As luzes da boate me cegavam. O lugar estava abafado e Taemin pressionava o corpo contra o meu, o cheiro forte de bebida que emanava dele estava começando a me enjoar. Mas o que me incomodava era em como ele me olhava: com uma expectativa que eu não poderia corresponder.
— Olha, eu... Eu tenho... Que ir — gaguejei desesperado para sair correndo para longe do seu olhar triste. Parecia que eu havia chutado um cachorrinho ao invés de recusar um beijo. — Desculpa.
Quando Taemin abaixou a cabeça, aproveitei para agarrar meu drink que o barman me estendia e saí desesperado por entre os corpos quentes. Logo encontrei minha mesa do outro lado da boate onde estava meus amigos. Jimin parecia envergonhado ao lado de Namjoon enquanto o mesmo sussurrava algo em seu ouvido. Minie tinha suas pernas encima das de Nam, e o mesmo acariciava sua coxa.
Aparentemente Jimin tinha tomado vergonha na cara ao invés de mim e seguido meu conselho sobre procurar o Nam e conversar. Estava mais do que na hora de Jimin se confessar. Eles formavam um belo casal.
Sorri satisfeito quando Namjoon abaixou o rosto na direção de Jimin e tomou seus lábios com volúpia, estalos violentos sendo produzidos. Uma aura serena pareceu cair sob os dois — ou talvez fosse a bebida me fazendo ver coisas — e eu me senti um intruso os observando.
Devagar peguei meu casaco e meu celular sem que os outros dois percebessem e percorri o trajeto até a saída enquanto acabava com o drink em minha mão.
O ar frio me envolveu quando deixei o ar quente e abafado da boate para trás. Agora a música parecia distante e a rua estava deserta. Caminhei trôpego por um tempo até encontrar uma avenida movimentada. Fiz o sinal para que um táxi parasse. Em poucos segundos eu estava aconchegado no banco de trás e o motorista começava a zanzagear rápido entre os carros. Acho que ele tinha percebido que eu estava bêbado e estava com medo de eu vomitar em seu carro.
Ridículo.
Isso só me aconteceu uma vez.
Quando chegamos em frente ao meu prédio, lhe paguei e saí, foi quando bati em minha própria testa e xinguei alto. Tinha deixado minhas chaves no bolso do casaco de Jimin.
E eu não iria dormir na rua de jeito nenhum.
Olhei para os lados sem saber o que fazer. Mas uma ideia ocorreu em minha mente turva e eu sei trôpego para o prédio vizinho. O hall estava vazio e não havia indícios de o porteiro estar por perto. Por isso digitei o número do apartamento de Taehyung no interfone.
Esperei uns minutos até ouvir a familiar voz rouca.
— Quem é?
— Sou eu, Jungkook — apoiei a testa no ferro frio do interfone, arrotando baixinho por causa da cerveja. — Você pode abrir pra mim?
Ouvi o click vindo da fechadura do portão se abrindo e eu entrei, quase tropeçando nos degraus da escadas e quase dando de cara com a porta do elevador.
Eu definitivamente tinha que parar de beber por um tempo.
Assim que cheguei no andar certo, Taehyung me esperava na porta de seu apartamento vestindo uma calça preta e uma camisa da mesma cor. Seu cabelo estava espetado para todos os lados e isso me fez gargalhar.
— Seu cabelo está engraçado — murmurei parando de rir e me pondo nas pontas dos pés, passei as mãos em seus fios rebeldes, pondo-os no lugar.
— Você bebeu, Jeon?
— Um pouquiiiiindo só.
Juntei o indicador ao dedão e ele riu alto.
— Você é uma graça mesmo — fui agraciado com seu sorriso galanteador mais uma vez. — Entre.
Taehyung me deu passagem para entrar e tirar meus sapatos. Também deixei meu casaco pendurado no cabideiro e meu celular no balcão da cozinha. Digitei rápido uma mensagem embolada para Jimin avisando onde estava para que o mesmo não se desesperasse ao ver que sumi e me desse como desaparecido na polícia.
