Lincoln não tinha grandes expectativas para aquele dia, esperava que fosse apenas um dia normal ou ficaria um pouco envergonhado em casa com as pegadinhas das irmãs, mas infelizmente não poderia estar mais errado; Os momentos constrangedores não pararam desde o seu despertar, um após o outro, mesmo quando Lana o salvo da maior humilhação e ele conseguiu ter um momento de calma e desfrutar do carinho da irmã naquele dia caótico; Seguiu-se outro momento de constrangimento quando a menina achou fácil despir o irmão para fazer a troca mais rápido, sem encontrar nenhum problema porque ele já era um bebê...
Mas ele não poderia ficar bravo com Lana, se era muito constrangedor ela de repente tê-lo despido, mas ela tinha feito isso com boas intenções e, mais importante, ela o salvo de uma humilhação muito maior.
Mas como era esse velho clichê? nunca diga: “isso não pode piorar” porque vai piorar, e Lincoln aprenderia essa velha lição hoje e da maneira mais difícil.
— Só espero que Lana não leve muito a sério seu papel de irmã mais velha, por um dia —mas o pequeno se lembrou do jeito que eu cuidava dele e do abraço que ela dava nele quando se sentia tão mal — só um pouquinho um pouco está bom, mas espero que ela não exagere –
Lincoln corou um pouco ao se lembrar por um breve momento se sentia que Lana era sua irmã mais velha, e ficou cheio de orgulho por isso, afinal de contas ela disse que ela aprendeu com os melhores.
Agora ele só precisava vestir outra camisa antes de descer para que ninguém suspeitasse de nada.
O que, infelizmente para ele, foi mais difícil do que ele pensava, seus desajeitados dedinhos de bebê não respondiam bem a eles, com muito trabalho ele mal conseguia passar alguns botões pela camisa.
—Linc, por que você está demorando tanto? — Lana perguntou pelas costas dele, que em resumo viu como ele se virou nervoso com os dedinhos segurando o segundo de seus botões. Ela sabia a resposta — Deixe comigo — Lana se ajoelhou na frente do irmão e com um sorriso maternal começou a apertar os botões.
– Obrigado. – Era uma sensação muito estranha e embaraçosa ter que depender tanto de sua irmã mais nova, mas pelo menos Lana estava tentando ajudá-lo e não estava zombando dele.
– VOCÊS DOIS! Por que vocês estão demorando tanto?! – Luna gritou com eles, irritada com a demora e preocupada com algum efeito colateral ou outro imprevisto que seu irmãozinho pudesse sofre.
– VAMOS! – Os irmãos gritaram em uníssono, rapidamente agarrando os sapatos de Lana e correndo em direção às escadas, mas antes que Lincoln começasse a descer, Lana o agarrou com força, parando-o.
Lincoln não entendeu o motivo de Lana ter feito isso, mas ela olhou para ele um pouco nervosa, como se esperasse que ele entendesse por conta própria, para finalmente perceber a confusão do irmão para dizer o que pensava.
—Linc... me dê sua mão, não acho que você deva descer as escadas sozinha — Todas as irmãs ao pé da escada deram uma pequena risada com o comentário e também um suspiro terno ao imaginarem a cena.
— Lana — respondeu ele entre aborrecimento e constrangimento — Só porque você me vê assim não significa que sou um bebê de verdade, posso descer sozinho – Disse ele envergonhado com a irmã.
Lana olhou nervosa para o irmão, era verdade que ele só parecia menor, que no fundo ele ainda era o mesmo, mas ouvindo sua gagueira quando falava, lembrando de seu não tão pequeno “acidente”, pensando como algo tão simples como abotoar custou-lhe os botões e percebeu que mesmo andando ele parecia um pouco vacilante; ela não tinha certeza se ele realmente conseguiria fazer isso e não queria correr esse risco.
— Concordo com Lana, sua capacidade motora deve ser muito baixa, mesmo que sua maturidade mental não tenha sido afetada, pois hoje você precisará dos que uma criança de 2 anos exige — Lisa explicou com um tom de normalidade que irritou Lincoln.
– E de quem é a culpa?! – Lincoln reclamou irritado, ele não queria admitir isso, pois se o fizesse faria com que suas irmãs o tratassem como um bebê o dia todo.
—Na sua opinião, todos nós, mas isso não muda o fato de que você precisa de ajuda — Disse Lisa respondendo o irmão.
Ao ouvir essas palavras, Lana ofereceu a mão ao irmão com um sorriso amoroso, mas Lincoln não pôde deixar de corar, ele era um pouco desajeitado, sim, mas descer não era difícil, ele sempre fazia isso sem nem pensar; por isso, seguro de si, rejeitou a mão da irmã e começou a tentar descer as escadas, com pressa para que não o impedissem e sem qualquer ajuda...
Lincoln realmente começou a cair quando tentou descer o primeiro degrau, parecia que seria um acidente horrível, eles veriam um bebezinho rolar escada abaixo, mas felizmente entre eles estava Lynn, o grande campeão de Royan Woods, rápido como o vento e com reflexos impressionantes ele se lançou tentando salvar seu irmãozinho.
Lincoln sentiu como o coração de Lynn batia rápido e como sua respiração, embora lenta, era forte, enquanto ela o abraçava com força contra o peito como se tivesse medo que ele caísse de seus braços, e ele mesmo a abraçou com toda a força que tinha, poderia ela dar seu corpinho em um ato reflexo, segurando firme para ela olhou para cima para ver sua irmã ela pôde ver o jeito que ela olhava para ele: ela estava com medo, ela o olhou de cima a baixo repetidas vezes em busca de ajuda para qualquer ferimento, só se acalmando quando pôde verificar que nada havia acontecido com seu irmãozinho.
– Eu sou o melhor ou o quê? Peguei essa bolinha sem ela nem tocar o chão — Lynn se vangloriou com um grande sorriso e um tom arrogante, não querendo demostrar o quanto estava assustada.
— MAS QUE DIABOS FOI ISSO?!— Luna gritou com um olhar furioso enquanto subia cada degrau com um pistão forte, até chegar a Lynn e Lincoln.
