História Kimilia: Game of Hearts - Só você...

Emilia on:

Estou com as minhas costas apoiadas sobre a cabeceira da cama, enquanto leio o roteiro da cena de amanhã e o Kit faz massagem nos meus pés. Uma parte de mim está o observando e, a outra, se concentrando no roteiro. Quando ele percebe os meus olhos nele, um sorriso se forma em seus lábios. 

Kit - Margaery? - ele pergunta e eu arqueio as sobrancelhas - Nomes...

Emilia - Oh... Achei bonito. - digo e ele sorri.

Kit - E Yara? - ele pergunta e eu assinto - Osha? Tyene? Ah, esse nome me lembra os personagens de Dorne, Arianne, Quentyn, Trystane. Os dois primeiros só aparecem no livro, eu sei... Mas, os livros inspiraram a série, não precisam ser ignorados, não é? Sem mencionar que tem nomes da série que nós esquecemos de mencionar, como Rickard, que é o pai do Ned, Rickon, Gendry, Sandor, Renly, Shireen, Elia, Missandei, Gilly... - o interrompo. 

Emilia - Quando você teve tempo de pensar nisso tudo? - digo, o olhando, admirada.

Kit - Agora... - ele ri.

Emilia - Gostei muito de alguns desses nomes... Mas, pensando agora, esquecemos de um... - digo e ele me olha, esperando que eu responda - Jon. Eu não posso esquecer o amor da vida de Daenerys e o personagem do amor da minha vida.

Kit - Own! - ele diz, com um sorriso carinhoso - Você é muito fofa! - ele diz e começa a puxar o meu pé, fazendo com que eu me deite, enquanto rio.

Assim que a minha cabeça se encontra no travesseiro, o Kit engatinha até os nossos rostos estarem na mesma altura e tira o iPod das minhas mãos, o colocando sobre a cama. Então, ele se acomoda em cima de mim. A expressão que ele faz me permite rir mais. Ele ri junto e apoia a cabeça no vão do meu pescoço. 

Emilia - Gosto disso... - digo, sem perceber. 

Kit - Do quê? - ele pergunta, levantando a cabeça, para me olhar. 

Emilia - De como nós estamos... - digo, passando os meus dedos pela sua barba.

O Kit sorri e se aproxima para me dar um pequeno beijo. Porém eu seguro a sua nuca, fazendo o beijo se tornar mais profundo. Ele, que antes estava apenas com uma perna no meio das minhas, migra por completo para cima de mim, reivindicando um pouco mais de espaço para se acomodar entre as minhas pernas.

Os seus lábios deixam os meus e vão para o meu pescoço e, em seguida, colo... Num reflexo muito rápido, puxo os seus cabelos, para incetivá-lo a continuar.

Emilia - Talvez devêssemos seguir o conselho da Lena... - digo, num sussurro. 

Kit - Que conselho? - ele pergunta, parando os seus beijos.

Emilia - Permitir que o nosso fogo se torne um incêndio... - digo e ele sorri. 

Kit - Não, Clarke... Eu não vou perder a oposta! - ele diz, com convicção, fazendo com que eu comece a rir.

Emilia - Não consigo fazer você mudar de ideia dizendo que estou ficando excitada? - pergunto, tentando trazer a sua boca para mais perto da minha, mas ele pega a minha mão e a prensa no colchão. 

Kit - Você sabe que uma aposta deve ser respeitada! - ele responde e eu rio - Além disso, com a minha vitória, vou poder fazer o que eu quiser com você. - ele diz e morde o meu lábio. 

Emilia - E com o acordo que fizemos, posso fazer o que eu quiser com você! - digo, mordendo o seu lábio de volta.

Kit - A noite que pagarmos a aposta e o acordo vai ser interessante... - ele sorri, maliciosamente.

Emilia - Com certeza... Mas, não me importo com o resultado da aposta, eu tenho como fazer você ficar de joelhos! - digo e o Kit suspira. 

Kit - Bem, isso eu não posso contestar, Mestre Emilia... - eu o olho, ruborizada, e ele solta uma risada - Aquela noite você virou o jogo, não foi? A minha intenção era fazer você ficar de joelhos para mim e foi você que me fez rastejar aos seus pés.

Emilia - No final, foi você que me surpreendeu... - digo, com um sorriso tímido. 

Kit - Ah, Em... Você é apaixonante. - ele diz, sorrindo largamente - Quer saber? Feche os olhos!

Emilia - O quê? - digo, surpresa. 

Kit - Feche os olhos! - ele diz, entre risadas, enquanto se levanta da cama.

Emilia - Devo me preocupar? - pergunto, fechando os olhos.  

Kit - Depende... - ele diz, com a voz adquirindo distância. 

Emilia - Isso não me soa bem! - digo e escuto o som de zíper sendo aberto. 

Kit - Espere até saber! - ele diz e eu sorrio. 

Emilia - Olha, se você vai pegar camisinha, acho que já é tarde! - digo e ele ri. 

Kit - Clarke, Clarke, Clarke... Você me parece bem inclinada a quebrar a regra do sexo... - ele diz, adotando a sua voz provocante. 

Emilia - Não! - digo, na defensiva, e ele ri - Só estou brincando por você estar muito focado em vencer a aposta.  

Kit - Não gosto quando conta mentiras, mas até que ficasse fofinha! - ele diz e se senta na cama.

Emilia - Kit, não estou mentindo! - digo, me sentando, enquanto mantenho os olhos fechados. 

Kit - Você parecia sincera ao falar de causar um incêndio... - ele diz e eu abro os olhos. 

Emilia - Você estava fazendo carícias em mim! Só saiu... - respondo.

Kit - Então, você admite que estava sendo sincera... - ele me mostra um sorriso vencedor. 

Emilia - Sim, mas eu não soltei nenhum gemido... Não perdi a aposta! - digo, apontando para ele. 

Kit - Ainda! - ele diz, convicto - Mas, mudando de assunto... Surpresa! - ele diz, abrindo a mão na minha frente e permitindo que eu veja o objeto que estava escondido nela. 

Emilia - Um pendrive? - pergunto, o pegando em minhas mãos. 

Kit - Não... É o pendrive! - ele diz e eu o olho, confusa. 