— Aqui, beba — Taehyung deslizou um copo com um líquido amarelado até mim.
— O que é isso? — Balbuciei. Fiz uma careta quando senti o cheiro da coisa.
— É pra você ficar sóbrio.
— Você não respondeu minha pergunta.
Ele olhou por cima do ombro sorrindo de canto.
— Acho que não vai querer saber.
O gosto era mil vezes pior que o cheiro e eu quase vomitei ali mesmo.
— Urghhhh — gemi pondo a língua pra fora. Procurei água e bebi da pia mesmo. Cuspi um pouco de saliva junto. — Mas que porra é essa, Taehyung?!
— Coma — deslizou um prato com um sanduíche em minha direção. Acalmei minha respiração e voltei a me sentar. Taehyung se apoiou no balcão pelos cotovelos enquanto me observava de perto. — Por que você bebe tanto assim? Jesus...
Entortei a boca.
— É culpa do Jimin — explico como se ele fosse a resposta pra toda a minha bebedeira. O que não deixava de ser verdade visto que ele me arrastava para todo o tipo de balada e me enchia a cara empurrando-me bebida.
Comi o sanduíche sentindo o peso de seu olhar em mim. Terminando, senti-me consideravelmente melhor.
— Vou ao banheiro — anunciei já me direcionando para o banheiro de seu quarto, que era o único que eu conhecia o caminho.
Assim que saí deparei-me com Taehyung segurando uma muda de roupas. Aceitei-as e ele saiu do quarto. Troquei de roupa rapidamente e me olhei no espelho. Ele tinha me dado uma camiseta branca e bermudas de moletom cinza — esta tive que apertar envolta da minha cintura para que não caísse.
Taehyung estava sentado no sofá envolto pela escuridão da noite assim que segui para a sala.
— Ei — sussurrei e bati com o pé na mesa de centro. — Ai, caralho.
— Você vai acordar o prédio inteiro desse jeito, Jungkook — ele soltou uma risada nasalada.
— Cale a boca.
Tateei o escuro até encontrar algo macio que percebi ser sua coxa.
— Desculpe — murmuro.
Sinto sua mão envolver meu pulso quando tento me afastar. Lentamente Taehyung me traz para mais perto de si até eu estar praticamente sentado em seu colo.
— Se sente melhor? — Pergunta e seu hálito morno ronrona em minha face. Estremeço com isso.
— Uhum — balanço a cabeça debilmente quando a lua sai de trás de uma nuvem espessa e seus raios lunares azulados banham as feições serenas de Taehyung. Seus olhos brilhavam feito dois diamantes. Meus sentimentos eram um misto de confusão e desespero naquele momento, meu coração batia rápido e a euforia tomava conta de mim. Estar com Taehyung depois de idealiza-lo durante dois anos era... Indiscritível. — Tae...
— Sim?
Seus olhos percorreram cada centímetro do meu rosto e eu me senti enrubescer. Inclinei-me para frente o suficiente para que nossos lábios se tocassem. De início ele simplesmente paralisou. E eu já me afogava com a vergonha da rejeição pronto para me afastar murmurando desculpas encabuladas quando Taehyung me puxou para mais perto ainda, entreabrindo a boca e desenhando meus lábios com a língua. Estremeci outra vez e eu só conseguia pensar em como queria que Taehyung tocasse cada centímetro do meu corpo daquele modo. Nossas línguas dançavam juntas e eu começava sentir o calor que Taehyung emanava de sua pele.
— Segure-se, Kookie — murmurou contra minha boca.
Sou erguido no ar e entrelaço minhas pernas em seu quadril. Taehyung caminha comigo em seus braços até o quarto. Minhas costas batem contra o colchão e eu puxo camisa dele para fora do corpo sem paciência, sendo agraciado com sua barriga malhada.
Taehyung direciona seus beijos molhados para o meu pescoço causando arrepios a partir dali enquanto sussurrava contra a derme sensível:
— Você não sabe o quanto eu esperei por isso, amor.
Perdi o fôlego nessa hora. Está comprovado que Kim Taehyung conseguia foder com meu psicológico quando quer. Troquei de posição até estar por cima e o empurrei pelo peito, forçando-o a se deitar.
