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História Kiyotaka e Arisu - Oneshots - Kiyotaka e Arisu - A Origem - História escrita por Kiyoto_Azur - Spirit Fanfics e Histórias
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História Kiyotaka e Arisu - Oneshots - Kiyotaka e Arisu - A Origem


Escrita por: Kiyoto_Azur

Capítulo 5 - Kiyotaka e Arisu - A Origem


Fanfic / Fanfiction Kiyotaka e Arisu - Oneshots - Kiyotaka e Arisu - A Origem

Kiyotaka e Arisu - A Origem 

( esse oneshot faz parte da história principal "Kiyotaka e Arisu")


Estava na escola lendo alguns livros na biblioteca quando sou chamada pela coordenação, segundo eles, meu pai veio me buscar, oque era estranho, geralmente ele só manda um carro me pegar. Depois de organizar os livros, vou em direção a saída, vendo meu pai em pé ao lado do carro, com uma das portas dianteiras abertas

Sakayanagi-sensei: bom dia querida, como foi seu dia ? - ele dizia com um sorriso no rosto

Arisu: como sempre - passo por ele e entro no carro

Sakayanagi-sensei: haha, mesmo? - ele se senta ao meu lado

Eu o vejo dando a ordem para o motorista nos levar a um local no qual eu nunca tinha ouvido falar, será que ele me tirou da escola porque queria passear?

Quando Finalmente chegamos no endereço, olho pela janela, para ver onde estávamos. Nós havíamos parado no meio do nada, havia apenas uma construção ali, um local estranho e muito grande, aquele prédio era completamente branco, todas as paredes e portas pareciam que tinham acabado de serem pintadas, não havia nenhuma falha em nenhum lugar

Sakayanagi-sensei: vamos lá Arisu?

Arisu: que lugar é esse?

Sakayanagi-sensei: você logo vai ver - um dos homens que pareciam ser os seguranças do lugar abre a porta do carro para ele sair

Ele então estende sua mão para mim, me ajudando a sair do carro. Caminhamos juntos em direção ao prédio nada discreto

Meu pai resolveu me trazer em um lugar bem diferente hoje, segundo ele mesmo, estávamos indo para ver seu professor, um antigo colega de trabalho. Aquilo não parecia nada interessante para mim, me perguntei o porquê eu precisava ir junto, mas meu pai é um homem de extrema competência, ele sempre sabe oque faz, então devia ter um bom motivo

E aqui estou eu, caminhando a passos lentos por esses corredores de coloração branca, meu pai está andando ao meu lado, segurando seus passos para poder acompanhar minha falta de velocidade

Sakayanagi-sensei: Diga-me Arisu, você sabe onde estamos?

Arisu: Não - continuamos caminhando pelo longo corredor

Sakayanagi-sensei: E oque você acha que é esse lugar?

Ao falar isso, viro-me para ele, vendo seu rosto também voltado para mim, ele estava sorrindo, parecia curioso para saber minha resposta

Arisu: Acredito que seja algum centro de pesquisas - falo dando outra olhada em volta

Aquela coloração branca tomava conta de todo ambiente, as paredes, o chão, as portas, e até o teto eram brancos, aquilo era estranhamente desconfortável

Sakayanagi-sensei: haha, uma resposta nada infantil, como sempre

Arisu: ... - eu apenas o encarava - oque esperava então?

Sakayanagi-sensei: bom Arisu, crianças da sua idade diriam que é um Castelo ou o covil de algum vilão

O resto do caminho foi em silêncio, apenas com o barulho dos nossos passos e de minha bengala, que ecoavam pelo local. Meu pai então finalmente para ao lado de uma sala, ele olhava para dentro dela, através de uma janela de vidro, seu olhar estava diferente do de sempre, me pergunto oque ele estava olhando

Parando ao seu lado, me ponho nas pontas dos pés, para conseguir espiar dentro da sala, e ver oque ele tava olhando. Lá dentro era completamente branco, assim como aqui fora, com exceção das peças que haviam sobre a mesa. Dentro daquela sala haviam apenas duas pessoas jogando xadrez, e para minha surpresa, uma delas era uma criança

Arisu: ele está jogando contra um adulto... - eu dizia nas pontas dos pés, olhando para dentro da sala

Sakayanagi-sensei: Arisu, aquele garoto é um dos motivos de estarmos aqui, na verdade ele é o motivo de todo esse lugar existir

Aquilo chamou minha atenção, volto meu olhar para meu pai, eu estava curiosa sobre tudo aquilo

Arisu: como assim?

