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História Lendas de uma Nova Era - Despertar - História escrita por ZOUKY-CHAN - Spirit Fanfics e Histórias
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História Lendas de uma Nova Era - Despertar


Escrita por: ZOUKY-CHAN

Notas do Autor


Todos os Cavaleiro da Saga clássica irão aparecer!
Mesmo sendo baseada na Saga Clássica, esta é só uma fic. Algumas mudanças, criações e adaptações foram feitas, na história e nos personagens.

*Essa história começa antes do Seiya derrotar Cassius e conquistar a Armadura de Pégasus.

Capítulo 1 - Despertar


Fanfic / Fanfiction Lendas de uma Nova Era - Despertar

O homem entrou no aposento. Depositou com cuidado o corpo nu e inerte da menina sobre a cama. Virou-se para o homem atrás de si, que o observava, e ajoelhou-se diante dele.

- Missão cumprida, Mestre. Aqui está ela.

O Mestre tocou em seu ombro, fazendo um gesto para que ele se levantasse.

- Se me permite perguntar, Mestre... Quem é ela?

O Mestre, por trás da máscara, sorriu.

- Saberá quando for chegada a hora. Todos saberão. Agora, deixe-nos.

A voz do Mestre não era ríspida, porém, não admitia ser contrariada. Cada ordem sua deveria ser obedecida sem hesitação.

O homem, porém, parou e o encarou antes de deixar os aposentos.

 

Havia recebido ordens para ir até uma das muitas praias do litoral da Grécia, próxima ao Santuário, e levar até o Mestre aquela que seria trazida pelas águas.

O mar estava cinzento e revolto, refletindo o céu tempestuoso. Ele aguardava, vigiando as ondas que quebravam, a espuma misturando-se à areia branca. Um raio cortou o céu e, com um imenso clarão, jogou algo sobre o mar. Não sabia o que era, até ver um corpo ser arrastado até a beira da praia.

“Sim. Só pode ser ela!”

Por que ele, Misty, um Cavaleiro de Prata, um dos Sagrados Cavaleiros de Athena, fora mandado para buscá-la?

“- É uma missão sigilosa.” – disse-lhe o Mestre, que o chamara pessoalmente “- Jamais deve revelar a ninguém sobre essa jovem que trará a mim.”

Sentiu-se honrado pela confiança que o Mestre depositara nele, mas gostaria de ter mais informações. Afinal, ser mandado à uma praia, para encontrar uma garota que o Mestre não lhe revelara como era, ou como iria surgir, não lhe pareceu um desafio digno de seus poderes.

Ao vê-la, porém, parou, estarrecido. Seu corpo nu, pálido e molhado, jovem e belo, era para ele a exata imagem da perfeição.

“Será ela um anjo caído, o mais belo dos Anjos, enviado à Terra por Deus?”

Tirou-a do mar, tomando-a em seus braços.

O Santuário achava-se mergulhado no mais completo silêncio. Por sorte – ou por algum truque do Mestre – não encontrara ninguém em seu caminho. Nem mesmo os habituais guardas, que Misty nunca soubera para que serviam, ou nenhum dos Guardiões Dourados, que ele sabia que protegiam o Santuário, mas raramente eram vistos, a menos que quisessem.

Descia agora as escadas que levavam ao Templo do Mestre, onde ninguém, exceto os Guardiões Dourados, tem permissão de ir, a menos que seja solicitado, passando pelos 12 Templos dos Guardiões, onde, em nenhum deles, via-se ou ouvia-se qualquer movimento.

Sentou-se na escadaria abaixo do Templo de Áries, que dava acesso ao Grande Círculo das 12 Casas, um território sagrado no Santuário.

Gostaria de poder ter ao menos uma resposta do Mestre. Tinha de descobrir quem era ela.

Ainda podia senti-la em seus braços, seu corpo macio e gélido, molhado e melado pelas águas do mar, como alguém que acaba de fazer amor, as coxas grossas em suas mãos enquanto a carregava, e não podia conter seus pensamentos impuros de desejo e luxúria.

