Levanto - me daquela cama, mesmo que me sentisse um pouco sem chão de toda aquela intensidade repentina e súbita parada.
Estava confuso, principalmente sobre suas palavras e ações.
Mas ainda havia muito em minha cabeça que eu queria lhe perguntar, havia mais coisas que eu queria pedir e havia aquela maldita necessidade que eu não sabia explicar, crescendo dentro de mim.
Não queria ficar só naquele quarto, ou naquela casa, de novo.
Porque todas as vezes que estava só, era atormentado com memórias dolorosas e eu apenas queria esquecer de todas.
E eu só conseguia fazê - lo, ao seu lado.
Então caminho até aquela porta e a abro, saindo pelo mesmo caminho que o outro fez há poucos minutos, seguindo pelo curto corredor até a sala ligada com a cozinha.
Achava que ele havia saído novamente, mas rezava pra que não. Porém assim que virei - me em direção à cozinha, lá estava ele, novamente de costas, cortando algo.
O fogão velho tinha uma panela aberta, de onde saía um vapor. Fiquei confuso.
Ele havia dito para meu pai que não comia comida caseira há anos.
É claro que ele mentiu. Ele cozinha.
— O que quer, Park Jimin? — A voz me chama, então percebo que fiquei muito tempo ali, parado, observando - o de costas.
Jungkook se virou, seu rosto era vazio, mas uma de suas sobrancelhas era erguida, ao que me olhava de cima, mesmo de longe.
— Isso não é justo. — Falei baixo, não tinha a mínima certeza do que estava tentando dizer.
Vi ele cruzar os braços fortes, ao que eu reparava em seu corpo, ele não usava aqueles sobretudos grandes, apenas uma camisa social escura que marcava bem os músculos de seus braços e peitoral.
Aproximei - me alguns passos, até ficar perto do balcão que dividia aquela cozinha.
— Se você não me disser o quê, nunca saberei. — Instigou, quando viu que já se passavam alguns minutos, que apenas continuava ali, calado.
Mas eu sabia que era mentira, ele provavelmente sabia melhor do que eu o que eu estava pensando.
— Não pode simplesmente me dizer que iremos embora e sair assim. — Arrisquei e vi ele inclinar a cabeça para o lado.
Eu estava falando demais, mais até do que eu entendia. Seu olhar era vazio, porém vi rapidamente um brilho divertido ali, mas como rápido veio, se foi.
— O que quer, Park Jimin? — Ele repetiu a pergunta e foi minha a vez de franzir o cenho.
Aproximei - me mais dois passos, estando à uma distância segura de si, esse que nem parecia um perigo para mim, permanecia parado, não parecia que iria se mexer tão cedo.
— Tenho coisas aqui à resolver ainda. — Tentei e vi ele estreitar um pouco os olhos negros, que não se desviavam dos meus.
Aquilo estava começando à me deixar nervoso.
— As resolva. — Ele disse simplesmente e eu abri a boca algumas vezes, não sabia o que lhe responder. — Repito, o que quer, Park Jimin? — Ele perguntou e eu desviei o olhar para o chão.
— Eu... — Não sabia como continuar.
Procurava palavras fitando aquele chão velho, então nem ao menos percebi os movimentos sorrateiros, apenas quando pés calçados com sapatos invadiram minha visão.
Levantei o rosto e o vi, ele estava perto demais, tanto que desequilibrei - me para trás, afastando - me alguns passos até bater meus quadris contra o balcão da cozinha.
Olhei para trás apenas para conferir o móvel, então quando viro minha visão para frente, lá estava ele, perto demais. Muito.
— Não entendo porque continua à tentar esconder algo de mim, eu sempre vou saber de tudo o que você está pensando. — Murmurou perto, levantando suas mãos.
Mas ao invés de levá - las até meu corpo, me fez tremer à toa, assim que agarrou com força o balcão, tendo - me preso, mesmo que não tocasse um só dedo em mim.
— Então me diga, porque nem eu mesmo sei. — Confessei baixo, não aguentando olhar em seus olhos por muito tempo.