Lynn estremeceu por um momento ao ver sua irmã mais velha tão chateada, esperando que a bronca não fosse para ela, mas estava claro que ela estava olhando para Lincoln.
– VOCÊ QUASE SE MATOU! Por que você não obedeceu Lana?! — Luna olhou para ele com os dentes cerrados enquanto apontava para Lana com as mãos.
De tudo o que sua irmã poderia lhe dizer naquele momento, por que isso tinha que ser? Obedecer Lana? Ele era o irmão mais velho, Lana tinha que obedecê-lo e não o contrário.
Lincoln queria gritar com ela que ele não precisava obedecê-la, que ele era o mais velho, que poderia cuidar de si mesmo, mas... quando ele se virou e viu o Lana, ele se encheu de culpa, Lana o apoiou há poucos momentos e ele até prometeu ser um bom irmão mais novo e a primeira coisa que ele faz é causar isso, todas as suas irmãs ficaram muito assustadas com o que estava para acontecer, e no final ele não fez nada mas concordo com elas, ele não poderia dar um passo sozinho.
—Até você voltar ao normal, você está proibido de descer as escadas sozinho, entendeu? — Lincoln só conseguiu abaixar a cabeça envergonhado, mas Luna rapidamente o agarrou pelo queixo e o forçou a olhar nos olhos dela — Entendido?! —
Lincoln apenas suspirou e acenou com a cabeça, o que acalmou Luna, Lincoln sabia como ela se sentia, ela não estava chateado, ela só estava com medo, e queria ter certeza de que isso não aconteceria novamente, ele mesmo havia gritado com suas irmãs menores daquele jeito às vezes: quando Lisa não tomava cuidado com seus experimentos, quando Lily pegava algo que não deveria colocar na boca, ela até gritava assim com suas irmãs mais velhas de vez em quando, que faziam algo perigosamente estúpido, geralmente com Lynn.
—Venha comigo, irmãozinho — Luna tirou Lincoln dos braços de Lynn e começou a descer — Ok Lana e demoramos muito para acordar mamãe e papai —
—Sim, e é melhor se apressar porque demorou tanto que eles já estão acordando sozinhos— Leni disse apontando para os pais, que de fato estavam começando a reagir.
[Nota: desmaios que duram mais de 5 minutos são considerados graves. Se alguém desmaiar e não acordar depois de alguns minutos, leve-o para pronto-socorro, e se não não se passaram mais de 5 minutos desde que desmaiou, de um tempo e vai melhora depois de um tempo.]
As meninas se aproximaram cercando seus pais vendo como eles começaram a reagir, embora um pouco desorientados.
– Mãe, pai, vocês estão bem? – Lynn perguntou a eles, um pouco culpada porque foi ela quem os fez desmaiar em primeiro lugar.
– Sim, querido, não se preocupe – Disse a mãe, esfregando a cabeça.
—Sim, foi estranho por um momento, eu jurei que você disse que Lincoln ia ter um... BEBÊ!— Foi nesse momento que os dois olharam para cima pela primeira vez desde que desmaiaram e viram claramente o pequenino que Luna segurava carinhosamente em seus braços, um bebezinho de cabelos brancos.
Ambos os pais entraram em choque novamente sem entender o que estavam vendo e só conseguiram se lembrar das palavras de Lynn; os dois ficaram pálidos e começaram a tremer, um sinal claro de que iriam desmaiar novamente, embora desta vez Lana tenha colocado os sapatos sob o nariz deles para fazê-los reagir antes de desmaiar.
– Ei, calma, isso tem explicação, essa criança é... – Tentou explicar Luan mas...
– Eu deveria saber que isso iria acontecer! Lincoln, por que você nunca conseguiu ficar com as calças?! — Rita Loud gritou com uma mistura de preocupação e frustação.
– Isso é culpa minha, se eu tivesse "conversado" com ele – Lamentou o Sr. Loud com a cabeça baixa, claramente preocupado, mas toda a sua preocupação se transformou em medo quando ouviu um rugido de fera próximo a ele.
—VOCÊ NUNCA TEVE “A CONVERSA” COM NOSSO FILHO?! — A Sra. Loud havia se levantado do chão e olhava para ele com olhos cheios de fúria que o fizeram seu marido recuar de medo.
– Eu... bem... não – Respondeu o Sr. Loud entre gagueiras, sabendo o que estava por vir.
– PORQUE NÃO?! DIGA QUE VOCÊ FARIA ISSO!— Sua esposa gritou com ele enquanto caminhava em sua direção irritada.
– Eu... eu não achei que fosse a hora ainda – Ele tentou se desculpar com a primeira coisa que lhe veio à mente.
– QUE NÃO?! Ele já teve seu primeiro cabelo fácil! Ela já teve os primeiros pelos nos seios! Ele já deu seu primeiro beijo! Pelo amor de Deus! Você sabe que Lincoln é o cara mais fofo, inteligente e legal da cidade! Ficou claro que assim que ele se interessasse por essas coisas, ele poderia “fazer”! — Esse último comentário causou reação entre todos os irmãos Loud, confusão nos menores porque não sabiam o que queriam dizer com “fazer isso”, olhares zombeteiros e risadas nos mais velhos e um enorme rubor em lincoln, era lisonjeiro que sua mãe pensasse isso dele, mas não nessas circunstâncias.
– Está bem! Eu admito! Eu ia fazer isso, mas fiquei com vergonha e resolvi esperar mais um pouco — Disse Lynn Sr. com medo, cada vez mais encurralado pela esposa.
— Isso te deu vergonha?!— Sua esposa gritou com ele mais irritada do que nunca —Eu tinha que ter “conversa” com todas as nossas filhas! — Disse Rita cada vez mais nervosa.
– Mas… – Lynn Sr tentou falar
– Eu tive que "conversar" com Lori! Você tem ideia de como fiquei envergonhado quando Lori descobriu do por que ela tinha tantos irmãos mais novos?! – A furia de Rita era transmitida a cada palavra.