Sakayanagi-sensei: Esse lugar existe para criar o humano perfeito, um gênio acima dos gênios, o líder no qual todos irão seguir, aquele que governará esse país

Sakayanagi-sensei: o governo japonês investe muito dinheiro nesse lugar. Aqui as crianças passam por uma educação rígida e bem extrema desde o nascimento, são criados para serem os melhores

Sakayanagi-sensei: e esse garoto é o melhor entre os melhores. O espécime Ayanokoji Kiyotaka, a obra prima da Sala branca

Ouvir tudo aquilo que meu pai dizia parecia um absurdo, esse lugar não deveria existir, não faz sentido criar um gênio, ou você é um gênio desde seu nascimento ou não é, está tudo na sua genética, esse garoto que meu pai fala, ele não passa de um falso gênio

Sakayanagi-sensei: então Arisu, oque você acha sobre isso? - ele parecia curioso com minha resposta

Arisu: perda de tempo

Sakayanagi-sensei: ora, e oque te faz dizer isso?

Arisu: simples, não tem como forja um gênio, ou você é ou não, tudo está ligado aos seus genes

Sakayanagi-sensei: haha, essa é uma maneira interessante de se pensar, mas veja só ele Arisu - ele voltou seu olhar para dentro da sala novamente

Vendo aquilo, me pus nas pontas dos pés mais uma vez, para espiar lá dentro, e ver o garoto mais uma vez

Sakayanagi-sensei: está vendo Arisu, ele está ganhando sua partida, aquele homem que está jogando contra ele é um dos melhores do mundo, e mesmo assim está sendo derrotado

Eu olhava para dentro daquela sala com curiosidade, até sentir meu pai me segura e me puxar para seus braços

Sakayanagi-sensei: assim deve ser melhor para você enxergar - ele dizia comigo no braço

Eu não disse nada sobre aquilo, minha atenção estava toda voltada para a sala a nossa frente, e para o garoto, que peça por peça ia derrotando aquele jogador de nível mundial. O homem levava minutos para fazer sua jogada, enquanto o garoto respondia seus movimentos em estantes, eu o via dominar peça atrás de peça, era como se ele estivesse conquistando o preto daquelas peças, para tentar se livrar do branco sufocante que o cercava 

Sou tirada de meus pensamentos pela voz que escuto chamando por meu pai. Um homem alto parou bem ao nosso lado, com dois homens de terno e óculos parados bem atras dele

Sakayanagi-sensei: ah Ayanokoji-sensei, já faz um tempo não é, me pergunto o que aconteceu para o senhor me chamar

Arisu: "Ayanokoji?" - penso comigo mesma

Ayanokoji-sensei: falaremos disso em outro lugar, por favor nos acompanhe

Eu sentia meu pai me colocar no chão mais uma vez e se ajoelhar em minha frente, colocando as mãos sobre meus ombros

Sakayanagi-sensei: eu volto logo Arisu, você ficará bem aqui sozinha?

Arisu: Sim - meu pai normalmente me levaria junto com ele, mas aparentemente naquela situação ele não podia fazer, não que isso tenha problema, afinal, eu estava bastante curiosa sobre aquele garoto dentro da sala

Eu via meu pai se distanciar junto a aquele homem que ele também chamou de "Ayanokoji", ele seria o pai desse menino?. Depois de sumirem de minha vista, eu voltei para as pontas dos pés, olhando novamente para dentro da sala, e eu podia ver que o adulto que jogava contra ele, estava se sentindo pressionado

Alguns minutos depois, o homem se levantou e veio em direção a porta, a abrindo e passando por mim, indo em direção a saída, ele parecia tão abalado que nem me notou ali. Além disso, ele havia cometido um pequeno erro, e deixou a porta da sala aberta. Não consegui conter o pequeno sorriso que se forçava a se forma em meu rosto, aquela era uma ótima oportunidade

...