— O que você quer, amor? — A voz era baixa e rouca, lenta próxima ao meu rosto.
Podia sentir quase seu rosto encostar no meu, roçando de leve nossos narizes juntos. Sua pele, era quente.
Não sabia como respondê - lo, não sabia nem se tinha resposta, mas tudo o que eu queria, era apenas algum contato agora.
Então, mesmo que com receio de suas atitudes, relutante à como reagiria, levei minhas mãos até seu rosto, sentindo o choque de temperatura me arrepiar.
Aproximei - me mais de seu corpo e guiei minha cabeça até a lateral de seu pescoço, perto de sua orelha, então respirei fundo, antes de tentar dizer algo.
— Por favor. — Foi tudo o que eu consegui dizer, sentia meu rosto esquentar e enrusbecer.
Então rapidamente baixei a cabeça, encostando minha testa em seu ombro, ao que ouvi sua risada soprada, o único som naquela casa silenciosamente vazia.
Me assusto então quando sinto uma forte pressão em minhas costas, ao que sou empurrado para frente, colando meu corpo com o do outro.
Então sinto as mãos escorrerem de minhas costas, por minha parte traseira até embaixo de minhas coxas com certa agressividade, me pondo para cima, sentado naquele balcão, ao que ele entra no meio de minhas pernas rapidamente.
Assim que tiro meu rosto da curvatura de seu pescoço, vejo seu belo rosto, que tinha de enfeite um sorriso de canto de boca, um sorriso que gelou minha alma.
Mas eu quem pedi por aquilo, não voltaria atrás.
Sua boca se aproximou da minha, então eu mesmo puxei - o para um beijo, mas ele não se demorou, mordeu meu lábio inferior com força, fazendo - me sentir o gosto metálico.
Abro os olhos meio atordoado e vejo seu rosto perto, os olhos negros brilhavam ao olhar em meus lábios agora machucados, mas ele apenas negou com a cabeça, antes de sorrir largo.
Então sinto mãos empurrarem meu peito para trás, ao que minhas costas batem com força no balcão de madeira, fazendo um arfar surpreso sair por meus lábios.
Não pude ter tempo para assimilar aquilo, quando senti seu corpo se debruçar sobre o meu, ao que ele foi direto para meu pescoço, cada mordida mais rude que a outra ali, fazendo - me fechar os olhos com força vez ou outra, mas minhas mãos apenas apertavam levemente sua nuca, não o afastaria.
Percebendo isso, suas mãos alcançaram minhas pernas e as passaram por sua cintura, impulsionando - se contra mim, podia sentir o volume gritante nas calças alheias se chocando contra minhas partes íntimas.
Meu rosto pegava fogo, mas eu não tinha a mínima noção de querer que parasse.
Enquanto sua boca marcava meu pescoço como se as marcas anteriores ainda não estivessem fracas ali, provavelmente renovando o roxo e o vermelho por alguns muitos dias, suas mãos subiram apressadas até a minha peça íntima, arrancando - a como se não fosse nada.
Ele parecia ter pressa, não só pressa, parecia necessidade que aquilo acontecesse logo.
E eu não podia lhe julgar, cada poro do meu corpo já transpirava ansiedade.
Tanto que, de olhos fechados, apalpei por seu pescoço, procurando os botões da camisa para abri - la, mas então sua boca parou de selar minha pele e ao abrir os olhos, pude vê - lo se levantar, com lábios inchados.
Soltou minhas pernas e puxou a camisa de seu corpo, arrebentando os botões, tamanha a força que exerceu ali.
Queria aquela força contra meu corpo.
Como se lesse meus pensamentos sujos, levantou uma das sobrancelhas e dessa vez agarrou minha cintura com aquela brutalidade, puxando - me e chocando minhas partes com o enorme volume em suas calças, seu olhar era feroz, envergonhava - me e fazia meu interior tremer. E principalmente, temer.
