Capítulo 3— Um convite para idiotice
— Aí, meus ovos! — praticamente eu rolava no sofá da minha sala, segurando os meus preciosos que havia acabado de receber uma quadrada.
— Isso é que se dar ficar de safadeza, Sesshoumaru! — Inuyasha aparece com uma bolsa de gelo, imediatamente pego para colocar no local da dor.
Estava sentado no sofá da minha casa, após tentar andar de bicicleta e acabei deslizando o meu pé do pedal, fazendo minhas bolas bater com tudo no ferro da bicicleta.
— Cala boca, seu hanyou idiota! Por acaso andar de bicicleta é alguma safadeza? — Questionei observando Inuyasha sentar no outro sofá e conter o sorriso zombeteiro.
— Quase sair uma gemada!
— Inuyasha, não teste a minha paciência! Quero aprender tudo que essa civilização tem para nos oferecer.
— Hum! Penso que acredito! O todo-poderoso Sesshoumaru, que só anda de carro e não usa a habilidade de flutuar por regras, querer agora aprender a andar de bicicleta por livre espontânea vontade. Sei! Tu deve está morrendo de ciúmes por ver o Bankutsu ensinando a Rin.
Tentei disfarçar o incômodo no peito após ouvir toda a verdade. Realmente não gosto de perder e sabendo que esse Bankutsu poderia conquistar a Rin, meus nervos contraíram de inquietações e vontade de matar aquele desgraçado.
Faz duas semanas que conheci a Rin e não nego como estou encantado por ela. Contudo, descobrir a existência de outros machos a sondá-la e temo terem recebidos o mesmo efeito que meu coração ao olhar para ela.
Tudo aconteceu na sexta-feira passada que precisei ir ao templo dos Higurashi buscar Inuyasha para irmos à empresa pegar a documentação da auditoria. O sol poente dava o contraste e assim que parei o meu carro, travei o maxilar em ver um moreno muito bonito, segurando na garupeira da bicicleta enquanto uma miúda humana tentava se equilibrar na direção.
Ela sorria e conversava com ele tão amavelmente que fiquei enfurecido.
“Muito bem, princesa! Está de parabéns!
Obrigada, Ban! Você é um amor!”
Miserável, quase soquei o vidro do carro, mas Inuyasha havia acabado de entrar, sentando no banco carona e interceptou o movimento.
— O que deu em você hein, Sesshoumaru? Kagome que pediu o vizinho para ajudar a Rin aprender a andar de bicicleta! Deixa a menina ser feliz, ela não é sua propriedade!
Inspiro e expiro contando até dez para acalmar a fúria crescente em meu peito, ligando o carro deixo o local, mas não deixando de olhar pelo retrovisor e gravar toda a cena.
Queria esse sorriso só para mim!
Devo estar ficando é caduco!
Aquele toque labial que nem considero beijo que tentei com ela, ardia a minha pele até hoje. Poderia recusar essas sensações e ficar com qualquer outra mulher, mas não quero, preciso descobrir o que aquela mocinha tão miúda tem.
Volto ao meu estado dolorido e falo:
— Mande o Jaken comprar rodinhas para colocar na bicicleta… — não sei o que está acontecendo comigo, mas parece que sou um palhaço que arranco risadas das outras pessoas. Inuyasha jogou as costas no encosto do sofá e gargalhou novamente.
— Olha para o teu tamanho, dois centímetros para dois metros de altura e vem com “manda o Jaken comprar rodinhas para bicicleta”!
Ignorei Inuyasha e enfiei logo a bolsa de gelo em contato com os meus preciosos.
— Garanto que tu farias o mesmo para conquistar a Kagome!
Maldita a hora que abrir a boca para revelar a Inuyasha.
— Então quer dizer… tu está apaixonado pela Rin?
Paralisei, não esperava ouvir essa pergunta. Acho um pouco pesado dizer apaixonado, apenas estou curioso para desvendar aqueles olhos graúdos e domar aquela onça.
— Não diga bobagem! Ficar com ela passou a ser pessoal, ninguém negas a este Sesshoumaru!
— Quer saber, vai se foder com o teu orgulho!
Arqueio a sobrancelha pela agressividade do hanyou que sai da minha casa furioso. Dou de ombro e volto a olhar para a parte interessante que são o meus saco.
[…]
Segunda-feira chegou e com ela veio os estresses da rotina da empresa. Acordo cedo e após um banho revigorante, pego minhas vestes formais e saio para o trabalho.
Habituada a minha pontualidade, Kagura que trabalha para mim a décadas, deixa todo o meu posto de trabalho com os documentos, abastece o minie barzinho e sempre providencia uma bandeja de guloseimas, incluindo de doces a salgados para beliscar.
