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História La Casa de Papel - Dos Lados - En cima del muro - História escrita por Counter_duchess - Spirit Fanfics e Histórias
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História La Casa de Papel - Dos Lados - En cima del muro


Escrita por: Counter_duchess

Notas do Autor


Tenham uma boa leitura! ♥

Capítulo 8 - En cima del muro


Fanfic / Fanfiction La Casa de Papel - Dos Lados - En cima del muro

Dia seguinte.

Pela primeira vez Berlín esteve em meus sonhos, eu não conseguia parar de pensar no que aconteceu, meu corpo queimando de dentro para fora ao sentir seus lábios firmes e macios, o toque tão suave e delicado de suas mãos acariciando meu rosto, como eu nunca havia presenciado antes, e de certa forma uma faísca abrasou dentro de mim. E ainda sim eu não posso meramente proceder com isso, não posso me deixar levar por um simples momento, um que a princípio não deveria ter acontecido. Ontem na volta para casa foi um silêncio total, entretanto eu podia sentir o olhar dele em meu rosto, mas mantive-me focada nos faróis do carro que faziam as curvas em uma velocidade rápida. Após chegarmos em casa não nos falamos mais, e nos vimos apenas de relance. É como se tudo tivesse sido efetivamente um sonho.

Os dias estão passando mais rápido do que pensei, não vai demorar muito e quando o grupo se der conta todos estarão confinados por dias em um banco, sem ter certeza do que irá acontecer. O que aconteceu entre Berlín e eu não pode suceder novamente, pois cada mínimo detalhe pode ser um risco para o plano, isso me deixa com certa insegurança, precisamente por estes pretextos existem as regras, e as consequências poderam ser maiores do que possamos prever.

Sentada no sofá forrado com um pano, termino de fumar um cigarro e em seguida coloco o mesmo no cinzeiro.

— Não faz bem para a saúde. – ouço aquela voz grossa e suave que agora eu poderia reconhecer em meio a uma multidão.

— Beber litros de vinho também não, Berlín. – dou de ombros para o que ele acabara de falar, continuo com meu olhar voltado para o cinzeiro.

Eu não estou conseguindo olhar em seus olhos sem pensar em um milhão de coisas.

— Correto. Mas eu não tomo, litros. Apenas bebo para degustar o sabor, o cheiro. Fica mais bom quando você sabe como beber. – ele ri anasalado, então em passos lentos com as mãos no bolso da frente da calça o mesmo se direciona e senta na poltrona que estava em minha frente.

— Olha... Se preocupa com a saúde dos colegas? – direciono meu olhar para ele, que parecia estar super a vontade mesmo depois do que aconteceu ontem.

— Enquanto não terminarmos o roubo, é bom que todos estejam bem vivos.

— Bem a sua cara dizer isso.

Ele ri fraco inclinando a cabeça.

— Não é como se eu rezasse para a Santa Maria Madalena, pedindo que todos tenham uma excelente saúde. Mas eu ligo se alguém estiver morrendo, Nairóbi. – ele profere com desdém.

— Talvez eu acredite algum dia. – digo levantando. — Agora eu vou ir ajudar o professor, se me da licença. – digo ficando de pé para ir até a cozinha.

— Tokyo e Moscou já estão ajudando ele. Vai sobrar na cozinha. – ele comenta e então paro olhando o mesmo.

— Eu acho outra coisa para fazer, não disse se iria ajudar na cozinha.

— Está incomodada com minha presença, Nairóbi? – ele se levanta arrumando sua gravata. — Por causa de ontem...?

— O que aconteceu ontem... – me aproximo dele. — Não irá se repetir, Berlín. Não pode... – digo em um tom baixo para que ninguém além dele ouvisse. Sinto meus olhos ficarem úmidos.

Ele me olha com os olhos estreitos e o cenho franzido.

— Nunca farei nada que você não queira. – sua voz sai como um sussurro.

— Não pedi para você ter feito aquilo.

— Mas você retribuiu.

— Berlín... Chega, ok. – me viro indo para a cozinha onde veria pessoas que não eram ele.