– Mas… –
—Eu tinha que ter a “conversa” com a Leni! Você tem ideia de como foi constrangedor explicar TUDO para ela repetidas vezes, detalhadamente, até que ela entendesse?! – Diz Rita se lembrando do constrangimento de ter a "conversa" com a Leni.
– Mas… –
—Eu tinha que ter “conversa” com a Luna! Você tem ideia de como foi estranho quando me perguntei quando elas iriam “acreditar” nele?! –
– mas… –
—Eu tinha que ter a “conversa” com o Luan! Você tem ideia de como eu me sentia envergonhada toda vez que contava uma piada inapropriada, segundo "relaxe as coisas"?! –
– mas… –
—Eu precisei ter “conversa” com Lynn! Você sabe o quão desconfortável foi quando... quando...? Na verdade, ela aceitou muito bem, mas com todos os outros foi muito estranho...
A essa altura, todas as irmãs mais velhas não conseguiam suportar o constrangimento causado por todas as revelações que a mãe estava fazendo.
– mas… –
– MAS QUE?! – Disse Rita se enfurecida com seu marido.
– Achei que seria bom esperar um pouco mais – Disse o Sr. Loud na defensiva.
—Bom, sim, aconteceu! — Rita tirou Lincoln dos braços de Luna de uma só vez, para esfregá-lo na cara do marido, sacudindo-o de trás para frente — Isso aconteceu, olha só, olha só! OLHA ISSO! –
– Mãe, achei ruim sacudir os bebês assim – Leni disse inocentemente, lembrando-se da primeira coisa que sua mãe lhe ensinou quando ela se tornou irmã mais velha.
[nota: deve-se ter muito cuidado ao mover um bebê, pois uma única sacudida com um pouco mais de força pode ser muito perigosa]
Rita parou imediatamente e abraçou o pequeno, com medo de ter feito algo ruim ao que pensava ser seu primeiro neto, pegou-o nos braços e olhou-o com atenção, procurando algum sinal de desconforto.
– Você está bem, pequeno? Sinto muito – Disse ela, envergonhada, sem realmente esperar por uma resposta.
— Sim, na verdade foi ótimo, como um dos jogos da Lactolândia — Lincoln respondeu sorrindo embora um pouco tonto.
[Nota: mas... crianças com mais de 2 anos já suportam tremores mais fortes, ainda é perigoso movê-las com muita força, mas sacudi-las um pouco mais de força representa um grande risco]
– Bom Leni, você me assustou, esse bebê não é tão pequeno assim... – Nesse momento Rita notou o pequeno em seus braços, principalmente que ele não era tão pequeno, parecia ter a mesma idade de Lily, mas então… o filho dela tinha que ter 9 anos, o que significava.
– Oh! Por Deus! Meu filho foi visto… – Rita começou a se desesperar de novo com o estava começando a pensar na idade que seu filho tinha que ter para ter aquele pequenino.
— Não mãe — Luna a interrompeu — Estávamos errados, esse não é filho do Lincoln, esse é o Lincoln; Lisa encolheu os ombros como uma piada —
—Insisto que não encolhi, rejuvenesci, não é a mesma coisa — Esclareceu Lisa.
– Lisa Mary Loud! Mocinha, o que lhe contamos sobre fazer experiências com seus irmãos? – Sua mãe a repreendeu, vendo-a chateada.
– Eu fiz isso, mas tecnicamente isso foi uma piada e não um experimento, então... – A garotinha se defendeu sem que ninguém acreditasse em sua
— Nada sobre isso, você ainda não pode usar suas fórmulas assim com seus irmãos, traga seu irmão de volte ao normal agora mesmo — Seu pai a repreendeu enquanto ficava mais calmo após desviar da bala.
– Não posso fazer isso, a fórmula deve durar 24 horas, quando o efeito Lincoln passar deve voltar ao normal – Explicou Lisa, esperando que isso acalmasse seus
—Bem, até que isso aconteça, você está de castigo por um dia — Falou Rita
– O QUE?! um dia só? Ela faz isso comigo e eles planejam puni-la apenas por um dia? - Reclamou Lincoln, nos braços da mãe, inflando as bochechas inconscientemente quando estava com raiva.
Sua mãe o carregou e ele o encarou com o pai ao lado, olhando-o com atenção e ambos com uma mão começaram a beliscar suas bochechas.
– Eu não me lembrava de como suas bochechas eram fofas quando você era bebê querido – Sua mãe sorriu para ele enquanto brincava um pouco com sua bochecha.
– Eles são tão macios, são tão gostosos, é como uma massagem para os meus dedos – Disse-lhe o pai com um sorriso terno, lembrando-se da infância do filho.
– Não, deixe-me – Reclamou Lincoln enquanto tentava afastar seus pais, embora antes de fazer isso sentiu outra mão segurando seu rosto.
—Eu me lembro disso, as bochechas do Lincoln eram tão macias que sempre brincávamos com elas— Leni disse com um grande sorriso.
– Quero brincar com as bochechinhas dele também – Disse Luna, que se aproximou para fazer o mesmo, fazendo com que todas as irmãs, inclusive Lily com a ajuda de Luan que a carregava, cercassem Lincoln e começassem a empurrar e apertar umas às outras, tentando beliscar as bochechas do irmão mais novo, os mais velhos por saudade e os menores por curiosidade.
— BASTA! — Lincoln gritou com toda força que tinha, fazendo com que suas irmãs o soltassem por um momento. — Eu não sou um bebê, você não pode me tratar assim e parar de exagerar, minhas bochechas não são nada de especial —
– Agradeça que essas bochechas sejam daquele que a gente beliscou, entendeu? – Brincou Luan, deixando Lincoln ainda mais chateado.
Lincoln começou a esfregar as próprias bochechas porque elas doíam um pouco com tudo o que brincavam com elas, embora quando ele as sentiu se perdeu um pouco na sensação — Nossa, como elas são macias, é bom – Embora quando ele percebeu o que estava fazendo, ele parou irritado – Essa não é quetão! Quero que você dê um bom castigo a todas as minhas irmãs —
– A todas? Por quê? – Perguntou o Sr. Loud.
– Ele só quer nos culpar por algumas piadas que contamos a ele – Lola rapidamente se defendeu.
