handporn.net
História Lembranças perdidas - Pequena - História escrita por JDreamygirl - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Lembranças perdidas >
  3. Pequena

História Lembranças perdidas - Pequena


Escrita por: JDreamygirl

Notas do Autor


Estou morta de cansaço hoje, meu Deus do céu, mas consegui postar, o/
Enfim, boa leitura meninas =)

Capítulo 41 - Pequena


Fanfic / Fanfiction Lembranças perdidas - Pequena


Castiel - Tem certeza de que você quer fazer isso sozinha? Sabe, eu posso entrar com você, ou uma enfermeira, ou um policial, seus pais, qualquer um. (Ele me perguntou desconfiado e preocupado, não querendo aceitar o fato de que eu queria entrar naquela sala sozinha, querendo ou não eu entendia o lado dele, entendia a preocupação dele comigo, ainda mas com a minha barriga do tamanho em que estava, impossível esconder isso agora, mas eu sabia também que eu precisava fazer isso, e precisava fazer isso por conta própria.)

Megan - Eu preciso Cast, e não se preocupe, vai ficar tudo bem. Ok? Vai dar tudo certo. (Eu disse calmamente tentando lhe passar confiança e mostrar que tudo estava bem, e de certa forma, mesmo que eu não pudesse ter certeza sobre isso, eu sabia que ficaria bem. Lhe dei um selinho demorado e mesmo contrariado, ele aceitou.)

Holga - A senhorita precisa tirar os brincos, colar, celular e qualquer coisa pontiaguda que tenha. (A senhora da recepção disse me entregando um saquinho onde eu teria que colocar essas coisas que ela havia citado antes de entrar no hospital, apontando para cada coisa que eu estava usando e era proibida.)

Dizer que aquele lugar era agradável seria mentira da minha parte, não era, definitivamente não, era uma sensação estranha que eu sentia ao estar ali dentro, várias pessoas me olhavam enquanto eu seguia a enfermeira pelo corredor atrás da mesma, até chegar a uma sala aberta, provavelmente onde eles descansavam e passavam o tempo. Haviam pessoas jogando cartas, outras brincando com alguma coisa que tinham ou não em suas mãos e algumas… Falando sozinhas, como se tivesse realmente alguém do lado delas, mas que só elas podiam ver. Nunca pensei que um hospital psiquiátrico seria realmente assim, como nós sempre vemos nos filmes, não imaginei como seria também, apenas… Não esperava. Nós vemos aquelas cenas em filmes e pensamos que aquilo ali na televisão é apenas uma representação ilusória de algo real, mas era real, como em um filme. Caminhei até perto de uma mesa, onde vi a Debrah sentada, terminando de tomar os seus remédios que uma das enfermeiras tinha acabado de deixar ali, concentrada em terminar de tomar todos, e eram muitos.

Megan - Ei. (Eu disse baixo e sem jeito chamando a atenção dela pra mim e o que veio a seguir foi realmente estranho e inesperado da minha parte.)

Debrah - Você veio. (Ela disse empolgada pulando da cadeira e vindo me abraçar como se fosse a minha melhor amiga, e como se não me visse há anos, fui pega de surpresa realmente, não esperava por isso de jeito nenhum, mas mesmo assim, retribuí o abraço na mesma intensidade que ela me abraçava.)

Megan - Eu prometi a você que viria, te dei a minha palavra, eu não quebraria a minha promessa. (Eu disse calmamente e sorrindo minimamente pra ela assim que nos soltamos do abraço. Nos sentamos à mesa onde ela estava antes logo depois da enfermeira sair, mas não ficar muito longe de nós, mesmo pedindo, ela não poderia nos deixar completamente sozinhas, eram regras a serem cumpridas.)

Debrah - Meu Deus do céu, você está tão… Redonda. (Ela disse com humor me fazendo rir levemente também, não sei realmente o que eu esperava da reação dela ao me ver grávida.)