A partida havia acabado, o homem que eles colocaram para jogar contra mim dessa vez não era tão bom, foram 5 vitórias rápidas e sem muito esforço. O homem saiu da sala, então eles devem ter preparado outro oponente para mim

Encaro a porta entre-aberta que o último jogador deixou ao sair por ela, esperando meu próximo oponente entrar, ou talvez alguém da equipe para me levar para a próxima prova. Mas para minha surpresa, ouves de um adulto, vejo uma criança entrar pela porta, era uma garota com um uniforme de marinheira e uma bengala na mão, ela com certeza tinha uma aparência frágil, mas ela tinha um olhar estranho em seu rosto, era diferente do olhar que os adultos me davam

Eu a vejo trancar a porta atrás dela e se virar para mim, segurando a barra de seu vestido com uma mão e a levantando em uma forma de comprimento, ela parecia aquelas princesas de contos de fadas, contos esses que nós raramente tínhamos acesso, mas se elas existessem mesmo, seriam parecidas com essa garota

Arisu: me chamo Sakayanagi Arisu, é um prazer em conhecê-lo, Ayanokouji

Depois de sua breve, porém marcante apresentação, eu a observei caminhar em minha direção, eu podia ouvir o barulho de sua bengala batendo contra o chão, enquanto ela se aproximava a passos lentos, e sentava na cadeira a minha frente, pegando uma das peças jogadas sobre o tabuleiro

Kiyotaka: "ela será minha próxima oponente?" - eu a encaro olhar a peça da rainha

Arisu: eu nunca joguei isso antes, embora seja familiarizada com as regras - ela finalmente quebrou o silêncio

Kiyotaka: nunca jogou? Então você não é minha oponente? - nossos olhos se encontraram - você não deveria está aqui então

Arisu: você sempre joga isso com adultos?

Kiyotaka: sim... Agora saia antes que eles apareçam - ela simplesmente ignora meus avisos

Arisu: você nunca jogou com outra criança então? - ela parecia pensativa sobre aquilo - certo, serei sua primeira então, isso faz de mim sua oponente agora

Eu a via organizar as peças do seu lado do tabuleiro, uma por uma, enquanto apenas a observava

Arisu: oque foi? Não quer jogar?

Kiyotaka: não me mandaram jogar contra você, você não é o próximo teste, então não preciso jogar

Arisu: mandaram? Você só faz as coisas que eles mandam você fazer? Isso não é chato? Seria mais divertido tentar ser um pouco mais livre e aproveitar as coisas

Kiyotaka: ... - "oque essa garota quer? Porque ela está aqui? "

Arisu: ja sei... - via ela tirar sua pequena bolsa que carregava, e colocar sobre a mesa, tirando algo de dentro

Arisu: se jogar comigo, eu dou isso pra você - ela dizia estendendo sua mão, enquanto segurava uma vasilha plástica

Kiyotaka: oque é isso?

Arisu: você não reconhece pelo cheiro? - ela dizia inclinando sua cabeça um pouco para o lado

Kiyotaka: nunca senti esse aroma antes...

Arisu: que pena... - ela colocou o pequeno recipiente sobre a mesa e o abriu - está vendo, são biscoitos, eu ajudei o papai a fazê-los

Kiyotaka: ...

Arisu: porque não come junto comigo? Você vai gostar, eles são deliciosos - ela pegou um e estendeu para mim - e podemos jogar enquanto comemos, vai ser divertido

Normalmente eu apenas a ignoraria até receber minha próxima tarefa, mas eu estava um pouco curioso em relação a aquela comida, era completamente diferente do que serviam para gente aqui, seu cheiro era estranhamente bom e convidativo, e além disso, tem essa garota que está me deixando um pouco curioso pela forma que ela me trata

Kiyotaka:...