— Não mais do que eu — murmuro e sento em seu colo. Seu membro duro bate contra minha bunda e ele solta um grunhido com a pressão. Sorrio satisfeito por ter sido eu a deixá-lo assim.
Deslizei minha própria camisa pela cabeça e a joguei em algum canto do quarto. Tae acariciou minha pele nua perto da cintura e inverteu as posições. Ergui a sobrancelha, brincalhão.
— Suas coxas sempre me enlouqueceram... — Dizia enquanto puxava a minha bermuda para baixo junto a boxer, o ar frio lambendo minha pele. Minhas bochechas coraram quando me vi completamente nu e exposto. — Você é lindo, sabia disso? — Depositou um beijinho em meu quadril, mordiscando-o logo em seguida.
Depois de uma longa olhada para mim, desce os beijos para minha virilha e eu posso ver estrelas quando acaricia a minha extensão com a língua. Minhas veias parecem pegar fogo por debaixo da pele com Taehyung trabalhando a língua sem parar envolvendo meu pau em seus lábios macios. Aperto os olhos, minha visão sendo nublada pelo prazer e pelos resquícios de álcool que ainda percorrem dentro de mim.
Taehyung abocanhou até a base e eu senti meu membro cutucar sua garganta, resfolegando surpreso pela nova onde prazer que surgiu, devastando-me. Mordi os lábios com força.
— Eu quero ouvi-lo gemendo. Não se segure — deixou um beijo cálido no topo do meu falo antes de voltar a chupa-lo. Fiz como pediu e apenas deixei-os escapar pelo quarto.
— Hm, Tae... — Segurei seus fios fortemente entre os dedos. Uma pontada no meu ventre me fez perceber que iria gozar se ele continuasse naquele ritmo. — Eu quero agora.
Taehyung me lançou um olhar felino antes de agarrar minha cintura e dedilhar minhas coxas, deixando um tapa estalado em minha bunda. Gritei, surpreso.
Senti sua respiração perto de minha entrada e eu soube o que estaria por vir. Devagar, Tae rodeou e deslizou a língua para dentro de mim e eu arfei alto, apertando o lençol entre os dedos com força.
— T-Taehyung!
— Você gosta disso, amor? — E voltou a inserir sua língua em mim, deixando outro tapa estalado em minha nádega esquerda. Nem eu mesmo entendi as palavras emboladas que proferi completamente extasiado pelo trabalho que o ruivo fazia. Puxou-me pelo quadril até eu estar mais exposto em sua direção, dando-lhe mais espaço. Taehyung parecia que tinha recebido um dom do deus do sexo pelo modo como movia sua língua, sendo forçado a me segurar com mais força quando empurrei-me ainda mais em sua direção a procura de mais contado.
Ele deslizou sorrateiramente dois dedos para que eu os chupasse e eu o fiz com vontade. Quando se deu por satisfeito, afastou-os de minha boca parecendo relutante.
— Vire-se.
Meio trêmulo, me contorci até estar virado de barriga para baixo. Taehyung agarrou minha cintura com força e me puxou para cima, posicionando-me da maneira que queria. Inseriu sorrateiramente o primeiro dedo e eu me remexi um tempo depois, um pedido silencioso para que continuasse. Seus lábios percorreram um caminho imaginário por entre minha minhas pernas e arrepiei-me inteiro.
— Suas coxas... — Ele mordiscou forte uma delas. — Puta merda, Jungkook...
E então outro dedo se juntou ao primeiro e a dor começava a se fazer presente. Quando o terceiro dedo me invadiu, gemi abafado pelo travesseiro. Pacientemente Taehyung esperou que eu me acostumasse antes de jogar suas próprias calças para longe e derrubar lubrificante em seu pau e em minha entrada.
— Me avise quando quiser que eu comece — disse, o tom de voz se tornando arrastado antes de escorregar para dentro de mim em um só movimento.
Sentia-me aperta-lo envolta dele no início, o que ocasionou em Taehyung gemendo rouco. Afundou as mãos na carne de minha cintura com mais força.