Megan - Você já sabia que eu estava grávida não é? (Eu perguntei percebendo que ela não estava lá muito surpresa, ela não parecia nada surpresa pra falar a verdade, pelo menos não como fato de que eu estava grávida e sim pelo meu tamanho, ela já sabia disso. Ela assentiu com a cabeça levemente, sorrindo sem mostrar os dentes.)

Debrah - Mas não me lembro quantos meses você já tem, creio que seja mas de cinco não é? É difícil contar os dias aqui dentro, chega uma hora que você só cansa de contar o tempo e decide deixar pra lá, afinal de contas vai ter que esperar mesmo. (Ela disse dando de ombros.)

Megan - Já são seis meses. (Eu disse calmamente, me sentindo envergonhada por não ter vindo visitá-la antes, mas não foi realmente minha culpa, eu tinha tentado, realmente eu tinha, depois de todo o processo na justiça, eu tentei vir, várias vezes.) Eu sinto muito por não ter vindo antes, é só que… (Eu comecei a falar, mas não consegui terminar, ela me interrompeu antes.)

Debrah - Eu sei, não tem problema. Sei que só… Familiares estavam autorizados até a pouco tempo. (Ela disse olhando para as próprias mãos em cima da mesa.) Mas você sabe como é… (Ela deu de ombros tentando parecer que não se importava, mas ela sentia isso e eu podia perceber, era doloroso para ela falar sobre isso.) Não tinha ninguém para vir. (Sua voz era cortante, fazia meu peito doer. Estique as mãos em cima da mesa segurando as dela e a fazendo olhar pra mim.)

Megan - Você tem uma agora… Se você quiser, se você deixar. (Eu disse, da maneira mais sincera que eu pude, a vi me olhar como se estivesse tentando absorver o que eu havia falado e logo sorriu minimamente de lado.)

Debrah - O que você está realmente tentando me dizer? (Mesmo confusa com a pergunta, ela não deixava de sorrir, feliz com as minhas palavras.)

Megan - Na verdade estou tentando é te perguntar alguma coisa… Você não tem obrigação nenhuma e aceitar, mas quero que você seja madrinha do meu bebê. (Ela puxou as mãos rapidamente me olhando estarrecida, com os olhos arregalados e a boca entreaberta, como se tivesse tomado um susto com a pergunta que eu tinha feito, não consegui realmente distinguir qual era sua expressão e isso me fez ficar nervosa com a situação.)

Debrah - Vo… Vo… Você está me pedindo mesmo isso? Depois de tudo o que aconteceu. (Ela perguntou parecendo completamente sem chão, pressionei os lábios um contra o outro e assenti levemente com a cabeça, mesmo sentindo um pouco de medo, querendo ou não, era tudo muito recente e eu ainda tinha medo de que algo muito ruim pudesse acontecer novamente, mesmo sabendo no fundo que não era isso que aconteceria.) Mas… Mas como você me pede uma coisa dessas? (Ela disse respirando fundo e com as sobrancelhas franzidas, achando tudo aquilo um absurdo.) Megan, você não tem que ter pena de mim, não tem que fazer nada por mim, por que… Faz isso? (Ela parecia confusa novamente, como se realmente tentasse entender.)

Megan - Eu não tenho pena de você Debrah, só quero ser a oportunidade que você não teve, de ser alguém melhor que pode ser, que eu sei que você pode. (Ela me olhou suspirando e ainda com as sobrancelhas franzidas tentando absorver as coisas.) Não é pena, é compaixão, quero mesmo que esteja por perto, quero mesmo que seja a madrinha. (Dessa vez eu disse mais séria a vendo me olhar sem muita expressão, apenas… Surpresa, ao que tudo indicava.)

Debrah - Hum… (Ela exclamou engolindo seco e… Começou a rir novamente, parecendo não acreditar até aquele momento que eu realmente estava lhe perguntando uma coisa daquelas. Ela mordeu os lábios e começou a chorar ao mesmo tempo em que estava rindo, balançando a cabeça desesperadamente, ainda sem acreditar.) Eu aceito sim, é claro que eu aceito. (Sorri de lado me levantando de onde eu estava e me sentei ao seu lado a abraçando.)

