POV Sayuri
Adoro sábados, principalmente quando fica de noite, pois normalmente eu já acabei todos os meus deveres do dia e posso finalmente deitar e ficar vendo anime… e é exatamente isto oque eu estava fazendo. Assistindo um isekai novo da temporada que havia saído a pouco tempo, até que era legalzinho, falava sobre um herói que usava um escudo que passou por uns perrengues.
Sayuri: … - escuto meu estômago roncar com avidez, fico um tanto surpresa e acabo olhando as horas - “Já são 20:00? Minha mãe já era pra ter feito o jantar”
Levanto da minha cama e saio do meu quarto, a primeira coisa que vejo é meu pai no corredor, ele estava todo produzido e arrumado, usando um conjunto social de camisa, calças e sapatos, será que ele iria para algum lugar? Decido seguir ele para descobrir e acabo parando na cozinha, aonde minha mãe se encontrava, esta que também estava toda produzida, usava um suéter combinando com uma saia, além de um salto baixo e uma linda gargantilha, a única coisa que estava bem fora do estilo era o avental, mas claro que ela só o estava usando para não se sujar enquanto cozinhava.
Naomasa: Filha, que roupa é esta? Vai receber nossos convidados assim? - convidados? que convidados? - Você não avisou ela, Emiko ?
Emiko: Eu até tentei, esperei a fofa terminar de fazer as coisas dela para avisá-la, mas o'que foi que ela disse quando a chamei… - ela coloca o dedo indicador no queixo dela, fingindo que estava tentando lembrar, odeio esses teatrinhos dela - Ah sim! “Não me enche, estou ocupada” - ela me lança um sorriso debochado e um olhar provocador.
Sayuri: E eu estava mesmo - cruzo meus braços e olho desinteressada para ela, porque aquela bruxa tava me olhando assim? - Quem está vindo aqui? Se for alguém importante, posso até pensar em pelo menos trocar de roupa - vejo o sorriso dela se alargar quando acabo de falar.
Emiko: Izuku está vindo aqui com a família dele - sua resposta me faz engasgar, me deixando completamente surpresa, sinto que acabei arregalando meus olhos pois vejo meu pai soltar uma pequena risada - Já pensou se vai pelo menos trocar de roupa? - sua voz carregava toneladas de sarcasmo, olho rapidamente para o'que eu estou vestindo e engulo em seco, comparada aos meus pais eu estou parecendo uma mendiga, não posso receber o Izuku desse jeito, iria parecer que eu não me importava com a visita deles - Acho que eles tão chegando em 15 minutos - fudeu, não dá para tomar banho, secar o cabelo, escolher a roupa, me vestir e pentear o cabelo em menos de 15 minutos - Corre pro banho garota, eu pego uma roupa pra você.
Sayuri: … - dou uma leve bufada e lanço um olhar mortal pra ela - Nada de vestido com babados - ela e meu pai dão risada e eu corro pro banheiro.
Ao entrar nele, já tiro completamente minhas roupas e vou até debaixo do chuveiro, normalmente gosto de tomar banhos demorados, para poder pensar um pouco como foi meu dia e para relembrar as coisas que devo fazer no próximo, só que este deve ter sido um dos banhos mais rápidos que eu já tomei, até acabei saindo um pouco ensaboada do box, mas nada que a toalha não resolva.
Termino de secar o meu corpo e me enrolo com a toalha, então pego uma toalha um pouco menor para poder secar meu cabelo, faço isso bem devagar já que não quero que ele fique todo emaranhado, como também vou dando pequenas “apertadinhas” perto das pontas dele, para poder deixá-lo um pouco ondulado. Assim que termino de secá-lo, vou direto para o meu quarto pegar a roupa que minha mãe disse que ia separar… me dá um arrepio na espinha só de pensar nisso, porém tenho uma boa surpresa ao entrar no meu quarto, em cima da minha cama estava um suéter branco de manga longa e um vestido rosa com xadrez preto, ele até tinha bolsos.
Sayuri: “Nossa, até que a combinação não ficou ruim” - sem demorar muito, eu vou até meu armário pegar minhas roupas íntimas e as visto, junto com o suéter e o vestido que minha mãe separou - “Agora só falta um tênis… já sei!” - pego na sapateira o meu all star rosa e um par de meia branca longa, os calço e vou até o espelho que fica no corredor.