Emilia - O pen... - paro de falar assim que compreendo a sua expressão facial - Oh, é a nossa... 

Kit - É... A nossa sex tape! - ele diz e eu sinto as minhas bochechas queimarem. 

Emilia - Por que você a trouxe? - pergunto, nervosa. 

Kit - Você estava falando tanto dela que eu disse que te daria! Parecia que você estava ansiosa para assistir! - ele diz e eu lhe dou um empurrão. 

Emilia - Eu acho que não é uma boa ideia... - comento. 

Kit - Tens medo de que ela cause algum efeito? - ele pergunta, mordendo o lábio. 

Emilia - Tenho. - confesso e ele sorri - Além disso, ela é sua! Toma! - digo, lhe entregando. 

Kit - Ela é nossa! - ele diz e eu nego. 

Emilia - Eu te dei, depois de você desligar a câmera! Eu disse que era sua! - digo e ele coloca o pendrive em cima do pequeno criado-mudo - Para que você se... 

Kit - Lembrasse de como é fazer sexo contigo! - ele diz e aproxima o seu rosto do meu - Mas, eu te disse que não precisava de um vídeo para me recordar de como é ter você em meus braços. E se ela é minha, eu não me importo de te emprestar! - ele diz, com o seu olhar libidinoso. 

Emilia - Talvez em outro momento... - digo, um pouco envergonhada, e ele assente. 

Kit - Você estava linda... - ele comenta e se levanta - Vou para o banho. 

*****

Enquanto espero o Kit terminar o seu banho para tomar o meu, começo a sentir a necessidade de comer algo doce. Quando penso em doces específicos, todos me parecem enjoativos, até mesmo chocolate, que demonstrava ser aquele que os meus desejos giravam em torno.

Sem saber identificar direito qual é o doce que quero, acaricio a minha barriga, com intenção de descobrir. Fecho os meus olhos e penso em casa... Estou sentindo falta da Inglaterra. Isso é estranho... Saímos de lá ontem! Não é comum eu sentir saudades até, pelo menos, um mês fora... Já estou acostumada a ter que viajar. O que deu em mim? De repente, o meu estômago começa a roncar e a minha atenção vai direto para o bebê.

Emilia - Eu não sei o que você quer comer... - digo, sorrindo para a minha barriga - Você parece estar rejeitando tudo que eu penso. Se tornando muito seletivo, hein! Quero ver quando crescer! - digo, rindo - Eu nunca fui assim, mas tinha um fraco por doces... Pelo que parece, você tem também. Quando eu era pequena, adorava montar uma mesa de chá... Forçava todos a se sentarem comigo. Chegou um dia em que o seu vovô cansou de não ter nada além de doces de plástico. Então, ele comprou um Victoria Sandwich para comermos... Ah, que doce maravilhoso! Depois, a vovó aprendeu a fazer de tanto que eu adorava comer... O seu pai sabe fazer, também... Não duvido que ele faça centenas, se assim você desejar. - sinto o meu estômago roncar, novamente, e, logo, capto a mensagem - Você quer, não é? Bem, não o culpo... É maravilhoso! 

Me levanto da cama e pego o menu, o qual o hotel disponibiliza no quarto. Procuro pelo doce, mas nada. Sinto uma grande frustração e vou direto para o banheiro. O Kit está desligando o chuveiro e, então, me olha.

Kit - O que foi? - ele pergunta, sorrindo. 

Emilia - Levo um século para descobrir que doce o bebê quer e adivinha! Não tem o doce aqui! - digo, cruzando os braços e me apoiando na pia - Que tipo de hotel não tem Victoria Sandwich?

Kit - Um hotel que não é inglês? - ele pergunta, rindo da minha expressão. 

Emilia - Não tem graça! - digo e ele sorri, enquanto enrola a toalha em volta da cintura.

Kit - Tem um pouco... - ele diz e eu reviro os olhos. 

Emilia - Claro, não é você que está sentindo desejo, ou que tem enjoos de madrugada, ou que tem os hormônios toman... - ele me interrompe. 

Kit - Não tem graça! - ele diz e se aproxima de mim - Podemos ligar para o hotel e ver o que eles podem fazer... Para tudo tem uma solução. - ele diz e eu assinto, mais calma - Enquanto você toma banho, eu faço isso. 

*****

Coloco o roupão e saio do banheiro. Fico surpresa ao ver o Kit se vestindo com roupas de sair, ao invés de um pijama. Ao me olhar, ele percebe a minha confusão e acaba deixando escapar um sorriso. 

Kit - Não tem Victoria Sandwich aqui! - ele diz e eu bufo - Mas, tem em uma padaria aqui perto. - ele sorri para mim e coloca a camisa - Eu vou ali e já volto!

Emilia - Você é um anjo! - digo, correndo para os seus braços - Te amo! Te amo! Te amo!

Kit - Te amo, também! - ele acaricia as minhas costas - Você quer mais alguma coisa? 

Emilia - Um chá? - proponho, me separando dele, para olhá-lo.

Kit - Vamos ter um chá inglês? - ele pergunta, rindo. 

Emilia - Acho que sim... - digo, o acompanhando nas risadas - Foi após eu contar uma história de um chá da tarde que me deu esse desejo... - digo e ele toca a minha barriga, por de cima do roupão - Parece que é isso que o bebê quer. Não é fofo? - pergunto, com um sorriso, que o Kit retribui.

Kit - É, sim... Se é isso que o nosso feijãozinho quer, vamos recriar um chá da tarde... - ele diz e me dá um beijo rápido - Não demoro.

Ele faz carinho uma última vez na minha barriga e veste o casaco. Com um sorriso para mim, ele pega a carteira e o celular. Então, sai pela porta. 

Sorrindo, vou para a minha mala e a abro. Por sorte, o meu pijama é uma das primeiras roupas empilhadas. O visto e vou direto para a cama, sem vontade nenhuma de secar o cabelo. 

Começo a pensar o quão fofo o Kit é... Ele é tão dedicado ao bebê. Como ele imaginou que poderia decepcionar o nosso filho e eu? Espero que ele saiba que isso é uma idiotice... O Kit é o melhor pai para o nosso bebê.

