- O que acha de ganhar um quarto do Bob esponja? - disse fugindo do assunto. Ela me olhou pensativa por um bom tempo, como se tivesse percebido a mudança de assunto. - O que me diz? Gostaria?
- Sim. - ela tentou levantar o boneco que era maior que ela. - Cadê meu Léo?
- O que é Léo? - disse confusa.
- Um elefantinho. - ela fez um biquinho observando o quarto e passando a mão no cabelo. - Eu quero o meu Léo. Olhei no canto onde tinhas as coisas dela, olhei pelo quarto inteiro, mas nada de ursinho. Continuei procurando e fui até o quarto que era meu e de Lauren, olhei no canto e nada. Me abaixei pra olhar embaixo da cama e suspirei aliviada. Estiquei meu braço e peguei o tal ursinho.
- Luna? Luna. - ela apareceu na porta do quarto. - Aqui está. - entreguei o urso pra ela.
- Obigada. - ela disse séria estendendo os bracinhos pra pegar de mim.
- Encontrei vocês. - minha mãe surgiu na ponta da escada. - Hija, desculpe interromper esse momento, mas é que eu quero que veja algo.
(...)
Depois que ela me puxou lá de cima, me tirando de perto de Luna, no meio do caminho ela foi ficar com a Mani. Assim que chegamos na sala, ela chamou Lauren. Assim que eu reparei vi que todos ali naquela sala seguravam uma taça com algo alcoolico, menos eu, na hora que eu iria reclamar minha mãe estendeu uma taça com ice tea. Mas antes dela começar a falar, Lauren como sempre, começou a zoar ela.
- Eu quero fazer um brinde. - ela começou a falar depois que todos se aquietaram. - Quero fazer um brinde a felicidade que a minha família está tendo nesses últimos dias. Quero agradecer as minhas filhas maravilhosa. Deus por me dar mais um neto e por ter devolvido minha netinha. - ela sorriu olhando a Luna. - E agradecer por essa nora maravilhosa. - Siope gritou fazendo todo mundo gargalhar. - Um brinde a felicidade.
- Um brinde a breguice da minha sogra. - Lauren ergueu a taça fazendo as pessoas rirem e minha mãe dar dedo do meio para ela.
Minha mãe apareceu segurando um bolo de aniversário. Vero puxou um coro cantando parabéns para ela. Fazia quatro anos que Luna havia nascido, nem sei em que dia aquela louca comemorava, mas ela tinha gostado daquilo. Ela sorria toda boba, batendo palmas.
- Faz um pedido, ma girl. - Lauren disse antes dela soprar as quatro velinhas.
- Eu quero pedir...
- Ou, ai não. Não pode contar o seu pedido, tem que ser silencioso, só você pode saber. - Lucy disse a interferindo.
- Fala bem baixinho, amor. - Mani disse perto dela. Ela assentiu fechando os olhinhos e demorou um tempo depois os abriu assoprando as velinhas com força, aposto que voou um pouco de baba, mas beleza.
- Eu não quero esse bolo babado. - Lauren disse rindo. - Que nojo porquinha, você cuspiu no bolo.
- É pra tia Verô comer.
- Eu? Porque?
- Porque eu estou afim que você coma meu bolo, todinho.
- Porra, como se não bastasse as mães me usando, agora tem a filha. - Verô resmungou.
- Depois a gente da uma olhada para ver se ela comeu tudo, direitinho. - Lauren disse implicando com ela.
- Olha o que eu comprei para a minha princesa. - Lucy falou e tirou uma caixa de presente de uma sacola, os olhinhos de Luna começaram a brilhar.
- Para dizer a verdade, quem comprou foi eu. - Verô disse. - Mas já que você quer que eu coma seu bolo com baba, então eu não vou te dar presente nenhum.
- Ah, não precisa mais comer o bolo. - Ela desceu do colo da Verô.
- Hum, ah é?
- Sim. Quem vai comer é o tio Arin.
- Luna. - Mani disse rindo. Lauren me puxou me levando para o canto da sala.
- O que ficaram fazendo lá em cima? - ela colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Ela foi me mostrar o presente que você me deu. - a abracei dando um selinho nos seus lábios. - Tem horas que ela parece não ter medo nenhum, mas depois eu acho que ela vai lembrando do que viu e vai tentando me afastar dela.
- Ela gosta de você. - ela passou a mão nas minhas costas acariciando. - Ela só não entede o porque. Por mais que uma parte dela tenha medo, a parte materna fala mais alto quando você está perto. - olhamos para ela brincando com o que Vercy deu.
- O que disse sobre mim? - ela riu.
- Por quê?
- Ela perguntou se sou sua "morada". -ela riu.
- Disse que somos casada, que você é a minha mulher e que chegaria do hospital hoje e que está esperando um bebê que vai ser irmãozinho dela.
- Será que ela vai demorar muito para ela esquecer isso tudo? Não que ela me chame de mãe assim de uma hora para outra, mas estranho ver ela tratando todo mundo bem e eu sendo uma total estranha para ela.