Arisu: então? - ela dizia, ainda com sua mão estendida para mim - pega, você vai gostar

Estou um pouco relutante sobre isso, mas mesmo assim, pego o tal biscoito que ela estava me oferecendo, dou uma pequena olhada nele em minha mão, antes de prova-lo. O sabor era completamente diferente de tudo que eu ja havia comido antes, era doce, tinha uma textura nova, tudo isso agradava meu paladar e me fazia querer mais

Kiyotaka: é gostoso...

Eu via a garota sentada do outro lado da mesa, me encarando com um sorriso no rosto, enquanto empurrava com uma das mãos, o pote de biscoitos, o fazendo deslizar sobre a mesa até próximo de mim

Arisu: que bom que gostou, pode comer o quanto quiser - ela sorria para mim - então, você joga comigo agora?

Kiyotaka: tudo bem...

Nós então começamos nossa partida, e para minha surpresa, ela não era ruim, ela disse que nunca tinha jogado antes, mas estava se saindo melhor do que meu último adversário, sua forma de jogar era a primeira vista simples, ela sabia onde colocar cada peça para obter oque queria.

Mas ao longo da partida fui descobrindo que seu jogo era um pouco diferente, ela evoluiu enquanto jogávamos, na nossa segunda partida, seus movimentos começaram a ser mais traiçoeiros e cheio de armadilhas para mim

Até agora ela tinha sido uma das únicas a parecer realmente uma adversária de verdade, mas mesmo assim, era diferente dos testes que me davam, jogar com ela enquanto dividimos aquele pote de biscoitos, era uma experiência que eu nunca vivi antes, me pergunto se isso é aquela "diversão" na qual ela havia falado

Estamos na nossa quinta partida, ela não ganhou nenhuma vez, embora tenhamos chegado a um impasse na última partida, os biscoitos já haviam acabado, e estávamos apenas jogando agora. No meio da partida, a porta atrás dela é aberta, revelando um homem alto de óculos, que nos olhava jogando juntos

Syakayanagi-sensei: Arisu? Oque está fazendo aqui?

Vejo a garota a minha frente, da um pequeno pulo da cadeira, mas sem se levantar, ela se vira na direção do homem que nos encarava

Arisu: eu queria conhecê-lo

Vejo meu pai aparecer na porta atrás do homem, e me encarar, parece que serei repreendido hoje. O homem então caminha até a menina a minha frente e pega sua mão a puxando para se levantar e sair da sala

Sakayanagi-sensei: vamos Arisu, você não deveria falar com os espécimes

Vejo a garota que invadiu minha sala branca, me deu biscoitos para comer pela primeira vez e me fez finalmente pensar que algo era divertido, sendo levada para longe de mim. Me pergunto se ela vai voltar, se algum dia a verei novamente

...

Depois que fui tirada daquela sala, eu e meu pai passamos todo o caminho em silêncio, eu não conseguia parar de pensar em tudo que havia feito, aquela emoção de se sentir desafiada foi incrível, nunca em minha vida encontrei algo tão desafiador quanto aquele garoto, depois de tantos jogos, eu não o venci uma única vez

Arisu: "Estou ansiosa pelo nosso proximo encontro" - era oque eu pensava enquanto olhava pela janela, vendo aquele lugar sumir de minha vista

Depois de um longo e entediante percurso, o carro finalmente passa pelo portão, entrando em nossa propriedade, eu via a grande e bela casa ficando mais próxima a cada estante, até que finalmente paramos em frente a ela. Eu e meu pai descemos do carro e andamos em direção a entrada. Só depois de estarmos a sós, foi que meu pai finalmente falou, mas não antes de soltar um breve suspiro de alívio

Sakayanagi-sensei: E então Arisu, como foi? Oque achou dele? - ele me perguntou com um olhar curioso - eu já o vi algumas vezes antes, mas nunca tive a chance de interagir pessoalmente, você realmente foi bem mais longe do que eu

Eu o olhava falando daquele garoto como se fosse algum tipo de celebridade ou idol, era totalmente diferente de como ele agiu quando me pegou dentro daquela sala com ele. E eu finalmente entendi o porquê ele estava agindo daquela forma antes, ele não podia dizer oque realmente pensava na frente daquelas pessoas

Arisu: papai... - falo de cabeça baixa, segurando meu vestido com as duas mãos

Sakayanagi-sensei: sim Arisu?

