- Entra no carro – Ela diz séria
- Não... vai molhar todo seu carro
- Vega, entra logo no carro – Ela grita brava e eu faço que não com a cabeça – Eu vou contar até três, se você não tiver entrado, eu vou sair do carro e te colocar nele, se eu fizer isso, vou ficar brava. Um. Dois – Ela faz uma cara de brava – Três – Eu entro no carro correndo e ela sorri, mas ainda preocupada, eu estava encharcada e tremendo, estava fazendo 6°C, estava bem frio.
- O... obr... obrigada – falo tremendo e ela concorda
- Tira a blusa – Ela diz e eu olho para ela sem entender e surpresa, ela se estica e pega um casaco – Tira a blusa e coloca esse casaco – Eu concordo e começo a tirar o casaco e a blusa juntos, sinto seu olhar sobre mim, mas ignoro.
Jade
Falo para ela tirar a blusa, ela vai ficar gripada desse jeito, certeza, mas o que eu não tinha pensado era nela tirando a blusa na minha frente, seu corpo era lindo e ela usava um sutiã de renda preto, combinava com a pele um pouco morena dela, não consegui desviar os olhos. Só consegui assim que ela colocou o casaco, antes que ela percebesse que eu estava a encarando eu ligo a radio e começo a dirigir.
- A entrada no bairro Bel Air fica quase impossível devido a tempestade forte que vem ocorrendo, vamos seguir com... – Mudo a radio rápido torcendo para ela não ter percebido.
- Ja... Jade?
- Sim
- Esse não é o bairro onde você mora?
- É sim... – Falo suspirando, ela notou
- Você não vai conseguir entrar...
- Eu dou um jeito – Falo tranquila, mas ela me olha preocupada
- Jade, nã.. não acho que você consiga fazer a água desviar de seu caminho, ao menos ainda não – Ela brinca e eu solto um sorriso discreto, ainda preocupada com ela, ela continua tremendo, ligo o aquecedor no máximo
- Não se preocupa, Vega – Falo e ela revira os olhos, ela não gosta que eu a chame pelo sobrenome
- Fica em casa hoje?
- Não estou desabrigada, eu posso dar um jeito de voltar – Falo ficando nervosa
- Não disse isso... Vou ficar sozinha hoje, você pode, por favor ficar comigo?
- Eu posso... pensar – Digo surpresa com minha própria resposta.
- Ok, obrigada
Ficamos cantarolando pelo resto do caminho até que chegamos.
- Entregue, Vega.
- Jade, pelo amor de Deus, só fica em casa até a chuva passar, depois você decide se vai.
- Tá, Vega.
- Mas Jade! O que vai mudar vo.... – Olho tentando conter meu divertimento, esperando ela perceber que eu concordei com sua ideia – Ah, você concordou...? – Ela fala meio surpresa e em duvida
- O que você disse tem sentido – Ela me olha incrédula e eu não consigo segurar um sorriso
- Acho que você está doente – Ela di sorrindo e coloca a mão na minha testa, mas logo tira para segurar uma sequência de espirros, então eu lembro que ela esta molhada em um dia muito frio.
- Quem está doente é você e daqui a pouco vai ficar com febre por demorar para entrar em casa e tomar banho – Eu não consigo evitar demonstrar minha preocupação e ela me olha surpresa novamente e em meus olhos, ficamos nessa por um tempo, mas eu desvio o olhar – Vamos logo antes que você piore. – Digo abrindo a porta.
- Ok, mãe – Ela diz baixo ainda no carro, mas eu consigo ouvir
- Eu ouvi isso! Vamos logo, Veja.
Ela sai correndo do carro e destranca sua porta, me dando espaço para entrar.
- Você também está molhada.... – Ela diz me checando de cima a baixo e eu luto contra corar.
- Sim, minhas chaves caíram quando eu fui destrancar o carro, me molhei um pouco... e mais um pouco agora saindo do carro. – Respondo sem emoções nas palavras.
- E só eu que tenho que tomar banho correndo para não ficar gripada?
- Você que é fraca e estava espirrando. – Digo sorrindo pouco
- Grossa – Ela diz, mas não é uma acusação, era uma brincadeira – Ao menos tira a roupa e coloca na maquina de secar, vou pegar uma toalha para você e uma blusa grande. Já volto.
Ela sai antes que eu fale algo, começo a tirar minha roupa para não molhar a casa, quando estava só de calcinha e sutiã entro mais na casa a caminho da maquina de secar, jogo minhas roupas lá, quando sinto um olhar sobre meu corpo, me controlo para não corar e não ficar aparentemente nervosa e por algum motivo... feliz por causar essa reação nela...
- Er... a...aqui su...sua toalha – Ela fala olhando fixamente em minha testa e eu sorrio largo, coisa que eu não costumo fazer, ela repara no mesmo momento e olha minha boca depois de um tempo, não sei ao certo eu a respondo
- Obrigada – Falei e ela olha nos meus olhos surpresa, sorrio de canto com isso – Eu ainda consigo agradecer os outros, Vega – Falo seu nome em um tom provocativo e ela percebe e sorri.