Eu não podia negar que o beijo foi bom, mas eu precisava me manter focada no que realmente importa. Me dirijo para a cozinha, chegando lá vejo o Professor e a Tokyo batendo um papo.

— Olá. – os dois me olham e eu levanto a mão acenando.

— Cansada? – Tokyo indaga me olhando.

— O normal de sempre. – digo sentando em um dos banquinhos perto da ilha de mármore da cozinha.

— Nairóbi? – o professor indaga com um pano de louça no ombro.

— Sim?

— Você esqueceu de trazer os molhos ontem.

— Ah... Minha cabeça. – suspiro. — Desculpa, é que eu e o Berlín... A gente estava com pressa. O mercado estava meio movimento.

— Sem problemas. Mas não esqueça da próxima vez. – ele arruma seus óculos e volta a mexer nas panelas. Logo Moscou chega na cozinha ajudando o mesmo.

— Quer beber? – Tokyo volta da geladeira com uma garrafa de whisky e dois copos. Ela gostava de beber, não sei como os rins aguentam tanto.

— Claro... – ela serve um pouco de whisky no copo e eu bebo em seguida fazendo uma cara feia. Tokyo apenas ri.

— Como foi na cidade ontem? Já estávamos achando que vocês não iam mais voltar. – ela indaga com as sobrancelhas erguidas com o olhar estreito.

— Quis terminar tudo por lá e voltar o quanto antes, Berlín ficava procrastinando, mais atrapalhava do que ajudava... Apesar de que sair um pouco daqui e pegar um ar diferente não foi ruim. Mas enfim... – dou mais um gole no whisky e empurro o copo afastando o mesmo que já estava vazio fazendo um sinal com a mão para Tokyo não servir novamente.

— Eu percebi o clima pesado entre vocês desde que chegaram ontem, acho que todos aqui notaram... O que houve?

Acabo por rir tentando ganhar tempo para arranjar alguma desculpa que não fosse a verdade.

— O de sempre. O que seria diferente com Berlín? – passo a mão arruamando minha blusa como se estivesse desamassando a mesma, e então desvio o olhar dela.

— Já era de se esperar. Qualquer um fica louco tendo que aguentar o Berlín falando por horas. – ela ri e levanta indo até a geladeira para guardar a garrafa de whisky. — Mas vamos ter que aguentar ele por dias daqui uns meses, melhor se acostumar.

— É o que estou tentando fazer. – minha voz sai baixa.

O Professor continua conversando com Moscou do outro lado da cozinha. Não sei como mas Moscou fez o professor rir; bom, ele faz qualquer um rir com suas conversas, não é novidade. Moscou é uma figura paterna aqui dentro, não só para o Denver, todos amamos ele.

Após uma ou duas horas o jantar já estava servido, essa noite foi praticamente um silêncio, só se ouvia o barulho dos talheres. Mais tarde fui para o meu quarto, hoje não era minha vez de ajudar na cozinha, pelo certo era a vez de Berlín, mas ele não foi, e isso não me surpreende. Desde ontem a noite é como se tivesse uma contenda dentro de mim, entre meus sentimentos, e eu estou em cima de um muro sem saber para que lado devo descer, porque de um dos lados eu consigo sentir a fragrância das rosas, todavia não consigo ver o chão, se elas contém espinhos... E à vista disso se eu pender para o lado errôneo, posso lesionar-me, denovo.

Quase três semanas depois.

Faz uns cinco ou seis dias que a chuva não cai, entretanto algumas das paredes ficaram úmidas o suficiente para começar a mofar, às da segunda sala principalmente, pelo menos o meu quarto continua em perfeito estado. Ninguém mais reclamou da situação, então provavelmente deve estar tudo bem. Na parte da manhã foi calma, o pessoal todo se reuniu no pátio para conversar e em seguida jogamos futebol.

13:45Am.

A última aula da semana terminou, sexta-feira enfim chegou. Recentemente os dias tem sido mais calmos, porém todos estão mais extrovertidos, e Berlín... Bom, ele continua na mesma com seu jeito de ser, suponho que ele nunca irá mudar.

Três dias atrás.

03:07Am.

— Por que não me conta? – indago com uma mão no quadril olhando para ele.