Ela é bem discreta e assim como eu, sua natureza não é humana. Possui poderes sobrenaturais e seu controle é o domínio do vento. Além dessa habilidade, Kagura possui atributos chamativos, contudo o principal em nosso convívio era o relacionamento profissional.
Em razão do profissionalismo, precisamos às vezes sair para almoçar devido à demanda no horário de trabalho não suprir.
Era meio-dia, levantei da poltrona, peguei o celular e a pasta. Assim que sair pela porta da minha sala, Kagura encontrava-se de pé, vestia um conjunto social na cor marsala e seu cabelo estava preso em um coque elaborado.
— Revisaremos o contrato dos árabes.
Ela falou qual era a temática, e se juntou a mim no elevador que daria o destino ao térreo, enquanto balancei a cabeça positivamente para confirmar o teor a ser discutido.
Basicamente o restaurante ficava do outro lado da rua e de frente para a empresa. Não demora, somos guiados até a mesa pelo garçom que anotou os nossos pedidos e saiu para providenciar.
— O senhor gostaria de acrescentar ou pontuar quais cláusulas do contrato?
Kagura terminou de perguntar e pegou a taça de vinho branco para degustar.
Puxei o fôlego organizando a minha mente, foi quando o ar que invadiu meus pulmões capturaram um odor doce, fazendo-me mover a cabeça para o lado oposto e vê-la.
Rin estava sorrindo, enquanto conversava com Kagome e o tal Bankutsu!
Imediatamente nossos olhares se cruzaram e a feição alegre do rosto jovem, deu lugar a um de confusão. Eu não queria que ela pensasse algo de eu estar envolvido com outra mulher. Seria horrível causar esse desconforto nela.
Sentir o frio na barriga aumentar e engolir a seco no exato momento que vejo a miúda humana, machar em minha direção.
— Kagura, não estive aqui!
Em supetão, deslizo da cadeira para o chão, fico de quatro apoio e saiu dali o mais rápido que consigo. Havia ganhado ponto e perdido com Rin devido a minha safadeza de tê-la beijado. A humana estava irritada comigo desde então e agora me ver com uma mulher, estou lascado.
Mas não tenho nada com ela!
Mas essa exposição pode te prejudicar. A minha fera alerta.
Do lado de fora, suspiro aliviado de ter finalmente conseguido me livrar de algum chilique, porém acabo lembrando que deixei o meu celular em cima da mesa.
— Droga! Tenho que voltar lá, estou esperando um telefonema importante.
Não dou três passos, vejo Kagura surgir toda eufórica, com os braços para cima enquanto sua cabeça saia fumaça.
Em velocidade surpreendente, minha secretária desaparece do meu campo de visão, deixando apenas o rastro de fumaça, fazendo uma interrogação surgir na minha mente, contudo, não demorou essa dúvida, pois a porta do restaurante abre novamente e por ela, a humana surge segurando um balde.
Eu já estava era longe, não iria arriscar receber algum impacto nas minhas bolas ou ter os meus lindos cabelos queimados.
Mulher ciumenta é fogo!
Depois mando um buquê de rosas para ela e um cartão explicando a situação. Segundo os românticos esse mimo aquece os corações.
Distante, ouço a humana falar com a prima:
— Apenas iria ajudá-la a apagar o fogo e dizer que esqueceu o celular sobre a mesa. O que deu neles?
— Deixa que o Inuyasha entrega. Mas foi hilário o momento que o senhor esconde a bituca do cigarro no cabelo dela.
— Kagome! Coitada, deve ficar um buraco!
— Largue de ser tola, ela é youkai.
— Mesmo assim! Errado foi o senhor acender o cigarro dentro do restaurante.
— Concordo, mas foi emocionante.
— Você não presta. Bem capaz de ter aprendido com o Inuyasha.
— Oh! Rin! Tu ficaria pasma se ouvisse as trambicagem do irmão dele.
— Como assim?
— Sesshoumaru de santo só tem o rostinho bonito.
— Conte-me mais!
Agora estou lascado com a língua ferina de Kagome!
Coloquei a mão no poste e puxei o fôlego preparando os meus tímpanos para ouvir o diálogo das duas, mas não demora sinto uma mão tocando o meu ombro. Procuro a pessoa e dou um pulo para trás.
— Que merda, Kagura! Isso é hora de me assombrar!
A mulher estava ao meu lado com os cabelos todo desgrenhados, parecia que havia tomado choque elétrico em voltagem mil por segundos.
Kagura arqueou a sobrancelha e fez o bico.
— Esqueci a minha bolsa lá! Preciso ir ao salão resolver isto aqui! — ela apontou para os fios torrados.
Tossir o nariz pelo incômodo do cheiro de cabelo queimado e tentando bolar alguma ideia para não voltar naquele restaurante.
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