- Isso foi uma piada, West? – Seu jeito de falar meu sobrenome, me da arrepios.
- Aí só você que poderá me responder – Ela sorri, que sorriso mais lindo – Para de fugir de seu banho, Vega.
- Não estou fugindo de nada – Ela responde rápido e eu controlo para não rir. Ela continua parada
- Por que ainda não foi? Precisa de ajuda para tirar sua roupa? – Aí. Meu. Deus. Eu estou flertando com a Vega, não posso fazer isso, não gosto dela, não gosto de garotas E eu namoro, uma pessoa que eu realmente.... gosto?.... Ela fica vermelha e nervosa, linda, começo a rir e ela fica pior e revira os olhos
- Cala boca, Jade! – Ela grita, joga a toalha em mim e sobe correndo as escadas – Pode ir no meu banheiro, vou tomar banho no banheiro dos meus pais! – Ela grita de longe.
Como eu já vim algumas vezes na casa da Veja, sei onde é seu quarto, vou até ele e entro em seu banheiro, assim que acabo o banho, visto a blusa que Tori me deu e saio do banheiro, Tori está deitada mexendo em seu celular, ela esta com uma blusa roxa e um short curto branco, ela está linda, o que estou pensando? Afasto o pensamento.
- Acho que já vou indo Vega... – Ela faz uma cara de decepcionada e preocupada
- Fica mais um pouco... vamos ver um filme...?
- Está bem, mas vai ser de terror.
- Ok – Ela fala mais animada, mas ela está estranha... Ignoro meu pensamento e ela me dá seu computador para assistirmos em seu quarto, escolho o filme e nos primeiros 10 minutos ela se joga em cima de mim assustada, rio, mas paro ao perceber como ela está quente, literalmente. Pauso o filme e ela me olha sem entender, então coloco a mão em seu pescoço e sinto ela se arrepiar e uma corrente elétrica passar por minha mão, mas ignoro.
- Você está quente, está com febre. – Tiro a mão de seu pescoço.
- Er... não sei, acho que não. – Ela fala e eu reviro os olhos.
- Não foi uma pergunta, Vega.
- Ah, me desculpa, doutora. – Ela fala sarcástica e eu reviro os olhos e não sei o porquê, mas luto contra corar.
- Onde você guarda o termômetro?
- Er... na gaveta do móvel do meu banheiro.
- Ok – Digo me levantando para pegar. Quando volto coloco em seu braço e espero. – 39º C, eu estava certa. – Digo vitoriosa e preocupada
- Nem tinha notado...
- Vem, vamos para cozinha... vou te fazer uma sopa.
- Mas você não ia embora?
- Não vou te deixar sozinha doente, vou te ajudar a melhorar – Ela me olha surpresa e sorri, então percebo como essa frase tinha saído com mais afeto do que eu planejava – Se você morrer, eu levarei a culpa, Vega – Digo e ela revira os olhos
- Bom demais para ser verdade – Ela fala baixo e eu viro de costas indo em direção a porta e rio baixinho. Olho para ela e ela está saindo da cama com o cobertor.
- Pode deixar isso aí! – Falo apontando para a coberta
- Mas está frio – Ela fala resmungando
- Não, não está. Eu estou com essa roupa e não estou com frio, só está fresco e sua casa tem aquecedor. Vamos antes que eu deligue ele também – Ao falar da minha roupa ela me checa sem disfarçar, mas logo percebe e cora
- Er... eu vou pegar um pijama para você, já que vai dormir aqui – Ela diz caminhando com seu cobertor até seu armário. Eu vou até ela e puxo seu cobertor, ela me olha com raiva e eu sorrio
- Se eu soubesse que isso te deixava com raiva, teria tirado seu cobertor antes.
- Ah, então admite que gosta de me irritar? – Ela diz procurando uma peça específica
- Nunca neguei isso, Vega.
- Achei... peguei a blusa mais larga que eu tenho, porque.... seus... seus... sabe? São maiores.
- Não sei... – Falo sínica, obvio que eu sabia que ela estava falando de meus peitos, mas ela estava com vergonha e tímida, tinha que me aproveitar disso.
- Seus... – Ela fala com gestos e olha para meus peitos eu não consigo controlar e coro de leve – Seus seios – Ela fala baixo e eu começo a rir, rir muito. Ela parece perceber o que eu fiz e me olha brava, mas com um sorriso no rosto – Jade! Você sabia do que eu estava falando! – Ela diz batendo o pé.
- Sabia, mas você sem graça é a melhor coisa do mundo! – Digo quase chorando de rir
- Vamos logo! – Ela joga a blusa em mim e um short também.
- Já vou, só vou me trocar. – Ela concorda e sai do quarto fechando a porta atrás de si.
Não sei o porquê de estar sendo tão gentil com ela, nunca fui assim com ninguém, mas não consigo parar.
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