Por que ele? Logo ele, que sempre tivera tanto orgulho de si por sua beleza, graça e poder. Seu corpo bem-feito, seu rosto de anjo, de traços delicados, seus cabelos dourados, longos e ondulados, uma beleza angelical, mas que escondia sua imensa força e poder. Logo ele, tão certo de ser o ápice da perfeição divina, fora mandado de encontro a um ser cuja beleza e perfeição eram algo que nenhum ser humano seria capaz de descrever.

Precisava saber quem era aquela que, mesmo desacordada, fora capaz de mexer tanto com seu coração e seu corpo, despertando-lhe desejos que nunca antes mulher ou homem algum conseguira despertar.

Sabia, porém, que jamais poderia possuí-la. As leis de Athena eram rigorosas a esse respeito, e seus Cavaleiros lhe deviam esse sacrifício, para que fossem puros de corpo e alma, como sua Deusa.

 

______________________________________________________________________

 

 

Sozinho em seu aposento, o Mestre a contemplava.

Sim. Era ela.

Podia sentir seu Cosmo, seu imenso Poder, que, mesmo desacordada, a fazia brilhar no Plano Astral, como uma chama na escuridão. Um Poder que agora seria dele.

Sim! Aquela que tanto esperara agora vinha a ele. Depois de tanto tempo, sua espera chegara ao fim, e ele a teria, e usaria seu Poder para seus propósitos.

Aproximou-se, observando-a, o corpo estendido em sua cama. Com uma das mãos tocando o ventre da menina, e outra acima dos seios, sobre o coração, dois de seus Chakras principais, e, elevando sua energia vinda do Cosmo, liberou seu imenso Poder dento dela.

O choque foi tão intenso que ela gritou, arqueando seu corpo e elevando-se alguns centímetros acima da cama, caindo de volta logo em seguida, violentamente, deixando a cabeça pender para o lado, seu belo rosto agora voltado para ele.

O Mestre sorriu. “Pronto! Está feito!” Ele a havia dominado com seu golpe Ela agora era dele. Pertencia a ele, e seguiria cada uma de suas ordens. Era como uma arma, de imenso Poder. A sua arma secreta contra os inimigos do Santuário.

Sua beleza seria a chama que os atrairia, e seu Poder os destruiria.

Olhava seu corpo nu, com desejo e cobiça, contornando com as mãos as curvas de suas pernas bem torneadas, sua cintura, seus seios... Sim... sabia das Leis do Santuário... Mas afinal, ele era o Grande Mestre. Estava acima de algumas leis.

 

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Acordou assustada, sem conseguir respirar, com a sensação de estar se afogando. Virou-se para o lado e sentiu o espasmo da água deixando seus pulmões e jorrando por sua boca. Ainda sentia o cheiro da maresia, que a enjoava, e seu corpo expeliu mais água.

Sentou-se, passando a mão pelos cabelos. Não soube então dizer se fora real, ou apenas um pesadelo, mas seu corpo ainda tinha a sensação de ser arrastado pelo mar.

Agora, porém, encontrava-se em uma cama desconhecida, bastante confortável, sua cabeça afundando em um travesseiro macio, em um cômodo fracamente iluminado pela luz do luar que atravessava a pequena fresta aberta na cortina da janela. Tudo tinha um cheiro aconchegante de incenso.

Uma porta abriu-se e por ela, um brilho dourado e cegante invadiu o quarto, ofuscando-lhe a visão. Ao aproximar-se dela, o brilho diminuiu, e ela pode ver que era um homem, que reluzia, como se um raio de Sol iluminasse o quarto como se fosse dia.

Só então ela deu-se conta que estava nua, e cobriu-se com o lençol que puxou da cama.

- Q... quem é você? Que... lugar é esse?

Ela estava assustada, mas não conseguia desviar os olhos daquele estranho homem.

Grande, ombros largos, muito musculoso e forte, embora possuísse algo de muito delicado, quase feminino, em seu corpo.

