- Ah! Muito obrigada, não sabia onde deixar o copo – Digo e coloco o copo em cima do papel, como estava cheio de gelo e era uma noite quente, o copo estava encharcado, molhando o guardanapo e manchando o número na hora. A atendente me olha com raiva e eu sorrio como se não soubesse o que eu fiz, olho para Tori que sorri divertida para mim... eu pisco para ela e ela começa a gargalhar, Jade não entende, nem a Sam, mas começo a acompanha-la – Vamos dançar? – Pergunto para todas que concordam comigo.
Começamos a dançar, com o tempo Tori e Jade “se cansaram” e resolveram ir para casa, Sam não queria muito ficar, mas como eu queria ficar mais um pouco ela acabou ficando. Eu continuei dançando e ela foi se sentar em algum lugar. Um garoto, bonitinho, começa a dançar comigo, eu continuo dançando, mas ele chega mais perto, eu tento me afastar, mas ele me segura pelo pulso.
- Você é linda, vamos para um lugar sem ninguém.
- Eu não quero... obrigada
- Ah, vamos, gata – Ele diz de um jeito nojento, não de um jeito carinhoso como a Sam
- Nojento, me solta – Digo e ele ri
- Vamos, você só está me deixando mais excitado – Ele começa a me puxar então ouvimos uma voz
- Isso não é jeito de tratar minha namorada, Travis. – Sam fala e eu arrepio, não sei se é pelo jeito ameaçador ou por ela ter me chamado de sua namorada. Ele se vira devagar, como se temesse o que estaria atrás dele, como se conhecesse a Sam. Ele se vira e Sam está parada reta e calma, mas com ódio transbordando de seus olhos
- Su... sua namorada? – Ele diz mas não perguntando normalmente, como se tivesse tentando entender no que se meteu.
- Solta ela – Ela diz calma e séria, ele me solta na hora e eu vou correndo até ela e fico atrás, a abraçando.
- Sam, me desculpa mesmo, eu não sabia que era sua namorada, nem chegaria perto se fosse, eu juro que não far...
- Você quer dizer que pegaria a força qualquer outra garota?
- Sam... eu não quis dizer isso...
- Nos resolvemos mais tarde, Travis – Ele faz um olhar de pânico – Aliás... – Sam se afasta de mim com delicadeza e segura minha mão, ela sobe em uma cadeira e todos presentes no bar olham para ela – Esse garoto tentou uma garota fazer algo com ele... bom acho que todas e todos já sabem como trata-lo a diante...
Sam desce, vejo todos os caras do bar o olhando com ódio, as garotas também, uns caras se aproximam dele e falam para ele ir para fora conversar, tenho certeza que não era isso que aconteceria.
– Tchau, Trevis, até a próxima. – Ela diz e ele pareceu... aliviado em vê-la indo embora? Ele vai levar uma surra e parece feliz que não foi a Sam que chegou perto dele... – Ah, só uma coisa – Ela volta e dá um soco, que pareceu muito forte, em seu rosto, o fazendo desequilibrar e bater no móvel que estava ao lado, sua boca sangra e seu nariz está meio torto, ele ainda está com medo, mas ela sai andando parando cuidadosamente ao meu lado, ela me dá sua mão e me puxa para fora do bar e segura em meu rosto, seu olhar agora é preocupação pura – Cat, está tudo bem? Ele te machucou?
- Não – Digo e abraço ela e sinto ela ainda tensa, depois de um tempo ela relaxa e eu me afasto – Obrigada, Sam – Seguro sua mão, ela fica surpresa. Então ela fica tensa e seu olhar fica escuro.
- Ele te fez isso? – Ela diz apontando, quando olho, vejo meu pulso cheio de marcas de dedo. – Eu vou matar ele! – Ela se afasta de mim tento segura-la, mas ela é mais rápida.
- Sam, por favor... – Ela para e olha para mim – Fica comigo
- Ele te machucou, Cat... Ninguém pode te machucar... – Ela diz baixo desviando o olhar para o chão
- Eu estou bem... Não foi nada. – Digo calma, ela olha para mim e desvia o olhar novamente, seu olhar ainda tinha ódio. – Por que não está olhando para mim?