- Esquecer ela não vai esquecer. Mas ela vai superar, ela vai aprender a viver com a família dela de verdade. Ela sente falta da Natália, mas o fato dela ter uma familia, faz ela superar. Ela só tinha a Natália, agora ela está vivendo com um monte de gente que mima ela, o dia todo e faz de tudo para ver ela sorrindo.
- Aquela pira...
- Shiii. - ela me silenciou com o dedo. - Não vamos falar sobre isso. A gente ainda morava aqui quando a Luna vou "feita". - ela mordeu os lábios. - Não está afim de... - não deixei que ela terminasse, tomei os lábios dela com saudades daquele beijo.
As mãos dela subiram pela minha cintura me puxando mais contra o corpo dela. Quebrei o beijo em busca de ar.
- Já até esqueceram que estamos na festa. - ela me puxou em minha mão e antes de irmos em direção ao escritório, Simon entrou na sala armado com aquele grupo de seguranças, assustando todo mundo. - Que merda é essa? - como todo mundo, Lauren não estava entendendo nada. Simon estava com armamento pesado em mãos. Michel tirou Seth e Sofi da sala e eu não pensei duas vezes em pegar a Luna do colo de Mani tentando tirar ela daquele ambiente.
Lauren.
- Simon, porra, que caralho é isso? - ele estava dentro de casa com parte da segurança.
- Po LJ foi mal, mas é que é muito importante.
- Não dava pelo menos para entrar sem armamento? Minha familia está aqui.
- Girl, é sério, eu preciso falar com você. - bufei.
- O que que tá pegando, Jauregui? - Lucy perguntou
- Vem comigo. - sai andando na frente rumo ao escritório e todos ele vieram, inclusive os meninos.
Quando Siope fechou a porta depois que todos tinham entrado eu procurei entender essa merda toda.
- Nunca mais na sua vida, entre com essa porra na casa da Sinu. - Verô disse fazendo ele abaixar a cabeça.
- Perdeu a noção do perigo? - Siope disse.
- Cara, se não fosse tão importante, eu não estaria aqui.
- Então, fala logo porra, o que aconteceu de tão importante que você entrou aqui armado até nos dentes? - ele respirou fundo.
- Os homens do Mendes, nos atacaram. Os caras fizeram uma chacina. Mataram metade dos nossos homens.
- Como é que é?
- É cara, estávamos fazendo uma ronda quando batemos de frente com eles. Não estávamos esperando por isso. Os caras abriram fogo contra a gente e sobraram poucos pra contar essa história, Lauren.
- Como sabe que era o Shawn?
- Ninguém mais abriria fogo para a dona do tráfico a não ser o Shawn.
- Porra. - passei a mão na boca.
- Porra, Simon. Vocês não reagiram? - Arin disse surpreso.
- Como já disse, fomos pegos de surpresa. Shawn tá armando, ele vai apavorar e nos encurralar até onde for possível.
- Lauren, na boa. Você tem que pegar sua mulher e sua filha e meter o pé. Essa porra já tá ficando perigosa demais. - Vero disse se encostando na mesa.
- Eu também acho. - Lucy concordou.
- Vocês estão ficando malucos? Eu vou embora daqui e deixo tudo pra trás? E esse filho da puta vai e pega todo o meu patrimônio?
- Caralho, Lauren. Você tá correndo risco de vida e ainda tá pensando nessa merda de patrimônio? Bro, vai embota antes que aconteça coisa pior. - me sentei na cadeira.
- Siope, eu não posso ir agora. Não quando eu conquistei tudo isso.
- Lauren, nós nunca tivemos ambição por essa merda. O tráfico nunca foi nosso alvo. E tu sabe disso. Nunca te julgamos, nunca falamos nada. Se você quis entrar nessa, tudo bem, o problema é totalmente seu. Mas quando está arriscando sua vida, já está passando dos limites. Parece que tu olha a palavra limite e pensa: vou passar ela. - Siope disse.
- Para tudo há um limite e você já está ultrapassando o seu, Lauren. - Lucy disse cruzando os braços.
- Os assaltos também arriscavam minha vida.
- A sua vida. Mas agora está colocando a vida de mais gente em risco. Menina, morreu um monte de soldado seu, está pensando o que? Que esses caras viviam por você? Que eles não tinham família? Acorda porra, larga essa merda. - Verô disse.
- Não...
- Na boa, você está sendo uma completa egoísta. - Lucy falou olhando pra mim.
- O que você ganhou? O que? Você não ganhou na com isso, Lauren. Você vive de pagar propina pra policia, deputado e governador. Vive de paga pau para os tiras.
- Caralho, cala a porra da boca Siope!
- Tranquilo, eu calo a boca, Lauren. Mas quando algo acontecer, não diga que eu não avisei.
- Não foi pra isso que eu entrei no tráfico. Nunca foi meu objetivo alguém morrer. Não era a minha intenção perder tantos soldados assim, minhas intenções eram boas.
- De boas intenções o inferno ta cheio, girl. - Simon disse.