Paro na frente dele para ver como eu estava, puxo um pouco a saia do vestido para os lados, fico de costas e até dou uma giradinha… mas que porra que eu tava fazendo?
Emiko: AAAAAH - minha mãe dava gritinhos atrás de mim - Olha só!! Está parecendo uma bonequinha de tão fofa - disse apertando minhas bochechas.
Sayuri: Pirou de vez foi? - retiro as mãos dela das minhas bochechas - Até que as roupas que você escolheu ficaram boas, obrigada.
Emiko: Calma aí, que falta uma coisinha só - vejo-a andar disparada até seu quarto, espero que não seja nada daqueles brincos ou colares que ela usa, odeio usar aquelas coisas, porém ela volta com algo que eu não esperava - Esse laço vai ficar ótimo em você - ela sorria que nem boba e mostrava o laço como se fosse um prêmio valioso.
Sayuri: Não tenho mais 10 anos para ficar usando laço na cabeça, pode esquecer - mesmo falando isso, o sorriso da minha mãe não desaparece, ela apenas continuava a me olhar enquanto se aproximava devagar - Hã, mãe?
Emiko: VEM CÁ! - a louca me agarra, me segurando no lugar - Fica quietinha enquanto coloco o laço.
Sayuri: Para com isso sua doida - fico me balançando para sair da chave de pescoço invertida que ela me deu, mas minha mãe era muito forte - MAS QUE?! GRRR, Você foi criada por macacos??
Emiko: Respeita seus avós sua pirralha - ela disse me dando um cascudo, “AI” - Você não deixou eu escolher sua roupa? Agora não acha ruim não.
Sayuri: Laço não é roupa! É acessório.
Emiko: … - ela ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo recebi outro cascudo - Não ouse usar argumentos lógicos contra mim, eu sou sua mãe! - mas que porra? ela pirou de vez! continuo a tentar me soltar, mas falhei miseravelmente, quando eu já estava ficando sem esperanças, vejo meu pai aparecendo no corredor.
Naomasa: Ei ei ei, que zorra toda é essa? - meu pai parou bem perto da gente, meio receoso de intervir.
Sayuri: A mãe quer me forçar a usar este laço idiota, pode tirar ela de cima de mim? Por favor, pai? - peço com a voz mais manhosa possível, era quase impossível dele dizer não pra mim assim.
Naomasa: Amor! Ela não é mais criança para ficar usando laço, sai de ci - ele segura minha mãe, mas fica quieto por alguns segundos - Este é o laço que comprei pra ela usar no casamento do meu irmão, mas ela nem pôs?
Emiko: Esse mesmo, meu bem.
Naomasa: … - vejo meu pai ficar estático por alguns segundos, olhando para mim e pra minha mãe alternadamente, até que ele encara minha mãe - Eu seguro ela e você coloca.
Sayuri: TRAIDOR!!
Sem conseguir me defender, sou dominada pelos dois tiranos que chamo de pais, meu pai estava me segurando sem nenhum esforço enquanto minha mãe colocava o maldito laço no meu cabelo. O'Que não demorou muito pelo menos, meu pai logo me soltou e se afastou junto da minha mãe, apreciando a atrocidade que fizeram comigo.
Emiko: Ficou linda, está parecendo uma princesa!... Só precisa melhorar essa cara - era fácil para ela falar, não era ela que tava com um laço no cabelo parecendo uma boneca de pano.
Naomasa: Por Buda, quanta fofura! Ai meu coração - meu pai escora na parede, com uma mão no peito… eu sou filha de dois malucos.
Me olho novamente no espelho, o pior era que o laço não tinha ficado feio, mas parecia me dar um ar mais infantil, eu tava parecendo uma maldita boneca. Eu tava tão incomodada que nem vi minha mãe se aproximando de mim, ela me abraça por trás e encosta seu rosto no meu.
Emiko: Você está ótima filha, sei que você não gosta de ser baixinha e fofa, mas temos que aceitar o jeito que somos e tentar nos adequar a isso o melhor possível - não satisfeita, ela aperta mais ainda o abraço - Além do mais, acho que o Izuku vai adorar seu visual - sinto meu rosto esquentar com o comentário dela.
Sayuri: Como se eu me importasse com o'que o Izuku pensasse - falo desviando meu olhar dela, ela solta um sorriso e desvencilha o abraço - Mas já que vocês tiveram tanto trabalho e drama para colocar essa fita, eu vou ser legal e deixar ela.
Minha resposta os faz sorrir, minha mãe até bateu pequenas palmas enquanto meu pai me deu um joinha e voltou para a sala, olho uma última vez pro espelho e passo a mão pelo laço… realmente não havia ficado nada mal. Porém, sou retirada rapidamente pelos meus pensamentos com duas palavras que escuto do meu pai.
Naomasa: Eles chegaram.
POV Narrador
Os Midoriyas estavam na frente da casa dos Tsukauchis, Izuku carregava uma travessa cheia de Oyakodon, enquanto sua irmã levava uma com moqueca de peixe… a esverdeada não fazia ideia do que era aquilo, sua mãe apenas disse que era um prato brasileiro que queria experimentar fazer e que deu certo… pelo menos era oque ela achava.
Inko estava a frente dos três indo tocar a campainha, ela usava um suéter verde escuro junto a uma calça jeans azul escura, calçava uma bota marrom e vestia um sobretudo bege por causa do frio. Izumi estava vestindo uma jaqueta jeans sobre uma camisa branca de manga comprida, estava com um short jeans azul curto com uma meia calça preta, por fim ela calçava um all stars vermelho.
Dos três que estavam ali, Izuku era o menos chamativo, ele vestia uma camisa social azul clara sob um moletom vermelho, usava uma calça cargo grafite e calçava um sapato marrom, seu estilo era simples só que bem charmoso. Ele escuta sua mãe tocar a campainha da casa, sem demora pode escutar também alguns passos se dirigindo até a porta, a abrindo.
Naomasa: Senhorita Inko, por favor entre - o detetive abre caminho e cumprimenta a todos - Podem pendurar os casacos no suporte se quiserem, com licença querida - ele pega a travessa de Izumi - Pode trazer a sua aqui Izuku - disse enquanto ia pra cozinha.
Izuku o seguiu enquanto lembrava do interrogatório que havia acontecido mais cedo naquele dia, nunca iria imaginar que o mesmo detetive que o liberou no incidente do vilão de lodo, era pai da Sayuri e ainda por cima o interrogou sobre ela na frente do mercado, sem falar que agora iria ter um jantar na casa dele… a vida é realmente cheia de surpresas.
Mas nenhuma superaria o'que Izuku viu quando chegou na cozinha, ali encontrou a Sayuri arrumando a mesa para o jantar, ela estava usando um lindo vestido rosa xadrez e seu cabelo estava preso num rabo de cavalo, que era segurado por um lindo laço branco. Cuidadosamente, o esverdeado colocou a travessa de comida em cima de mesa, só que assim que fez isso, seus olhos se encontraram com o da Sayuri, os olhos da rosada estavam diferentes já que estavam completamente azuis, não tinha mais aquele tom rosa em volta da íris, isso chamou a atenção do esverdeado, que manteve contato visual por um breve momento, até que Emiko o abraçou.
Emiko: Nossa, você está todo elegante Izuku-kun - disse apertando ele num abraço - Não é mesmo, filha? - se dirigiu a Sayuri, que ainda estava um pouco entorpecida.
Sayuri: Hã? - indagou um pouco confusa - Ah sim, Izuku está bonito sim.
O coração do esverdeado acelera um pouco ao ouvir aquilo, porém ele não conseguiu responder a amiga, pois sua mãe entra acelerada na cozinha e começa a cumprimentar a todos.
Inko: Boa noite, Emiko-san, muito obrigado pelo convite - disse se curvando para a rosada.
Emiko: Boa noite, Inko-san, não foi nada, mas se quiser agradecer alguém, agradeça o meu marido já que a ideia foi completamente dele - Inko ficou levemente surpresa ao ouvir aquilo.
Inko: Ow, obrigada pela gentileza senhor Naomasa.
Naomasa: Não precisa agradecer, podem se sentar, está tudo pronto - dito isso, Izumi logo aparece e todos se sentam à mesa.
Sem demoras, todos começaram a se servir e a jantar, um silêncio confortável preencheu a mesa enquanto todos saboreiam a comida, de vez em quando Emiko ou Inko trocavam algumas palavras sobre a receita e os ingredientes que usaram para fazer os pratos, que estavam deliciosos. Izuku também conversava com Naomasa, o mais velho queria saber mais do jovem, seus planos para o futuro e como que era a escola para ele, o esverdeado de vez em quando trocava olhares com a Sayuri, mas não durava muito por causa da timidez de ambos.
