Eu estava de olhos fechados, porém estava longe de pegar no sono. Estive pensando na minha vida até aqui é nada fazia muito sentido.
Algumas lágrimas ainda ousavam escapar, eu simplesmente as deixei ir, elas estavam presas a muito tempo. E enquanto eu tinha esses pensamentos, eu ouvi a porta abrir e em seguida um lado da cama afundar.
Dean: Eu sei que você não está dormindo, quer conversar? - Abri meu olhos e me virei.
Aparentemente ele havia acabado de tomar banho, seus cabelos estavam molhados e um delicioso cheiro de sabonete invadia minhas narinas.
S/n: É só o acúmulo de emoções, vou ficar bem. - Abri um sorriso falso para ele e o garoto retribuiu. - Posso te pedir uma coisa? - Perguntei encarando seus lábios.
Dean: Claro.
S/n: Você se incomodaria se eu usasse você como consolo? - Sem esperar respostas eu segurei seu pescoço o puxando para mim.
Dean foi pego de surpresa, seu corpo passou rapidamente para cima do meu e suas mãos estavam em minha cintura. Eu podia sentir seus cabelos molhados tocarem lentamente meu rosto, sua respiração ofegante em contado com a minha pele e sua urgência em me beijar que logo se tornou a minha.
Não demorou e a falta de ar se fez presente, ele nos afastou lentamente e passou a trilhar beijos pela minha bochecha até meu pescoço. Isso estava começando a ficar sério, era minha primeira vez; primeira vez com um homem sozinha em um quarto e seria definitivamente minha primeira vez. Eu não queria que fosse assim, eu só tinha 16 anos.
S/n: Ei, Dean eu realmente estou cansada. - Ele me olhou, parecia um pouco surpreso mas mesmo assim assentiu.
Dean: Pode me usar como consolo sempre que quiser. - Selei seus lábios enquanto Dean se arrastava para fora da cama.
S/n: Quer ficar aqui? - Ele parou me olhando confuso. - Fica aqui comigo?
Dean: Tem certeza disso? - Apenas acenei enquanto ele vinha até mim.
Dean se deitou em um lado da cama e, aparentemente, meio receoso passou os braços em torno de mim.
Eu só sei que depois de um tempo olhando para ele meus olhos começaram se fechar, o sono chegou de forma violenta me fazendo apagar.
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Eu fui abrindo os olhos aos poucos,
estava deitada sobre o peito de Dean, ele ainda dormia e tão tranquilamente que fiquei com dó de acorda-lo.
Me esgueirei pela cama lentamente, fui até minha mochila e peguei todas as coisas que precisaria para as higunes matinais e fui aí banheiro, assim que sai fui direto para a cozinha a fim de preparar alguma coisa para o café da manhã.
Me virei com o que encontrei, era o suficiente para fazer algo bom para nós dois.
Enquanto eu fritava alguns ovos pude sentir braços contornar minha cintura, ele me puxou me fazendo colocar o meu corpo no dele.
Dean: Bom dia. - Seu queixo foi apoiado em minha cabeça, ele estava tranquilo daquele jeito.
S/n: Bom dia, pode me soltar por favor?
Dean: Por que?
S/n: Estamos parecendo namorados desse jeito, é estranho. - Ri para não deixar um clima estranho, mas acabei recebendo um beijo na bochecha.
Dean: E não somos? - Dean me soltou e foi até a sala que era visível de onde eu estava.
Eu apenas o olhei por alguns segundos e depois voltei minha atenção ao que eu fazia, ouvi o barulho da tv e no mesmo instante o da campainha.
S/n: Pode tirar esses ovos daqui e por no prato? Eu atendo a porta. - Falei e já saí correndo para atender.
Abri a porta sem se quer olhar no olho mágico, de maneira modesta eu quase caí para trás ao ver quem estava ali.
Zico: O Dean está? - Balancei a cabeça para clarear os pensamentos e acenei positivamente e me afastei dando espaço para o mesmo entrar.
Fechei a porta e, de fininho, fui até a cozinha novamente para terminar o café da manhã.
Zico: Você não trabalha mais? Que porra, você sumiu.
Dean: Claro que trabalho você que está por aí. - Dava para ouvir com clareza oque eles estavam falando.
Zico: Mano eu não acredito que finalmente tirei uma folga. - Pude ouvir Dean rir. - Ei aquela ali é sua nova empregada?
Ah ótimo.
Dean: Por que?
Zico: Se for eu mesmo vou dar um jeito de roubar essa menina de você, que gata. - Novamente Dean riu.
Dean: S/a vem aqui. - Gelei.
Olhei para o mesmo e larguei tudo que eu estava fazendo ali mesmo, andei até eles e parei diante de Dean o mesmo me puxou fazendo-me cair sentada em seu colo.
Zico: Mentira que é sua na...
S/n: Não! Não sou namorada dele, sou AMIGA dele. - Dean bufou.
Dean: Caramba não posso ter 5 minutos de felicidade? Agora mesmo eu estava... - Tapei a boca do mesmo e sorri para Zico.
S/n: Ignora Zico, isso é fome. - Soltei sua boca e ele me puxou um pouco mais. - Falando em fome, eu fiz café da manhã, vem comer.
Me desvencilhei de suas mãos e voltei para a cozinha terminando de arrumar a mesa, os dois andaram até mim e pude notar Zico olhando para Dean discretamente. Esses olhares estavam começando a me incomodar.
S/n: Tem alguma coisa errada comigo gente? - Falei sem tirar os olhos do que fazia.
Zico: Não, é que... Não é normal o Dean chamar uma amiga como você pra SÓ dormir aqui. - Eu ri, era inevitável.
Eu tinha 16 anos, claro que eles não sabiam, mas como podiam pensar que eu estaria mesmo junto com Dean?
Dean: Mano cala a boca! Você está deixando a minha menina envergonhada. - Ele deu um soco no ombro do Zico e rapidamente deu um beijinho em minha bochecha.
S/n: Pode parar por favor? - Suspirei fingindo estar cansada - Apenas sente-se e tomem café, eu estou indo. - Quando estava indo até o quarto para pegar minha mochila, Dean segurou meu braço.
Dean: Não precisa ir agora, pode ficar mais se quiser. - Sorri.
S/n: Obrigada Dean, mas eu preciso mesmo ir.
Dean: Quer que eu leve você?
Zico: Eu também estou disponível para te levar. - Dean lançou um olhar feio para o garoto.
S/n: Eu vou andando, tenho que passar na casa da Donnie.
Dean: Certo. - Ele me soltou e eu fui até o quarto.
Reuni minhas coisas e ajeitei a mochila nas costas, voltei para a cozinha para me despedir deles e quando me cheguei perto de Dean ele me puxou celando meus lábios.
Dean: Qualquer coisa me liga. - Ele sussurrou ainda perto de mais de mim.
Zico: É, qualquer coisa ME liga. - