LENDO O FUTURO
FANFIC: Harry Potter
DATA DE CRIAÇÃO: 29\11\2017
CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS
CAPÍTULO BÔNUS
BIBLIOTECA
O garoto caminhava entre as estantes dos livros procurando algum livro interessante para ler, não que ele já tivesse lido todos os livros da biblioteca, mas alguns ali simplesmente não o interessavam, ele já tinha lido um número bem grande de livros, dos mais variados tipos, não era alguém que tinha muitos amigos então passava a maior parte de seu tempo lendo livros na biblioteca, diferente de seu irmão que andava rodeado de amigos, Régulus Black achava que era superior a outras pessoas, por ter sangue puro e ser um legitimo Black.
Diferente de Sirius que escolhera ser totalmente o oposto da família, Régulus queria ser o orgulho que sua mãe queria que ele fosse, não queria envergonhar mais á família como Sirius tinha feito, e ele faria isso mesmo que tivesse que se aliar ao Lord Voldemort, ele ainda era jovem e não tinha recebido a marca, mas era questão de tempo até Voldemort lhe escolher, e no final ele lutaria por aquilo que sua família achava certo, mas não o que ele achava. Ele não era corajoso suficiente como Sirius. Ele nunca fora. Ainda se lembrava da proposta que Sirius lhe fez quando fugiu de casa. Será que se ele tivesse aceitado estaria ele agora nessa situação? Não, com certeza não. Por isso ele optou por ficar na Mansão Black e deixar seu irmão ir embora. E a partir daquele momento ele perdeu o único irmão que tinha.
E ele ainda se lembrava de como naquela noite ele chorou sabendo que o irmão nunca mais voltaria, ele se lembrava também de ver sua mãe ir todas as noites quando todos estavam dormindo no quarto do irmão e ficar lá horas ou até mesmo adormecer na cama do irmão. Sirius foi queimado da árvore dos Black, mas ele viu como foi difícil para sua mãe fazer isso. Agora toda vez que Sirius o via nos corredores fingia que ele nem existia, afinal ambos tinham escolhido o lado ao qual lutariam na guerra que estava chegando.
Balançou sua cabeça afastando esses pensamentos de sua mente, não queria pensar nessa guerra, não queria saber quantas vidas seriam sacrificadas, e não queria pensar que seu irmão estivesse nesse meio, no momento ele só queria encontrar um bom livro para ler e depois voltar para o seu Salão Comunal e esperar o jantar ser servido, essa sempre era sua rotina, continuou seguindo em frente às estantes até parar em frente á ala de livros trouxas. Hogwarts tinha uma ala só de livros trouxas para os alunos nascido trouxas, Régulus achava isso desnecessário, mas ele nunca tinha parado nessa ala, olhou para os livros, até que parou em um que lhe chamou a atenção o titulo era Orgulho e Preconceito a capa do livro já estava um pouco degastada demostrando que o livro era bastante velho, Régulus esticou a mão e pegou o livro, abriu a capa e leu um pequeno trecho do livro.
Pela primeira vez ele achou algo que os trouxas inventaram bom, ficou tão curioso com o livro que começou ler o primeiro capítulo ali mesmo em pé em meio as estantes, nem se deu conta dos minutos que passou ali, achou aquele livro bem interessante. Quando estava saindo da ala tombou com uma pessoa deixando o livro cair. Ouviu um protesto e olhou para baixo.
- Você não olha por onde anda não? – Ouviu a morena perguntar enquanto se levantava e o olhava zangada.
- Você que deveria olhar por onde anda, eu estava lendo e não estava olhando para o caminho, você que deveria não tombar em mim. – Régulus falou olhando para a garota com superioridade.
- Só podia ser um sonserino mesmo. – A garota falou olhando para ele e logo depois para o livro que estava perto de seus pés, pegou-o e leu a capa. – Ora o que temos aqui, um sonserino lendo livro trouxa e ainda mais ele sendo um Black. Quem diria! – A morena falou olhando para o garoto que olhava para o livro em suas mãos assustado.
- Me devolva esse livro McKinnon, você não sabe o que está falando, não estava lendo esse livro, ele simplesmente deve ter caído de alguma estante! – Régulus falou firme.
