Volta no tempo | 13/05/2008
Mansão Wayne — 11:00 PM — Narração
Bruce se encontrava dando um banho em Damian, enquanto Selina brigava com os filhos por terem sido tão irresponsáveis.
— EU. FALEI. PARA. TOMAR. CONTA. DO. IRMÃO. DE. VOCÊS! — cada palavra, uma porrada.
— AI MÃE!
— MÃE PELO AMOR, DEIXA A GENTE EXPLICAR! — Dick quase implorou, já não aguentando mais apanhar.
— Pois bem. Expliquem. — Selina parou, tentando recuperar o fôlego.
Selina era na maioria das vezes uma mãe carinhosa e paciente, porém, não tinha medo de descer do salto para lidar com seus filhos caso eles fizessem alguma merda.
— Deixa que eu explico. — Tim começou. — Mãe, foi tudo culpa minha. O Dick estava cozinhando, o Jason estava fazendo dever de casa e eu estava encarregado de olhar o Damian. Mas eu me distraí com a televisão e ele saiu pela porta da cozinha. Desculpa. — pediu por fim, após ter contado toda história.
Selina suspirou.
— Tudo bem, Tim. Estou orgulhosa por ter dito a verdade e defendido os seus irmãos. Mas vai ficar de castigo. — advertiu no final, e Tim resmungou. — Vai ajudar seu pai no escritório por um mês.
— Cruzes. — Jason olhou para o irmão com pena.
— Boa sorte. — Dick tinha o mesmo olhar de pena no rosto.
[...]
— Damian, pare de se debater! — Bruce segurava seu filho, tentando dar um banho digno na criança. — Você tem terra até aonde não deveria! — resmungou.
Enquanto lavava Damian, pode perceber que o garoto não parava de encarar a cena da mãe brigando com os irmãos pela porta do banheiro que estava aberta. Ele dava risada toda vez que a mãe batia em um dos irmãos.
— Você é um mini sádico, sabia? — encarou o filho um pouco perturbado, mas riu logo depois. — Vem aqui, eu vou te secar.
Após todo o processo, Bruce saiu com Damian do banheiro, já enrolado nas toalhas.
— Cheguei a conclusão que sou inútil dando banho em uma criança. — comentou, entregando Damian para Selina.
— Não diga isso. Você até que se saiu bem. — a mulher riu após pegar Damian. — só mais um pouco de prática e vai ficar realmente bom nisso.
— Espero. — riu de si mesmo.
— Pai, o telefone é pra você. — Jason chamou da escada.
— Já vou! — Bruce disse, subindo as escadas. Quem vai ser uma hora dessas?
Pegou o aparelho da mão de Jason, e começou a falar.
— Alô?
— Bruce! Meu velho amigo!
Ah sim. Conhecia aquela voz irritante e certinha a quilômetros de distância.
— Clark.
— Como vai? Estava com uma saudade de você! Só vim falar que amanhã tem churrasco na sua casa ok? — Bruce arregalou os olhos.
— Como é?! Eu não-!
— Eu vou levar meus filhos para conhecer sua família, com certeza eles vão amar os seus meninos! Fora que a Lois está com muita saudade da Selina, coisa de mulher né? Hahaha. Falando nisso, o Barry, a Diana... eles vão também, mas você não se incomoda né?
— Eu-...!
— Claro que não! Quando mais gente melhor! Hahaha, bom até amanhã cara! Já tô morrendo de saudade, tchau!
Bruce abaixou o telefone com a boca semi aberta e olhos arregalados.
— Quem era pai? — Dick perguntou, não recebendo resposta. — Pai? — estalou os dedos na frente do rosto de Bruce mas nada adiantou.
— Bruce? — Selina o sacudiu. — BRUCE! — deu um tapa no rosto dele.
— AAAI! — gritou de susto e de dor. — Selina?...
— Bruce, o que houve?! Aconteceu alguma coisa? — perguntou, procupada.
— Clark vem aqui amanhã. — disse de uma vez.
— Ok, mas qual o problema? — indagou.
— O problema é que vem ele, a família dele e mais meio milhão de pessoas! — rosnou, completamente indignado.
— Então... Amanhã vai ter um monte de gente que ninguém conhece aqui em casa? — Jason ergueu a sobrancelha.
— Em sua grande maioria são conhecidos meus. Nem vocês, nem a Selina conhecem. — massageou as têmporas.
— Ah que ótimo. — Tim revirou os olhos.
— Como assim? Por que essas pessoas vão vir pra cá? — perguntou Dick.
— Basicamente porque o Clark falou que vai ter churrasco aqui em casa. É por isso que eu odeio esse estrangeiro filho da-
— Patrão Bruce, sem xingar na frente das crianças. — advertiu Alfred, da porta da cozinha.
— Nós que lute. — Jason deu de ombros.
— Já que não temos opção... — Selina riu. — Alfred, amanhã vamos acordar bem cedo para ir ao mercado comprar a comida. Avisa a Sevirina para vir mais cedo amanhã.
— Sim senhora.
— Pai, posso trazer a Kori? — perguntou Dick.
— Já vai vir um batalhão inteiro. Mais alguém não vai diferença. — Bruce disse, acenando com a mão.
[...]
— Relatório didático, construção da prefeitura, discurso... — Bruce digitava no computador.
— Pai, tenho fome... — Tim chorou.
— Parte da divisão de dinheiro, divido por dois mais... — e continuava prestando a atenção nas suas contas.
— Pai....
— Mais três, mais cinco...
— Pai, ei...
— Menos treze divido por quatro...
— Bruce! Ei!
— O QUE É?!
— Eu tenho fomeeee!
Bruce revirou os olhos e continuou a fazer suas contas. Estava extremamente preocupado com o tanto de dinheiro que ia gastar em comida.
Um pouco mão de vaca para um milionário? Sim. Mas ele não queria gastar dinheiro com uma coisa tão inútil como um churrasco organizado em sua casa, sem sua permissão, e ainda por cima, pela pessoa que ele mais odiava nesse mundo.
Rancoroso? Sim, e muito. Mas não vamos culpa-ló, por que organizar churrasco sem permissão do dono da casa é muita sacanagem. Reflitam e nunca façam isso com o coleguinha ok?
— Vai sobrar... SÓ ISSO?! Não, não! Vamos fazer a conta de novo; divido por dois mais-
— EU TÔ COM FOMEEEEEEEEE....!
— COMA ESSE BISCOITO E CALE-SE! — lhe entregou um pacote de cookies.
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