Izumi e Sayuri ficaram em silêncio boa parte do jantar, elas eram como óleo e água pois não se misturavam de jeito nenhum, não trocavam palavras e mal se olhavam, percebendo isto Izuku tentou trazer tanto sua irmã quanto sua amiga mais para a conversa, mas as duas estavam tão desinteressadas uma com a outra que acabou não dando muito certo. O jantar estava quase acabando, o Izuku era o único que ainda estava comendo, por causa da sua individualidade ele tinha que comer bastante, oque fez Naomasa ficar um tanto impressionado.
Naomasa: Eu sabia que garotos na sua idade comiam bastante, mas caramba - o detetive brincou.
Emiko: Para de incomodar o rapaz - disse brigando com seu marido -Pode comer o quanto quiser querido.
Essa pequena interação acabou arrancando algumas risadas de todos da mesa, até mesmo de Izuku que estava um tanto sem graça por causa da brincadeira, após todos terem terminado de comer os homens retiraram a mesa e as garotas cuidaram da louça. Naquele momento, tanto Izuku quanto Naomasa estavam sentados no sofá, o esverdeado fazia perguntas sobre a profissão do detetive, quais heróis com qual ele já trabalhou, alguns casos difíceis e momentos bizarros que já aconteceram com ele, coisas do gênero.
Naomasa: Aí o menino simplesmente ficou numa posição aracnídea e saiu deslizando para longe em alta velocidade - os olhos do esverdeado estavam incrédulos com a história, uma individualidade que permitia o usuário sair rastejando em alta velocidade!! Isto era muito legal.
Contudo, algo chama a atenção do Izuku, pois escutou passos leves saindo da cozinha e parando logo atrás dele, ele tinha certeza que era a Sayuri já que o detetive se levanta dando um pequeno sorriso, o mesmo diz que vai arrumar a sobremesa e que Izuku podia relaxar e se sentir em casa. Após o moreno sair da sala, Izuku estica os braços se espreguiçando um pouco e encosta a cabeça no sofá, olhando para trás, vendo a rosada de ponta cabeça a partir de sua perspectiva.
Izuku: Pode se sentar, eu não vou morder - ele disse brincando, o'que fez a rosada soltar um pequeno sorriso.
Sayuri: Tenho minhas dúvidas, o jeito que você despedaçou aquele pedaço de porco com os dentes, assusta qualquer um - ela retruca se sentando ao lado dele.
Izuku: Sua mãe cozinha muito bem, eu não consigo resistir - os dois soltam pequenos risos e então se entreolham - Eu nunca morderia você… a não ser que você tenha gosto de Katsudon - a garota solta um “ei” e bate no rapaz indignada, os dois riem mais um pouco e se olham mais uma vez, só que diferente das outra vez, o olhar se pendurou longamente, tanto que os acabaram se aproximando um pouco sem perceberem - O'Que aconteceu com seus olhos? Eles estão completamente azuis.
Sayuri: Ow, bem… - Sayuri ficou um pouco envergonhada e acabou desviando o olhar - Quando ficamos animados e felizes com algo, nossa pupila dilata consideravelmente, quando isso acontece comigo a parte azul da minha íris dilata junto e suprime a parte rosa, e meu olho acaba ficando assim - era possível ver que seu rosto estava um pouco vermelho.
Izuku: Uau, que incrível - o esverdeado sorria animado - Seus olhos ficam muito lindos dessa forma, combina demais com você… falando nisso, não consegui dizer isto mais cedo, mas você está muito bonita, o vestido caiu bem em ti - sem querer, o rapaz acabou gaguejando um pouco e também desviou o olhar.
Sayuri: … - ouvir aquilo a fez sorrir, porém ela inconscientemente levou a mão até o laço que estava prendendo seu cabelo - Mesmo? Eu estou parecendo uma boneca de criança - seu comentário chamou a atenção de Izuku, que voltou a olhar para ela, mesmo que ela ainda estivesse desviando olhar.