- Pô, nós nunca nos envolvemos com isso antes. O dinheiro que ganhávamos nos assaltos dava pra sobreviver por muito tempo. - Arin rebateu.
- Vocês estão falando como se eu tivesse feito de forma errada, como se eu tivesse trocado isso tudo pra viver do tráfico.
- E foi exatamente isso que você fez. Estamos planejando outro roubo sem você. Quantas vez você apareceu no galpão pra saber como as coisas estavam andando? Já fizemos diversas simulações e cade você? Não apareceu em nenhuma delas.
- Eu estava resolvendo meus problemas, Lucy.
- Por isso não incomodamos, porque ultimamente você se preocupa com os seus problemas. Nós eramos uma equipe, independente dos seus problemas com Logan, éramos uma equipe. Mas e agora? O que nós somos? Você não aparece, Logan sumiu... Verô, Arin, Sio, Dinah e eu vamos arriscar a vida para ter a porra daquele dinheiro. Começamos em seis e somos apenas quatro.
- Eu não fui embora, eu ainda estou com vocês.
- Você não precisa mais de nós Lauren. - Lucy disse com um risinho. - Ou vai me dizer que vai entrar nessa? Vai me dizer que vai participar com a gente do próximo assalto. Claro que não, Shine, agora você está focada na grana que ganha com as putas e o tráfico. E em pegar Shawn e Natália. - abaixei a cabeça.
- Vocês não precisam fazer um assalto, eu ajudo vocês com o dinheiro.
- Lauren, eu não quero a merda do seu dinheiro. Eu quero lutar pelo meu dinheiro como eu sempre fiz e é o que eu vou fazer, com ou sem você. - Lucy puxou Verô e saiu da sala. Arin levantou e negou com a cabeça saindo.
- Foi mal, Lauren. - Sipoe disse e saiu.
- Vai, vaza daqui. - Simon e o resto dos homens sairam da sala.
Camila.
Todos já tinha ido embora, Lauren ficou o resto do dia naquela sala, trancada. Eu não sabia o que tinha acontecido. No mínimo eles brigaram. Lucy saiu daqui arrastando Verô. Arin e Siope não quiseram falar nada. Durante esse tempo, Luna acabou pegando no sono.
- Camila, não precisa ficar preocupada dessa forma. - Michel disse entrando no quarto enquanto eu observava Luna dormir, mas meus pensamentos sempre paravam em Lauren.
- Deve ter acontecido algo grave. Viu como os meninos saíram daqui e como o Simon chegou?
- Eu acho que não faz bem você ficar nessa aflição toda. - ele alisou minha cabeça.
- Ela está trancado a horas lá dentro. - passei a mão no rosto. Eu sabia que ela fazia aquilo, apenas com uma finalidade. Ela ficava ali dentro para se drogar, pra superar os problemas com a merda da droga. Porque ela era covarde e não conseguia superar isso sóbria.
- Ah, Camila. Ela é assim.
- Eu conheço a Lauren e esse é meu medo por conhecer ela demais saber que ela vai fazer merda. - disse com a voz começando a vacilar.
- Faz uma coisa, tome um banho e relaxa. Daqui a pouco ela vai sair de lá e você vai ver que tudo vai ficar bem. - sorri pelo nariz. - Pode ficar tranquila, Luna não vai acordar nem tão cedo. - respirei fundo, ele estava certo, preciso de um banho.
Sai do quarto um pouco apreensiva em deixar Luna, mas eu precisava relaxar. Entrei no quarto e escutei coisas caindo e sendo quebradas no banheiro. Segui o som e deparei coma Lauren só de top e short quebrando tudo no banheiro.
- O que é isso? Você está ficando maluca? - disse fazendo ela se virar pra mim, e assim que ela fez isso, notei seus olhos avermelhados, e conclui que ela fez o de sempre. - Mais uma vez, Lauren? Nem nos resolvemos e você começou com essa merda?
- Cala a boquinha, Camila. Fica quieta que eu não tô com saco nenhum pra te aguentar. - corri e tranquei a porta, sabia que ela iria começar com o show e não quero que Luna veja isso. Ela não pode ver o monstro que a mãe dela se transforma.
- Mais uma vez Lauren? Não acredito que você...
- Me deixa em paz...
- Não dava para esperar uns dias até eu me recuperar totalmente? Não dava? Luna está aqui, pensa quão nojento é ela te ver nessa situação detestável?
- Você também? - ela gritou. - Você também vai me julgar?
- Eu não estou te julgando. - disse calma. - Só não entendo o que te leva a isso.
- Eu estou vivendo uma pesadelo. Estou cansada dessa merda, eu tenho que ser uma soldado que nunca perde a calma. Apesar de carregar o peso do mundo nas costas. Eu tenho que ser um exemplo, tenho que ser a líder. Minha equipe espera que eu os guie. Se alguma merda acontecer, tenho que estar ao lado deles. Mas não é isso que eu estou fazendo, eu falhei, eu os abandonei.
- Tudo na vida tem um preço, Lauren.
