Namjoon parecia ter se transformado em uma pessoa totalmente diferente. Seus toques eram mais precisos e até um pouco selvagens e eu estava adorando, isso até o momento em que me dei conta de um detalhe super importante.
– Eu não tenho nenhum preservativo comigo. — Sussurrei próximo a seu pescoço, já um pouco decepcionada, talvez não fôssemos ter nossa primeira vez ainda.
– Nem eu. — Ele disse com a voz rouca e sua mão alcançou minhas coxas e logo agarrou o cós da minha calcinha. – Você se importaria de fazer sem? Estou limpo e tenho certeza de que você também está.
– Você não tem medo de que eu engravide e use isso para te extorquir dinheiro? — Me engasguei quando senti seus dedos adentrando minha calcinha, mais um pouquinho e eles estariam lá.
– Se você fizesse isso eu não importaria em ficar com a conta zerada. — Eu quase abri a boca para protestar contra a sua resposta, mas ele me atacou com seus lábios vorazes. Enfiei minhas mãos em seus cabelos e ele gemeu contra minha boca quando os puxei, seu gemido era muito sexy. Esse beijo era rápido, quente, molhado, cheio de tesão. Nossas bocas mal se separaram e ele se abaixou enterrando a cabeça no meio das minhas pernas. Não contive um grito quando minha calcinha foi puxada para baixo. Cobri o rosto com as mãos envergonhada com o que eu sabia que viria a seguir. Arfei quando sua língua pontuda acertou em cheio meu clitóris e um de seus dedos me penetrou. Apertei-lhe a cabeça com as coxas e arqueei meus quadris para cima. Ele forçou minhas pernas abrirem e me deu uma pequena mordida na barriga. Após a pequena punição por eu tê-lo feito ficar sem ar, voltou a trabalhar no meu centro. Meu corpo estava dado as sensações que ele me provocava lá embaixo, eu já havia fantasiado com isso, mas na prática era muito melhor. Namjoon sabia como usar a língua e também era ótimo com seus dedos em meu interior. Uma pontada de ciúme me atingiu, para ser tão bom no que fazia ele já deveria ter feito isso outras vezes. Que ódio. Apesar dos pensamentos homicidas que eu dirigia à mulheres que eu nem sabiam quem eram acabei relaxando. Eu já estava quase chegando no meu orgasmo quando ele parou. Segurei seus cabelos e o fiz olhar para mim.
– Ainda não. — Sua voz mal alcançou meus ouvidos de tão baixa e enrolada que estava. E então ele pôs em cima de mim novamente e pegou na barra da minha camiseta, levantei os braços e ele a tirou de mim. Agora eu estava totalmente nua e a mercê dele.
– Você é muito linda assim. — Ele disse fechando sua mão ao redor de meu seio direito. – Esse seu rosto corado me deixa louco.
– Namjoon. — O chamei manhosa e passei minhas mãos em seu peito. Eu tinha que tocá-lo para que tivesse certeza que tudo o que estava acontecendo fosse real e não mais uma de minhas fantasias noturnas com ele. Ele parecia ler meus pensamentos pois se abaixou até mim e desceu sua boca contra meu pescoço. Pequenas mordiscadas foram distribuídas sobre minha na pele, meus pêlos se eriçaram todos.
– Eu quero entrar em você. – Disse-me entre beijos e carícias. Não consegui dizer nada, apenas abri minhas pernas e ele se ajeitou no meio delas. Nossos olhos se encontraram e eu por um instante fiquei tentada a desviar o olhar, mas seria estúpido, ele estava há segundos de enfiar aquela tora grossa em mim, não tinha que ter vergonha.
– Pode vim. — Acariciei seus cabelos e ele se posicionou em mim. Em que momento ele tirou a porra daquela cueca? Meu Deus ele não era normal! Assim que ele começou a se empurrar para dentro de mim, o ar começou a faltar e eu quis me encolher. Foi meio estranho tê-lo entrando em mim no começo pois já fazia muito tempo que eu não tinha relações sexuais. Finquei minhas unhas nos seus braços e mordi seu ombro de leve. Namjoon respirava descompassado, estava se controlando, percebi que estava sendo gentil. Ele entrou em mim com tudo o que pôde e esperou paciente que meu corpo se acostumasse com a sua intrusão. Sua boca foi de encontro aos meus mamilos e ele brincou com eles me fazendo uns baixos gemidinhos. Ele sabia como enganar o desconforto inicial. Ele era perfeito. Perfeito até demais e era por isso que eu sentia no meu íntimo que não o merecia.