Viro o meu corpo de lado e a primeira coisa que aparece no meu campo de visão é o pendrive da nossa sex tape. Coloco a mão no rosto e começo rir por sentir as minhas bochechas ficarem vermelhas! Eu não acredito que dei a ideia de fazermos isso! Pego-o em minhas mãos e o observo. Será que seria tão ruim assistir o vídeo? Aquela noite foi bem agitada, mesmo... O Kit sempre diz que não precisa assisti-la para se lembrar do que aconteceu. Bem, se formos pensar seriamente, é bastante difícil esquecer dos eventos dessa noite...

Flashback on:

Mantendo a porta do elevador aberta, nossos amigos nos observam, desconfiados. O Kit pega a chave do seu quarto e, enquanto isso, eu sorrio para eles. A porta do quarto é aberta e eu faço um sinal de adeus em direção ao elevador, sendo evidente a minha falsidade. Logo, o Kit e eu entramos no cômodo e, assim que a porta é trancada, nos olhamos e começamos a rir. 

Kit - Você viu a cara deles? - ele pergunta. 

Emilia - Eles estão suspeitando... - comento, parando de rir e ficando um pouco mais receosa. 

Kit - Ah, eles não estão! - ele diz, abraçando a minha cintura, e eu envolvo o pescoço dele com os meus braços - São só dois amigos assistindo um filme. 

Emilia - Não somos mais só isso... - digo,  com um sorriso maldoso, e ele me dá um selinho. 

Kit - Não somos... Mas, se eles descobrirem, a culpa é sua. - ele diz e eu o olho, com as sobrancelhas arqueadas - Não, Clarke... Não finja que não me lançou olhares provocativos durante todo o jantar! - ele diz e se aproxima para morder o meu lábio inferior. 

Emilia - Oh, eu estava te lançando esses tipos de olhares? - digo, começando a guiá-lo até a cama, e ele sorri. 

Kit - É... Me peguei muitas vezes imaginando no que você estava pensando... - ele diz, abaixando o seu olhar para a minha boca. 

Emilia - Bem, acredito que você vai descobrir! - digo e os seus olhos voltam a mirar nos meus, mas agora, com um tom mais escuro pelo desejo. 

Me deito sobre o colchão e o Kit vem por cima de mim. Ao sentir esse contato com o corpo dele, eu posso sentir o fogo me incendiando. Levanto um pouco a cabeça para poder beijá-lo, mas ele se afasta. Sorrindo, ele passa um dedo pelos meus lábios e, então, ele encara os meus olhos.

Kit - Não consigo me lembrar de como eu conseguia não te tocar... - ele sussurra e eu suspiro. 

Emilia - Você não precisa mais se preocupar em conter os seus desejos em relação a mim! - digo, acariciando a sua barba - Porque eu desisto de conter os meus em relação a você. - ele sorri e os seus olhos caem sobre a minha boca, mais uma vez. 

Ele, lentamente, aproxima os seus lábios dos meus, mas assim que as nossas bocas se encaixam, a lentidão sai e dá lugar a algo mais quente e voraz. As minhas mãos vão direto para o seu cabelo, mas ele as afasta e as prensa, no colchão, uma de cada lado da minha cabeça. Sinto a minha intimidade umedecer com o pensamento de qual será o próximo ato do Kit... Porém, sinto o peso e o calor do seu corpo deixando o meu. 

Com exaspero, abro os meus olhos, na intenção de encará-lo. O Kit, por sua vez, nem presta atenção em mim, já que ele está se acomodando em seu lado da cama e observando o controle da TV, que está em sua mão. 

Emilia - O que você está fazendo? - pergunto, ofegante, e ele me olha.

Kit - Vamos ver um filme. - ele diz e eu o olho, completamente surpreendida. 

Emilia - Você está brincando comigo! - digo e ele ri. 

Kit - É que me deu vontade de fazer uma coisa que sempre fizemos... Relembrar um tempo em que o nossos pensamentos não eram só em estar compartilhando uma cama e respirações pesadas. Ultimamente, só transamos. - ele diz e eu arregalo os olhos. 

Emilia - Enquanto compartilhávamos a cama e respirações pesadas, você não me parecia estar detestando isso... - digo, um pouco irritada. 

Kit - Eu estava amando e continuo a amar! - ele diz e eu o fuzilo com os olhos. 

Emilia - Então, qual é o problema? Você broxou? - pergunto - Sério, acho que você estaria em uma situação melhor se me dissesse que broxou!

Kit - Bem, eu não broxei. - ele diz, rindo - Eu só quero criar um pouco mais de... intimidade. - ele diz e eu bufo.

Emilia - Nós já criamos uma intimidade durante anos, Kit! Quando você não me tocava e, agora, nem lembra de como conseguia! Vamos fazer algo que somos bons! - digo, tentando ir para o seu colo.

Kit - Somos bons em sermos amigos, assistindo um filme. - ele diz, escondendo um sorriso e me impedindo de realizar a minha ação de ficar em cima dele.

Emilia - Eu não estou afim de ser uma amiga assistindo filme com seu amigo... Eu já fiz isso por tempo demais... Eu quero ter você! - digo, passando a minha mão pela sua perna.

Kit - Eu só quero deixar o momento mais romântico... - ele envolve a minha mão, carinhosamente. 

Emilia - Vendo um filme? - pergunto, tirando a mão.

Kit - É... - ele me mostra um sorriso que me deixa confusa sobre o que se passa em sua cabeça.

Emilia - Kit, tem tantos outros momentos para assistir um filme... Sabe, podemos assistir depois do sexo. - olho para ele, com um beicinho - E... Estamos sem transar já faz muito tempo. 

Kit - Fizemos ontem. - ele diz, sorrindo. 

Emilia - Muito tempo! - retruco e ele ri - Certo... Agora é sério! Você prefere ver um filme ao invés de gozar comigo?

Kit - Eu quero gozar com você, mas acho que podemos fazer essa noite durar mais. - ele explica, mas eu ignoro cada uma de suas palavras. 