— Já passamos por essa conversa, Nairóbi. – responde com uma voz ríspida enquanto toma um gole de seu vinho.

— Já, porra... É claro, porém eu não continuei indo na cidade, Berlín. – me aproximo dele. — E você continua trazendo alguém aqui, sem o professor saber. Que caralho você está fazendo? Ahn? – ainda que indago em um tom relativamente baixo, minha voz sobressai alterada.

— Por favor, Nairóbi. Por que não vamos dormir? Seu teatrinho está me dando sono. – ele inclina a cabeça fechando os olhos vagamente, termina o vinho e larga a taça em cima da ilha de mármore da cozinha.

Acabo por rir balançando a cabeça negativamente.

— Você é um grande filho da puta, Berlín. Não sei como eu fui cogitar a possibilidade de ter alguma coisa boa aí dentro. – aponto um dedo em seu peito o olhando com desdém. Em seguida me viro dando alguns passos passando por ele para sair da cozinha.

Ele curva o canto da boca forçando um sorriso, com sua testa franzida. Ele segura meu braço fazendo-me parar na porta da cozinha, então direciona seu olhar para mim, dando um passo se aproximando. O mesmo inspira fundo antes de abrir a boca para falar.

— Estava apenas resolvendo assuntos pendentes... Que não lhe dizem a respeito. – sua voz sai como um tapa, ele olha-me e posso ver seus olhos brilhando diante da luz.

— Nada de você me diz a respeito. – me viro comentando em um tom fazendo-o lembrar sobre sua mão que tremia as vezes.

Ele ri fraco me olhando como se por um minuto ele estivesse pensando em algo, em seguida sua feição se torna séria novamente.

— Nada que seja... Irrelevante. – meticulosamente ele escolhe as palavras.

— Ah, então para você seus problemas são irrelevantes agora? Você não liga se o grupo se preocupa com você?

— O grupo... Ou você? – um sorriso de canto aparece em seu rosto.

— Estou falando sério, porra.

— Ah... Não se preocupe, Nairóbi. – ele pausa sua fala levando uma mão até meu cabelo com seu indicador arrumando algumas mechas enquanto seu polegar começava a acariciar meu rosto. — Não vou morrer hoje. – ele sorri.

— Seria tão trágico. – sussuro irônica quando ele se aproxima mais de mim.

— Assim você me magoa. – ele abaixa a cabeça me olhando no fundo dos olhos, com sua testa quase encostando na minha, posso então sentir sua respiração lenta.

— E você tem sentimentos?

— Você é tão observadora... E não percebeu se tenho sentimentos ainda, Nairóbi? – seus lábios roçam nos meus.

Meu coração acelera, fico imóvel sentindo minhas veias queimarem por dentro. Apenas nego com a cabeça e então o mesmo se inclina selando seus lábios firmes nos meus, com um beijo suave e delicado, porém com tanta sinceridade, minhas pálpebras se fecham levando as mãos até sua nuca, e os segundos parecem não passar.

Afasto nossos rostos precisando de ar, minha testa ainda encostada na dele, com sua mão em minha nunca sinto seus dedos macios em meu rosto.

— Você está... Chorando? – sua voz sai baixa e preocupada.

Eu não havia percebido que a umidade em meus olhos tinha transbordado. Rapidamente esfreguei a mão no rosto e é claro que as lágrimas traiçoeiras estavam ali, entregando-me.

— Não. – digo, mas minha voz falha. — Preciso ir dormir, Berlín.

Percebo ele suspirar desviando o olhar do meu.

— Boa noite. – ele comenta pela primeira vez ao me ver sair pela porta da cozinha.

