História Juntos Sozinho - Jazzpok - Renascimento I

"Fiquei do seu lado, até você acordar, você parecia em coma, estava parado na mesma posição por horas. Até que você abriu os olhos e disse: -Rose...?"

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-Rose, onde está você? -Juliano havia acordado do coma -Onde estou? O que tá acontecendo? Quem é você?

-Calmo Juliano! Não lembra do que aconteceu? -Juliano olhou para Andrei, negou com a cabeça. -Sou Andrei, irei chamar o médico, só um segundo. Fica calmo, depois te explico tudo.

-Andrei? O que você é pra mim? - Não soube como responder, então apenas sai do leito, e chamei o médico. Juliano estava bem agitado. 

O médico veio até seu leito, deu o diagnóstico e nos liberou, para finalmente depois de dois meses, irmos para casa, mas esse era o problema,  não sabia onde ele morava, quem ele era ou qualquer outra coisa sobre ele, na verdade nem ele sabe quem é ele, assim complica. 

-Bom! Ainda bem que acordou Juliano, você teve algumas complicações, lesões nos seus braços e joelhos. Por sorte não teve nenhuma lesão grave no cérebro,  não se preocupe, é normal não lembrar de algumas coisas, daqui algumas semanas, sendo mais específico duas ou três, se caso não se lembrar de nada, após esse período, você deve retornar ao hospital. Agradeça o seu amigo que estava passando bem na hora do acidente. -o médico deu um sorriso e saiu da sala.

Depois de mais ou menos vinte minutos, o médico volta ao leito, com a papelada de auta.

-Juliano,  tá tudo certinho. Você já pode ir para casa!

- Obrigado! -Juliano acenou com a cabeça. 

-Bom Juliano, vamos?

-Pra onde Andrei? -Juliano faz uma carinha de dúvida, muito fofinha.

-Vamos para a minha casa, já que não sei onde você mora! -Dei uma risadinha baixinha. 

-Então tá bom, já que não tenho nenhuma outra opção! -Rimos juntos. Aparentemente você parecia bem divertido e engraçado. 

Era muito estranho levar alguém que nunca tinha visto antes para casa, mas era por uma boa causa.

Entrando no condomínio, que infelizmente fica bem próximo ao prédio 1807. Juliano comentou sobre minha casa: -Nossa é muito grande e bela. Ajudei Juliano a subir as escadas para levá-lo até o quarto de hóspedes. Deixei o Juliano na cama e fui em direção à porta.

-Andrei, obrigado por tudo! -Andrei olha para trás. 

- Tudo bem,  não é nada. -Dei um leve sorriso.

-Uma última coisinha... Você pode me explicar, o que houve? -Andrei olhou para Juliano, confirmou com a cabeça, foi até uma poltrona que tinha perto da cama e se sentou.

-Bom... não sei nem por onde começar. -sentei, suspirei e explicaquei cada detalhe. -No dia 18 de julho, há dois meses atrás. Estava indo pra casa, depois de visitar um amigo, era por volta de meia-noite [...] e você se jogou do prédio. -Juliano fez uma expressão estranha, e deixando cair varias lágrimas de seus olhos. -Calma! Não chore, pera aí. -Me levantei e peguei as coisas dele. -Essas são suas coisas, tem essa foto aqui! - Juliano chorava cada vez mais. -O que foi? Você lembrou de alguma coisa?

-Sim, lembrei! Essa era Rose, meu primeiríssimo e único amor, tentei o suicídio porque achei que era a uni a forma de rever ela, e viver eternamente ao lado dela. -Juliano enxuga suas lágrimas. -Mas percebi que essa não é e nunca vai ser a solução, agora irei tentar recomeçar e tentar superar essas situações.

-Bom, enquanto isso não acontece, estarei aqui pra lhe ajudar no que for preciso! -Segurei na sua mão, para passar segurança e apoio -Me desculpa, mas agora tenho que fazer compras, sempre foi só eu e a empregada. 

-Tudo bem!

-Ela deve tá chegando daqui uns dez minutinhos,  qualquer coisa chame pela Leyla, okay? -Juliano sorrir. 

-Okay! -Andrei se levanta e beijar a mão de Juliano. -Andrei obrigado mesmo!

-Ja falei que não é nada, agora somos amigos! -Andrei sai do quarto e desce as escadas.

-Leyla? Leyla? 

-Me Chamou senhor Andrei?

-Sim! Você pode ficar de olho no Juliano? Irei comprar algumas coisas.  Ele está no quarto de hóspedes. 

-Sim senhor!

-Já falei para você parar de me chamar de senhor, me chame só de Andrei. 

-Okay Senhor! -Andrei saiu pela porta da cozinha, e Leyla voltou a fazer seu trabalho. 

Nossa nunca imaginei que algum estranho se importaria tanto comigo,  até estou gostando dele, ele parece com a Rose. O Andrei é incrível, atencioso e companheiro. Renasci, estou vivo graças a ele, irei recompensa-lo de alguma forma, mas antes tenho que lembrar onde moro.