– Sim a culpa é sua! Você animou Lisa, nada teria acontecido se não fosse por você! — Lincoln gritou para eles enquanto balançava seu pequeno punho furioso, comovente do que ameaçador.
– Não tenho certeza se podemos culpar todo mundo por isso, querido – Disse sua mãe enquanto começava a embalar Lincoln nos braços, tentando acalmá-lo, obtendo o resultado oposto de sentir um gesto tão infantil em sua pessoa.
– Eu não sou um bebê – Reclamou o garotinho, mesmo com todo o seu aborrecimento não conseguia gritar com a mãe.
– O que Lori nos contou é que ela é a melhor em resolver brigas e está apenas me ligando para uma videochamada – Disse Leni com um grande sorriso, mostrando seu celular.
— Leni NÃO! — O garotinho gritou com ela para impedi-la, ele não queria que sua irmã mais velha o visse assim, desde que Lori foi embora, ele tentou ser mais resonsável e cuidar de suas irmãs, que ela se sentia orgulhosa de quão maduro ele era, ele não queria que ela o visse agora transformado em um bebê; mas já era tarde, leni atendeu a ligação.
– Olá família, como... estão... todos...? – A filha mais velha cumprimentou alegremente, mas assim que viu o pequeno Lincoln, as palavras saíram de sua mente e ela apenas o encarou surpresa.
– Olá...olá – Cumprimentou Lincoln com grande constrangimento, esperando uma boa reação de sua irmã.
– Uma das garotas de Lincoln engravidou e deixou o bebê para elas?! – Perguntou a mais velha com aparente surpresa enquanto observava Lincoln na tela.
Lincoln ficou surpreso que tantas de suas irmãs considerassem essa a opção mais provável, elas o viam como um galante?
– Não irmã, essa criança é... – Tento explicar Luna
—Lincoln, eu sei, Leni me contou tudo o que acontece através de mensagens, eu estava apenas brincando, e também me enviou todas as fotos que tirou de você, você ficou tão fofo pegando sua mamadeira — Lori disse com um tom infantil e rindo, fazendo Lincoln enrubescer: "Eles já puniram Lisa?"
– Estávamos conversando sobre que punição dar a Lisa – Respondeu o pai.
— Eu quero que as meninas sejam punidas também, elas a incentivaram, a culpa é delas também, vamos Lori, me apoie nisso, eu preciso de você — Lincoln perguntou sem perceber o quão carinhoso ele soava com sua voz de bebê.
—Ah que fofo, o mini Linc quer a ajuda da irmã mais velha? Você sente minha falta, pequeno? - Lori perguntou, com certo tom brincalhão, embora fosse mais situação do irmão lhe causava do que por querer incomodá-lo.
– Eu? Claro que estou com saudades de você Lori, você é minha irmã mais velha, sinto sua falta todos os dias, preciso de você – Aquelas lindas palavras ditas pelo pequeno Lincoln derreteram o coração de todos os presentes, se a imagem do bebê urso polar lhes causou ternura essa foi além de outro nível; Isso não poderia ser mais fofo, um bebezinho dizendo o quanto amava a irmã – Só você sabe controlar essas malucas — Lincoln finalizou dizendo com tom irritado, apontando para as irmãs, que imediatamente reclamaram com: "ei", embora a mais velha não parasse de rir da cena.
— Não exagere, Lincoln, eles não são tão ruins assim, além disso, eu sei que "alguém" tem feito um ótimo trabalho mantendo a casa em ordem sem mim — Lincoln sorriu e estufou o peito porque pensou que Lori estava falando sobre ele, enquanto pelas costas Luna era a mesma ao pensar que Lori estava se referindo a ela.
—Ok, ok, acho que se for só por um dia não é grande coisa, veja pelo lado bom Lincoln, você pode faltar à escola por hoje — Lori disse para ele tentar relaxá-lo.
– Por que o deixaríamos faltar às aulas? – Perguntou o pai.
– Pai! Você não pode mandá-lo para o ensino médio assim, eles o comeriam vivo – Reclamou Lynn, defendendo o irmão.
– Sim, certo... bem, veremos o que podemos fazer com você, campeão – Disse seu pai com tristeza, pois não conseguia resolver o problema mais rápido.
— Como eu estava dizendo, acho que sem laboratório e sem livros por uma semana será suficiente— Lori disse com firmeza — e não acho que eles tenham que punir as outras, não é culpa delas que Lisa tenha exagerado — Dizendo isso a última coisa, acima de tudo, era cobri-la ela mesma, afinal ela também tentou convencer Lisa; Embora seus pais pensassem em um castigo.
—Mas não posso, ainda tenho muita pesquisa para fazer, hoje tenho que fazer uma análise no Lincoln para ver exatamente como o soro afetou o corpo dele — Chateada por terem tirado o que ela amava a maioria, mesmo que tenha sido por pouco tempo.
—Achei que você tivesse dito que o que aconteceu com seu irmão não fazia parte de um experimento — Sua mãe disse a ela com um olhar severo, deixando Lisa nervosa, pois ela queria matar 2 coelhos com uma cajadada só, uma ótima piada e aliás um ótimo experimento — Mas se você puder me tirar alguns anos, posso diminuir sua punição – Sua mãe sussurrou em tom cúmplice, fazendo Lincoln parecer irritado porque se sentia traído por sua mãe.
—Não é possível, o soro é muito instável, uma grande quantidade de parâmetros tem que ser ajustados para que funcione e só tenho essa quantidade de dados do Lincoln, se os outros participassem mais vezes dos meus experimentos… — Disse Lisa respondendo sua mãe
– Então não vou mais te ajudar – Lincoln disse a Lisa com uma cara irritada.
Lisa parecia deprimida, era isso que ela mais temia ao fazer sua piada, mas ela esperava que quando Lincoln voltasse ao normal ele se acalmasse em alguns dias e tudo voltasse ao normal, afinal Lincoln nunca foi rancoroso.
—Ok, chega, todos vão se preparar para a escola porque vão se atrasar, enquanto seu pai e eu veremos o que fazemos com Lincoln — Disse Rita enquanto falava para todas as suas filhas.