– Posso me mexer? – Pediu, delicado.
– Não só pode, como deve. – E ele se mexeu dando a primeira investida e um formigamento tinhoso se fez no meu ventre. Cada estocada que ele dava era como ferro quente sobre a minha pele. Violentamente escaldante. Sentia que poderia me desmanchar toda em seus braços. Olhei pra ele e agora estava de olhos fechados, gotas de suor caíam-lhe da ponta do nariz em direção ao meu rosto. Como diabos eu havia conseguido esse homem? Isso não importava, ele era meu e pronto. Me entreguei de corpo e alma, e ele percebeu que eu fazia isso pois abriu os olhos e não os fechou mais, parecia querer memorizar cada segundo daquilo, cada centímetro do corpo, das minhas caras e bocas. Senti-me terrivelmente emocionada, nunca tinha sido tão amada e adorada em toda minha vida. Ele era uma mistura de gentileza e selvageria que não sei explicar, ele me dava o que eu esperava do sexo, mas mesmo assim me deixava confortável. O jeito que ele me olhava, que me tocava, ele parecia fazer questão de mostrar o quanto era idolatrada por ele, do quanto era amada. E eu gostei, adorei seria a palavra adequada. Ele me levou de novo ao êxtase e dessa vez me permitiu chegar até o final, meu corpo tremeu embaixo do dele e ele não parou de investir contra mim, o que foi ótimo pois só aumentou o meu prazer. Não demorou muito e ele se liberou dentro de mim e foi uma sensação muito satisfatória. Sem sombra de dúvidas posso dizer que foi o melhor sexo de toda a minha vida.
Eu estava muito extasiada de prazer e coberta pelos seus afagos e carícias quando apaguei em seus braços. O sono dos justos nunca foi tão bom, só acordei na manhã seguinte. O quarto estava escuro, como breu. Meu corpo nu estava embrulhado dos pés ao pescoço, não foi difícil perceber que estava sozinha na cama. Namjoon havia me deixando sozinha. Ele tinha ido embora? Não, ele não faria isso, ele teria ao menos que se despedir, certo?
Eu não queria me levantar, porém precisava. Me arrastei para o banheiro e me demorei bastante enquanto tomava um banho. Reorganizava os pensamentos. As lembranças vívidas da nossa noite não saíam de mim por nada e eu praguejei bem alto por isso. Eu não tinha que ficar magoada porque ele não estava lá para me acordar com seus beijos e então me excitar e aí a gente transar de novo. Grande merda.
Assim que terminei de escovar meus dentes saí de meu quarto e fui até a cozinha, estava vazia. Onde estava Sunhee? Escutei a televisão falando, ela devia estar na sala, fui até lá e vi Namjoon sentado no chão com Hyuna nos braços.
– Bom dia. — Ele me mostrou um sorriso enorme que fez meu coração palpitar, ele era muito lindo.
– Bom dia. — Respondi baixinho sem me aproximar.
– Desculpe não estar lá quando acordou, Sunhee precisou sair e me pediu para cuidar de Hyuna. — Ele explicou enquanto ajudava Hyuna a dançar junto a musiquinha do desenho que passava na tv. Meu rosto esquentou, por um momento eu achei que realmente tivesse ido embora, mas ele só estava cuidando da filha da minha amiga. A vergonha meu pai.
– Tudo bem. — Disse e ele deixou Hyuna sentada no chão e se levantou vindo em minha direção. Percebi quando o sorriso foi sumindo aos poucos de seu rosto.
– A nossa noite foi perfeita. — Ele disse segurando minhas mãos e levando até sua boca para beijá-las. Essa sensação, eu conhecia bem, foi a mesma coisa que senti aquele dia no parque quando ele se foi.
– Você tem que ir? — Fechei os olhos e deixei minha cabeça cair sobre seu peito.
– Infelizmente sim. — Senti seus braços me envolvendo e curtir aquele momento, passaria um bom tempo até que pudéssemos nos ver novamente.
– Eu tentarei voltar o mais breve possível. — Sua mão afagou minha cabeça. Eu queria chorar, mas não devia, eu sabia que aquilo ia acontecer, eu só preciso aguentar um tempinho, se Namjoon disse que voltaria pra mim então ele vai voltar.