- Não é para isso que eu estou aqui. Não estou aqui pra perder, não vou deixar o Shawn ganhar. - ela disse com ódio.
- Porque você não consegue esquecer esse cara? Chega Lauren, para com isso. Você está se afundando.
- Você é como todos, não consegue entender.
- Como eu vou entender? Olha o seu estado, olha o jeito que você está. Digno de dó Lauren. Quer que eu entenda o fato de você se trancar no escritório a tarde toda?
- Ah, o que tem meu estado, Camila? Você não sabe de nada, eu estou normal, só estou extravasando minha raiva.
- Lauren, por favor. - tentei me aproximar.
- Não encosta em mim. - ela rosnou me empurrando, fazendo com que meu corpo cambaleasse para trás e eu lutei para manter meu equilibrio e não cair.
Não deixei aquilo barato, não me importei com a minha situação voando em cima dela. Empurrei com tanta força que ela caiu com tudo na mesa de centro a espedaçando. Ela poderia até ser mais forte e poderia me machucar, mas eu lutaria e ela sairia tão debilitada quanto eu. Nossos olhares travavam uma batalha e ela estava séria, assim como eu. Ela levantou com tanta pressa e segurou com força em meus ambos me apertando.
- Vai me bater? - perguntei provocativa. - Vai fazer comigo o que você fez com a Natália? Vai fazer eu perder meu filho? - ela perdeu a expressão estremecendo com as minhas palavras. As mãos dela afrouxaram em meu braço, mesmo assim ficou roxo com o apertão que ela tinha me dado. Empurrei ela indo em direção da porta.
- Camz... - ela segurou meu braço.
- Lauren, vai tomar banho e depois conversamos. Você não tem capacidade alguma para manter uma conversa seria e decente comigo.
- A lealdade deles vale mais do que qualquer prêmio, mas não quero que o meu pessoal morra ou se machuque, não vale a pena.
- Do que está falando? - disse confusa.
- Lucy está puta. Abandonei meus amigos, abandonei meus irmãos Camila, eu os deixe na mão.
- Lauren, você é uma otária. - disse por fim, vencida. - Faz merda e depois acha que resolve tudo com essa cara de cachorro que caiu da mudança. - ela riu debochada e aquilo me irritou. A empurrei. - Vai tomar seu banho. - tentei me afastar, mas as mãos dela foram mais forte.
Suas mãos apertavam minha cintura com força e aquilo nem de longe me deixava com tesão, estava apenas me machucando. Virava meu rosto tentando que nossos lábios não se encostassem, mas ela é mais forte que eu. Odiava ela dessa forma. Estragava qualquer clima, qualquer chance de ficar afim de transar.
- Lauren, para. - falei com dificuldade enquanto ela me segurava com força.
- Shhh, relaxa, eu sei que você quer. - falou convencida.
Ela apenas me ignorava, logo suas mãos estavam apertando minhas coxas e Lauren se colocava mais ainda entre minhas pernas.
- Você é minha. - disse sarcástica em meu ouvido e eu fechei meus olhos com força.
Suas mãos foram até minha calcinha enquanto eu me debatia tentando me livrar do peso de seu corpo conta o meu. Lauren arrebentou o fino pano tirando por completo minha calcinha. Reprimi meus lábios tentando não me animar com aqui, eu odeio quando ela se drogava, ela tinha sede de sexo mais que o normal. Ela levantou o vestido sem muita dificuldade e seus dedos acarinharam de leve meu meio e mordi os lábios com o seu toque. Ela sorriu maliciosa vendo a minha reação e ali eu vi uma oportunidade para me livrar daquilo já que ela não estava mais me segurando com tanta força achando que eu tinha me rendido. Empurrei seu corpo e me levantei da cama correndo em cima do colchão até alcançar o chão. Ouvi esbravejar, mas não tinha jeito. Antes que eu pudesse alcançar a maçaneta, seus braços já estavam agarrando a minha cintura e puxando para ela.
- Não torne isso algo difícil, Camila. - disse feito um demônio no meu ouvido, mas ainda soava sensual enquanto puxava meu cabelo com força obrigando minha cabeça tombar pra trás.
- Me solta, Lauren. Não vou fazer nada com você dessa forma. - falei entredentes tentando me recompor toda a força que ela estava me tirando. Empurrei seu rosto com força e senti minhas unhas rasgarem a pele macia de seu rosto e ela levou uma mão ao rosto na hora, ficando mais irritada.
Fiquei estática enquanto ela olhas os próprios dedos reparando os leves pinguinhos de sangue que os arranhões tinham causado em sua bochecha. Meu peito levantava e subia em meu movimento ofegante de respiração enquanto eu esperava sua reação. Mas para minha surpresa ela sorriu de canto com uma cara safada, mostrando que tinha gostado daquilo.
- Então você quer algo mais selvagem? Eu entendi. - disse debochada.
(...)
Por fim consegui arrastar Lauren para o banheiro. Ela estava meio molenga como se estivesse reagindo o efeito pós-droga. Fiquei com ela embaixo do chuveiro o tempo que foi preciso para ela se recuperar. Ela não estava completamente desintoxicada, mas estava bem melhor do que antes.