Com essa instrução da mãe, ela mandou as meninas para cima, deixando-a sozinha com Lincoln e o marido, a quem lançou um último olhar de desaprovação por ter fugido das responsabilidades parentais, antes de olhar novamente para o filho agora mais novo.
Era verdade que eles estavam chateados com Lisa pelo que ele fez com ela, mas ao vê-lo tão pequeno em seus braços novamente, eles se encheram de nostalgia e não puderam deixar de esboçar um sorriso caloroso ao se lembrarem de todos os belos momentos que passaram. tiveram enquanto o via crescer, a primeira palavra, os primeiros passos e muito mais; Eles sabiam que o filho não estava achando graça na situação, mas era uma boa oportunidade para segurar o bebê novamente como antes e beliscar suas bochechas.
– Não tentem – Lincoln os avisou, protegendo o rosto com os braços, uma pose que fez seus pais rirem, e de enorme ternura.
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Você se lembra daquele velho clichê que mencionei? Você sabe quando alguém diz: “isso não pode ficar pior” e só piora. Pois bem, o dia de Lincoln parecia exatamente isso uma sucessão de acontecimentos constrangedores, um após o outro, e cada um deles o fazia dizer: “isto não pode ficar pior”.
Sua mãe não queria deixá-lo de pijama o dia todo, então subiu com ele para encontrar algumas roupas que ele pudesse usar, e embora ele não gostasse da ideia de usar as roupas de sua irmã mais nova, na verdade ele teve sorte , eles encontraram um velho entre suas roupas, um macacão jeans que originalmente pertencia a Lincoln, ele havia passado para Lana e ela por sua vez passou para Lily, e para a parte de cima encontraram a camisa laranja que Lincoln comprou para sua irmã mais nova dele há alguns meses ele deu para ele, eu comprei para que fosse igual ao dele e graças ao fato de que na época comprei algo grande, agora era do tamanho dele; Com meias e sapatos não havia tanto problema, Lily tinha algumas meias simples que ele poderia usar e um par extra de tênis, então onde está a parte embaraçosa? Bem…
— NÃOOOO! NÃO VOU USAR UMA DAS FRALDAS DA LILY! – Lincoln estava mais envergonhado do que nunca em sua curta vida, seu rosto estava completamente vermelho, ele até tremia um pouco de tensão após gritar com sua mãe, o que se mostrou uma péssima ideia quando seu grito foi seguido pelas risadas de suas irmãs quem eles ouviram o que ele disse de seus quartos, risadas que não paravam enquanto imaginavam a cena.
– Ei, não são fraldas, não sou mais um bebê, são minhas calcinhas de treino – Disse Lily, em tom irritado ao se sentir insultada pelo irmão.
—Você vê querido, não são fraldas — Sua mãe disse tentando encorajá-lo a colocá-las, mas a cara irritada de seu filho lhe disse que ele não iria morder essa isca – Ok Lincoln nós dois sabemos que você não aguenta vestindo calça sem roupa por dentro e essa é a única do seu tamanho, então você usa isso ou terá que usar uma saia da Lily – Disse com um tom severo mas genuinamente envergonhada pela vergonha que seu filho sentia.
– Como está? Ela é linda – disse a irmã mais nova segurando uma de suas saias.
– Você decide, filho. – Disse Rita impondo somente essas duas opções.
— Não acredito que vou falar isso, ok, vou usar um dos... "isso" da Lily — O garoto respondeu relutante, sentindo-se humilhado, pensando que isso não poderia ficar pior...lembra que eu te falei sobre usar essa frase? Bem…
— Ok filho— sua mãe disse enquanto lhe dava um beijo na testa tentando fazê-lo se sentir melhor — Pegue a roupa, é só se trocar e descer para tomar café, ok? –
— Mãe, sobre vestir… eu… — Disse Lincoln começando a ficar vermelho de vergonha de novo.
Sim, ter que concordar em usar “aquilo” da irmã mais nova era constrangedor, mas era muito pior ter que pedir à mãe para vesti-lo.
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Para a sorte do menino, o resto da manhã em casa foi bastante tranquilo, principalmente porque seu pai ameaçou punir durante uma semana quem ousasse zombar dele; Embora isso não os impedisse que suas irmãs lhe mandassem olhares zombateiros, rir dele ou lançar-lhe olhares ternos que incomodavam o pequeno.
– E o que vamos fazer com Lincoln hoje? – Ele não pode ficar sozinho em casa, e as meninas têm que ir para a escola, você tem que ir trabalhar e eu tenho uma reunião com meu editor — perguntou a mãe, um tanto preocupada.
– Eu me ofereço para ficar com ele se você quiser – Lynn se apressou em responder, na esperança de conseguir um dia de folga da escola, embora o olhar de seus pais já lhe dissesse que não seria o caso.
– Você não pode ficar sozinho? Ele foi deixado sozinho muitas vezes, acho que mesmo que este pequenino possa ficar sozinho por hoje — Seu pai respondeu enquanto continuava a tomar o seu café da manhã.
– NÃO! – todas as garotas gritaram em uníssono.
– Lincoln, ele não consegue cuidar de si mesmo sendo assim – Disse Leni.
– Sim, ele é muito desajeitado, não consegue nem descer as escadas sozinho – Apoiou Lynn.
– É verdade, ele tentou mais cedo e quase se matou – Disse Lana com uma pitada de culpa na voz por não tê-lo impedido.
– Ele requer os mesmos cuidados que uma criança de 2 anos – Afirmou Lucy com tom preocupado.
– Sim, por hoje ele é o menor da família – Disse Luna.
– Na verdade, Lincoln ainda é maior que Lily, apenas alguns meses, mas ainda é – Explicou Lisa.
Lincoln só conseguiu abaixar a cabeça, afinal eles tinham razão, ele não conseguia nem se vestir, mas enquanto estava assim sentiu uma pequena mão tocando sua cabeça
– Lincoln e eu somos iguais – Cantou Lily, que estava ao lado de Lincoln e acabara de comparar a altura deles. “Somos gêmeos”, completou com um grande sorriso para o irmão, que olhou para ela irritado com a comparação.