Emilia - Não acredito nisso... - murmuro, enquanto me levanto da cama - Kit, eu quero transar! Transar! - digo, o olhando - Não é justo o que você está fazendo! Se você me disser que não está afim, eu me sento do seu lado e não falo mais que quero transar, apenas vejo o filme contigo. Mas, o problema é que você não está dizendo que não está afim! Você está atrasando o sexo e, ao mesmo tempo, me dizendo que quer transar! "Ah, vamos criar intimidade, Emilia..." - o imito, com uma careta - Você me lançou olhares durante todo o jantar! Me apertou a bunda no elevador, quando ninguém estava prestando atenção. Além de sempre cochichar no meu ouvido que eu não dormiria essa noite... Você acha que eu estou vestindo uma lingerie para quê? Se você quer criar uma intimidade, não faça isso atiçando a minha libido!

Kit - Emilia, eu quero transar com você o tempo todo! - ele diz e eu sorrio.

Emilia - Então, vamos fazer! - digo, animada. 

Kit - Ainda não. - ele diz, com indiferença.

Emilia - Você está me irritando... - sussurro e ele sorri, com deboche - Tira esse sorrisinho idiota da cara! - aponto para ele, que mantém a mesma expressão - Quer saber, eu vou te deixar com o seu filminho! 

Kit - Clarke, Clarke... Você não tem noção do quanto eu adoro te ver irritada! - ele diz, rindo, enquanto eu começo a ir até a porta - Você fica sexy! - ele diz e eu me viro para rebater. 

Quando tenho a visão de seu rosto... Essa sua expressão facial... 

No seu olhar, no seu sorriso de canto, até na maneira que o seu peito sobe e desce, eu percebo o que ele está tentando fazer comigo... 

Me aproximo alguns passos e o olho, incisivamente. 

Emilia - Você está fazendo os seus joguinhos comigo? - pergunto e ele morde o lábio, enquanto sorri. 

Kit - Não estou! - ele diz, confiante. 

Emilia - Oh, meu Deus! Você está fazendo, sim! - digo, dando mais alguns passos a frente - Como não percebi isso antes? 

Kit - Em, não é nada disso... Só comentei que você irritada é uma linda imagem. - ele passa a língua pelos lábios.

Emilia - É isso que você quer? Me ver irritada? - não deixo ele responder - Sabe, eu não preciso de nenhuma resposta sua... Eu te conheço melhor do que ninguém, Harington!

O Kit me lança um olhar, no qual consigo ver os seus olhos escurecendo e uma ponta de arrogância salpicando eles. Sem conseguir controlar as consequências que isso causa em mim, sinto as sensações que o meu ventre lança para as outras partes do corpo e a minha intimidade se tornando mais úmida. 

Queria não ser tão suscetível a cada gesto dele, mas sou. Fecho os olhos e flashes da noite passada me visitam...

"Você não sabe a influência que tem sobre mim", o Kit me disse, depois de alcançarmos o ápice.

Então, me ocorre uma maneira de castigá-lo por tudo isso, por querer fazer joguinhos comigo, por tentar me igualar as suas aventuras de uma noite só... Não, Kit... Eu não sou mais uma de suas aventuras! Eu nunca fui e nunca serei!

Emilia - Sabe, eu não vou participar dos seus joguinhos, Harington... Eu tenho os meus. - digo, levantando o vestido e o tirando do meu corpo - Você não quer jogar? - pergunto, enquanto os seus olhos observam as minhas curvas - Vamos jogar, então... Eu faço as regras e você as obedece! - digo e o Kit sorri, como se estivesse hipnotizado pela vista que tem de mim.

Kit - Vinho é uma cor que cai muito bem sobre o seu corpo... - ele diz, fingindo ignorar as minhas últimas frases. 

Emilia - Ora, se você não escutar, posso ir para o meu quarto... Me proporcionar prazer... Sozinha! - digo, passando lentamente os dedos sobre o tecido da minha calcinha. 

Kit - Estou escutando, Mestre... - ele diz, numa tentativa de me irritar e eu sorrio.

Emilia - Mestre? - digo, pensativa - Sabe, eu gostei... Mas, só tem um mínimo problema... - digo, tirando os saltos - Quero que você chame o meu nome! A mulher que irá te levar ao seu limite... - digo, pensativa - Bem, de várias formas. 

Kit - De várias formas? Isso é interessante, Mestre Emilia... - ele diz, engatinhando pela cama, na intenção de chegar até mim, e eu reprimo um sorriso. 

Emilia - Hum, cadê o seu filminho agora? - pergunto, já acariciando o seu rosto - Acho que bem longe. - sussurro e ele sorri - Você faria qualquer coisa por mim?

Kit - Emilia. - ele suspira, pousando as mãos nas minhas nádegas - Você sabe que sim.

Emilia - Bom... A nossa primeira regra será que você não pode tocar no meu corpo sem a minha permissão. - digo, tirando as suas mãos.

Kit - E se eu descumprir essa regra? Não faço o tipo submisso. - ele diz, sorrindo. 

Emilia - Você faria qualquer coisa por mim. - argumento e ele sorri com a minha jogada - E hoje, irá fazer o tipo submisso. Só para você aprender a não brincar com uma Clarke, Harington! - digo e ele olha o meu corpo, enquanto sorri. 

Kit - Para quem não gosta de joguinhos, você é uma boa jogadora, Clarke! - ele diz, se sentando e pondo as pernas para fora do colchão.

Emilia - Você acha que me elogiando serei mais boazinha com você? - pergunto e, em um movimento rápido, tiro a camisa do seu corpo. 

Kit - Você não é do tipo boazinha... - ele murmura para si, abaixando o olhar do meu rosto para os meus seios, e eu sorrio com isso.  

Emilia - Por que não testa? Só para ver se funciona! - digo, enquanto me sento em seu colo.

Kit - Hum... Por onde posso começar? Você é tão perfeita que poderia te elogiar por dias... - ele diz e eu deposito beijos no seu pescoço.

Emilia - Boa jogada... - digo, rindo - Então, me diz qual é a visão que você tem de mim, durante o sexo? - digo e lhe chupo o pescoço, com a intenção de deixar marca.

Kit - Uma deusa... - ele começa e eu faço um caminho cheio de mordidas e beijos de seu pescoço a sua orelha - Oh, perfeita! - ele geme.

Emilia - Continue a me dizer! - ordeno, mordendo o lóbulo da sua orelha. 

Kit - Minha deusa... minha rainha... minha ninfa... - ele suspira cada uma das palavras e eu sorrio por, só com esses pequenos gestos, conseguir ter esse efeito no Kit - Minha an... Ah, mais! - ele diz, assim que eu rebolo sobre a sua ereção.