Deitou seu corpo por cima do meu novamente e se aproximou o suficiente para que eu pudesse ver cada detalhes dos olhos negros que brilhavam, eles tinham algo que eu não conseguia decifrar.
Então ele beijou o canto de meus lábios, ao que minhas mãos se entrelaçavam entre os fios de seu cabelo macio. Mas logo encostou nossos lábios, começando um beijo lento e estranhamente calmo, mesmo que aquela calmaria não tivesse durado mais de poucos segundos.
Suas mãos em minha cintura apertavam fortemente, tanto que sentia minha pele dormente, mas aquilo não me importava nem um mísero pouquinho agora.
Elas então, firmes, viraram - me rapidamente assim que os lábios alheios soltaram os meus.
Meu peito bateu com força na madeira e eu senti minhas pernas se fixarem no chão, mesmo moles.
Se não houvesse aquela bancada sustentando o peso de meu peitoral, com certeza já teria ido de encontro ao chão, porque além da minha mente aérea, minhas pernas tremiam, apenas em ansiedade pelo que viria.
Apoiei minhas mãos espalmadas no balcão e tentei levantar meu tronco, mas então senti uma mão pesada empurrar fortemente minhas costas deitadas. Posso ouvir o barulho de zíper baixo, tento olhar para trás, mas não podia naquela posição.
Apenas senti a ereção descoberta se pressionar contra minhas partes traseiras nuas, fazendo toda minha espinha se arrepiar de surpresa ao que arregalei meus olhos.
Seu corpo se debruçou por trás de mim e senti sua mão forte apertar minha coxa, quase podendo - a furar com seus dedos, levantando - a e me puxando para si, podendo sentir o quão enrijecido estava, minha testa suava e minhas bochechas queimavam, assim como prendi meu lábio inferior com meus dentes, impedindo que qualquer som vergonhoso fosse ouvido, apenas por aquele pouco contato.
Senti quando seu seu rosto se aproximou por trás de meu pescoço, agarrando respiração quase ofegante arrepiando todos os cabelos da minha nuca.
— É isso o que você queria? — Perguntou, a voz rouca e grossa soprada em meu ouvido, que me fez fechar os olhos fortemente.
Ele sabia que era.
Senti sua mão em minha coxa a apertar ainda mais, puxando - me para trás, então ouvi o barulho molhado de algo, olhando pelo canto de meus olhos podia ver que tinha dois de seus dedos dentro de sua boca de lábios avermelhados.
Envergonhado, desviei o olhar assim que percebi que me encarava, logo abrindo - os rapidamente ao sentir aqueles dedos me invadirem ao mesmo tempo, fundos e rápidos.
Um longo suspiro escapou de meus lábios, assim os mordi, eles já machucados ardiam, mas os mordia ainda mais, quando os solto em um arfar quase alto.
— N-não. — Pedi, minha voz tremia, assim como minha garganta doía.
Minha mente estava quase saindo de órbita, mas ainda falaria aquilo.
Na mesma hora seus dedos congelaram dentro de mim, parando de se mover, apenas a mão em minha pena apertou ainda mais, como se pudesse amassá - la.
— Você. — Soprei a palavra, sentindo toda a vergonha de meu corpo me atingir, mas nem aquilo me importava agora.
Apenas o queria, ele.
Então a testa deve se encostou atrás de meu pescoço e ouvi a risada soprada, quase divertida, do outro.
Retirou sua mão e não me deu tempo para raciocinar, enfiou - se completamente dentro de minha entrada, fazendo - me arregalar os olhos, arquear as costas ao máximo, assim como um grito mudo rasgou com um soluço em minha garganta.
Sentia lágrimas finas se formarem no canto de meus olhos que simplesmente caíram livres pelo balcão, mas ele continuava parado atrás de mim, sua outra mão agora segurava meus quadris com força, mesmo que não se movesse, sustentando - me parcialmente, porque agora eu já não sentia minhas pernas.
Suas respiração ofegante em minha nuca me arrepiava e mesmo com o ardor doloroso que eu sentia, apenas queria mais daquilo, mesmo que ele continuasse imóvel.