- Não deveria ter te deixado, não deveria ter deixado Travis escapar assim, deveria ter batido mais nele, não deveria... – Ela é interrompida com um beijo meu, ela parece surpresa, mas logo retribui, coloca suas mãos em minha cintura e aperta levemente, me fazendo soltar um suspiro, coloco minha mão em sua nuca e arranho de leve, sinto ela se arrepiar sob meus dedos. Quando nos faltar ar, nos separamos, ela me analisa com seus lindos olhos azuis.
- Você fez tudo que eu poderia pedir, Sam. Eu estou bem. Juro – Digo sorrindo – Quero ir para casa. – Ela sorri e concorda.
- Aqui, coloca meu casaco – Ela diz me estendendo um casaco que eu pego alegre, estava morrendo de frio – Pode dormir, te acordo quando chegarmos, pensei em contestar, mas eu ia acabar dormindo mesmo... Concordo e apoio minha cabeça na janela...
- Cat? Gatinha? – Eu acordo sorrindo com sua voz, nunca a ouvi falar de um jeito tão doce, mesmo que comigo ela fosse doce, ela não demonstrava com palavras.... – Vamos? – Ela diz e eu concordo, ela dá a volta no carro e abre a porta para mim, eu saio sorrindo.
- Sam... estou com dor de cabeça – Falo sentindo minha cabeça latejar
- Vamos para cozinha pegar um copo de suco, tem remédio lá – Ela fala docilmente
Vamos até a cozinha, eu me sento em uma cadeira da bancada ela pega o remédio e deixa em cima da bancada, pega dois copos, em seguida a jarra do suco que fizemos, sorrio com a lembrança de nós duas cozinhando. Ela serve o suco para nós duas, eu pego o copo agradecendo e tomo o remédio, quando olho para sua mão, que segurava o copo, então levanto surpresa.
- O que aconteceu com sua mão? – Os nós de seus dedos, principalmente o médio e o mindinho, estavam cortados e vermelhos.
- Ah, nada acontece que aquele idiota abriu a boca e eu acabei dando um soco em seu dente, cortou um pouco.... mas o avermelhado é normal... não se preocupe. – Ela diz indiferente
- Claro, então deixa – Digo sarcástica e ela concorda. Droga! Agora eu sei como as pessoas ficam irritadas quando não entendo o sarcasmo delas. – Vamos limpar isso – Pego a caixa que ela tinha pego meu remédio e procuro algo para limpar.
- Cat... realmente não precisa.... – Sam reclama
- Sam, sério, só para de falar e fica quietinha – Falo sorrindo e ela concorda e ri. Acho uma gaze e um antisséptico, Merthiolate, além de achar um Hirudoid em forma de pomada, para passar sobre hematomas. Me aproximo dela e peço sua mão, ela me estende e eu a seguro, só agora percebi como sua mão é, surpreendentemente, macia. Afasto os pensamentos tentando não corar, sinto seus olhos penetrantes em cima de mim, mas eu ignoro, limpo o machucado e coloco a gaze por cima, o mindinho que estava levemente inchado, passe o Hirudoid devagar. Estava muito concentrada para não a machucar, acho que nunca fiquei tão séria em toda minha vida. Quando acabo olho para ela, que não desvia o olhar.
- Obrigada, Cat... Não precisava... – Ela diz baixo e desvia os olhos dos meus para minha boca
- Precisava sim – Digo no mesmo tom, não consigo evitar de olhar para sua boca, como beija-la foi bom... meu melhor beijo... me aproximo um pouco, ela me acompanha
- Tem certeza disso? – Ela pergunta e suponho que seja por nosso futuro beijo, concordo levemente com a cabeça.
- Sim, tenho – Digo baixo e ela me beija, se levantando e me puxando para perto dela, ela me pressiona contra a bancada e começa a beijar meu pescoço, eu inclino minha cabeça para o lado para dar espaço para ela. Voltamos a nos beijar e ela me coloca sobre o balcão da cozinha.
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