Arisu: eu não gosto dos métodos daquele lugar, mas... Aquele menino é realmente especial, queria poder vê-lo novamente

Sakayanagi-sensei: ah, ele realmente chamou sua atenção, não é? Haha, eu disse que ele era incrível. Um jovem totalmente fora da curva, assim como você

Ando em direção ao meu pai, a passos lentos e seguro a perna de sua calça com uma das mãos, e o olho nos olhos, tentando fazer uma cara séria e decidida

Arisu: eu quero derrota-lo

Não sei se minha vontade e meu olhar de determinação chegaram até meu pai, mas pelo sorriso satisfeito que estava em seu rosto, eu me tranquilizei, de alguma forma aquilo me pareceu  um "você irá"

Eu realmente queria vê-lo novamente, sei que isso provavelmente não aconteceria, mas eu não podia deixar de desejar isso, jogar com ele novamente e poder finalmente derrota-lo, e o livrar de suas amarras para enfim liberta-lo

...

Depois de descer do ônibus barulhento e ser confrontado por uma garota de personalidade duvidosa. Aqui estou eu na minha nova escola

Escola Tokyo Koudo Ikusei, um colégio de elite financiado pelo governo japonês, com o intuito de dar a melhor educação possível para a futura geração que herdará esse país, aqui você aprenderá como usar sua individualidade, seu trabalho em equipe, seus pontos fortes serão refinados ao máximo, o objetivo é que você se torne um líder de sucesso, alguém que todos queiram seguir... Esse é realmente um ótimo discurso para convencer alguns jovens sonhadores

Mas acredito que a maioria está aqui apenas por um motivo. Todos aqueles que se formam nesse colégio, tem 100% de taxa de aprovação em qualquer faculdade ou emprego que quiserem, você terá um futuro brilhante garantido, quem não quer isso?

Enquanto caminhava em direção a minha sala, observava os diferentes alunos que passavam por mim, todos são tão diferentes uns dos outros, me pergunto se irei me encaixar aqui

Kiyotaka: "parece que esse ano eu fiquei na Turma D do primeiro ano" - pensava comigo mesmo, olhando mais uma vez as minhas informações pessoas, enquanto procurava por minha sala

Depois da minha falha completa durante a apresentação dos alunos da classe D, me senti derrotado, eu realmente falhei. A professora nos explicou as regras da escola de uma forma resumida, e o funcionamento do sistema de pontos S, mas o mais importante de tudo isso era uma das regras na qual ela deu destaque "não poderão ter contato nenhum com o mundo fora dessa escola", eu realmente me senti aliviado ouvindo isso, afinal, estando preso aqui dentro, eu posso enfim ser livre...

Depois de toda a explicação da professora, fomos ordenados a ir para o auditório, para as Boas-vindas dos novatos, ou seja eu. Ao chegar lá, não pude deixar de dar uma olhada em volta, estava sem dúvidas bem cheio, essa escola parecia aceitar todo tipo de gente, todos são tão diferentes. Alguns pareciam ter nascido para o sucesso, outros pareciam já ter falhado na vida, tinham pessoas altas, baixas, magras, gordas, carecas, estrangeiros, pessoas que pareciam ser boa pinta e até delinquentes

Mas de todos esses, oque mais me chamou atenção foi ela, a garota na qual não conseguia desviar o olhar, de alguma forma ela me passava um sentimento estranho de nostalgia. Ela segurava uma boina com uma das mãos, enquanto se apoiava na sua bengala com a outra, eu queria a observa-la por mais um tempo para tentar entender o porquê está sentindo aquilo, se a conhecia de algum lugar, mas não pude fazer isso, já que os seus olhos vieram de encontro aos meus. Na tentativa de esconder oque estava fazendo, fui em direção ao meu lugar, mas podia sentir o seu olhar pesar sobre mim

...