Me enrolei na toalha e fui em direção ao closet. Lauren veio até mim fazendo gracinhas, mas eu me mantive séria, as maiorias das minhas roupas estavam ali. Vesti a calcinha, mas minhas costas estavam doloridas e machucadas também, coloquei o sutiã, mas não o abotoei, estava dolorida demais.
- Fecha aqui pra mim. - minhas mãos seguraram a parte da frente e ela sorriu sapeca com aquilo. Demorou um ano para ela fechar, quando ela terminou ficou dando beijinhos no meu ombro, mas eu não dei moral e me afastei.
Sai do closet assim que terminei de me vestir e ela veio junto deitando na cama antes de mim. Ela estava apenas de boxer branca e um top, uma tentação. Sentei na ponta da cama, passando meu creme e pensando.
- O que foi?
- Acho que irei ver a Luna, antes de dormir. - disse botando o potinho do creme no chão.
- Ela deve estar no decimo quinto sono.
- Quero ver o rostinho dela antes de dormir. - ela estava me olhando como se estivesse lendo todos os meus pensamentos. Fiquei de pé indo em direção a porta, quando bateram na mesma.
- Mama? - me virei olhando para Lauren, que sorria feito boba. - Mama, é a Luna.
- Mais uma que não resiste aos meus encantos. - ela colocou a mão na cabeça deitando e relaxando mais na cama. Revirei os olhos e destranquei a porta.
- Oi, mi amor. - ela já estava devidamente vestida em pijama rosa bebê, segurando aquele elefantinho, como os cabelos presos em duas presas. Coisas de Normani, certeza.
- Quem é essa gatinha ai? - Lauren disse fazendo com que ela abrisse um sorriso. - Essa ai é a menina mais linda do mundo, mas eu acho que mereço um beijo, não é? - ela passou por mim e foi correndo até a cama, subindo em cima dela e a beijando. Fechei a porta e me juntei a elas.
- Sua morada vai dormir aqui? - ela perguntou me olhando e aquilo me fez rir.
- Mas é claro.
- E eu?
- O que tem você - Lauren perguntou dando assunto para ela.
- Eu não quer dormir sozinha e nem com a vovó. - Lauren me olhou.
- A cama é grande demais, da pra dormir, eu, você, a Camila e o bebê.
- E cadê o bebê? - ela se sentou na cama.
- Tá bem aqui. - disse colocando a mão na barriga. - Tá aqui que nem você ficou. - ela franziu a testa confusa.
- Eu fiquei aqui? - ela me olhou.
- Sim. - sorri. - Você era tão pequenina quanto ele. Ai minha barriga foi crescendo, crescendo, crescendo, até que chegou a hora de você sair pra fora porque você já não cabia mais aqui dentro. Achei o ponto fraco da história. Luna poderia até pensar que Natália era a sua mãe, mas ela tinha nascido de mim e eu tinha como provar aquilo. Natália nunca poderia mostrar para ela o que eu podia.
- Quer ver uma foto com a minha barriga grande? Ela parecia um bexiga gigante. - ela assentiu com a cabeça.
Estiquei a mão pegando o meu celular em cima da mesinha. Eu tinha uma pasta com milhares de fotos de quando eu estava grávida e de quando eu estava no hospital. Coloquei uma foto minha e a da Lauren na piscina onde estava de sete meses e já parecia que eu tinha engolido uma melancia. Ela olhou a foto com cuidado, analisou e pensou, analisando mais uma vez. A mente inocente dela não poderia ir tão longe, mas ela sabia que tinha algo de errado.
- Eu estou aqui? - ela apontou para a minha barriga.
- É, você é essa bola ai. - Lauren disse rindo.
- E essa? - passei várias fotos até chegar a uma dela neném no hospital em meu colo.
- Essa sou eu. - ela disse maravilhada. - Na casa da minha mamãe tem uma foto com essa roupa. Mama, tem fot minha assim lá. - ela estava tão feliz em ver aquela foto.
- Eu tenho um monte de fotos suas. - disse sorrindo.
- Eu nunca tinha visto você nas fotos da mamãe. - Lauren me olhou confusa.
- Ah, porque ela deve ter perdido minhas fotos. - ela olhou mais uma vez a a imagem e seu dedinho curioso começou a passar o resto das fotos.
Lauren bateu ao seu lado livre da cama e eu me aconcheguei ao seu lado. Ela estava quieta olhando todas as fotos e eu mantinha minha respiração pesada com os braços de Lauren me afagando, enquanto olhavámos aquela cena.
Lauren.