× × × ×

Hoje a tarde, treinamoss com as armas. Tokyo ainda não está treinando, ela não se adaptou com as armas de fogo que temos aqui, as mãos dela são muito leves e pequenas, e por conta disso o professor teve que encomendar outra só para ela, que deve chegar nos correios daqui uns dois dias, então teremos que ir até a cidade para buscar, e eu fielmente espero que desta vez o Professor vá até a cidade, porque senão ele mandará Berlín e eu que já conhecemos as localizações na cidade. Estou dando um tempo tentando ficar longe daquele homem, tentando me resolver com meus sentimentos, tentando evitá-lo na maioria das vezes, porque ficar no mesmo cômodo que Berlín é difícil; embora ele tenha seu lado "atencioso", eu não consigo acreditar em tudo o que ele fala, sinto que ele esconde tantas coisas. Então como eu posso sentir algo por alguém que eu mal conheço, eu odeio isso, odeio admitir que talvez, mas só talvez... eu realmente esteja sentindo algo a mais por esse homem.

Conforme as horas passam, o sol vai se movendo de Leste para Oeste, fazendo a sombra ficar cada vez maior acompanhada do vento pouco frio. De pé perto da mesa que fica no pátio para tomar café em dias de mais sol, converso com o Rio que estava passando por ali, o mesmo estava sempre de bom humor, gostava de fazer piadas e rir, ele é o mais novo do grupo.

— E aí, Nairóbi. Não tá com frio? – Rio indaga colocando uma toca.

— Claro, mas não é pra tanto. – sorrio fraco sentido a brisa bater em meu rosto fazendo um arrepio passar pelo meu corpo inteiro. — Ou talvez seja. – riu fraco observando ele.

— Por que não vai botar mais um casaco?

— Daqui a pouco eu já vou entrar. – digo e desvio o olhar vendo Berlín na porta observando nós com uma meia taça de vinho servido. O mesmo desvia o olhar para o campo quando reparo sua presença, logo ele se vira e entra para dentro.

Rio olha para trás não vendo mais ninguém na porta.

— Está vendo coisas? – ele ri, por não ter visto que era Berlín que estava na porta.

— Não seria ruim. – riu junto com ele.

— Vem, vamos entrar. Eu to morrendo de fome. – ele se vira indo em direção a porta.

— Ah... Não é só você.

O grupo se reuniu na sala de jantar para tomar o café da tarde, junto com o professor também tivemos algumas conversas sobre o plano. Berlín não desceu para tomar café hoje. Eu olhava para a cadeira vazia em minha frente e por algum motivo queria que ele estivesse ali, falando aquelas baboseiras que sempre diz ou até mesmo com sua quietude.

Tokyo e concordamos em limpar as xícaras e talheres depois do café. Assim o fizemos, Tokyo estava terminando de lavar um dos copos enquanto eu guardava os outros. Peguei um pote de vidro na mão e a olhei.

— Onde é esse aqui? Você sabe?

— É ali em cima. – Tokyo responde com o pano secando o copo.

Fico na ponta dos pés erguendo os braços para guardar o pote de vidro na prateleira. Ao erguer-me minha blusa sobe dando visão à linha da cicatriz, não me dou conta e em seguida sinto a mão gelada de Tokyo erguendo um pouco mais minha blusa para ter certeza do que está vendo.

— Ei, ei, ei... Que merda "cê" tá fazendo Tokyo? – me afasto dela baixando minha blusa, minha voz sai alterada.

— Calma, gata. Só estava vendo... – ela direciona seu braço para a minha barriga.

— Não tem nada para você ver aqui.

— Não tem? – ela se aproxima de mim.

— Não. Sai fora, ok. – tento afastá-la quando ela se aproxima mais ficando cara a cara comigo.

Ela ri, em seguida inclinando a cabeça com um sorriso cínico.

— É por isso que você está aqui? – ela indaga.

— Não é da sua conta.

— Eu não vou falar para ninguém, relaxa porra... Relaxa.

— Então é melhor fingir que você nunca viu nada.

Após uns vinte minutos terminamos de limpar a cozinha. Tokyo se mostrou mais gentil e compreensiva, ela me contou algumas coisas sobre antes de vir parar nesse lugar. Acabei por contar sobre á cicatriz a ela, disse que tenho um filho, ela é a única além do professor que sabe sobre ele. E espero que continue assim.


Notas Finais


O que acharam? Não esqueçam de deixar suas opiniões nos comentários,e ajuda bastante. ♥

• O próximo capítulo sai quarta-feira.

Beijo da Lua pra vocês! ^^
Até a próxima. 🍃


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