– Ok, estarei esperando. — Fiquei na ponta dos pés e lhe depositei um beijinho sobre seus lábios. Eu já estava me afastando quando ele mordeu lábio inferior e aprofundou o beijo. Me encostou contra a parede e me levantou um pouquinho do chão, envolvi minhas pernas e sua cintura e pude sentir sua ereção. Ele estava ficando excitado, eu também não ficava atrás, por mim ele podia me foder ali mesmo que eu não me importaria.
Hyuna deu um gritinho e nós paramos de nos beijar. Ela gritava para a televisão, balancei a cabeça negativamente, parece que tinha pequena empata foda sentada ao chão.
– Eu preciso ir. — Namjoon disse enquanto me descia ao chão.
– Mas já? — Fiz um bico.
– Eu deveria ter ido embora ontem à noite. — Ele deu-me um sorriso safado e eu inconsciente passei a língua sobre o lábio superior. Ele segurou meu queixo e me beijou novamente. – Não faça isso, eu preciso ir.
– Não estou fazendo nada. — Pus minhas mãos em sua cintura e deixei que sua língua explorasse minha boca novamente.
– Tenho que ir. Agora. — Ele se afastou de mim e levou seu casaco que estava sobre o sofá e o vestiu. Ele dirigiu-se até a porta e eu o segui.
– Vou sentir saudades. — Comentei baixinho enquanto ele saía porta afora.
– Eu também. — Namjoon me deu um beijo na testa e um abraço apertado. – A propósito você precisar me desbloquear e aos meninos também.
– Farei isso. — Sorri e levei minha mão até seu rosto para acariciá-lo. – Até outro dia.
– Até. — Ele disse e me roubou um selinho, subiu o capuz de seu casaco e escondeu seu rosto. Eu o observei se afastar na direção do elevador com um aperto no peito, não queria que ele se fosse, mas era preciso. Ele tinha um outra vida e se eu quisesse estar com ele teria de respeitar isso. Graças à esse pequeno problema que nos cercava Namjoon era o namorado quase perfeito, mas tudo bem eu poderia me contentar com isso. Fechei a porta e entrei pra dentro.
Ele tinha se ido, agora eu precisava cuidar das minhas obrigações, mas primeiro iria comer, pois estava morrendo de fome. Eu mal dei três passos em direção à cozinha quando a campainha tocou. Será que ele havia esquecido algo? Corri até a porta e a abri.
– O que foi Namjoon? Esqueceu alguma coisa? — Perguntei antes de quase gritar com a visão que tive.
– Sim, ele esqueceu você.
– Vá embora daqui agora! — Gritei já tentando fechar a porta, mas a miserável pôs o pé e me impediu.
– Então é ele o seu namoradinho? Pelo menos você tem bom gosto, devo dizer. — Mina riu e me empurrou para dentro, assim como da outra vez. Ah não, de novo não. Devolvi-lhe o empurrão e ela me olhou como se quisesse arrancar meus olhos.
– Vá embora, não há mais nada para você aqui!
– Não? E o que foi que eu acabei de ver, hein? Pois eu lhe digo o que foi que vi. Vi seu beijo com ele. Isso só comprova o que falei na televisão, mas agora é diferente, dessa vez eu sei quem é o namorado. — Revirei os olhos. Ela ainda continuava com isso?
– E daí? Namjoon vai me assumir publicamente mesmo, faça o que quiser. — Menti, nós nem havíamos conversado sobre isso.
– Agora ele vai, não é? Depois de eu ter contado toda a verdade, que frango ele é. — Mina abriu um sorriso zombeteiro que eu fiquei louca para tirar de seu rosto na base da porrada, mas me controlei.
– Nós não estávamos namorando, mas agora sim e foi tudo graças a você, obrigado por ser uma terrível desgraçada. Pela segunda vez na vida você me foi útil, já que a primeira vez foi você me parir. Tenha um bom dia. — E entrei para dentro do apartamento e tranquei a porta. Meu coração parece que ia sair pela boca de não nervosa que estava. Eu quase que voei nela, mas eu prometi a mim mesmo que jamais encostaria a mão em Mina e aqui estamos. Oh Deus por favor, faça com que essa mulher me deixe em paz, eu necessito muito disso.
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