Izuku: Bem, bonecas foram feitas para serem bonitas não é? - sua resposta surpreendeu a rosada, que olhou curiosa para ele - Além do mais, eu gosto muito de bonecas - quando ele disse isto, foi no sentido de gostar de bonecos em geral, já que o mesmo tinha vários bonecos do All Might, porém Sayuri interpretou de outra forma… que também não estava errada.
Sayuri: Obrigada, Izuku-kun - a rosada tinha um sorriso gentil em seu rosto.
O coração dos dois se aqueceu quando os olhares deles se cruzaram de novo, uma sensação ardente surgiu no peito de Izuku que, instintivamente, levou sua mão esquerda até o rosto da rosada, o acariciando. Sayuri segurou a respiração assim que sentiu o toque, a mão do esverdeado era grande e cobriu quase todo o seu rosto, porém ela foi gentil e era possível sentir o carinho e calor que transmitia, mesmo com a sensação dura e áspera de sua pele, fruto dos treinos constantes que ele praticava.
Sayuri segurou a mão que lhe tocava, a mantendo em seu rosto, temendo que fosse embora dali, ela fechou seus olhos e esfregou seu rosto lentamente na mão de Izuku, aproveitando o seu toque o máximo possível. Izuku, ao ter a visão da garota se entregando ao carinho que estava fazendo nela, teve seu coração derretido, ele sentia a pele macia e quente de seu rosto que, era completamente o oposto da sua mão, tanto que temia que a rosada se afasta-se, mas isso não aconteceu.
Até que, depois de alguns momentos de carinho, Sayuri afundou sua face na mão que segurava, a escondendo parcialmente, apenas mostrando os seus olhos que se abriram lentamente, lançando um olhar intenso ao Izuku. Um olhar que o atingiu em cheio, era como se ela desejasse por algo mais dele, quase que o devorando com os olhos, fazendo toda a razão que o esverdeado tinha sumir como se nunca tivesse existido, todo o seu ser dizia para trazê-la para perto e sentir seu toque, seu corpo e o seu calor mais uma vez… e era exatamente isto que Izuku iria fazer.
Izumi: Oie gente, tem sorvete - vendo o clima intenso que estava se criando entre os dois, Izumi praticamente deita com sua barriga sobre as costas do sofá, quase ficando entre ambos - Quer um pouco onee-chan? - ela colocou a colher que estava usando na frente do rosto do irmão, ela estava cheia com sorvete de morango.
Quase que instantaneamente, a razão volta aos dois pombinhos, que se afastam rapidamente, ambos tinham seus rostos brilhando num vermelho vívido e seus corações batiam acelerados. Izuku olhou para a colher que sua irmã lhe entregava e apenas soltou um longo suspiro, a pegou e colocou de volta ao copo da garota que estranhou aquilo.
Izuku: Não gosto de morango, você sabe disso - o jovem escondia o melhor que podia o quanto estava irritado com sua irmã - Irei pegar daqui a pouco, não se preocupe.
Izumi: Desculpa, eu esqueci - tinha esquecido porra nenhuma - Vá pegar antes que acabe - dito isso a menina se levantou, apenas para se sentar no outro sofá logo a frente deles.
Naquele momento, Sayuri estava contando até 100 para não socar a futura cunhada dela, ela apertava suas têmporas com os dedos e respirava bem fundo, ela olhou para o Izuku que também estava profundamente irritado, isso a fez soltar uma pequena risada e se levantar do sofá.
Sayuri: Vamos lá pegar um pouco de sorvete - ao ouvir isso, o esverdeado levanta rapidamente e a acompanha até a cozinha.
Ambos vão até a cozinha para pegar sorvete, lá eles encontram os pais deles conversando e bebendo cerveja, não querendo incomodá-los os dois apenas pegam o sorvete e voltam até a sala, aonde fazem companhia para Izumi que, mesmo que tenha atrapalhado os dois, não gostariam que ela ficasse sozinha o jantar todo.
Os três ficaram em silêncio por um tempo, pelo menos até que Sayuri comentou com o Izuku o anime que estava assistindo, o esverdeado não sabia muita coisa sobre anime e ficou boiando durante a conversa, já Izumi era super fã daquilo e não conseguiu resistir a entrar na conversa, que se prolongou por um bom tempo. Os olhos de Izuku não acreditavam no que viam, Sayuri e Izumi conversavam que nem duas garotas normais, sem sarcasmos ou alfinetadas… então este era o grande poder que o anime tinha nas vidas das pessoas, sem que percebam, o tempo passa voando e era quase meia noite, os adultos saem da cozinha e encontram seus filhos conversando na sala.