Emilia - Minha? - pergunto, afastando a minha boca de sua pele, para olhá-lo. 

Kit - Minha! - ele sorri, com desejo. 

Emilia - Sua? - digo, o torturando com o contato de nossos centros - Só se pertencermos um ao outro... Porém eu não me entrego facilmente...

Kit - Mas, você já se entregou a mim... E eu já me entreguei a você... - ele diz, ofegante e me olhando nos olhos. 

Emilia - O que te faz pensar que eu me entreguei? - pergunto, parando os movimentos dos meus quadris. 

Kit - Eu te conheço... - ele diz e eu o olho, com intensidade - Você é única pessoa que sinto conhecer verdadeiramente! - ele diz, devolvendo o olhar.

Essa é a forma dele dizer "eu te amo"? Levo alguns segundos pensando nisso. O Kit coloca os seus dedos em meu queixo e me puxa para um beijo. 

Emilia - Sinto te conhecer verdadeiramente, também. Só você... - sussurro, após o beijo - Mas... - retomo os meus movimentos e ele sorri - Acho que você conhecerá um outro lado de mim, nessa noite!

Kit - Eu conto com isso! - ele morde o lábio inferior, colocando as suas mãos no meu quadril, no intuito de aproximar mais os nossos sexos e aumentar os meus movimentos.

Emilia - Você não vai me obedecer? Sem tocar! - digo, cravando as unhas em seus ombros - Você vai me fazer ir para o meu quarto! - ele aperta a minha bunda e sorri, excitado, para mim - Você acha que estou blefando?

Kit - Tenho certeza! - ele retruca e eu cerro os meus olhos em sua direção - Eu disse que te conheço! - ele diz e eu reviro os olhos.

Ele está com as mãos em minha bunda, controlando o meu ritmo, me provocando. Quem está dominando quem? Começo a saborear mais as sensações de sentir a sua ereção se chocando com a minha intimidade. Isso é tão bom que... Eu tenho que recuperar o poder!

Então, em um instinto, pego as suas mãos e as entrelaço nas minhas. Com um pouco de força, consigo fazer as suas costas encontrarem a maciez do colchão. As suas mãos, junto as minhas, ficam acima de sua cabeça. 

Emilia - É um blefe! - admito, lhe dando um selinho - Mas, eu posso te castigar de outras maneiras... - arrumo a minha coluna e continuo a mexer o meu quadril. 

Kit - Tipo? - ele pergunta, tentando me provocar.

Emilia - Fica para a sua imaginação! - digo, empinando os meus seios orgulhosamente e me deleitando com o roçar de nossos sexos. 

Kit - Oh, você é linda! Você é uma obra-prima... - ele suspira - Como eu gostaria de ter milhões de fotos suas sobre as paredes do meu apartamento... Não teria motivos para sair de casa!

Emilia - Ah, é? - passo as unhas com força sobre o seu abdômen - Você gostaria de ter imagens minhas para poder ver a qualquer momento do dia? - pergunto e me inclino, deixando os nossos rostos a centímetros um do outro - Me ver nua... 

Kit - É... Eu amaria. Você é uma visão muito bela... Nua, então! - ele diz e eu sorrio. 

Emilia - Pegue a sua câmera! - ordeno, saindo de cima dele - Vamos fazer algo melhor do que imagens. 

Kit - Você está falando sério? - ele pergunta, se sentando - Um vídeo de sexo é algo sé...

Emilia - Essa conversa está sendo broxante. - o interrompo, mordendo o meu lábio e o olhando, com desejo. 

Kit - Emilia, isso seria muito legal... Mas, você confia em mim para gravar um momento tão íntimo nosso? - ele pergunta e eu o olho.

Emilia - Você é a pessoa em que mais confio, Kit! E você confia em mim? - pergunto e ele assente. 

Kit - Você quer fazer isso, mesmo? - ele me olha, sorridente. 

Emilia - Você não está vendo? Eu estou muito gostosa! Além disso... - contorno os seus lábios com um dedo - Quero ter um vídeo de sexo com você! Pegue a câmera! - digo e ele me dá um beijo.

O Kit se levanta e pega a sua câmera. Ele a posiciona em um lugar que tem um bom ângulo da cama e começa a andar em minha direção. Enquanto ele está a apenas alguns passos da cama, eu me levanto dela e caminho ao seu encontro.

Já em sua frente, me permito admirar a sua estrutura... Realmente, não seria difícil ele virar o jogo contra mim, mais uma vez... Com um só movimento, ele poderia tomar o controle. Me fazer implorar até que ele me faça chegar ao clímax. Só que, dessa vez, eu que vou fazê-lo implorar... Eu vou torturá-lo até que eu sinta que seja o bastante. Bem, eu sei exatamente o que fazer.

Sem avisar, coloco as minhas mãos em seu peito. Olho para baixo e tenho a visão de seu abdômen, que parece ter sido esculpido... Começo a passar os meus dedos pelos músculos de seu abdômen e a sua pele se arrepia por debaixo da minha. Consigo sentir um sorriso se formando em meu rosto. O olho nos olhos e sei que as promessas de uma noite longa irão se realizar. Aproximo nossas bocas e o Kit ataca os meus lábios. 

Enquanto a sua língua explora todos os cantos da minha boca, ele começa a me levar até a cama. Porém o interrompo.

Emilia - Eu não terminei... - digo, afastando a sua boca da minha. 

Sua necessidade de consumar o nosso ato se torna evidente em sua expressão facial. Com um sorriso, me atrevo a provocá-lo com pequenos beijos e mordidas no pescoço. Assim que percebo a sua rendição as minhas provocações, abaixo as minhas carícias para o seu peito, abdômen... De repente, me encontro ajoelhada em sua frente. Com dedos ágeis, abro o zíper de suas calças e a levo para baixo, junto a cueca. O seu membro demonstra estar completamente excitado, pronto para o meu próximo passo. 

Com uma mão, começo a acariciá-lo. O Kit pende a cabeça para trás, enquanto a sua boca se abre para soltar alguns gemidos. A sua mão pousa em meu braço, servindo como um pedido para que eu não pare.

Kit - Isso... Oh, con... Continue! - ele diz e eu intensifico os movimentos. 