Camila ainda estava dormindo, Luna estava enroscada em cima de mim, impedindo que eu me levantasse. Não queria acordar nenhuma das duas, então fiz tudo com muito cuidado. Tirar Luna de cima de mim foi um custo, a minha sorte é que ela dormia feito pedra e não moveu um músculo quando tirei de mim de mim. Não nega mesmo de quem é filha. Olhei para o lado e Camila doria da mesma forma que Luna e se não fosse pela barriga se movimentando ao respirar, eu acharia que ela estava morta. Antes que ela acordassem me apressei e acabei furando o pé com a porra dos cacos que estavam no chão, Camila me empurrou naquela mesinha e espatifou tudo, meu pé começou a sangrar, mas corri pro banheiro. Talvez fosse possível, eu voltar pra casa e as duas estarem dormindo. Tinha que resolver uns problemas, tinha que pedir desculpas aos meninas e tinha que fazer o certo. Se o meu esquema eram os assaltos, eu não fugiria daquilo. Tomei banho e terminei de me arrumar no closet.
O quarto estava escuro, todas as cortinas estavam fechadas impedindo a luz do dia de entrar. Vi uma sombra sentada na cama e acabei me assustando. Ativei o interruptor e para minha surpresa, encontrei Luna acordada, sentada na cama espremendo aquele ursinho dela, que ela não soltava de jeito nenhum, com o rosto todo amassado, ela sorriu assim que me viu.
- Bom dia, mi cariño. - disse baixo para não acordar Camila. - Estava com medo do escuro, é? - ela sacudiu a cabeça coçando os olhos preguiçosamente.
- Mama, eu quero fazer xixi. - ela disse com a voz rouca.
Bem que a Camila poderia estar acordada para resolver aquilo. Pensei um pouco, mas depois do segundo pedido dela, tive que o fazer. Ela vestiu o chinelinho que estava perto da cama e eu a guiei com cuidado até o banheiro para que ela não pisasse nos cacos.
- Eu irei te esperar na porta. Tudo bem?
- Não é para me deixar suzinha.
- Não, eu não vou deixar. Pode ir que eu vou ficar aqui. - ela me entregou o Léo e entrou no banheiro e depois fechou a porta. Demorou em volta de uns dez minutos, quando escutei o barulho da descarga, concluo que ela tinha consegui sozinha.
Porra! Camila não se mexia, ela estava dormindo com o corpo virado para baixo e não se movia nem incomodada com a pouca claridade que tocava o rosto. Luna abriu a porta e saiu do banheiro.
- Tudo certo, cariño? - ela sacudiu a cabeça abanando as mãos molhas. - Vamos escovar os dentes, tomar um banho? Em pregucinha.
- Eu to com sono. - ela disse lenta.
- Então volte lá e deite com a Camila.
- Cê vai?
- Não, a mama vai resolver alguns problemas.
- Eu quero ir...
- Não, não pode.
- Putê não podi? - pela primeira vez a Camila se mexeu na cama ocupando mais espaço.
- Porque mama vai resolver coisas sérias.
- Eu quero a minha vó. - ela disse manhosa pegando o Léo da minha mão.
- Espera ai. - peguei a chave do carro e os meus óculos, apaguei as luzes e deixei a Camila dormindo enquanto levava Luna para a minha sogra. Dona Sinu já estava acordada, desde que eu a conheço ela tinha essa mania de acordar cedo.
- Bom dia, mi niño. - ela disse sorrindo ao me ver descer as escadas com a Luna no colo. - Mas que milagre é esse, você acordando cedo. - Luna nada respondeu, ela estava manhosa por ter acabado de acordar.
- Estava me arrumando para sair e ela acordou. - coloquei ela sentada no sofá.
- Ah, está explicado. Sua xódo despertou e então você acordou, foi isso dona Luna?
- Ela tá precisando de um banho gelado para acordar. - minha sogra riu.
- Tadinha.
- Eu vou ter que ir encontrar os meninos. Já já a Camila acorda, daqui a pouco eu estou ai, pretendo não demorar.
- Tudo bem.
- Dá um trato na peça? - disse me referindo a Luna.
- Pode deixar que com essa boneca eu me viro.
- Vó, eu quero ver bob esponja. - Luna disse manhosa.
- Ah, agora ela fala.
- Favor, vovó.
- Own, pedindo com essa voz e com essa carinha de quem acordou agora é claro que a vovó não resiste.
- Estou metendo o pé. - deixei as duas na sala e fui pegar meu carro.
Não era muito difícil de se imaginar onde Siope, Vero, Lucy e Arin estavam, no minimo eles estavam no galpão. Se Logan e Dinah estivessem por aqui diria que uma hora dessas, eles estavam em casa curando de uma ressaca, mas como só tá os quatro, tenho toda certeza que eles estavam no galpão abandonado perto do casebre.
Dito e feito! Quando parei o carro no galpão, o carro dos quatro estavam lá, para falar a verdade, agradeci. Não seria nada legar buscar o Siope em um puteiro como já fiz diversas vezes. Eles estavam testando sistemas, passei pela porta sem ser notada por eles que estavam tão entertidos que nem viram. Depois de alguns minutos, Arin foi o primeiro me notar.
- E ai, Morgado? - ele disse largando o que estava fazendo e tocando em minha mão.
- E ai. - retribui o cumprimento.
- Oi, Michelle. - Lucy disse entre dentes, não deixando de fazer o que estavam fazendo. Siope e Vero apenas assentiram com a cabeça.
