História John; Johnny Depp - Angélica Teach

Capitão Jack Sparrow

- Deve estar com fome. - Ao ver Angélica no convés, Jack se aproxima com uma bandeja repleta de frutas cortadas, pães e duas taças de vinho.

Angélica pergunta levantando uma das sobrancelhas, porém, disfarçando bem a expressão de surpresa. - Você fez isso? -

- Claro. Onde acha que eu estava nas últimas três horas? - Jack diz, o que faz pela primeira vez, com que Angélica sorria sutilmente.

- Retiro o que disse sobre não saber tratar bem seus "convidados". - Ela diz.

- Não faço isso pra qualquer um, amor. - Jack diz e lhe entrega uma das taças, servindo uma dose de vinho a morena logo depois.

- Depois que conseguirmos uma tripulação, qual será o plano? Para onde iremos? - Angélica diz indiferente aos olhares indiscretos de Jack em sua direção.

- Pensei que pudéssemos apreciar mais a companhia um do outro, antes de obtermos uma tripulação. -

- Creio que já apreciamos a companhia um do outro tempo suficiente, Jack. -

- Não mesmo. - Jack diz em meio a um sorriso, o que faz Angélica revirar os olhos. - Vai me dizer que sente falta do convento onde nos conhecemos? -

- Sinto! Eu estava pronta para me tornar freira, passei anos naquele convento, e então você apareceu e... - Angélica é interrompida por Jack.

- Arranquei a sua pureza? Por favor, seja honesta com você mesma, amor. Você queria tudo o que aconteceu, não a forcei a nada, pois não sou esse tipo de homem. Admita que você me queria, assim como sei que ainda quer. - Ele diz ao se aproximar, mas desta vez Angélica se afasta antes que Jack tenha a chance de se aproximar demais.

- Você me seduziu e me usou, eu era inocente sobre os homens! Não sabia o que estava acontecendo. -

- Mostrou ser bem experiente, pra alguém que não sabia de absolutamente nada. -

Flashback - 7 anos atrás, Espanha, Sevilha.

Tudo começou em uma noite de verão perante a segunda semana do mês de agosto.

Com a intenção de manter Angélica distante da vida que levava, Edward Teach, Barba Negra, decidiu manter a filha sob os cuidados das freiras de um convento na Espanha, em Sevilha. Ele sempre enviava ouro e garantia o bem-estar de sua filha, mas depois de vários anos, ela já não é mais a garotinha da qual ele se lembra.

Após perder o Pérola em decorrência do motim, Jack conseguiu uma passagem em um navio de mercadores que atracaram na ilha que o deixaram para morrer, porém, ele não era mais o mesmo. Não tinha um propósito, não depois de perder seu amado Pérola.

Estava sem rumo pelas ruas de Sevilha, porém, precisava de algo para levantar seu ânimo, algo que o rum não poderia fazer por ele. Só uma mulher poderia fazê-lo esquecer um pouco de tudo o que passará.

Ao ver algumas mulheres entrando e saindo de uma porta, ele entra antes que a fechem, sem ser percebido pois o local estava muito escuro, o que fez o Capitão deduzir que deveriam manter tudo escuro para que pudessem ter mais privacidade, pois ele deduz ser um bordel ou algo similar.

Logo ele vê uma jovem de cabelos escuros longos e vestido branco, ela abre a porta do quarto, mas não a fecha logo em seguida. Jack não conseguiu desviar o olhar nem por um segundo. Mesmo com o excesso de tecido do vestido, ainda assim ele conseguiu reparar nas suas curvas, no seu busto...

Ele entra no quarto e fecha a porta bem lentamente. A vela acessa ao lado da cama permite que ele veja a jovem deitada, já com os olhos fechados. Porém, Jack esbarra na cama ao tentar se aproximar, despertando a jovem.

Angélica Teach

Eu deveria gritar, deveria pedir por socorro, mas não o faço. Meu olhar percorre ele por inteiro, nunca havia visto um homem tão de perto, mas ele é diferente... Seu olhar, seu sorriso. - Quem... Quem é você e o que faz aqui?! -

- Capitão Jack Sparrow, ao seu inteiro dispor, milady. - Ele se aproxima lentamente e logo sinto tocar uma de minhas mãos, olhando e sentindo seus lábios sobre a minha mão agora, seu beijo lento sobre a minha pele faz com que eu me afaste.

- E o Senhor tem o hábito de entrar no quarto das mulheres, por acaso?! Eu... Eu não estou com roupas apropriadas. Vire-se! Agora! -

- Mesmo que eu me vire, jamais esqueceria essa visão. - Ele diz, o que me faz pegar o lençol de minha cama as pressas, colocando-o na frente do meu corpo.