Vestia uma longa capa branca, de tecido muito fino, por cima de uma túnica azul-escura, com detalhes em vermelho e dourado. Longos cabelos azulados e escuros lhe caiam quase até a cintura, e tinha o rosto coberto por uma máscara branca, com riscos escuros nos olhos, e detalhes dourados.

A luz do luar era pálida e fraca diante do brilho que aquele homem emanava, e ela percebeu que ele era a única fonte de luz no aposento. Aproximou-se e sentou-se ao lado dela, com gestos íntimos, como de um amante.

- Chame-me apenas “Mestre”. E você, minha pequena, está no Sagrado Santuário da Grande Deusa Athena.

Ela não podia ver seus lábios se movendo sob a máscara, e sua voz, forte como um trovão, e doce como uma brisa parecia ecoar direto em sua mente.

- Santuário... de Athena? – ela não fazia idéia do que ele podia estar falando.

- Sim. A Grande Deusa Athena, a Deusa da Sabedoria que, desde de as Eras Mitológicas, protege a Terra contra o Mal, ajudando aqueles que lutam pelo Bem Maior da Humanidade. Ela renasce na Terra a cada 200 anos, e todos que aqui vivem devotam a vida a servi-la e protegê-la. E ela a enviou, minha bela, para nos guiar na luta contra o Mal que agora ameaça a Terra.

Ela o olhava, confusa. Tentava lembrar-se de algo, de como chegara até ali, e então deu-se conta de que não lembrava nem ao menos quem era, nem seu próprio nome. Suas lembranças eram como um grande vazio. Tateou o próprio rosto, tentando reconhecer-se, mas não conseguia e, escondendo-o entre as mãos, não conteve o choro.

O Mestre abraçou-a, aconchegando-a em seu peito, como quem consola uma criança.

- Não chore. Deve estar confusa agora, sentindo-se perdida – suas lágrimas molhavam as vestes do Mestre – Mas Athena a enviou para nós, e aqui será o seu lar, agora. Irei chamá-la de Nicke, a Vitória, a mão direita de Athena. A Vitória que está ao lado da Sabedoria, dos Bons e dos Justos.

Ela ainda estava assustada, mas, de alguma maneira, aquele homem, algo em sua maneira de falar, em sua Aura reluzente, a fazia confiar nele. Era como se algo nele a atraísse, a chamasse, clamasse por ela, como um imã.

Ela sentia uma energia muito forte e calorosa vinda dele. Ele tocou em seu rosto. Suas mãos eram muito fortes e firmes, mas muito macias, e quentes, e apesar de toda a força que possuíam, ele a tocou com uma delicadeza infinita, como se tocasse uma boneca de louça, temendo quebrá-la.

A porta abriu-se novamente e a luz artificial de uma lâmpada foi acesa.

Era um quarto amplo, claro, o piso de mármore, de cor marfim. Na grande janela, uma cortina vermelha, de tecido aveludado. A cama onde estava era grande, de madeira clara e maciça, com um lençol muito branco, coberto por outro, vermelho, que agora cobria a menina.

- Ela acordou, Mestre?

Um homenzinho, baixo e corcunda, de rosto largo, vestido com um manto semelhante ao do Mestre, porém marrom, apenas com alguns detalhes dourados, os cabelos escuros e cheios, um tanto desgrenhados, e olhos amarelados.

- Sim, Gigars – o Mestre levantou-se – E eu deveria castigá-lo por invadir dessa maneira meus aposentos.

- P-perdoe-me. Por favor, perdoe-me, Mestre. – disse o homem, abaixando a cabeça, ajoelhando-se.

- Levante-se, Gigars. Já pegou o que eu o mandei buscar?

- Sim, Mestre. Já deixei onde ordenou.

- Venha, minha bela – disse o Mestre, virando-se para a menina – Por hora, precisa de um banho para aquecer-se. Irá sentir-se melhor. Depois irei contar-lhe tudo que precisa saber. Não há nada a temer. Venha.

O Mestre estendeu-lhe a mão, e a fez levantar-se. Seu corpo estava dolorido, e sentia frio. O lençol que a cobria escorregou, caindo a seus pés, revelando as curvas de seu corpo.