- Como andam as coisas? - perguntei olhando tudo.
- Tranquilo. - Siope disse.
- Acabei de criar um sistema que consegue invadir a central da policia e bloquear o pedido de chamada do banco no dia do roubo.
- Como é? - Lucy era tão nerd que tinha horas que me deixavam assutada.
- É cara, esse banco tem um sistema de segurança ligando direto na central de policia... Eu meio que consegui invadir esse sistema e no dia do roubo eu vou fazer com que ele de pani e a policia só vai ficar sabendo quando estivermos bem longe.
- Filha da puta. - disse surpresa com tamanha capacidade dela. - e a senha?
- Não vamos precisar entrar no cofre. - Arin disse. Siope e Vero se mantinham quietos. Lucy mesmo chateada, falava comigo como se nada estivesse acontecendo.
- Oi?
- Vamos entrar pela porta da frente.
- Porta da frente? - perguntei confusa. - Vocês estão pensando em...
- Isso mesmo, Lauren. - Arin disse. - Quando o carro forte chegar pra recolher o dinheiro nos vamos agir.
- Isso vai ser perigoso pra caralho.
- Planejamos tudo e está tudo certo. Isso vai ser como babá de neném. - Lucy era tão positiva e isso era uma coisa invejável.
- Assim que a Dinah voltar da lua de mel... Vamos á ativa.
- E o que eu vou ter que fazer? - cruzei os braços olhando enquanto os quatro se encaravam assustados.
- Você vai... Vai participar? - Lucy disse assustada.
- Claro porra. Acha que eu vim fazer o que aqui? Escutar você me contar toda essa doideira e aplaudir... Se vocês vão fazer essa porra, eu tô dentro. Se vocês precisarem da minha ajuda, é claro. - Lucy se calou enquanto Verô e os outros dois me encaravam quietos.
- Para falar a verdade, Lauren... Você sempre esteve nessa. Eu não iria invadir aquele banco sozinho, sem você. Eu preciso dar uma zoada com os tiras. - gargalhei com o que Arin disse.
- Então fechou, só falta o Logan. - Lucy disse acabando com o momento.
- O Logan, já era. - Verô disse com um pouco de ódio.
- Você tinha dito a mesma coisa de Lauren. - Arin disse.
- Mas sabíamos que com Lauren podemos contar a qualquer momento, mas o Logan... Esquece, ele já rodou. - Siope falou pela primeira vez.
- Qual foi? O que o otario fez que não estamos sabendo?
- Nada não, Logan se foi, melhor assim. - Siope estava me escondendo algo, pra falar a verdade ele sabia que Logan tinha feito algo e porque dele não está ali.
- Sem problema algum. Acho que a gente pode dar conta dessa bagaça e bota pra foder. - lucy disse fazendo Vero sorrir percebendo que seu positivismo estava voltando a agir. -
- Então esse negócio de entrar pela porta da frente é sério? - me sentei em cima de uma das mesas.
- Claro porra. Acha que brincaríamos em serviço? - Arin agora estava vendo algumas coisas no computador.
- Vocês só podem estar dando uma de loucos.
- Olha lá, tá com o cu na mão Jauregui? - Verô disse me provocando.
- Eu? Tá louca? Olha minha cara de quem tem medo de alguma coisa. - eles riram como se eu estivesse contando uma piada.
- É, começou a viver a vida de patroa e virou marica. Isso que dá querer ficar mandando e não por a mão na massa. - Arin disse fazendo os outros três rirem.
- Vai se foder vocês. - tinha uma arma em cima da mesa e eu a destravei apontando para eles.
- Ô Lauren, brincadeira idiota, abaixa isso caralho. - Arin disse tremendo e Verô cruzou os braços rindo. Os dois estavam na minha mira, mas Arin que eu queria perturbar.
- Quem é o mariquinha aqui agora? - disse rindo.
- Porra, eu só estava brincando. - ele disse em um tom de choro, medroso da porra.
- Vai, Arin, dança. - disparei no pé dele duas vezes fazendo com que ele pulasse, para desviar das balas.
- Cara, isso não é brincadeira Lauren, para com essa porra. - Lucy, Vero e Siope estavam se matando de rir.
- Vai chorar? Dança ai, quero te ver dançar.
Camila.
Talvez tinha sido o vazio da cama, nem Lauren e nem Luna estavam por ali. Me espreguicei tomando parte da cama, meu estomago gritava por algo para eu me alimentar. O cenário da minha briga com Lauren ainda estava ali; no canto da cama tinha vários cacos de vidros da mesa que tinha quebrado. Se alguém pisasse naquilo sem cuidado, certeza que aconteceria um acidente. Meu chinelo não estava por perto, calculei o caminho da cama até o banheiro. Quatorze passos... Com cuidado e nada aconteceria. Fiquei em pé no colchão correndo em direção ao banheiro. Antes que minha mãe visse aquilo mandaria um dos empregados limparem, porque tenho certeza que ela surtaria.