Emiko: Acho que bebi demais, estou vendo minha filha conversando normalmente com a Izumi, isso está acontecendo mesmo?
Inko: Temo que sim, mesmo eu que tomei uma lata, também estou vendo isso - disse num tom brincalhão.
Naomasa: Qual o problema? As duas não se dão bem? - o moreno estava confuso, para ele as duas eram amigas.
Emiko: Elas se suportam meu bem, é diferente, e isto é só por causa do Izuku - sua esposa esclareceu.
Inko: Como ela disse, é bem diferente - era bom ver sua filha entrosando com a garota que Izuku gostava, normalmente Izumi era bem ciumenta e chata com o irmão, mesmo que ela quisesse deixá-las conversando mais um pouco, já era hora de ir pra casa - Meus filhos, já temos que ir! - anunciou - Agradeçam o Senhor Naomasa e a dona Emiko pelo convite.
As duas moitas que estavam no sofá escutaram o chamado da mãe, agradeceram os anfitriões do jantar e todos foram até o lado de fora da casa, aonde o carro dos Midoriyas estava estacionado. Inko e Emiko trocavam algumas últimas palavras, queriam combinar outro jantar qualquer dia desses, só que dessa vez na casa de Inko, Izumi tinha ido atender uma ligação de uma amiga enquanto Izuku conversava com Naomasa.
Izuku: Pode deixar senhor Naomasa, qualquer problema eu ligo direto para o senhor… só preciso do seu número - o detetive arregalou levemente os olhos, se esquecendo completamente de passar seu cartão ao jovem.
Naomasa: Verdade né, me desculpe Izuku, vou ir lá pegar meu cartão para você, sempre os deixo no bolso do sobretudo - dito isto, o moreno volta para dentro de casa, indo buscar um dos seus cartões.
Aproveitando a oportunidade, já que seu pai tinha saído dali, Sayuri se aproximou de Izuku, os olhos dela já haviam voltado ao normal e ela mantinha sua feição neutra de sempre.
Sayuri: Obrigado por vir, foi muito bom receber você aqui hoje - sua voz saiu um pouco baixa, ela estava um pouco triste por ele ir embora.
Izuku: Obrigado por me receber, foi muito bom te ver - o esverdeado também estava chateado, até que ele notou os olhos da rosada que haviam voltado ao normal.
Izuku queria que eles voltassem a ficar completamente azuis, ela ficava tão linda com aqueles olhos, o esverdeado pensou rapidamente em algo que pudesse animá-la, já que de acordo com a explicação dela, os olhos dela ficavam azuis quando ela se animasse ou ficasse feliz. Infelizmente, nenhuma ideia boa surgiu na mente do Izuku, porém seu corpo sabia exatamente o'que fazer, ele puxou gentilmente a rosada para um abraço apertado, enquanto passava uma das suas mãos no cabelo dela.
O abraço repentino acabou pegando Sayuri de surpresa, porém ela não se acanhou e o abraçou de volta com firmeza, o deixou bagunçar os seus cabelos a vontade já que a sensação era muito boa, a rosada afundava o rosto no moletom do esverdeado enquanto sentia seu cheiro, ambos ficaram ali por um tempinho até que Izuku a afasta devagar, os dois se entreolham e sorriem.
Izuku: “Assim está bem melhor” - os olhos da Sayuri brilhavam mais uma vez num azul intenso.
Logo depois que se separaram, Naomasa chegou com seu cartão e entregou para o jovem, lá estava a agência em que ele trabalhava como também seu número de contato e email. O esverdeado agradeceu pela gentileza do detetive e apertou sua mão, se despedindo dele, Sayuri se aproximou e o abraçou mais uma vez de forma rápida, também se despedindo do esverdeado, oque surpreendeu um pouco o seu pai.
Após isso, Izuku vai até aonde sua mãe estava e se despede de Emiko, logo todos dão suas despedidas e os Midoriyas entram em seu carro, partindo dali. Os Tsukauchi ficaram vendo o carro partir e logo entram em casa para encerrarem a noite, Sayuri foi direto para o seu quarto, aonde a mesma deitou em sua cama e pegou seu travesseiro para abraçá-lo, desejando que um certo esverdeado lhe fizesse companhia.
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