Demorou uns minutos até eu me remexer a procura de mais contado. Taehyung entendeu o recado e começou a movimentar-se, agarrando-me os cabelos da nuca e puxando-me até minhas costas estarem coladas em seu peitoral.
— Porra, Jungkook — empurrou-me de novo de volta no colchão e estocou-me com força. Fui lançado para frente mas ele me segurou pelo quadril, estocando devagar e com força, como se cronometrando as investidas.
Os gemidos de Taehyung envolvidos pelos meus eram como uma sinfonia. A voz dele causava arrepios em cada pedacinho de minha pele nua, como se estivesse dedilhando-a.
Reviro os olhos e abro a boca em um gemido silencioso quando sinto Taehyung surrar minha próstata com força.
O ouço grunhir.
— Eu vou... — deu outra estocada forte e eu pude jurar ir no inferno e voltar —... gozar.
Arrisquei um olhar pra trás e pude ver como a franja suada lhe caia sob a testa, o suor fazia sua pele dourada brilhar e a expressão com cenho franzido em concentração estava fodidamente gostosa. O orgasmo veio para mim e os dedos de Taehyung se embrenharam nos fios da minha nuca. Outra vez vez fui girado na cama, tendo meu tornozelo passado por cima de seu ombro.
Taehyung me estocou fundo mais três vezes antes de gozar, mordendo os lábios e apertando minhas coxas.
— Jungkook... — sorriu, arfando alto. Minhas bochechas esquentaram quando ele me beijou, terno e sem urgência, quase como com carinhoso. — Vamos dormir.
Taehyung se levantou e trocou apenas os cobertores da cama enquanto eu me vestia envergonhado imaginando o que viria a seguir.
Seus braços contornaram minha cintura, puxando-me para ele. Um beijo fora depositado em minha nuca e eu sorri com algo caloroso se espalhando pelo meu corpo.
— Boa noite, Kookie.
— Boa noite, Tae.
Desliguei o abajur.
Na segunda-feira quando adentrei a sala de estágio, Taehyung estava sentado na ponta na minha mesa enquanto lia o que reconheci ser um relatório sobre uma coleção que deu prejuízo à empresa e o por quê disso, arruinando todos os meus planos de ignora-lo hoje. Eu não tinha onde enfiar minha cara quando o vi, por que no domingo de manhã eu fugi que nem um doido da casa dele enquanto Taehyung estava no banho.
— Jungkook — chamou quando eu sentei na minha cadeira de cabeça baixa.
— Sim? — O olhei devagar.
— Isso — balançou as folhas do relatório na minha frente com a expressão séria que me fez tremer na base. — Isso está muito bom! — E abriu um sorriso. Me senti tapeado, porém aliviado. — Você percebeu algo que ninguém tinha visto ainda — analisou meus rabiscos na folha anexada que tinha as fotos das coleção. — E a empresa iria cometer o mesmo erro na próxima coleção se então fosse por você. O editor-chefe pediu para que eu lhe agradecesse.
— Porra, você não está brincando comigo, não é? — Deixo-me esparramar pela cadeira, feliz.
— Por que eu faria isso? — Apertou meu ombro e murmurou antes de me entregar o relatório: — Bom trabalho. Estou orgulhoso.
— Obrigado — murmuro sem graça quando o vejo se afastar com um sorriso discreto.
No intervalo do almoço eu recebi uma ligação. Quase tropecei nas escadas da cafeteria que os funcionários da empresa iam quando vi quem me ligava. Limpo as mãos no casaco e atendo.
— Alô? — Minha voz falha de início e eu sinto vergonha.
— Jungkook? — A voz do meu pai reverbera através do aparelho.
— Sim, pai.
— Preciso lhe pedir uma coisa.
Procuro uma mesa vazia para sentar.
— Pode falar — digo já sem energias ao imaginar o que estaria por vir.
— Você sabe que nesse fim de semana é o aniversário da sua mãe, não sabe? E ela sente muito a sua falta, desde que se mudou para Seoul que ela não o vê — faz uma pausa dramática antes de suspirar. — Apesar de tudo, pode vir à Busan passar o aniversário com ela?