- Por Athena! Como ela é linda!

- Saia, Gigars! É uma ordem! E jamais ouse pôr seus olhos sobre ela novamente... ou irei arrancá-los com minhas próprias mãos.

- S-sim, Mestre. Com licença. – disse, fazendo uma reverência ao Mestre, não resistindo a olhar a curva das nádegas bem torneadas da menina enquanto se abaixava. Antes que fosse repreendido novamente, retirou-se, e o Mestre, ainda segurando a mão da menina, conduziu-a a outro cômodo, ao lado do quarto.

Um banheiro, todo de mármore claro como o do quarto, com detalhes dourados. No chão, grande como uma piscina, uma banheira estava pronta para ela. O cheiro delicioso dos sais tomava conta do ambiente, e ela podia ver os vapores exalados pela água, que borbulhava, repleta de pétalas de rosas.

Ela sentiu um arrepio percorreu seu corpo quando o Mestre tocou em seu ombro, sua proximidade quente.

- Irei deixá-la, para que fique a vontade. Quando sair, estarei a sua espera.

Saiu, fechando a porta atrás de si, deixando-a sozinha.

Tentava entender o que significava tudo aquilo. “Santuário de Athena...” Que tipo de lugar era aquele? O que ela estaria fazendo ali? Por que não conseguia lembrar-se de nada? E... por que não conseguia tirá-lo da cabeça?

O Mestre... Seu porte altivo, a voz, que ainda ecoava em sua mente, seu toque... Aquela máscara... Por que a usava? Quem seria o homem por trás dela? Ele a assustava. Ficou imaginando como seria seu rosto. Parecia ser mais velho que ela, mas... afinal, quantos anos ela teria? Era tudo tão estranho... Mas ainda assim, não conseguia parar de pensar nele.

Assim que entrou na água aquecida sentiu seu corpo relaxar. Deixou-se ficara ali por alguns minutos, mergulhada na banheira, desejando que aquela água clareasse sua mente.

Ao sair, vestiu roupas que haviam sido dispostas para ela, em uma bancada de mármore, ao lado do lavatório. Uma túnica em estilo grego, branca, com detalhes dourados na barra, nos ombros e no decote, transpassada por uma tecido vermelho, que caía por sobre os ombros até a altura da cintura. Havia também um par de sandálias, em estilo grego, dourada, trançada até os joelhos.

Penteando-se, olhou-se no espelho pela primeira vez. Aquele belo rosto, muito jovem, de traços muito finos, os cabelos longos, negros, lisos e brilhantes, os olhos de um azul muito claros eram completamente desconhecidos. Pareciam pertencer a uma estranha. Como podia não lembrar-se de si mesma? Mas ao menos agora podia ver-se.

Ao sair, encontrou o Mestre, de pé ao lado da cama. Uma refeição estava servida, posta em uma bandeja em cima de uma pequena mesa, no quarto. Ao sentir o cheiro, a menina percebeu o quanto estava com fome. Não se lembrava... talvez não comesse a dias...

- Por quanto tempo eu fiquei...

- Desacordada? Quatro dias, minha querida. Deve ter fome. Sente-se.

A um movimento do Mestre, a bandeja foi suspensa no ar, vindo em sua direção.

Ele a observava comer com gosto. Mas o que ela realmente desejava eram respostas.

- Disse que Athena enviou-me aqui, mas... como? Para que? Por que não consigo me lembrar de nada...?

- Athena deve tê-la trazido de algum lugar bem distante no Tempo e no Espaço. Essa travessia deve ter afetado sua mente, apagando o seu passado. É como se renascesse, aqui e agora, minha bela.

- Mas... não voltarei a lembrar...?

- Isso, só o tempo poderá dizer. Aqui agora será o seu lar.

- O que... exatamente... é o Santuário?

- Venha comigo. Irei mostrar-lhe.

E, levantando-se, segurou sua mão.

- Desde as Eras Mitológicas, Athena escolhe seus Sagrados Cavaleiros, seus Santos Guardiões, para lutar em seu nome pelo bem da Humanidade. Sempre que a Paz é ameaçada, Athena e seus guerreiros ressurgem na Terra.