Após ouvir mais alguns suspiros e gemidos dele, paro e afasto as minhas mãos. Ele me olha, confuso, e eu sorrio. 

Kit - Em, por que vo... - ele para de dizer para soltar um gemido, já que eu introduzi o seu membro em minha boca. 

Começo com movimentos de língua lentos na glande, algo que o faz acariciar os meus cabelos, enquanto sua cabeça cai para trás. Com o intuito de fazer que os seus olhos estejam sobre mim, roço levemente os dentes nessa parte do seu membro. O meu plano foi eficaz e, então, lhe lanço um olhar que indica para ele ficar me observando. Assim que ele compreende a mensagem, começo a fazer movimentos de cima para baixo na base do pênis, com uma mão, e, com a língua, intensifico os gestos. Já a minha mão livre começa a apertar a sua bunda. Ele flexiona seus quadris para frente, se impulsionando em minha boca. 

Quando percebo que o Kit começa a respirar com mais dificuldade, demonstrando que está perto de ejacular, paro os meus movimentos e me levanto.

Ele, um tanto desnorteado, solta um gemido de frustração, me fazendo sorrir. O Kit abre os olhos, mas, antes de qualquer comentário dele, eu inicio um beijo, colocando as minhas mãos na sua nuca. Começo a levá-lo até a cama e, quando chegamos, o empurro, fazendo as suas costas encontrarem o colchão. Rapidamente, retiro a calça e a cueca de seu corpo. Deixo o meu olhar demorar em sua ereção, me permitindo um sorriso. O Kit percebe e se apoia em seus braços, para me olhar. 

Kit - Por que você não continuou? Eu estava perto... - ele reclama e eu rio.

Emilia - Eu sei... Parei porque eu posso! Eu te disse que tinha outras formas de te castigar! - sorrio, maliciosamente - Hoje, as regras estão nas minhas mãos. Eu que mando! - digo, com uma voz sensual - Se deite com a cabeça no travesseiro ou... será castigado. 

Ele suspira e, então, me obedece. Com os meus olhos nos seus, retiro o sutiã lentamente. O seu olhar me demonstra o mais puro desejo. Ando até a cama e engatinho até ele.

Kit - Você está me torturando! - ele admite e eu mordo o meu lábio - Eu quero te tocar!

Emilia - Não! - digo e volto a estimular o seu pênis. 

Kit - Em... - ele geme, se contorcendo.

Emilia - Você não sabe o quão linda é essa imagem... - sussurro em seu ouvido. 

Kit - Por favor... - ele implora e eu sorrio. 

Sinto a necessidade de tê-lo dentro de mim... Não posso negar isso. Mas, quero aproveitar mais essa sensação de poder... E se eu der o que nós queremos, vai ser muito fácil! 

Me concentro em suas reações ao meu toque e vejo que tê-lo tão necessitado de mim é mais excitante do que poderia sequer imaginar. Sinto todos os arrepios que o meu ventre irradia e, em um movimento rápido e já sentindo que é uma ideia estúpida, tiro a calcinha. Subo nele e, com uma mão, guio o seu pênis até minha entrada. Kit se arqueia embaixo de mim, impulsionando o quadril para frente, no intuito de me preencher. Não consigo evitar de gemidos me escaparem dos lábios. 

Kit - Ah, Em... - ele diz, enquanto passa as suas mãos para os meus seios, os cobrindo em forma de concha.

Por um momento, cubro as suas mãos com as minhas, incentivando o seu toque. Então, me lembro da regra de não tocar e decido envolver as suas mãos nas minhas. O Kit, que, até então, me admirava com seus olhos queimando, levanta o seu tronco para me beijar. Assim que seus lábios, me possuem, me perco do meu objetivo até que uma voz do meu subconsciente me acorda... Ou eu retomo o poder agora, ou o perco de vez.

Fazendo força em nossas mãos entrelaçadas, o empurro para o colchão.

Intensifico os meus movimentos, jogando a cabeça para trás. O prazer que sinto ao ser somado com essa sensação de dominação, me faz estremecer de satisfação. Aumento mais os movimentos, enquanto solto gemidos altos e me contorço sobre ele.

Me pegando de surpresa, o Kit estica os seus braços para os lados do seu corpo, fazendo com que eu me aproxime e os nossos rostos fiquem a centímetros um do outro. Rapidamente, retomo o meu ritmo, sentindo as nossas respirações se mesclarem.

Estamos perto, posso sentir... Afasto as nossas mãos e volto para a posição sentada, apoiando as mãos sobre o seu peito. Não quero que isso acabe... Ainda, não... Mas, se eu impossibilitar o seu clímax dessa forma, não chegarei ao meu... Vale a pena?

De repente, paro os meus movimentos e ambos deixamos escapar gemidos de exasperação. Ofegante, olho para o Kit, que parece ainda mais desconexo do que do primeiro orgasmo interrompido. Mas, ao abrir os olhos e encarar os meus, percebe que parei para ele não chegar lá. Com um sorriso sarcástico, as suas mãos se aconchegam em meus quadris. Logo, ele começa a movê-los. A minha cabeça vai para trás e gemidos voltam a tomar conta do quarto até que retomo a consciência e o poder. 

Emilia - Não... - suspiro.

O Kit afasta as mãos, me respeitando, e eu retiro, com um gemido, ele de dentro de mim, mas, mesmo assim, continuo sentada sobre o seu colo. 

Kit - Isso. Já está. Ultrapassando. O limite. - ele diz, pausadamente. 

Emilia - Eu falei que iria te levar até ele. - digo e o Kit sorri. 

Kit - Oh, Clarke... Você não vai me deixar gozar hoje? - ele pergunta e eu levanto as sobrancelhas, indicando que eu não sei, mas com um sorriso debochado - Você está me torturando, Mestre. 

Eu sorrio e acaricio o seu peito com as minhas unhas, fazendo ele se arrepiar. Então, me inclino e aproximo a minha boca do seu ouvido. 

Emilia - Você não gosta de jogos? - pergunto, com uma voz sensual - Oh, meu amor... Eu não sou um dos seus joguinhos! E eu não sou igual as suas antigas aventuras! Foram tantas amiguinhas de uma noite só, não é? Elas gostavam dos seus jogos?

Kit - Espera! - ele me olha - Clarke, você está fazendo isso por ciúmes?

Emilia - Não! - digo, voltando a ficar sentada sobre ele.

Kit - Você está! - ele sorri, satisfeito. 

Emilia - Olha, isso não é por ciúmes, okay? - digo e ele assente, com deboche - É verdade! Eu só... Só não gosto de ser tratada como mais uma brincadeirinha sua!

Kit - Do que você está falando? - ele pergunta, adotando uma fisionomia séria - Você não é um caso de uma noite só! Como você seria? Você é a Em, a pessoa que eu conheço há anos!

Emilia - Kit... - ele me interrompe. 

Kit - Eu te amo! Isso não é surpresa para você! - ele diz e eu o olho. 

Emilia - Como amiga... E eu sei que vo... - ele se senta e tapa a minha boca. 

Kit - Eu estou completamente apaixonado por você, Emilia Isobel Euphemia Rose Clarke! E você não é uma brincadeirinha para mim! Eu amo você! - ele diz e, afasta a sua mão, o possibilitando de ver o meu sorriso - Sobre querer fazer os meus jogos com você, bem... Eu só queria ver até onde você iria para chegar ao orgasmo, mas olha só! É você que está me fazendo implorar... - ele diz e eu solto uma risadinha - Uma vez eu te disse que você não é descartável e, meu amor, você continua a ser a pessoa primordial da minha vida... 

Emilia - Meu Kit... - sussurro, passando as minhas mãos pelos seus cabelos e roçando nossos lábios. 

Kit - Sou seu, Mestre! - ele diz e eu, mais uma vez, sorrio.

Emilia - Sou sua... - respondo. 

Kit - Agora que resolvemos esse mal-entendido... Me deixe tocá-la! - ele pede.

Emilia - Ah, não... Não terminamos o jogo! Você sabe as regras... - digo, rindo, e o forço a voltar a encostar as suas costas no colchão. 

Kit - Minha Em... - ele sussurra para si - Mestre, me deixe provar que mereço que você me proporcione um orgasmo... - ele diz, colocando as mãos sobre as minhas coxas.

Emilia - Kit, não... - digo e ele sorri. 

Kit - Não vou tirar o seu poder, Emilia... Você é quem manda! Só quero vê-la chegar lá! - ele diz e eu o olho, com desconfiança. 

Então, ele faz carinho nas minhas coxas, com lentidão. Sinto um arrepio passando pelo meu corpo e, com um suspiro, levo uma de suas mãos para o meio de minhas pernas. O Kit começa com movimentos circulares sobre o meu clitóris e eu rebolo sobre seus dedos. O seu olhar lascivo me faz sorrir ao mesmo tempo em que os gemidos escapam da minha boca.

Ele tira os seus dedos de mim e eu o olho, inquisidora. Ele faz um gesto para que eu saia do seu colo e me deite ao seu lado. Com certo receio de perder o meu posto de "dominadora", faço o que ele sugere. O Kit vira de lado e se apoia em um dos seus braços. A sua mão escorrega mais uma vez para dentro das minhas pernas. Os dois dedos pressionando o meu clitóris, com movimentos de vai e vem, me fazem arquear as costas e gemer o seu nome. A sensação é tão boa que eu me sinto sedada. Abro os meus olhos e miro nele, que está concentrado nas minhas reações. Sorrio e puxo a sua barba, para ele me dar um beijo. O seus dedos intensificam os movimentos e eu solto um gemido em sua boca, enquanto o meu quadril tenta acompanhar a sua mão. Consigo sentir o orgasmo chegando, os meus músculos se contraindo, o suor escorrendo pelo meu corpo, os espasmos percorrendo tudo, a respiração acelerada demais para os meus pulmões darem conta... De repente, nada. O Kit parou os movimentos e eu, ao perceber que a minha tentativa de conseguir um orgasmo foi frustrada, deixo escapar um gemido exasperado.

Abro os olhos e o encaro. Ele fez isso de propósito! Um sorriso vencedor toma conta de seus lábios e ele aproxima o seu rosto do meu. 

Kit - Se você pedir, eu te faço gozar! - ele sussurra. 

Idiota! E ainda disse que não tentaria tirar o meu poder! Ele quer que eu implore? Ele acha mesmo que eu vou fazer isso? Não, amor... Não mesmo! Imito o seu sorriso vencedor e deixo que uma das minhas mãos encontre o meu ponto feliz. Começo os movimentos mantendo os meus olhos nos dele e, ao mesmo tempo em que eu gemo, ele geme com a visão. Nada mais sexy do que uma mulher que sabe o que quer, não é, meu Harington?!

Ele me penetra com dois dedos, enquanto eu aumento a velocidade dos movimentos em meu clitóris. Sorrio para ele, que parece encantado com a cena. Os movimentos, as sensações e a situação de nós dois me masturbando é demais para mim... O orgasmo me acerta em cheio e um gemido alto toma conta do quarto. 

Por alguns instantes, não consigo me prender em nada da realidade, nem mesmo nos olhos castanhos de Kit. Tudo virou muito abstrato e as vibrações que passam pelo meu corpo me fazem sentir que estou em uma obra futurista.

Quando pareço estar saindo do meu transe, encontro o sorriso de Kit. Ele acaricia a minha bochecha e me beija. 

Kit - Você é linda! - ele diz, entre o nosso beijo - Preciso te ver mais!

Emilia - O quê? - pergunto, meio confusa.

Kit - Eu quero ver você chegar lá, de novo! - ele diz e eu consigo ver a sua mão indo na direção da minha entrada, mais uma vez. 

Emilia - Não, Kit! Assim, não... - sorrio e acaricio os seus lábios com o polegar - Eu quero outra coisa...

Kit - Que coisa? - ele pergunta e eu o olho, me sentindo em chamas. 

Emilia - Um beijo... - ele me olha, desconfiado e sorridente - Aquele beijo...

Kit - É isso que a minha Mestre quer? - ele questiona, com um sorriso cafajeste. 

Emilia - É o que a sua Mestre quer! - respondo. 