Porém, o comentário de Lily deu a todos a mesma ideia, uma ideia de onde Lincoln poderia passar o dia com segurança, e com essa ideia eles começaram a encarar Lincoln, suas irmãs com um sorriso divertido sentindo que estavam prestes a fazer algo com ele, uma pegadinha, e seus pais estavam nervosos e preocupados com a raiva que seu filho ficaria.
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Poucos minutos depois estavam todos em Vanzilla, e foram deixados nos respectivos destinos, após deixarem os mais novos no ensino fundamental e os mais velhos no ensino médio, seguiram para a terceira parada do dia, a creche, onde eles deixariam Lily e mais alguém por hoje.
– Vamos, você não pode ficar aqui hoje? – Não temos outro lugar para deixá-lo – Implorou Rita na recepção, segurando Lincoln nos braços.
– Lamentamos senhora, mas esta creche é um centro especializado, não aceitamos crianças assim, temos lista de espera e você tem que fazer uma entrevista e... – Disse o Dr. Shuttleworth, antes de ser interrompido .
—Mas meu filho... quer dizer, meu sobrinho é muito inteligente, ele é um supergênio, vá em frente querido, mostre o quanto você é inteligente — Disse a mãe, uma tanto desesperada para que o aceitassem, pois já estava ficando tarde.
Lincoln não tinha intenção de passar o dia na creche, ele apenas estava olhando para sua mãe com raiva desde que ela lhe contou sua ideia; Embora agora ele tivesse uma ideia de escapar, se ele se fizesse de bobo eles não o aceitariam e ele não teria que ficar, então ele começou a balbuciar e a fazer uma expressão adorável enquanto chupava o dedo. O que fez a Dra. parecer irritada, pois não era a primeira vez que os pais exageravam nas habilidades de um filho para fazê-lo aceitar e ela já estava um pouco cansada disso.
— Só... me dê um segundo. — Rita pegou o filho e se afastou um pouco com ele nos braços, para que não a ouvissem. — Escuta bem meu jovem, mesmo que você não goste, você precisa ficar aqui por hoje, então seja maduro e coopere, porque se você não for internado hoje, eu... eu... vou ligar para sua namorada para que ela possa te ver assim — Os olhos de Lincoln se contraíram em um expressão de terror completo; Dona Loud estava apenas blefando, obviamente ela nunca faria algo assim com seu filho, mas precisava ir à reunião dela. — Ou sim, eu sei que você tem namorada, e se você não aguentar eu vou conte às suas irmãs sobre isso também. —
— Você... você não faria isso — Lincoln gaguejou de medo, ele não podia deixar sua namorada vê-lo daquele jeito, ele não podia fazer papel de bobo na frente dela.
— Você quer me testar? — Sua mãe respondeu com firmeza.
Naquele momento, Lincoln sinalizou para sua mãe e seu pai para que o levassem de volta ao Dra. Shuttleworth e começou a recitar de memória tudo o que conseguia pensar para surpreendê-la, história e literatura até química e matemática avançada.
Quando Lincoln ficou sem ar e teve que fazer uma pausa, tanto a Dra. quanto sua mãe ficaram surpresos. Quer dizer, Rita sabia que seu filho era mais inteligente que as outras crianças de sua idade, mas Lincoln sabia de cor algumas coisas que suas irmãs mais velhas estavam aprendendo.
—Nossa pequeno você é realmente incrível, acho que podemos abrir uma exceção para você, tem certeza que será só por hoje? Gostaríamos de ter um garotinho tão inteligente para sempre podemos dar uma bolsa de estudos para ele e ajudá-lo com seu problema de fala — A Dra. ofereceu, animada por ter tamanho talento em sua creche.
— Sim, será só por hoje, meu... cunhado mora longe e só vou deixá-lo por hoje — A Sra. Loud desculpou-se para não levantar suspeitas, e esperou pelo Dr. sair por um momento para ligar para o professor de Lily para informá-lo que ele teria um novo aluno hoje — Uau Lincoln, isso foi impressionante, algumas dessas coisas são só vistas no ensino médio, como você sabe? —
— Bem, eu ajudo Lisa com muitos experimentos e aprendi algumas coisas que ela diz, não entendo a maioria delas, mas algumas eu entendo, e bem, também ajudo Leni a revisar um pouco quando Lisa não consegue e acho que parte disso ficou comigo — Disse Lincoln se lembrando de todas as vezes que teve que ajudar Lisa em seus experimentos e de Leni em seus estudos.
—Você é um bom menino Lincoln, obrigado por ajudar suas irmãs — Rita sorriu para o filho, seu pequeno Lincoln, abraçou-o com força e o beijou na testa, sentiu-se muito orgulhosa do esforço extra que fez para ajudar a irmã. É claro que Lincoln não era o garoto mais maduro do mundo e às vezes podia ser egoísta, mas quem não seria? O que realmente importou foram aqueles momentos em que ele demonstrou seu grande amor pela família, cuidando não só das irmãs mais novas, mas também das mais velhas.
Rita decidiu que esta noite ela iria pedir desculpas ao filho por essa ameaça, e assegurar-lhe que ela não estava falando sério, e talvez dar-lhe algum pequena recompensa para encorajá-lo sobre sua situação e mostrar-lhe o quanto ela estava orgulhosa dele. Mas por enquanto ela tinha que ir embora, ela abraçou tanto Lincoln quanto Lily e os encheu de beijos, causando risadas na garotinha e um pouco de aborrecimento em Lincoln; e antes de sair ela tirou da bolsa o ursinho de Lily, sempre levava seu ursinho para a creche, mas Lincoln ficou surpreso quando sua mãe tirou outra coisa, seu coelho de pelucia chamado Bun-bun e ela ofereceu a ele, fazendo com que o menino aceitasse por inércia e tentasse escondê-lo dentro do macacão.