- Você acha que eu sou idiota? Você está na ala de livros trouxas e esse é o único livro caído no chão e você falou que estava lendo, então com certeza era esse livro. Não sei por que está assim, é só um livro. E ele é realmente bom. Já o li! – A morena falou sorrindo e devolvendo o livro para o garoto.
- Não lhe perguntei nada McKinnon, não se intrometa onde não é chamada, e eu quero que saiba que se você falar para alguém que estive aqui, você pagará. – Régulus falou ameaçando a garota.
- Pare de ser idiota, não falarei para ninguém que você anda lendo livros trouxas, não sou uma cobra como você e não ganharia nada com isso, e não me ameace Régulus não tenho medo de você. – A morena falou bem perto do sonserino.
Régulus viu a morena lhe dar as costas e sair rebolando da ala que ele estava. Ele sabia muito bem que Marlene McKinnon era amiga de seu irmão, não sabia se ela falaria algo para ele, mas uma coisa ele não poderia negar Marlene McKinnon era uma garota muito bonita.
Ele sabia que ela era uma das meninas mais desejadas de Hogwarts muitas vezes já tinha ouvido colegas seus falarem da garota e do quanto ela era gostosa, Régulus já á tinha visto várias vezes pelos corredores, não podia negar que a garota não o agradava. Régulus também fazia sucesso entre as garotas, ele não sabia bem o porquê disso, mas várias garotas quando o viam pelos corredores davam risadinhas e acenavam e ele as ignorava com sucesso.
Naquela tarde Régulus deixou a biblioteca com um livro trouxa e um pensamento em Marlene McKinnon.
DUAS SEMANAS DEPOIS...
Régulus finalmente tinha acabado de ler o livro e hoje mesmo o devolveria para biblioteca, achou o livro muito interessante Marlene estava certa, balançou a cabeça, agora todas as vezes se lembrava de McKinnon, e parece que a garota tinha algum problema porque todas as vezes que via Régulus a mesma falava com ele ou simplesmente sorria para ele, o mesmo apenas á ignorava. Hoje ainda não tinha encontrado a garota em lugar nenhum, ele não sabia se ficava feliz ou aliviado, nessas duas semanas tinha se acostumado com ela o cumprimentando pelos corredores. Deixou isso para lá e caminhou até a biblioteca, quando chegou na mesma viu que a mesma estava quase vazia só tinha uns corvinos que já estavam saindo da biblioteca.
Caminhou até a ala dos livros trouxas depositando o livro no mesmo lugar que o encontrou duas semanas atrás, estava saindo da ala quando ouviu um barulho vindo atrás da estante, caminhou sem fazer barulho até lá, e o que viu o pegou desprevenido. Marlene McKinnon estava sentada bem encolhida aos prantos, Régulus se aproximou lentamente da garota, ela estava com a cabeça entre os joelhos e nem tinha visto ele se aproximar ele se sentou calmamente ao seu lado e começou a falar.
- O que você está fazendo aqui, e nesse estado? – Ele perguntou gentilmente para a garota e ate estranhou está falando assim. Marlene deu um pulo com o susto e o olhou com os olhos vermelhos.
- Não devia estar aqui, ainda mais comigo, você nem ao menos gosta de mim. – A garota falou ríspida sem olhar para ele.
- Também não sei o porquê estou aqui também, ouvi o barulho e vi ver o que era. Não sabia que era você que estava aqui, porque está chorando? – Régulus perguntou.
- Não acho que é da sua conta! – Marlene continuou ríspida.
- Não seja tão estupida McKinnon só estou tentando lhe ajudar! – Régulus falou sem paciência.
- Não preciso de sua ajuda. – Marlene o olhou com raiva.
- Tudo bem. Fique aí então sendo fraca! – Régulus falou se levantando e saindo de perto da garota, mas parou ao ouvir a risada sarcástica que a mesma deu.
- Você me chamando de fraca? Você já se olhou no espelho? Eu não sou fraca, você é o fraco aqui, não consegue ir contra a própria família porque tem medo do que todos vão achar sobre você. Quer ser o filho perfeito da mamãe, se tornar um futuro comensal da morte! Eu não sou fraca por estar chorando, você que é o fraco por obedecer, sua família cegamente só para se tornar aquilo que eles querem! Você é fraco por não saber demostrar amor, por não saber o que é amizade. Você é o fraco! – A morena falou se levantando do chão e ficando de frente para o garoto, Régulus estava com as mãos fechadas em punhos, quem aquela garota pensava que era para falar tudo aquilo para ele, Marlene o olhava com o rosto molhado pelas lágrimas.