Abri o registro deixando a água cair bem quentinha. Poderia colocar a banheira para encher, mas sem Lauren não tinha graça. A água alfinetava minha pele, parecia estar limpando tudo. Depois de um bom tempo tentando tirar os nós do meu cabelo, sai do banheiro a procura de uma roupa. Os pontos do ferimento já haviam fechado, mas eu ainda tinha que limpar e passar as pomadas pra cicatrização rápida acontecer, o meu medo era que ficasse uma marca feia na pele, mas se eu não cuidasse não iria ficar tão ruim como eu pensava.
Fui me vestir e demorei um pouco mais secando meus cabelos, deixa-los molhados não era legal, primeiro que fazia nós e depois ficava muito cheio. Escutei as empregadas conversando no corredor e aproveitei a oportunidade chamando uma delas. Beleza que elas iriam limpar assim que eu saísse, mas reforcei o pedido, também aproveitando para dizer que minha mãe não precisaria saber o que houve. A verdade é que eu estava com saudade da minha privacidade, da minha casa. Estou morrendo de saudades da Conca, morar com a minha mãe, é bom, mas eu já tinha me acostumado sem ela. Desci as escadas, passando pela sala e logo escutando a Luna falando alto.
- Vó, onde minha mama foi? - pude escutar a voz doce e aguda soar vido da copa. Sinu respondeu, mas a voz saiu baixa. Entrei na copa e Luna, mama, Sofi e Mani estavam tomando café.
- Bom dia. - sorri, parecia que a cada comprovação que tinha ela al, meu corpo ficava em êxtase.
- Bom dia, hija. - minha mãe disse assim que eu beijei seu rosto, fazendo o mesmo com Sofi.
- Bom dia, Normani. - ela nada respondeu, só balançou a mão para que eu calasse a boca. Ela sofre do famoso mal humor matinal.
- Bom dia, princesa da... - minha mãe me olhos e eu me calei trocando a frase. - princesa da Camila. - apertei Luna em meus braços a enchendo de beijo.
- Mila, onde minha mama foi?
- Eu não sei, ela não disse que sairia cedo.
- Luna, sua mama foi resolver alguns problemas.
- O vó, porque você não perguntou pra ela?
- Luna, chega! - Mani disse mal humorada. - Você já perguntou mil vez e ninguém sabe onde sua mama foi.
- Normani. - disse a repreendendo. - Não precisa falar dessa forma com ela. - por um momento vi a Luna ficar chateada pelo modo que foi tratada, mas depois ela respirou fundo e fez a mesma postura que a da Lauren quando sabe que vai ganhar.
- Eu não perguntei mil vezes, eu perguntei cinco vezes. - aquilo me fez rir.
- Luna, não liga pra ela, ela só tá de TPM. - me servi com o pão francês, botando manteiga.
- Era com isso que minha mama estava de noite, vó?
- Isso o que?
- DPM. - Normani gargalhou.
- Não, mi amor. - Sinu disse rindo. - Sua mama estava resolvendo alguns problemas sérios. - ela me olhou de canto de olho e eu senti que elas tinham escutado tudo ontem .
- Tipo colocando o dedo no buraca, Luna.
- Ah. - ela sorriu sapeca. - eu gosto de colocar o dedo no buraco.
- Eita, essa ai vai ser igual a mãe. - Mani disse rindo.
- Luna, não pode. - disse sem jeito. - Princesa não colocam o dedo no buraco.
- Putê? - ela disse um pouco petulante como se entendesse do assunto.
- Porque isso é coisa de adulto e eu espero que você demora muito até terem dedos no buraco. - minha mãe completou.
- Seth não vem pra cá hoje? - mudei de assunto.
- Não, meu pai foi levar ele para a mãe e depois vai pro trabalho. - Sofi disse, levantando e saindo.
- Agora ninguém vai brincar com eu? Luna ficou sozinha. - Luna disse tristonha. Sofi iria para escola e passa a maior parte de seu dia lá, então, Luna ficaria sozinha.
- Por quê? Eu não posso me juntar a você? - ela pensou como se tivesse avaliando a situação.
- Sim, minha mama também vai?
- Isso ai eu não sei, mas quando ela chegar a gente pergunta. Certo? - ela sacudiu a cabeça empolgada.
- E ai, quando você vai fazer o ultrassom pra saber o sexo do bebê?
- Deixei marcado para daqui a dois dias. Queria que fosse o mesmo médico que fez i pré natal de Luna. Lauren disse que ia ver se consegue localizar.
- Cheguei. - Lauren surgiu em uma das portas divinamente linda com aqueles óculos escuros cobrindo o rosto, com uma blusa preta de moletom que ia até sua cintura, uma calça preta toda rasgada nos joelhos deixando ela mais sexy que o normal.
- Mama. - Luna deu um pulo da cadeira e foi correndo pro colo dela.
- Posso saber onde a senhora estava?
- Sim, Mrs. Cabello Jauregui. - ela me deu um selinho. - Estava no galpão com os moleques.
- Mama, você já achou minha mamãe?
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