- Não sei o que quis dizer com isso. Mas, sei que não posso estar em um cômodo sozinha com um homem, então peço que vá embora. - Digo com o máximo de firmeza na voz que consigo, mas minhas mãos tremem segurando o lençol. 

Porém, ele literalmente ignora o meu pedido. O vejo se aproximar ainda mais, o que me faz dar passos no sentindo oposto, mas o cômodo é pequeno demais, não tenho para onde ir, até que acabo esbarrando na beirada da cama, o que me faz cair sentada nela.

- Não se esconda de mim... - Ele sussurra, sua voz consegue me provocar algo, mas não consigo descrever, não consigo descrever nenhuma das sensações que surgiram desde que o vi. Nunca senti isso antes.

Angélica não entende as intenções descabidas do pirata a sua frente. Ela não compreende seus olhares e o porquê de sua aproximação, já que as freiras nunca mencionaram o que acontece entre um homem e uma mulher.

Logo o sinto puxar lentamente o lençol, ato que eu permito ao soltar o tecido aos poucos, sem conseguir desviar o olhar do homem a minha frente.

Ele se aproxima suficientemente pra que eu sinta a sua respiração, até que meu olhar desvia até os seus lábios. - O Senhor... Você... Deveria ir embora, Capitão. - Digo, porém, gaguejo, sem conseguir nem ao menos controlar a instabilidade em minha respiração, encontro-me ofegante de um minuto para o outro.

- Sei que não quer que eu vá embora. - Ele diz.

- Eu quero e... - Antes que conseguisse concluir a frase, sinto seu dedo indicador sobre os meus lábios. Ele literalmente está ajoelhado a minha frente, porém, logo sinto sua mão deslizar dos meus lábios, até o meu pescoço, descendo até os meus seios, cuja os mesmos estão um tanto expostos por causa do espartilho, o que me faz suspirar... Ainda não entendo o porquê de estar sentindo isso, o porquê de estar ofegante, de estar quente.

Sua mão desliza ainda mais, até que o vejo levantar lentamente a saia do meu vestido. O que ele pretende fazer? Sei que deveria impedi-lo, fazê-lo parar com o quer que seja o que queira fazer, mas não consigo. Quero saber o pretende, assim como quero sentir mais do seu toque, das suas mãos sobre o meu corpo, então só o que faço é permitir que ele faça o que quiser.

Jack sorri malicioso, ele não consegue parar mesmo sendo óbvio que a jovem a sua frente não é uma meretriz, já ela nem ao menos aparenta saber o que está acontecendo. Mas, o que ele mais quer, é fazê-la sentir prazer, como nunca sentiu antes.

Ele retira as peças íntimas de Angélica, deslizando o tecido pelas pernas dela, sem a mínima pressa, como se quisesse gravar cada segundo na memória.

Mas, em meio a isso, a morena se levanta, como se acabasse de tomar um susto, ela parece retornar a relidade que a pouco parecia estar distante.

- Isso não está certo. - Ela diz ao ver Jack se levantar e se aproximar dela novamente. A morena agora encontrasse contra a parede e encurralada pelo homem a sua frente.

Porém, ao contrário de anteriormente, Jack já não age com tanta calma e prudência. Ele levanta a saia do vestido de Angélica com certa pressa agora, pressionando o corpo dela contra a parede atrás deles, ele levanta a perna esquerda dela, fazendo-a dobrar a coxa na altura da cintura dele, dando passagem para que a mão dele entre por debaixo de sua saia agora.

- Diga, se quiser que eu pare... - Ele sussurra e mesmo que o meu subconsciente esteja gritando pra que eu me afaste, pra que eu o empurre e fuja deste quarto, não consigo dizer absolutamente nada ao senti-lo tão próximo como está agora. 

No exato segundo em que os dedos do experiente pirata desliza pela entradinha da intimidade nunca violada de Angélica, um mero encostar já foi suficiente para fazê-la arfar, tombando a cabeça para trás sobre a parede... Porém, Jack não hesita, ele não recua.

Seus movimentos inicialmente são lentos, ele sente o quão úmida e quente ela se encontra e só consegue pensar no quão apertada deve ser. Enquanto isso, seus lábios encontram a pele macia do pescoço da morena a sua frente, ele faz questão de distribuir chupões em sua pele, com a intenção de deixá-la marcada, pra que ela veja e se lembre dessa noite, pois ele jamais conseguirá esquecer e espera que ela também não esqueça.

Ele a estimula cada vez mais com seus dedos, até penetrar um deles, o que faz um grito manhoso escapar dentre os lábios de Angélica... - Shhh... Tem que aguentar, love. Isso não chega nem perto do que ainda está por vir. Está tão molhada... -

- Jack... -

Estou imóvel, consigo ouvir os batimentos do meu coração, nunca havia sido tocada por homem algum, nunca soube que um mero toque poderia proporcionar algo tão bom.