Logo, o Kit se encontra com a cabeça entre as minhas pernas, que estão sobre os seus ombros. Eu me apoio em minhas mãos, para poder observá-lo. Ele me mostra um sorriso sexy, o qual me faz suspirar. Vejo ele abaixando a sua cabeça, mas os seus lábios tocam a minha virilha. Os seus olhos encontram os meus e, mais uma vez, ele sorri para mim. A minha respiração fica ofegante por antecipação. Quando ele finalmente passa a língua pela minha intimidade, meus braços cedem e eu caio sobre o colchão. Sobre a dança de sua língua, minha coluna se arqueia e uma das minhas mãos vai para o seu cabelo, o incentivando. 

Emilia - Oh, Kiiiiit! - choramingo, sentindo as vibrações do meu corpo - Isso é...

O Kit intensifica mais e eu me sinto mergulhar em um oceano que mais me aproxima do orgasmo. E quando o clímax me atinge, o mundo em volta deixa de existir e um grito sai da minha garganta. 

Ofegante e sentido as sensações do orgasmo atenuarem, mal sinto o Kit engatinhar sobre mim, até que o seu rosto fique acima do meu. 

Kit - Você me deixa louco. - ele diz e eu lhe mostro um sorriso fraco. 

Emilia - Eu gosto de escutar isso! - digo e o Kit começa a rir, algo que eu não tardo a acompanhar. 

Quando as risadas cessam, o Kit passa os seus olhos pelo meu rosto, como se analisasse cada detalhe. Isso me faz corar. O Kit percebe e, com um sorriso, me olha nos olhos. Sem auxílio de palavras e somente com o seu olhar, ele me pede permissão para fazer aquilo que deseja desde que entramos nesse jogo. Eu assinto e ele me dá um beijo nos lábios. 

A primeira coisa que o Kit faz é se sentar sobre os seus joelhos, no meio das minhas pernas. Ele posiciona as minhas pernas de modo que as minhas coxas fiquem sobre as suas. Então, adquire um tempo para contemplação, começando a passear pelo meu corpo com suas mãos, as quais são seguidas pelo seu olhar, enquanto eu observo o seu rosto. 

Kit - Espero que você não me castigue por estar te tocando. - ele diz e eu sorrio. 

Emilia - Depende do nível que você vai fazer o meu terceiro orgasmo chegar. - digo e ele morde o lábio.

Ele acaricia os meus peitos e, em seguida, se inclina para chupá-los, algo que me faz arquear as costas. O Kit me surpreende ao me beijar os lábios, com tanta ferocidade que me deixa desnorteada. Quando consigo alcançar o seu nível, ele me penetra, fazendo nós quebrarmos o beijo para soltar gemidos altos o suficiente para o hotel inteiro escutar. 

Os seus movimentos são lentos, mas consigo sentir a sua urgência. Minhas mãos vão para os músculos das suas costas e começam uma dança que deixará marcas nele. As minhas pernas envolvem a sua cintura e, então, os braços do Kit envolvem a minha. Ele se senta, novamente, em seus joelhos, só que, dessa vez, comigo em seu colo. O olho nos olhos e vejo o seu desejo, algo que faz eu ficar ainda mais excitada. 

Os seus braços continuam firmes envolta da minha cintura. Passo as minhas mãos pelo seu rosto, o puxando para mim. Acaricio os seus cabelos e desço para as suas costas. Estamos quentes e suados, sinto o quarto como uma sauna... Mas, sei que é a sua pulsação dentro de mim que me faz chegar na temperatura máxima. Começo a rebolar, adquirindo um ritmo, sobre ele, o qual não demora a me acompanhar. 

Cravo as minhas unhas em suas costas e me deixo levar pelas sensações de sentir ele se movendo dentro de mim. O Kit morde a pele sensível do meu pescoço quando deixo a minha cabeça ir para trás. Sorrio e volto a olhá-lo. Com um instinto animal, ataco os seus lábios, algo que ele devolve aumentando o nosso ritmo. Oh, isso é bom! Oh, isso é tudo!

Uma mão sua pousa um pouco acima do meu quadril, me incentivando a ir cada vez mais rápido, e, a outra, se apoia sobre a cabeceira da cama, para não perder o equilíbrio, enquanto mexe freneticamente o seu quadril contra o meu. 

Isso está ficando intenso demais! Aaah, eu consigo sentir cada centímetro do meu corpo vibrar! É como se eu estivesse levando um choque... Oh, eu nunca transei assim na minha vida! Eu nunca senti isso em toda a minha vida! Se eu soubesse que sexo com o Kit seria desse jeito, não teria levado nove anos para fazer!

Entre gemidos cada vez mais altos e respirações cada vez mais pesadas, o meu coração acelera e começo a sentir as minhas paredes internas se apertarem em volta dele. Meu orgasmo explode e o mundo para! O meu corpo se contorce a medida que as sensações do orgasmo se espalham pelo meu corpo. Depois de mais duas ou três estocadas, o Kit cai em seu próprio abismo, me apertando mais em seus braços. 

Quando recobro os meus sentidos, já estou exausta demais para fazer qualquer movimento brusco. Apoio a minha cabeça sobre o seu ombro e sinto a minha respiração voltando ao normal. Com dificuldade, afasto os meus cabelos da minha testa molhada e acaricio o braço dele. 

Kit - Deveríamos fazer mais jogos! - ele diz, com a voz falhada, me fazendo sorrir.

Emilia - Deveríamos! Mas, acho que não consigo fazer mais nada agora! - digo e ele solta uma risada. 

Nenhum de nós dois tem forças para mudar de posição, de modo que ficamos da mesma forma. Fecho os olhos e sinto o calor do corpo do Kit misturado ao meu. Ele beija o meu ombro e apoia a sua cabeça no vão do meu pescoço.

Flashback off.

Abro os meus olhos e sorrio com a recordação dessa noite... Olho para o pendrive e percebo que o Kit tem razão... Não preciso assistir o vídeo, tenho todos os nossos momentos juntos na memória. 

Me levanto e vou até a mala dele. A abro e os meus olhos miram nos pequenos bolsos da parte de cima. Abro o zíper de um e coloco a minha mão dentro, para ver se ele está vazio, mas sinto alguma coisa. Tiro essa coisa misteriosa do bolso e fico surpresa ao ver uma caixa de joalheria. Na verdade, parece ser o estilo de uma caixinha para alianças. 

Por que o Kit teria uma caixinha para aliança?