Megan - Eu quero que você faça parte da minha família. (Eu disse praticamente sussurrando enquanto a abraçava, e senti ela me apertar mas contra seu corpo.)

Todo aquele processo havia sido muito doloroso e cansativo, tive que contar ao juiz e mas não sei quantas pessoas a mesma história várias e várias vezes, foi realmente desgastante todo aquele processo. Algumas pessoas não acreditaram que eu simplesmente tinha perdoado ela, me viam como alguém que… Eu não sei, uma heroína? Mas não era assim que eu me sentia, não podia ser comparada a uma, não podia ser chamada de uma, não era bem assim. Mesmo que ela tenha me feito passar por tudo aquilo, eu não consegui a odiar, saber a verdade sobre tudo era como se eu pudesse enxergar a verdade, como se alguém me mostrasse que as coisas eram muito mais do que pareciam ser, foi impossível não me colocar no lugar dela, e estando no lugar dela… Eu não sei se agiria diferente ou da mesma maneira, não poderia responder a isso, por esse mesmo motivo eu não conseguia sentir raiva dela, por que eu poderia ter feito a mesma coisa. Então não era nenhum ato heroico ajudá-la ou perdoá-la, era questão de humanidade, isso era ser humano.

Como tempo as coisas foram melhorando e como prometido, eu fui visitá-la, todos os dias, sem faltar nenhum, mesmo que eu tivesse algum compromisso, ou tivesse que ir ao médico para algum exame ou qualquer coisa do tipo, eu não deixava de ir visitá-la. Por várias vezes já tinha acabado o horário de visitas e eu chegara atrasada, mas as enfermeiras já estavam se acostumando comigo indo frequentemente lá e acabavam me deixando entrar, diziam que as minhas visitas faziam com que ela melhorasse mas rapidamente, que era como se fizesse parte do tratamento dela. Dias foram passando, semanas e meses, eu já realmente não conseguia ver nenhum resquício da antiga Debrah naquela pessoa a minha frente, ela parecia bem, saudável, curada.

Castiel - Tem certeza de que está tudo bem? (Ele perguntou preocupado me abraçando de lado, passei as mãos por cima da barriga respirando fundo e encolhendo os pés pra cima do sofá.)

Megan - Tenho, tenho sim, é só uma contração. (Eu disse reclamando da próxima que tinha vindo, elas estavam ficando cada vez mais frequentes, por que a qualquer hora eu poderia dar a luz.)

Castiel - Tem certeza de que não precisa ir ao hospital? (Ele perguntou preocupado mais uma vez, me vendo respirar rapidamente tentando não sentir tanta dor.)

Megan - Tenho Cast, está tudo bem vamos só terminar de assistir ao filme ok? (Eu disse tentando aparentar calma e bem, mas na verdade eu estava com tanta dor que estava quase desmaiando ali.)

Eu já nem sei o que estava acontecendo naquele filme que nós estávamos assistindo, eu já não conseguia mas prestar atenção, estava com contrações fortes, engolindo seco e mordendo os lábios fortemente para não demonstrar o quanto de dor eu estava sentindo, eu não queria preocupá-lo mais do que ele já estava. Castiel era do tipo que levava café na cama pra mim e me perguntava a cada 3 segundos se eu precisava de algo ou se estava sentindo dor, adorava o jeito preocupado dele, mas isso também me deixava preocupada, ele quase não dormia direito, e ele realmente precisava.

Castiel - Sério Megan, tem certeza de que você não precisa ir ao… (Não deixei que ele terminasse de falar aquilo e o interrompi antes que terminasse.)

Megan - Cast, relaxa pelo amor de Deus. (Eu disse com humor.) Se eu precisar de alguma coisa, pode ter certeza de que eu vou falar com você ok? Agora pelo amor de Deus, se acalme. (Eu disse rindo, mas isso não durou muito, por que logo eu reclamei de dor novamente, dessa vez, bem mais forte, do tipo que eu não consegui fingir que não estava sentindo, impossível esconder isso.)