Por que ela trouxe Bun-bun? talvez tenha sido algo que sua mãe pegou por inércia enquanto preparava tudo? Lincoln não sabia por que ele gostava tanto daquele colho de pelúcia, suas irmãs mais velhas lhe disseram durante anos para jogá-lo fora ou herdá-lo, que ele era velho demais para essas coisas e ainda mais para ser umLincoln simplesmente Não conseguia fugir dele. Bun-bun, ele gostava muito dele, embora relutantemente tivesse que admitir que era grande demais para ele, não permitia mais que ninguém fora da família (e Clyde) se aproximasse. vê-lo com ele, e agora ele teria que esconder isso o dia todo.
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Por um momento Lincoln pensou que um dia na creche não seria tão ruim, haviam dito ao zelador que ele era uma espécie de supergênio, talvez ele pudesse pedir um livro ou algo parecido e ficar lendo em um canto sem ninguém incomodando-o, talvez você pudesse passar a manhã sem mais problemas?
Assim que a professora os liberou na sala de aula, Lincoln viu um pequeno cantinho isolado com algumas cadeiras e livros, com certeza eram histórias infantisnada melhor para fazer, porém, assim que tentou ir até aquele ponto, ele sentiu como estava imobilizado por um abraço.
— Cuidado! — Lily disse assustada, apontando para um pequeno degrau que estava a alguns passos de distância — Luna disse que você não pode descer as escadas sozinho —
Logo em seguida sua irmã mais nova lhe ofereceu a mão para ajudá-lo, causando enorme constrangimento a seu irmão. Lincoln não parava de pensar que isso era errado, era ele quem sempre ajudava Lily a descer, mesmo assim ele ainda era maior que Lily... Foi humilhante ela ter dito algo assim para ele, então ele tentou descer sozinho, embora lembrando do acidente daquela manhã ele se segurou na grade com cuidado para evitar acidentes, mas com a menina o segurando não foi tão fácil.
— NÃO! — Ela gritou para ele, segurando-o com força para que ele não caísse sozinho.
— O que está acontecendo aqui? — O grito de Lily fez com que o zelador se aproximasse e separasse os dois, pensando que era uma briga.
— Meu pequeno gêmeo quer descer as escadas sozinho, mas ele não tem permissão porque de manhã eu tentei e ele quase caiu feio — Lily disse a ele em um tom triste, preocupada com a repetição do acidente que aconteceu anteriormente.
— Bem, vou colocar os dois no chão — Coloquou os dois no chão e acariciou a cabeça de Lily — Muito bem Lily, é bom que você cuide dos pequeninos — Palavras que arrancaram um sorriso animado de Lily e uma expressão de fúria no rosto do zerador em direção ao rosto de Lincoln.
Lincoln esperava poder ficar naquele canto o dia todo, mas Lily tinha outros planos, assim que a professora se afastou, Lily começou a gritar para chamar todos os seus colegas, fazendo com que eles fossem cercados por um pequeno batalhão de crianças.
— Olha, este é Lincoln e ele é meu gêmeo — Proclamou a menina enquanto lhe dava um abraço com toda a força, o que fez com que todos os pequenos atacassem eles com uma tonelada de perguntas para eles.
— Por que eles não são iguais? Na TV os gêmeos são iguais —
— Por que você não veio mais cedo? —
— Por que seu cabelo é branco? —
— Por que Lily nunca nos contou que tinha um irmão gêmeo? —
— O que você está escondendo em suas roupas? —
— Porque você não responde? —
— PAREM! — Lincoln gritou com eles, fazendo com que todos os pequenos dessem um passo para trás surpresos e um pouco assustados, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa o menino sentiu um puxão doloroso nas orelhas.
—Garoto, eu sei que você é novo aqui, mas não é permitido gritar assim; Peça desculpas a todos e apresente-se para começar a fazer amigos – a professora o repreendeu com um tom firme, mas de maneira gentil, antes de liberá-lo.
Lincoln esfregou a orelha, irritado com a bronca, era humilhante falar assim com ele, então lançou-lhe um olhar irritado, mas vendo-se cercado só lhe restava para que o deixassem em paz com aquilo.
— Sinto muito, sou Lincoln, sou... primo de Lily, não sou gêmeo dela, mas ela gosta de me chamar assim e só virei aqui exclusivamente por hoje — Ele se desculpas para todos os presentes, mas todas as crianças continuavam a cercá-lo, curiosas com ele, mas principalmente com seus cabelos.
Lincoln passou um momento tentando acalmar a curiosidade das crianças, que até puxaram seus cabelos, causando muito mais dor do que ele esperava, até que foram chamados pela professora, mas no momento Lincoln achou que poderia escapar para ficar de sem ser incomodado, ele sentiu alguém puxar seu braço.
— Vamos lá gêmeo — Lily o puxou para ir com as outras crianças fazer as atividades, e embora Lincoln não quisesse, ele ficou surpreso com o quão forte Lily era ou melhor, quão fraco ele era.
Foi assim que Lincoln passou a manhã inteira, tentando escapar para um canto onde pudesse ficar tranquilo, apenas para ser devolvido à força por Lily que estava muito feliz por tê-lo ali, pintando com os dedos, brincando com blocos, cantando juntos, etc. Tudo continuou assim até que a professora disse que iriam fazer uma pequena brincadeira no quintal, uma atividade simples para incentivar as crianças, e assim como todas as atividades anteriores, Lily o arrastou consigo para que pudessem fazer junto como "pequenos gêmeos", como ela disse a ele.
No início do jogo Lincoln percebeu novamente o quão desajeitado seu corpo estava, ele não se sentia bem correndo e não se importava muito com o jogo, então no início ele nem estava tentando, para não ser um estorvo para seu time, mas mesmo assim Lily não parava de encorajá-lo, a ponto de ficar um tanto constrangedor, então ele foi incentivado a fazer um esforço extra, mas isso foi mais difícil do que ele imaginava, ele não estava acostumado com aquele corpo, ele fez não sabia medir sua força ou qual era o tamanho de seu passo então acabou dando um passo errado, caindo no chão e ficando com um pequeno arranhão sangrando no braço, que doía muito mais do que parecia, aquele novo corpo não só pequeno e fraco, também era delicado, tudo doía muito mais, ele não queria mas seus olhos umedeceram por reflexo.
