Cinco dias depois
Por incrível que pareça Tini realmente entrou em depressão. Ela se trancou no quarto de hóspedes no mesmo dia que voltou do hospital e não saiu para nada, já que banheiro e roupas já tinham ali no quarto.
Peter estava muito preocupado, ele já havia tentado de tudo para fazê-la sair do quarto. Chamou os pais dela, os amigos e até mesmo um médico ele levou lá, mas Tini não falava com ninguém.
Ela estava sofrendo muito. Perder o primeiro filho poucos dias depois de dar a luz... É muito terrível! Ela não tinha forças para nada.
-Tini, por favor, abre a porta-pediu Peter do lado de fora-Se você não abrir eu vou ser obrigado a arrombar e eu não quero que chegue a este ponto.
Tini não respondeu nada como sempre.
-Lembra do que o Jorge te pediu?-perguntou Peter-Ele pediu que você não sofresse e que você tentasse superar... Então! Escute o pedido dele e tente superar, se trancar e se isolar assim não vai te ajudar. Emma ficaria muito triste com isso. Saia dai, meu amor, podemos reconstruir nossas vidas.
Tini, desta vez, ouviu o que ele falou. Ela resolveu sair. Mas na verdade, só saiu por causa do que Jorge pediu a ela. Do contrário, não teria saído. Ela abriu a porta e abraçou Peter.
-Ah Tini!-ele a abraçou forte-Que bom que você abriu esta porta! Por favor, não faça mais isso, eu fiquei muito preocupado com você, meu amor.
-Peter, me perdoa, mas eu precisava deste tempo-disse Tini-Agora eu só te pesso uma coisa...
-O que?
-Me tira desta casa. Eu quero ir morar o mais longe possível daqui.
-Por quê?
-Esta casa esta cercada de momentos com a Emma. Eu não posso lembrar disso todos os dias que eu passar pelo quarto dela. Peter, por favor, vamos embora daqui.
-Se irmos, promete que vai tentar superar e vamos tentar reconstruir nossas vidas?
-Prometo! Agora eu me conformei de que Emma nunca seria feliz sabendo que eu fiquei isolada de todos por causa dela, é muito difícil perde-la, mas eu não posso sofrer para sempre.
-Não! Antes de irmos eu quero que você coma alguma coisa e então vamos procurar uma casa para a gente. Ainda vamos ser felizes Tini! Não duvide disso!
Tini sorriu e então o abraçou.
-Obrigada por não desistir de mim-agradeceu ela-Obrigada por tudo que fez pela Emma e por mim, você realmente é um cara bom Peter e eu serei grata eternamente por você.
-Me agradeça somente com o fato de tentar superar.
Tini sorriu e então o beijou. Ela se convenceu de que não podia ficar triste para sempre e que ainda podia ter a chance de ser feliz.
Um ano e quatro meses depois
Tini e Peter se mudaram para o centro de Buenos Aires desde que Emma desapareceu. Tini conseguiu superar, porém é claro que não por completo. Ela superou o suficiente para voltar a ser feliz.
Porém... Teve uma coisa que ela não pode voltar a deixar do mesmo jeito... Ela abandonou sua carreira e nunca mais pegou em um microfone. Cantar a lembrava de Emma e de Jorge... E isso a deixava infeliz de novo.
Peter tentou diversas vezes que ela e ele fizessem realmente um filho, mas Tini não queria, ela nunca podia amar Peter como ama Jorge. E mesmo depois de um ano. Ela não conseguiu esquece-lo. Peter já estava cansando de tentar conquista-la. Ele a amava e queria que ela fosse feliz.
Quanto a Stephie e Jorge... Bem... O casamento ia como sempre, ela sendo uma falsa completa e ele apegado a ela, porque não podia voltar para Tini, pois ela ainda estava casada.
Stephie tentou muitas vezes, assim como Peter, fazer um filho com Jorge, mas ela não podia... Stephie descobriu que não podia ter filhos e Jorge soube disso. Ela mentiu que quando perdeu o primeiro filho, o suposto primeiro filho, ela perdeu o direito de ser mãe.
Digamos que um de seus castigos ela recebeu... Pois agora que queria realmente ter um filho, ela não podia mais. E estava chegando a hora dela dar mais um passo no plano que começou um ano e quatro meses atrás. Ela iria dar a opinião de adotar uma criança.
-Adotar uma criança?-perguntou Jorge-Por quê?
-Jorge, como eu não posso ter filhos, é a única saída.
-E, porque esta vontade de querer ter filhos?
-Bom, a gente passou mais de um ano casados e estamos sempre sozinhos, somente eu e você, eu não quero ficar na mesma rotina de sempre. Eu quero que nossa família cresça.
-Mas adotar um filho agora? Não é muito precipitado?-perguntou Jorge, mas na verdade ele estava pensando em Tini. Ele ainda tinha esperanças de que ela podia pedir o divórcio a Peter e eles iriam finalmente ser felizes.
-Eu não quero esperar até que nosso filho comece nos chamar de avó e avô! Por favor, pensa nisso.
-Esta bem, eu vou pensar.
Jorge subiu para o quarto e parece que foi macumba de Stephie, pois ele viu de cara uma foto de Tini e de Peter nas redes socais. Ela não parecia infeliz e isso foi o suficiente para ele deixar de alimentar uma falsa esperança.
-Stephie!-exclamou Jorge e então Stephie entrou no quarto-Sim! Eu aceito! Vamos adotar uma criança.
-Sério? Você aceita?
-Sim! Quero formar uma família, cansei de esperar.
Na verdade o que ele quis dizer é que cansou de esperar Tini terminar com Peter. Ela não ia fazer isso, pois na cabeça dela, ela devia muito a Peter e ainda pensava que podia ama-lo, porém... Ela mal imaginava que ele estava a um passo a sua frente.
-Tini, eu quero conversar com você sobre um assunto muito importante-disse Peter durante o almoço.
-O que foi?-perguntou Tini preocupada com o tamanho da seriedade dele.
-Eu percebi muitas coisas durante este ano que se passou...
-Tipo o que?
Peter ficou em silencio e pensou realmente se queria fazer aquilo.
-Você ainda ama o Jorge, não é mesmo?-perguntou ele.
-O que?-perguntou Tini.
-Isso Tini! Por favor, me responde e não minta.
-Peter...
-Eu não vou ficar bravo! Pode me dizer.
-Bom, eu... Eu ainda gosto dele, mas eu...
-Era só isso que eu queria ouvir. Eu já percebi isso quando você negou ter filhos comigo.
-Me perdoa Peter, eu juro que eu tentei muito esquecer ele, mas é difícil.
-Não precisa pedir perdão, eu sei que é difícil e por isso eu estou te dando à chance de aceitar uma coisa.
-O que?
-Aceita voltar a ser livre?
-Como assim? Você quer o divórcio?
-Sim! Eu quero o divórcio.
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