Ele ia explicando, enquanto saiam do quarto, passando por um imenso corredor.

- E Athena... ressurgiu?

- Sim. Ela encarnou nesta Terra, em toda sua Glória e Poder.

- E onde ela está?

- Irá revelar-se ao mundo, em seu devido tempo. Por hora, eu, como Mestre de seu Santuário, sou encarregado de falar em seu nome, seguindo suas ordens.

Chegaram a um grande Salão, amplo, com o chão do mesmo mármore claro. No centro, havia uma enorme mesa, redonda, também de mármore. Ao fundo, um trono, alto, de madeira escura, , com forro vermelho.

- Aqui é o Salão do Mestre, onde se reúnem os Doze Cavaleiros de Ouro, os principais Guardiões de Athena.

- E quem são esses Guardiões?

- São os Santos Guerreiros, escolhidos por Athena para lutarem a seu lado. São dotados de grande força e poder, honra, coragem a sabedoria. Jovens escolhidos por demonstrarem certos dons, e  desde muito pequenos treinam para desenvolvê-los, e lutam para terem a honra de se tornarem Cavaleiros.

Chegaram a outra sala, menor, como um hall de entrada, completamente vazia. O Mestre ainda conduzia pela mão enquanto caminhavam, saindo por uma porta.

Sentiu o ar fresco da noite em seu rosto, o vento a brincar nos seus cabelos, e viu uma enorme Lua Cheia desenhada no céu estrelado.

Ela olhou para trás, e viu o local de onde saíram. Um templo grego, grande, alto, esplendoroso. Abaixo, uma escadaria que descia até outro templo, similar, porém menor, e a escadaria seguia por entre outros templos iguais. Todos eles, iluminados pelo luar, emanavam um brilho dourado, intenso e quente, que parecia elevar-se aos céus.

- Aqueles são os Doze Templos Sagrados, guardados pelos 12 Cavaleiros de Ouro. Cada uma representa um dos 12 signos do Zodíaco, as constelações que formam um círculo em torno do Sol. E este..- abriu os braços, mostrando o Templo atrás deles – é o Templo do Mestre, e também meu lar.

Contemplando aquele lugar, ela pode sentir uma estranha energia, forte, como nunca sentira antes, como se a energia vinda das estrelas percorresse e invadisse seu corpo.

O Mestre via o corpo da menina brilhar, com o mesmo brilho dourado e intenso que ele próprio irradiava.

“Que imenso Poder ela possui! Nunca vi antes nada parecido! Nunca vi tamanho Poder manifestar-se dessa maneira, antes! Sua Cosmo energia está sintonizando com a de todos os Cavaleiros de Ouro, os mais poderosos, e está fazendo seus cosmos elevarem-se!” – ele próprio podia sentir seu Poder elevar-se, vindo à tona em seu corpo, como uma corrente elétrica, em resposta ao dela “- Eles também a devem estar sentindo.Não quero que saibam da presença dela aqui. Não ainda. Mas um Poder como esse não pode ser ocultado. Precisa ser desenvolvido.”

Ela os via. Não seus rostos, mas podia senti-los, 12 chamas douradas brilhando na escuridão.

- São eles, não são? – ela perguntou ao Mestre, sabendo que ele sabia o que ela via, sabia que ele também podia vê-los, e senti-los.

- Sim... – respondeu o Mestre – Pode vê-los. Pode sentir a Energia Cósmica que eles emanam, como se a estivessem chamando.

- Mas... existem outros, não? – ela agora podia ver outras auras, de várias cores distintas. As douradas, porém, ainda eram as mais brilhantes.

- Sim. Todos são Cavaleiros, protegidos por cada uma das constelações existentes no céu, de onde tiram sua energia e Poder, além dos 12 Guardiões Dourados. Amanhã terá bastante tempo para conhecer todo o Santuário, e saber tudo o que precisa. Já é tarde, e quero que descanse, minha bela. – disse, segurando sua mão e a guiando para dentro.