— Pequeno, acalme-se, só vamos limpar essa pequena ferida, vamos colocar um curativo e você verá que nada acontece, não chore — Disse a cuidadora enquanto esfregava seu braço para acalme-o.
— Lily, seu gêmeo é muito estúpido, ele não consegue nem correr bem — Disse uma das crianças em tom de zombaria, fazendo com que Lily imediatamente lhe desse um tapa forte no rosto, tentando defender o irmão.
Naturalmente, isso gerou uma forte repreensão para a menina que simplesmente ignorou o que diziam e se aproximou de Lincoln para tentar animá-lo com um abraço.
— DEIXE-ME JÁ! — Lincoln gritou desesperado — Desde que chegamos eles não me deixam em paz nem um segundo, só quero que você me deixe em paz. Você é simplesmente chata! — No fundo ele não estava chateado com ela, ou pelo menos não tanto a ponto de gritar assim com ela, mas esse dia tinha sido horrível e ele não conseguia mais conter suas emoções.
A menina apenas olhou para ele com um olhar triste, uma tristeza que aumentava a cada segundo apenas para terminar em outra explosão emocional.
— VOCÊ É UM TOLO! — Lily respondeu, com as primeiras lágrimas escorrendo pelos olhos. — Eu queria ser boazinha! Eu fui uma boa menina, o dia todo eles falando o quanto você é fofo e eu não fiquei com raiva mesmo não gostando, e brinquei com você o dia todo para você não ficar sozinho, eu te dei as boas-vindas, eu... eu... eu só queria que brincássemos juntos!— Depois de dizer isso, a menina fugiu chorando para um canto.
Com isso, Lincoln se sentiu péssimo, Lily não tinha feito nada de mal com ele, ela só estava tentando ser uma boa irmã, e ele tinha se comportado como um idiota, sim ele tinha participado das atividades para as quais Lily o arrastou, mas ele tinha feito tudo isso com relutância e com uma atitude horrível que deixou todos desconfortáveis. Ele sabia que Lily não era culpada pelo que estava acontecendo com ele, mas mesmo assim gritou com ela; Ela tinha se comportado muito bem, talvez não tivesse os melhores modos, mas tinha as melhores intenções, e foi ele quem se comportou como um bebê birrento.
Assim que colocaram seu curativo nele e o soltaram, Lincoln foi direto para o canto onde Lily estava para tentar se desculpar, a garotinha estava apenas chorando em um canto olhando para a parede.
— Lily, me desculpe — Ela se aproximou para falar com ela, mas a garotinha apenas a esnobou, ficando ainda mais perto da parede para não olha para ele.
Ele sabia que ela não queria falar com ele, e não queria forçá-la e correr o risco de começar uma briga com a irmã mais nova, isso era a última coisa que ele queria, mas como chamar a atenção da garotinha de uma forma jeito fofo? A resposta veio à sua mente, ele tinha tudo o que precisava com ele, só faltava tirar o seu amiguinho de seu macação.
— Olá Lily, eu sou o bun-bun, por que você está triste? — Lincoln pegou seu coelhinho por trás e imitou sua voz enquanto o movia suavemente no campo de visão de sua irmã mais nova; Era um truque que seus pais e irmãs mais usavam com ele muitas vezes quando era criança e agora ele esperava que o aspecto fofo e abraçável acalmasse sua irmã mais nova.
— Lincoln é um bobo — Respondeu a menina, ainda chorando, e com tom irritado, mas sem parar para ver o boneco.
— Sim, Lincoln foi rude há um tempo, ele se comportou como um bebê bobo, e me pediu para lhe dizer que sente muito — Disse Lincoln enquanto tentava entrar no papel de seu colho de pelucia chamado Bun-Bun.
— Eu só queria que brincássemos juntos, ia ser super divertido, já que ele é pequeno pensei que poderíamos brincar juntos — Disse a menina em tom triste.
— Bem, se você ainda quiser, tenho certeza que Lincoln gostaria de brincar com você agora — Disse Bun-Bun, sendo na verdade Lincoln falando.
Com essas palavras Lily levantou um pouco a cabeça e se virou para ver seu irmão, Lincoln pôde ver a dúvida no rosto de sua irmã mais nova.
— Sério? — Perguntou a garotinha.
— Sim Lily, sinto muito, me comportei muito mal, o que você me diz? Você dá outra chance ao seu gêmeo? — Disse Lincoln vendo que sua irmã mais nova se animou.
Só de dizer essa palavra, Lily pulou em direção a Lincoln para abraçá-lo, com todo o amor que uma menina de 2 anos pode dar, e se você já conheceu uma menina de 2 anos, saberá que é muito amor.
— Vamos, Lincoln, quero que Bun-bun conheça o ursinho de pelúcia, tenho certeza que eles serão amigos — A garotinha inocente disse a ele, mas seu irmão congelou por um momento com esse pedido. — O que há de errado, Lincoln? —
Por um segundo, Lincoln teve novamente aquela sensação de vergonha, de ser visto com seu coelhinho, mas quando se virou e viu Lily, a vendo na sua altura, só conseguiu pensar uma coisa: "caramba, se eu tiver que ser um bebê para pelo menos que ninguém possa me incomoda sobre ter o Bun-bun."
— Nada Lily, vamos a brincar — Disse Lincoln seguindo sua irmã Lily.
Com um grande sorriso os dois foram brincar juntos, sem complicações ou complexos, Lincoln pelo menos por um momento se esqueceu de ser o menino de 12 anos, de ser o irmão mais velho e brincou com a irmã mais nova de igual para igual, de claro que sua mente não havia mudado tanto que algumas brincadeiras ainda lhe pareciam muito infantis, mas a única preocupação em sua mente naquele momento era apenas se divertir com sua irmã, sua “gêmea”. Desenhavam, cantavam, corriam, dançavam e tocavam tudo o que lhes ocorria, ambos com um enorme sorriso; Lily era muito jovem para entender por que os dois se sentiam tão bem jogando assim, mas Lincoln entendia em porte para Lincoln era nostálgico brincar com esses jogos novamente, eles traziam de volta boas lembranças de quando ele era tão pequeno.
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