Castiel - Ai meu Deus, Megan, quanto tempo de intervalo entre as contrações que está tendo? (Ele perguntou me segurando pelos braços enquanto eu sentia dor e não conseguia lhe responder por alguns segundos.)

Megan - 4 minutos. (Eu disse resmungando.)

Castiel - Vamos pro hospital. (Ele disse sério e eu assenti com a cabeça. Ele me ajudou a levantar com cuidado, foi a conta de eu estar em pé e senti uma grande quantidade de líquido descendo pelas minhas pernas desesperadamente, ele olhou pra baixo também percebendo que a minha bolsa tinha estourado.) Agora nós tempos mesmo que ir para o hospital. (Ele disse tentando parecer calmo, mas a verdade era que ele estava tão desesperado quanto eu.)

Acho que nunca fizemos o caminho até o hospital tão rápido, eu estava achando que eu ia desmaiar de tanta dor, parecia que eu ia morrer, estava me rasgando por dentro, estava me sentindo fraca, era uma dor horrível. O médico me orientou o que eu devia fazer e como eu deveria fazer, mas o problema foi que… Eu não estava com dilatação o suficiente, eu tinha que esperar mais um pouco até que estivesse pronta, Castiel estava comigo o tempo todo, segurando a minha mão, ao meu lado.

Viktor - Vamos lá Megan, está na hora de conhecer a sua pequena. (Ele disse entrando na sala com a equipe, já de máscara e se colocando no meio das minhas pernas.) Eu sei que está com dor e está se sentindo fraca, mas preciso que empurre o máximo que puder quando eu pedir ok? Depois você vai poder descansar. (Eu assenti ofegante e suada, já não estava aguentando mas.) Vamos Megan, empurre agora, com bastante força. (Ele disse rapidamente.)

Se antes eu achei que estava sentindo dor, isso não era nada, agora sim parecia que eu ia morrer e que estava sendo rasgada no meio. Mas não era a única com dor aqui, apertei tanto e tão forte a mão do Castiel do meu lado, que com certeza deve ter doído, mas ele não reclamou, apenas continuou ali, conversando comigo, mesmo que eu não estivesse conseguindo entender muito bem o que ele falava comigo, ainda assim era bom ouvir a sua voz. A dor era intensa, mas depois de algum tempo ela parou me fazendo amolecer em cima da maca e logo eu escutei um estralo molhado e um choro inundou a sala. Vi um pacotinho cor de rosa, pequeno nos braços de uma das enfermeiras da sala vindo na minha direção e foi impossível não começar a chorar quanto ela me entregou nas minhas mãos.

Megan - Cast, olhe pra ela Cast, ela não é linda? (Eu disse com a voz chorosa e sentindo que eu estava quase dormindo. Ele passou a mão pelo meu rosto colocando uma mecha do meu cabelo para atrás da orelha e sorrindo pra mim.)

Cast - É sim, ela é sim, nossa filha é tão linda… Como a mãe. Agora eu posso dizer que eu amo duas mulheres. (Ele disse sorrindo me fazendo chorar ainda mais.)

Viktor - Preciso que você aguente mais um pouco acordada Megan, precisa alimentar sua filha. (Ele disse retirando a máscara do rosto e vindo na minha direção. Era uma sensação estranha, eu a coloquei da maneira como o médico me ensinara e era possível escutar ela sugando o leite, era um pouco dolorido, mas nada tão ruim quanto a dor que eu já tinha sentido agora a pouco. Durou algum tempo até que eu a alimentasse e entregasse-a ao Castiel, que estava ansioso para segurá-la.)

Castiel - Pode ir descansar agora meu bem, eu sei que você precisa. (Ele disse assim que a pegou dos meus braços, e foi quase que automático, meu corpo pedia e implorava por descanso, senti os meus olhos se fecharem e eu apaguei.)


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...