Percorreram de volta os longos corredores do Templo, que mais pareciam labirintos, até chegarem à grande Sala, onde o Mestre parou, em frente ao torno.

- Sinto que temos uma visita.

Alguns instantes depois, um homem entrava na sala. Um jovem alto, forte, de cabelos castanho-dourados,e olhos claros,cor de mel, tão brilhantes que pareciam possuir luz própria. A energia que vinha dele era quente como o Sol, e ela imaginou que ele seria o mais próximo de um anjo que poderia haver na Terra.

- Mestre! – o rapaz inclinou-se em uma reverência – Perdoe-me por vir aqui tão tarde. Mas senti um Cosmo muito poderoso, aqui, dentro do Santuário. Achei que devia... – só então ele se dá conta que o Mestre não estava só.

- Acha que algo acontece aqui sem que eu saiba? Aiolia, conheça Nicke.

- É... é ela! – exclamou o rapaz, percebendo que ela era a fonte da energia que sentira. Ela também o reconhecera como uma das chamas que vira.

- Este é Aiolia, o Cavaleiro de Ouro de Leão.

- É um prazer conhecê-la – disse o Cavaleiro, beijando a mão da menina. Seu olhar quente parecia penetrar em sua alma. – Nunca senti tamanho Poder, antes!

- Você é o primeiro a conhecê-la. Ela foi enviada por Athena para guiar o Santuário na luta contra os inimigos que surgirão. Mas ainda deve ser treinada. Por isso, meu belo Aiolia – disse o Mestre, aproximando-se do Cavaleiro, tocando de leve em seu rosto – deve manter sigilo. Ninguém deve saber de sua presença no Santuário, até que ela esteja pronta.

- Inimigos, Mestre? O Santuário corre perigo? – o rapaz perguntou, ainda segurando a mão da menina, e parecia não querer, ou não conseguir soltá-la.

- Uma batalha se aproxima, Aiolia. É bom que os 12 Guardiões saibam, e estejam preparados. Deve reuni-los, e todos tem permissão para treinar o máximo de aprendizes. Quero que todos no Santuário estejam no auge de seus poderes.

- Mestre, a situação será tão grave assim?

- Precisamos estar preparados para tudo. A verdade é que... temo uma nova Guerra Santa. Sinto isto desde... – e olhou profundamente nos olhos do Cavaleiro de Leão – a tentativa de assassinato de Athena.

O Cavaleiro abaixou a cabeça. Aquilo doeu em seu coração como o mais cruel dos golpes. O Mestre ainda tivera o cuidado para não magoá-lo, evitando dizer o nome “dele”. Mas esse carinho e cuidado do Mestre, por alguma razão, só o faziam sentir-se ainda pior.

- Lembre-se, Aiolia. Sigilo absoluto.

- Mas... os outros também devem tê-la sentido.

- Sim. Uma única vez. Para mantê-la em segredo, daqui por diante, irei encobrir seu Cosmo com o meu. Não devem saber de nada, por enquanto.

O rapaz sentiu, pela voz do Mestre, que devia sair – ou teria ele dado uma ordem em sua mente, para que fosse embora? Algo, porém, dentro dele, relutava em deixá-la.

- Sim, Mestre – e virando-se para ela -  Espero...que passamos nos ver novamente, algum dia. – ele parecia querer despi-la com os olhos, enquanto beijava novamente sua mão, acariciando.

Deixou então a sala, mas sua aura quente ainda pairava no ar.

Ela estava apreensiva, mas nada disse, enquanto se deixava conduzir pelos corredores de volta aos aposentos do Mestre.

- Então... pretende que eu seja uma Guerreira de Athena? – perguntou, fitando o Mestre, como se tentasse enxergar além daquela máscara.

- Sim, minha bela. Para isso você foi enviada aqui, pela vontade dos Deuses. É o seu destino!

Ela sentou-se na cama, e sentiu novamente as lágrimas correrem em seu rosto. Ele sentou-se ao seu lado.

