade. Eu gostei de você por esses anos porque parecia que eu precisava estar no controle das coisas, ter rivais e me prevalecer sobre elas. Mesmo Hinata sendo minha melhor amiga e estando ao meu lado sempre, eu sabia que ela gostava de você e me forcei a ignorar isso...
Sasuke levantou a mão para que ela parasse de falar.
- Hinata gosta de mim?
Sakura arregalou os olhos, não fora intencional, ela só estava pensando em Naruto novamente. Mas ela balançou a cabeça e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha por mil vezes, estava nervosa. Hinata ficaria uma fera.
- Ela gosta sim, mas eu não devia ter contado. Tipo, a Hinata ela tem um jeito muito doce de ver o mundo e eu sou uma idiota...
- O que quer dizer?
Sakura suspirou e sentiu mais uma vez a culpa inundar seu corpo todo e pôs-se a explicar para Sasuke – que mesmo estando ao lado da outra durante a vida toda ainda assim não a compreendia por completo.
- Veja bem, eu conheci ela num dia muito ruim, ela havia perdido a mãe e eu estava muito irritada com a choradeira dela. Ino nos aproximou naquele dia quando você foi embora do parque, não sei se você se lembra. Claro que eu havia acabado de ver você pela primeira vez e eu, egoísta como sempre, nem ouvi os motivos da Hinata estar triste, só queria saber de você... E ela falou de você de um jeito que eu sabia que nunca chegaria naquele tipo de sentimento, mesmo ela sendo tão nova. – Sakura corou e se enfiou no cachecol por vergonha, mas continuou – Hina é boa demais. Ela sabendo que eu gostava de você no fim das contas, se forçou a gostar do Naruto, pode ter tido um dia na vida onde ela acreditou que isso fosse verdade, mas por mais incrível que ela seja, ela não é capaz de fazer todo mundo feliz ao mesmo tempo. Ela sempre gostou de você e eu sempre soube.
Foi a vez de Sasuke começar a rir, ele gargalhava de um jeito leve como a neve em baixo dos pés deles, Sakura nunca vira aquilo e aquilo tudo era por causa de Hinata. Ela sorriu sozinha e sentiu uma leve e boa inveja. E então ela se deixou rir com ele.
- Onde ela está?
- Em casa, ela não te disse que ficou doente?
- Não me falou nada. – ele parecia bobo e disperso.
- Caramba Sasuke, não me faça pegar birra de você. Vá logo até ela!
Sasuke arregalou os olhos, como era idiota! Ele então pôs-se a correr na direção tão familiar para ele nos últimos anos. Sakura via a necessidade dele de tê-la por perto em cada passada firme e pesada que ele dava em direção a Hinata. Tudo o que Sakura sentia agora era felicidade por aqueles que amava. Ela finalmente tinha florescido.
Hinata acordou mal, arrependeu-se de imediato ter comido os bolinhos de arroz que Hanabi fizera – na melhor das intenções, mas ela não devia ter duvidado de seus instintos e sentido dó da irmãzinha sem vergonha que a fez comer quase tudo... “é pro seu bem!” foi o que Hanabi disse mil vezes. Resmungando a garota virou-se em seus edredons e pegou o telefone em baixo do travesseiro fofo e viu que tinha uma mensagem: “Hina, como você está? Sinto sua falta.”
A menina sorriu com a mensagem de Sakura, então elas estavam realmente bem! Com os olhos claros semicerrados ela respondeu a amiga: “sinto sua falta também, eu estou bem e você Sakura? Eu não vou a escola hoje porque acredito que estou com uma intoxicação alimentar.” Logo a resposta veio: “uau, que bom falar com você novamente! Foi culpa da Hanabi? Haha melhoras e talvez eu passe aí mais tarde se quiser.”
“Foi sim!! E venha! Ou não, porque estou doente, mas venha! Boa aula, Sakura!” e por fim o final da conversa de logo cedo finalizou com Sakura escrevendo: “mal vejo a hora, obrigada! Eu te amo Hina!”, sorrindo e sentindo-se iluminada novamente ela respondeu por fim: “eu te amo mais!”
Hinata seguiu para o banheiro para pelo menos tirar de si o gosto de vomito e a sensação de náusea, ela tomou dois comprimidos para enjoo que achou no banheiro, lavou o rosto e passou água gelada na nuca, queria que aquela sensação ruim passasse logo. Voltou arrastando-se para debaixo do cobertor e quando pensou em fechar os olhos para poder dormir mais ela escutou a campainha de sua porta. Ela pensou seriamente em levantar, mas não devia ser importante porque a casa Hyuuga estaria vazia naquela hora com Hanabi na escola e seu pai no trabalho, então Hinata decidiu permanecer quietinha onde estava. A campainha cessou e ela presumiu que a pessoa fora embora. Se fosse importante realmente, a criatura voltaria mais tarde.
Porém seu coração falhou quando ela escutou um barulho na cozinha, parecia uma panela sendo arrastada, silenciosamente Hinata tremendo em seus pés levantou-se e sentiu o estomago embrulhar, o nervoso estava fazendo sua ânsia ficar pior. Cansada e de cara feia ela olhou em volta de seu quarto e pegou a jarra de água que Hanabi deixou em seu quarto na madrugada. Hinata permaneceu em silencio e pegou o telefone, discou o número da polícia e esperou para que pudesse apertar o botão de ligar, ela congelara, ela conseguia ver a sombra do intruso por debaixo de sua porta.
Juntando toda a coragem possível ela abriu a porta com rapidez e jogou a água da jarra no rosto irritado de Sasuke.
- O que foi isso? – ele disse com a água pingando em seu cachecol e uniforme, ele ainda estava de olhos fechados por causa do banho.
Hinata sentiu o corpo vibrar e revirou os olhos, segurou o vomito que estava subindo, ela correu para o banheiro e se aliviou. A garota lavou o rosto, fez um bochecho e foi para o quarto. Sasuke estava sentado em sua cama, secando o rosto com a toalha que Hinata usava para tomar banho. Tentando não se constranger ela foi novamente para debaixo dos cobertores.
- Me desculpa, eu pensei que você fosse um ladrão.
Sasuke riu e disse olhando na direção dela:
- E você ia derrotar um ladrão jogando água na cara dele?
Ela deu de ombros e sorriu de lado.
- O que você tem, Hinata? Tá gravida?
Ela arregalou os olhos confusa e respondeu com a voz esganiçada.
- O que?
- Eu perguntei se você está gravida! – Sasuke perguntou com rispidez na voz e virou-se totalmente para onde ela estava, ficando sentando em sua cama.
- É claro que não, eu não tenho motivos para estar gravida.
Sasuke corou violentamente e deitou-se, afundando o rosto no travesseiro que estava ao lado do dela.
- Me desculpa. – ele disse com a voz abafada.
- Por você estar sendo folgado e intruso? – Hinata tirou a mão de dentro do cobertor e tocou-o no ombro.
Sasuke virou-se na direção dela e seus olhos se encontraram, dando uma sensação de nostalgia, medo e ansiedade.
- Isso também. Mas me desculpe por ter sido convencido e cego. Por nunca notar o que estava bem na minha frente.
Hinata sorriu levemente ela não tinha o que falar, não conseguia, por dias estivera angustiada e agora tudo parecia estar seguindo finalmente para o caminho correto, ela apenas ficou olhando para o rosto avermelhado de Sasuke até pegar no sono.
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