ChanYeol se deitou no chão próximo a piscina, estava totalmente exausto, limpar a piscina não era um trabalho fácil, e mesmo que fizesse parte da sua pena, estava certo que aquilo era um abuso.
— Fazendo corpo mole de novo — a voz do loiro Soou fria. Este era outro que o deixava exausto, não importava o quanto tentasse se aproximar, era sempre expelido para longe. Não fazia diferença qual de suas faces usasse, meigo, gentil, admirador, atirado, grosseiro, o omega apenas ria.
— Eu terminei aqui, posso descansar um pouco não posso? — Baek se abaixou perto a sua cabeça o encarando, os olhos felinos tinham um encanto especial. Por mais que o alfa repetisse para si mesmo que era apenas diversão não conseguia ver aqueles olhos e não sentir algo diferente. Talvez porque fosse a primeira vez que sentia aquilo, não conseguia acreditar que fosse real. O loiro passou a língua nos lábios, para umedecê-los antes de falar, e aquilo foi o estopim, as mãos grandes do alfa se ergueram no que pareceu uma eternidade, mas não passou de alguns milésimos de segundo, segurando o rosto do omega entre suas mãos e elevou seu corpo, selando os lábios do outro.
Aquele leve toque, fez algo dentro dele explodir, como se fogos de artifício fossem soltos, e o coração disparou no peito. O que aconteceu depois não foi tão bom.
As mãos frias do omega, pegaram as mãos que tocavam lhe a face, as virando rápido, causando uma dor insuportavel, que o fez urrar.
— O que acha que esta fazendo? — a voz do loiro não era mais sem interesse, agora tinha raiva, e apertava mais suas mãos.
— Espera… ahaaaaa… não foi por mal… me solta!
— Ah não foi por mal, é? — soltou as mãos dele se afastando. Park se encolheu, levando as mãos ao peito.
— Você é louco? — perguntou entre os choramingos.
— Que eu saiba, o louco aqui é você! Porque me beijou? Acha que eu vou aliviar pro seu lado, está enganado bonitão! — caminhou até o saco de lixo, onde estava todas as coisas retiradas da piscina.
— Não! espera aí — se levantou com dificuldade tentando impedir que o outro lançasse as coisas a água novamente.
— Espera nada — já estava prestes a jogar as coisas, quando o maior segurou seus braços, eles lutaram para dominar o saco, escorregando algumas vezes, na água na beira da piscina. E não demorou para que os dois caíssem na água com saco e tudo. Byun continuava tentando virar o saco, e Yeol tentava fecha-lo
— Quer para com isso! — gritou bravo, puxando com força o saco das mãos do menor. E o lançando para fora da água, fazendo um pouco mais de bagunça ali. O loiro saltou sobre o pescoço dele lhe dando uma chave. O maior tomou ar e se afundou na piscina, com o menor agarrado a suas costas. Este quase não teve tempo de prender o ar. Se debateram mais um tempo embaixo d’água, até que desistiram e subiram rápido tentando recuperar o ar.
— Tá bem… — Baek começou — … ta bem… fez um bom trabalho aqui…
— É … eu fiz… e … não … foi por mal … o beijo…
— Aquilo... nem foi… um beijo — o loiro riu
— Ah … mas você… — não conseguiu terminar a frase. O loiro grudou os lábios nos dele, o puxando com força para si, num beijo desesperado.
O coração do castanho estava a mil por hora, os toque exigentes de Byun, não lhe permitia sequer pensar no que estava acontecendo ali. A água da piscina fazia ondas com o movimento do abraço. E mais um movimento veio a tona para impressionar o alfa, o loiro enrolou as pernas em sua cintura e esfregava o corpo no do outro. As bocas se afastaram apenas para respirar, e o loiro já ia voltar para o beijo, mas o maior falou o impedindo.
— Quer fazer na piscina? — não era a pergunta que tinha em mente, mas as palavras apenas saíram de si. Fazendo o outro rir, o soltando.
— Não, aqui não. Você tem fama de se meter em problemas quando quebra as regras — riu alto, saindo da água.
— Então?