Penso duas vezes antes de responder, sentindo o coração afundar no peito. O que me custariam dois dias com os meus pais e meu irmão mais velho?
— Tudo bem. Eu posso ir.
— Er... Muito bem. Até o final de semana — e desligou na minha cara sem ao menos se despedir ou agradecer. "Você também não sente a minha falta?", penso mas logo afasto o gosto ruim que tomava minha boca lembrando-me de que não valia a pena.
Puxei o cardápio quando o garçom veio e apenas pedi um pedaço de bolo de chocolate e uma xícara de café com leite. Tinha perdido a fome. Disquei o número de Jimin.
— Jungkookie! Por que está me ligando agora? Estou quase entrando em aula.
— Eu sei, Jiminie. Mas é que o meu pai me ligou.
— E o que ele queria? — O ouço bufar irritado do outro lado.
— Que eu vá esse fim de semana para o aniversário da minha mãe. Eu concordei, pode ir comigo?
— Jungkook... — Pelo modo que fui respondido, soube que estava sozinho nessa. — Eu realmente não posso... Tenho algumas provas no sábado. Me perdoe.
— E o Nam?
— Ele também tem. Me perdoe mesmo, Kookie — consigo ouvir a tristeza dele através de sua voz.
— Está tudo bem. Tenho que ir.
Ouvi-o suspirar.
— Beijo, Mochi.
Enterro os dedos na ponte do nariz entre os olhos completamente arrasado. Fazia anos que eu não via os meus pais. Não queria vê-los. Não depois de tudo o que me fizeram passar na minha adolescência. Mas eu devia essa a minha mãe.
— Você está bem, Jungkook? — Quando ergui o olhar para Taehyung ele já puxava uma cadeira para se sentar. — Por que está com essa cara?
Sinto minhas bochechas arderem quando minha mente vagueia para a outra noite e as lembranças dos gemidos de Taehyung me invadem a mente feito um tornado. Balanço a cabeça, mantendo-as longe da superfície.
— Você está vermelho. Tem febre? — Descansou a mão em minha testa com o semblante carregado de preocupação. Por um instante éramos só nós dois naquela cafeteria até o garçom chegar com o meu pedido.
Gentilmente retiro sua mão de minha testa e balanço a cabeça tentando esconder um sorriso envergonhado.
— Não estou doente, Tae... São os meus pais. Eles querem que eu vá para Busan nesse fim de semana.
— E você não quer ir? — Pergunta após pedir seu próprio café ao garçom que ainda se mantinha à espera.
— Não é isso — brinco com a ponta de um guardanapo tentando esconder o tremor em minha voz. — É só que o Jimin e o Nam não vão poder ir comigo. Não quero ficar sozinho com eles lá. Não consigo...
— Eu vou com você — Taehyung abre um sorrisão para mim antes de roubar um pedaço do meu bolo.
— Não, Taehyung. Eu não quero enfiar outra pessoa nos meus problemas de família, já não basta o que o Jimin teve que aguentar por mim...
— Jungkook — a firmeza em suas palavras me obriga a encara-lo nos olhos. Me assusto com a intensidade deles. — Eu quero ir com você, Jungkookie. Me deixe dividir isso com você. Não tem que ficar guardando tudo para você.
— Taehyung, você não entende, os meus pais são...
— Por favor — pede, interrompendo-me. Então abre um sorrisinho discreto. — Não aceito não como resposta, Jeon. Eu vou e ponto, te busco em casa ao amanhecer do sábado e não falamos mais nisso.
Taehyung não vê quando escondo um sorriso com as mãos pois está ocupado agradecendo ao garçom por ter lhe trazido o seu pedido.
Talvez eu não pudesse ter Taehyung do modo que eu imaginei que teria, mas vê-lo sentado à minha frente queimando a boca com o café quente e fazendo caretas de dor enquanto põe a língua para fora me traz um conforto gostoso.
E então eu gargalho de sua idiotice.
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