História KILLER - Jikook - Nós podemos ser ainda piores.

Logo já tinha chegado em casa, ela estava vazia, perguntaria à meu pai onde que ele se meteu depois. 

Mas agora eu apenas estava esgotado, principalmente minha paciência e minha vontade de ir para a escola amanhã, preferia muito mais ter que encarar o estranho do Jeon, do que o nojento do Kim. Infelizmente, ele é professor de matemática, que era ensinada amanhã também. 

Suspiro e jogo a mochila no chão, deitando - me no sofá com tudo, queria que o móvel me engolisse. 

Ficava me perguntando o que deu no Namjoon e no Taehyung, já que depois que aula acabou os dois sumiram, na hora do intervalo eles estavam meio estranhos, mas eu não posso reclamar, esses dias, normal não é nem de longe aproximado das minhas ações. 

Coloco as mãos em cima dos meus olhos e suspiro, assim que ouvi batidas na porta. Abro os olhos, quem seria? Omma tem a chave, meu pai também. 

Decido ignorar, mas então as batidas se intensificam, fazendo - me franzir o cenho. Querem quebrar a minha porta? Ela nem foi consertada ainda.

Meio querendo resmungar vou até a porta, não olhando nem mesmo pelo vidro, cansado, apenas abro. 

Olho para a porta e estava vazia, ponho a cabeça para fora, me inclino e olho de um lado e do outro, vendo que estava completamente vazio de qualquer pessoa.

Confuso, fecho a mesma e me viro em direção ao sofá, iria voltar à querer que ele me engolisse, mas estanco no lugar ao ver o grande homem sentado onde antes eu estava.

A máscara de coelho bem colocada em seu rosto, vestido com um sobretudo que cobria quase todo seu corpo, só não um pouco das suas pernas. 

Pulo no lugar, colocando a mão no peito, não esperava por aquilo, não mesmo. 

Olhando para a janela atrás do sofá, estava aberta. Então foi por ali que ele entrou, suspiro. 

— Eu te assustei? — A voz grossa perguntou. Ele sempre irá perguntar isso?

— Não. O que faz aqui? — Pergunto meio cansado, mas receoso. 

— Venha mais perto, Park Jimin. — Ele pediu, e eu neguei imediatamente. 

Da última vez, esse negócio de aproximação não foi muito bom para mim. Apenas de lembrar, sentia minhas bochechas esquentarem de vergonha. 

— Eu estou bem aqui... — Respondi, desviando o olhar daquela figura, que inclinou o rosto para o lado. 

— Se você não vier, eu irei lhe buscar. — Disse como se fosse nada demais e eu arregalei os olhos. 

— Não, fique onde está. — Pedi, já o outro negou, dando de ombros.

O vi se levantar e vir em minha direção, eu poderia abrir a porta e simplesmente correr para fora daquela casa, mas primeiro que não o deixaria sozinho em minha casa, depois que... 

Droga, meu corpo não me obedecia.

Ele parou de frente à mim, eu encarava aquela sua máscara horrível com ansiedade. 

Ele se aproximou mais e colocou suas mãos em minha cintura, e aquilo já era "normal", mas ele deslizou suas mãos por minhas coxas, fazendo meu rosto esquentar, então ele agarrou por debaixo da dobra de meus joelhos e impulsionou meu corpo para cima.

Surpreso, me agarrei nele, como modo de não cair. 

Como se eu não fosse nada, ele saiu andando comigo em seus braços, para logo se sentar, comigo por cima de suas pernas. 

Tentei sair de cima de si, mas suas mãos prendia meu tronco ali, não se moviam nem mesmo eu usando toda a força de meu corpo. 

— Me solta. — Pedi, vendo o outro apenas negar com a cabeça.

Franzi o cenho, parando de lutar contra si, ele estava tão silencioso. 

Ele continuou à apertar minha cintura em suas mãos, não desviava nem um segundo aquela máscara de meu rosto, parecia que o olhar por baixo dali queria furar a máscara e me engolir de tanta intensidade.

Eu não olhava mais pra si, não entendia o que era aquilo. Olhar para baixo também não adiantava, já que apenas via seu corpo perto do meu, demais. 

— Park Jimin, como foi seu dia? — Perguntou aleatório, me fazendo ficar confuso.

— O quê? — Tentei, sem entender. 

— Acho que você já está começando à me entender. — Ele disse, me confundindo ainda mais. — Quanto mais falta para você me aceitar e ir comigo? — Perguntou, e se aquele homem já não fazia sentido para mim, hoje ele estava de parabéns. 

— Do que está falando? — Franzi o cenho, tenho certeza que minha expressão agora era de profunda confusão. 

— Quero que veja as coisas como eu vejo, que siga os meus passos, que entregue seu corpo e alma à mim, que me odeie. — Ele disse, as palavras saindo de maneira lenta, confusas e roucas. 

— Eu não entendo. — Eu disse sincero, as mãos que seguravam minha cintura, faziam uma pressão de meu corpo contra o dele e eu estava lutando para não me atentar à aquilo. 

Uma de suas mãos me soltou, para acariciar meu rosto com uma leveza que não era característica sua. 

— Que tal livrarmos o mundo de pessoas como ele? — Disse, desencostando suas costas do sofá e aproximando sua máscara de meu rosto. — Se eles podem ser ruins, nós podemos ser ainda piores. — Disse e eu não lhe entendia. 

Mas de algo eu tinha certeza.

— Eu não sou como você. — Falei firme e ele ficou parado por instantes assustadores. 

Toda a pressão que exercia em corpo aumentou, fazendo um suspirar sair de meus lábios. 

— Engraçado como tudo parece tão igual quando somos diferentes. — Disse sombrio, mas eu sentia seu divertimento. — Vamos Park Jimin, me deixe abrir os seus olhos. — Ele pediu baixo, quase até manso.

Sua voz estando mansa me lembrava à de alguém. 

— Por que eu deixaria? — A pergunta saiu quase como automática por meus lábios. Ouvi sua risada soprada. 

— Você já está seguindo meu roteiro, amor. — Ele disse e eu me senti confuso e um pouco desnorteado. 

Aquilo queria dizer que já estou agindo como ele quer?

Então o que diabos ele quer? 

Se ele ao menos falasse normal, não em códigos sem sentido... 

Sinto que estou perdido.