— Vamos para a minha casa — deu uma piscada e aquilo foi o suficiente. O alfa se apoiou na borda de Piscina, e saiu rapidamente dali. A camisa colada no corpo, delineava os detalhes de seu abs. E mais um sorriso se fez na face do ômega antes de sair dali.
O menor morava em um apartamento, não muito longe da escola, poderiam ir a pé se não estivessem totalmente encharcados. Então foram no carro de Park, que nem se importou em molhar os bancos. Estava tão empolgado em experimentar, aquele ômega que fazia sua mente girar loucamente. Que apenas dirigiu, ouvindo a respiração pesada do outro, no banco do carona. Olhou algumas vezes para o lado, enquanto diria até constatar, que o loiro estava com uma das mãos dentro das calças, e gemia fraco.
— O que… ?
— Só dirigi!
Entraram correndo no apartamento. Assim que entraram se agarraram num beijo apertado, andando as cegas pela sala, esbarraram no sofa. O loiro riu animado, tudo era divertido pra ele.
— Tira a roupa — novamente o menor ditava o que fazer, nem se importando o que o alfa pensava. Disse e começou a tirar a própria roupa jogando o tecido molhado perto da porta, ChanYeol o imitou. Agora apenas de cuecas, os dois se pegaram novamente caindo sobre o sofá.
…
ChanYeol olhava para o teto ainda ofegante. Baek sentou sobre o tapete.
— Quer beber algo. Comer…?
— Não... eu to bem.
— Então tá — caminhou pelado pela casa indo até a geladeira, pegando uma cerveja.
— Ei Byun… o que foi isso? Achei que me odiava?
— E te odeio — deu mais um gole na bebida gelada — por não ter me notado antes…
— Em?
— Estamos nessa merda a dois meses, catando lixo na escola, eu sempre venho com calças justas para você olhar pra minha bunda, mas nada… — foi até o alfa, sentando sobre o seu colo. Yeol levou as mãos a coxas brancas do loiro e apertou ali.
— Eu estava tentando, mas você só me dava corte — riu — até vi seu namorado ir te buscar.
— Ex, eu terminei com ele naquele dia. Não sou a favor de trair e já estava louquinho por você — estava rebolando nele, o deixando animado.
— Mas… Ainda assim estava me cortando…
— Não sou mais um dos garotinhos que você está acostumado.
— Você não é mesmo… — as palavras saíram sozinha do lábio do castanho, seu coração estava a mil. O loiro sorriu para a frase, selando os lábios do maior.
…
Sehun parou o carro na frente da casa do namorado, tinha ido o buscar pra aula. Logo viu Luhan saindo animado. Diferente de quando espreitava os vizinhos, apenas caminhou para o carro.
— Bom dia, parece bem feliz hoje! — o loiro disse provocando o rosado que corou de imediato.
— Bom dia… eu sempre estou feliz. — disfarçou olhando pela janela.
— Dormiu bem?
— Eu dormi, e você? — olhou de canto enquanto o outro dirigia.
— Eu dormi, sonhei com você… com as suas pintinhas…
— Hunnie!
— O que foi? — riu malvado, o outro estava tímido.
— Não precisa falar disso. — o rosto do ômega estava cada vez mais vermelho.
— Não posso falar como o meu namorado é lindo? E como eu amo cada detalhe do seu corpo. E como eu te amo. — Luh olhou para o loiro, que tinha os olhos fixos no trânsito. Mordeu o lábio segurando o sorriso.
— Eu … eu também…
— Também quer falar do seu corpo?
— Não Hunnie! — fez um biquinho irritado. Sehun riu alto, parando o carro no estacionamento da escola.
— Então… Quer falar do meu corpo? — soltou o cinto, e se aproximou do rosado, que apenas negou com a cabeça. Sorriu brincalhão, selando os lábios do namorado.
— Vamos entrar … a aula já vai começar… — Luh falou baixo.
— Tá bom amor… — deu mais um selinho. E saíram do carro em direção a sala.
— Ei, o Suho voltou? — Luhan perguntou ao ver mais a frente, o atacante e Kris entrando na escola.
— Ah sim, ele voltou, e esta bem melhor, já superou o Do — sorriu malicioso.
— Como assim?
— Vem, eu vou te contar — passou o braço sobre o ombro do rosado, e começou a falar em seu ouvido.
…
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