- Cale a sua boca McKinnon, você não sabe nada da minha vida, não me conhece, não pense que só porque troquei poucas palavras com você que você me conhece. – Régulus falou frio.
- Eu sei o bastante para saber que você é uma farsa, você quer lutar, mas tem medo de tomar a decisão certa, você sente falta do seu irmão, você queria ser como Sirius, ter coragem para fazer tudo o que sente, mas você não quer decepcionar sua família, e para isso vai sacrificar toda a sua vida, tornando-se alguém que não é verdadeiramente você, você só quer ser livre Régulus. – Marlene falou olhando para o garoto firme, como Régulus era mais alto que a mesma ela tinha que olhar para cima.
- Esse sou eu McKinnon, não tente ver algo que não existe, se estou na Sonserina foi porque o chapéu quis assim, não tente mudar algo, que não pode ser mudado. – Régulus falou olhando para baixo.
- Tudo pode mudar basta você querer! Você só precisa de alguém para lhe ajudar, só precisa de alguém que lhe mostre o caminho certo, que esteja lá quando você precisar, você só precisa da pessoa certa. – Marlene falou se aproximando do garoto.
- Eu acho que essa pessoa não existe para mim! – Régulus falou baixinho, e sentiu Marlene pegar sua mão.
- Eu posso te ajudar a encontrar ela. E talvez se ela não aparecer eu posso ficar ao seu lado quando precisar, eu posso ser sua amiga. – A garota falou olhando para o garoto.
Régulus olhou suas mãos juntas e sentiu uma coisa estranha que no momento ele não sabia o que era, Régulus voltou seu olhar para a garota que sorria para ele.
- Está dizendo que quer ser minha amiga? – Régulus perguntou inseguro.
- Sim. Quero ser sua amiga. – Respondeu sorrindo.
- Ainda não me respondeu o porquê de estar assim. – O garoto insistiu.
- Não era nada. Isso já passou. – Deu de ombros. – Então Régulus me aceita como sua amiga? – Perguntou sorrindo.
- Aceito! Mas já vou logo avisando não sou de demostrar sentimentos e nunca tive uma amiga mulher. Não estranhe se alguma vez lhe tratar mal. – Régulus falou envergonhado.
- Não tem nada, eu convivo com o seu irmão lembra, já estou acostumada! – Brincou a menina. - Que tal selamos nosso acordo com um abraço? – Perguntou a menina.
Régulus ficou sem saber o que dizer, só sentiu os braços da garota passar pelo seu pescoço e ela ficar nas pontas dos pés para lhe abraçar, ele ficou alguns minutos sem reação até que devolveu o abraço, passando os braços pela cintura dela.
- A partir de agora, terá que me aturar por um bom tempo, e esse lugar será nosso lugar secreto, poucas pessoas vêm aqui. – Marlene falou sorrindo e Régulus se viu contagiado pelo sorriso da garota.
- Qualquer um pode vir aqui Marlene! – Falou rindo.
- Cala boca, aqui será nosso lugar secreto e pronto! – Falou fazendo bico.
- Muito adulto da sua parte! – Régulus falou se referindo ao seu bico.
- Vamos embora estou com fome, estou aqui já tem um tempinho! – Admitiu envergonhada.
- Claro, madame. Me da á honra de sua companhia. – Régulus falou fazendo uma breve reverencia para ela, que sorriu e pegou no seu braço. Juntos eles saíram para o Salão Principal.
A partir daquele dia Marlene e Régulus tornaram-se amigos, muitas pessoas achavam estranha á amizade dos dois, mas quem dizia que eles se importavam. No final Marlene estava certa Régulus só precisava de uma pessoa para lhe mostrar a luz em sua vida, e ele encontrou essa pessoa mais isso é história paras outra hora.
“- Ás vezes só precisamos de um amigo para seguirmos em frente. Outras vezes só precisamos de alguém nos incentivando a continuar.” – A.
“- Uma amizade pode nascer nos momentos mais difíceis. E logo ela se tornará algo lindo.” – A.
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