Mas não foi preciso mais de um alto suspiro para que ele se movesse, saindo completamente e logo estocando dentro de mim, fazendo meu corpo impulsionar para frente. Sentia meu baixo ventre pegar fogo e pulsar, encostava a testa no balcão e tinha meus olhos fechados, suas mãos marcavam seus dedos por minha pele, a sua parecia queimar em contato comigo.
Seu corpo se chocava atrás do meu com agressividade, ia cada vez mais rápido, como se seu corpo não se cansasse.
Mesmo que eu já me sentisse destruído.
Era agoniante aquele prazer acumulado e apenas queria me desmanchar, mas cada vez que ele batia fundo dentro de mim, meus olhos se apertavam e minha boca se abria em formato oval, soltando murmúrios quase inaudíveis, junto à arfares necessitados.
Então ele simplesmente para e eu quase grito em frustração, porque minha ereção doía, querendo se desfazer, mas assim que virou - me e me levantou em seus braços fortes, entrelaçando minhas pernas ao redor de sua cintura, suspirei.
Bateu minhas costas contra uma das paredes velhas e eu pude abrir os olhos minimamente, vendo seu rosto franzido e sombrio, bem na hora em que se enfiou novamente dentro de mim, fazendo - me puxar a cabeça para trás e encostá - la na parede fria, que mesmo ainda estando com aquela fina camisa, podia sentir.
O dia estava frio, mas seu corpo deixava - me em estado de ebulição.
Abracei seus ombros ao sentir suas mãos se agarrarem cada uma em uma banda de minha traseira, abrindo - a, ao mesmo que me sustentava e me movimentava para cima.
Sentia como ia duro e fundo dentro de mim, acertando pontos tão maravilhosos que me faziam cada pensamento ruim em minha cabeça simplesmente virar fumaça.
Sua boca agora mordia e deixava marcas em meu pescoço à sua disposição, ao que vez ou outra ele abria a boca para soltar sons roucos e graves, que tremiam minha coluna.
Estava com camisa, mas sentia como a mesma parecia se liquefazer de tanto que eu transpirava desejo e um prazer único.
Apertava seus ombros com a força que me restava, mas então quando sinto uma de suas mãos abandonarem minhas partes baixas para se entrelaçarem com os cabelos de minha nuca sem o mínimo de cuidado, sinto meu corpo tremer e apenas deixo - me ir, sem que ele nem ao menos tocasse minha intimidade.
E ele veio junto comigo, ao que senti aqueles jatos quentes fundos em meu interior. Meus olhos eram semicerrados, mas podia ver seu olhar negro completamente vidrado, como se nunca mais fosse capaz de piscar.
Então abri melhor meus olhos, mesmo sentindo meu corpo dar espasmos contínuos, vejo seu rosto vazio, mas ele não parecia o mesmo vazio pesado e sombrio de sempre e sim um bom vazio, como se naquele momento não houvesse mais nada para ele, como pra mim.
Ele se aproxima e toma meus lábios com uma delicadeza nada característica sua, fazendo - me sentir sua língua quente e ágil, que controlava a minha, roubando o resto do meu fôlego de meus pulmões.
Quando ele se afastou, ainda continuava perto, sua testa quase grudada à minha, ainda permanecia dentro de mim e segurava - me em seus braços.
A bolha daquele momento impedia - me de querer que aquilo acabasse.
Então o vi sorrir pequeno e acabei por sorrir junto.
— Vai me dizer que isso não é perfeição para você? — Ele murmurou, sua voz mais rouca do que de costume e seu humor leve, meio ofegante.
Analisei cada parte de seu rosto sem tantas expressões e levei minhas mãos até o mesmo, sentindo o quão macio era, concordando com a cabeça, antes de deitar meu rosto em seu ombro.
Quem sabe ele esteja certo.
Acho que posso viver uma nova vida daqui pra frente, se ela for recheadas desses momentos únicos.
Esquecer é mais fácil com ele por perto.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.