Na noite passada durante nossa refeição, meu pai disse algo que me chamou bastante atenção. "A escola não será tão entediante quanto você acha que vai ser Arisu, você terá uma grande surpresa", aquilo me deixou curiosa, mas claro que ele não respondeu nenhuma das minhas perguntas sobre aquilo, mas agora eu entendo, vendo ele diante de mim agora, entendi oque o papai quis dizer.

Eu não podia acreditar no que via, Ayanokouji veio para mesma escola que eu, eu não podia está mais feliz, finalmente poderia desafia-lo novamente. Depois de nosso primeiro encontro, passei o resto de minha infância, estudando e jogando xadrez, aprendendo o máximo possível para enfim derrota-lo

Minhas intenções eram apenas de derrotar aquele garoto que eu considerava como um velho amigo de infância, no qual eu tinha o desejo de vê-lo novamente, mas agora, o vendo pela primeira vez depois de tanto tempo, percebo que a algo mais que isso

Não pude deixar de pensar sobre os contos de fadas que meu pai insistia em ler para mim antes de dormir, mesmo eu preferindo outro tipo de leitura, mas eu finalmente entendi oque as princesas daqueles contos sentiam ao ver seus príncipes pela primeira vez

Tudo que eu quero agora e ir até ele, para que pudéssemos conversar mais uma vez, o convidar para uma partida com biscoitos como da última vez, tenho certeza que ele gostaria, afinal somos amigos de infância, oque tem de errado nisso? Mesmo assim, estou relutante em ir até lá, é possível que ele nem se lembre mais de mim

Depois dos professores explicarem novamente sobre as regras e o sistema da escola, e o presidente do conselho dar seu discurso, fomos liberados pelo resto do dia, a grande maioria dos alunos foram para os dormitórios, imagino que por curiosidade de saber como eles seriam, mas eu, eu estava curiosa sobre outra coisa...

Naquele dia segui Kiyotaka como deu, graças a minha falta velocidade, o perdi de vista algumas vezes. Mas pude vê-lo conversar com uma garota na loja de conveniência, eles pareciam bastante próximos, confesso que aquilo mexeu comigo, nunca havia sentido algo assim antes, era um sentimento ruim, como se alguém tentasse tirar algo que me pertence

Eu queria ir até lá e me apresentar novamente, mas essa não era a hora, precisava fazer isso da forma certa, precisava conseguir poder e influência suficiente nessa escola para que ninguém fique em nosso caminho, para que a única que possa desafia-lo seja eu

...

Depois de alguns meses eu já tinha controle quase total sobre minha turma, consegui alguns subordinados bem competentes que logo ficaram conhecidos como "facção Sakayanagi", os únicos que tentavam se opor a mim, eram da "facção Katsuragi". Por que eu deixava isso acontecer? Simples, era divertido

Com a influência e o pessoal que consegui, finalmente movi minhas peças, colocando pessoas de confiança para seguir o Ayanokoji, precisava saber de seus hábitos e rotinas, também precisava garantir que aquele era o mesmo Ayanokoji que conheci quando mais nova

E por sempre está de olho nele, pude ver tudo que ele fazia, salvando sua turma inúmeras vezes, e mais recentemente vencendo sozinho o evento da ilha abandonada. Enterrando a turma C, e humilhando o Katsuragi, e graças a isso, fui capaz de ganhar mais poder em minha classe

Arisu: bom, preciso agradecer pessoalmente ao meu amigo de infacia então... - dizia caminhando a passos lentos pelo deque do navio

O Ayanokoji é um homem simples a primeira vista, revelando sua verdadeira face apenas por baixo dos panos, mas quando não estava em ação, ele sempre mantinha sua rotina entediante, e por isso, eu sabia exatamente onde ele estaria hoje

Ando em sua direção a passos lentos, e o forço a esbarrar em mim. Caída no chão do navio, vejo Ayanokoji estender sua mão para mim, me oferecendo ajuda, ele parece não se lembrar de mim, mas não tem problema, eu farei com que se lembre, não tenho pressa para isso, afinal, é aqui que começa nossa nova história juntos...



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