- Ficará aqui essa noite. Quero que descanse bastante. Amanhã irá para a área reservada ao treinamento das mulheres, mas sei que ficará bem. Senti o seu Poder.

Ele aproximou sua mão do rosto da menina, para enxugar-lhe uma lágrima que caía, mas ela a segurou, e a deteve.

- Como... posso confiar em você, ... - Sua voz saía assustada, entre soluços. - Acreditar em tudo que diz... quando esconde-se atrás de uma máscara? Se nem ao menos posso ver seu rosto?

Por trás da máscara, ele sorri. Não esperava despertar nela tal reação.

- Meu rosto... Quer realmente vê-lo? Acho que, ao menos a você, posso mostrá-lo.

Lentamente, ele retirou a máscara.

Enfeitiçada. Foi como ela se sentiu ao ver aquele rosto, também lindo como o de um Anjo, tendo, porém uma malícia quase demoníaca naqueles olhos de azul profundo e escuros como o anoitecer.

Hipnotizada. Ela não conseguia desviar-se daquele olhar, que penetrava cada vez mais fundo em sua mente e invadia sua alma. Sentia-se indefesa, completamente à sua mercê, deixando que ele se aproximar-se, os rostos quase colados.

Não ofereceu nenhuma resistência àqueles lábios que procuravam os dela, sem tocá-la, nem àquele corpo que agora encaixava-se ao seu, fazendo-a deitar-se sob ele, sentindo suas mãos, que a acariciavam, apalpando seus seios, subindo por suas coxas, invadindo a fenda, já tão úmida, entre suas pernas, sua pele arrepiando-se ao toque, seu corpo inteiro ardia, preparado para entregar-se àquele homem que era quase um Deus.

Com um gesto, ele tirou a túnica que o cobria, expondo seu corpo perfeito, seu tórax bem definido, os ombros largos, os braços fortes que a envolveram e, de uma só vez, arrancou a túnica da menina, deixando-a completamente nua, fazendo-a tocar o volume entre suas pernas, agora bastante evidente mesmo através da calça. Arrancou-a, deixando que ela apreciasse seu desejo, e, passando a mão pelo braço da menina, conduziu sua pequena mão a tocá-lo. Soltou um gemido de prazer ao ser tocado, e logo percebeu que, apesar da pouca idade, aquela menina já possuía desejos de mulher, tal era a firmeza e vontade com a qual acariciava seu membro, com movimentos suaves e precisos, que já quase o fizeram explodir de prazer. Ele via o corpo dela brilhar de desejo, desperto com a energia mais pura e bruta, mais primordial da Natureza, que aumentava ainda mais seu Poder, e regogizou-se ao ver que a dominava tão completamente.

Ele também a desejava! O desejo que ela sentia era apenas um efeito de seu domínio sobre ela, apenas um pálido reflexo do que ele sentia. Um desejo tão intenso que cada parte de seu corpo parecia gritar, implorar por ela.

Foi beijando seus seios, subindo por seu pescoço, deixando uma trilha quente e úmida, porém, antes que seus lábios se tocassem, ele deteve-se. Precisou de todo o seu controle para não deixar que a força da Natureza agisse sobre seus corpos, mas conteve-se, olhando seu corpo nu, jogado na cama. Com um gesto, levantou-a, erguendo-a em seus braços, fazendo-a sentar-se.

- Não! Eu não posso tê-la. Não devo tirar assim sua inocência e sua pureza. - ele sussurrou em seu ouvido.

Ela aprecia estar em transe. Podia ouvi-lo, mas seu corpo não correspondia, ainda sentindo as ondas de desejo correndo como fogo em suas veias.

- Deve permanecer pura e intocada, para que a Deusa Athena a aceite como uma de suas Guerreiras. - ele acariciava seu rosto, percorrendo com os dedos aqueles lábios, naturalmente tão vermelhos. O impulso de beijá-la era quase irresistível, mas sabia que, se a beijasse, perderia o controle sobre si mesmo - Agora durma, minha querida. - disse, passando a mão sobre os olhos dela, fechando-os, fazendo-a cair em um sono profundo.



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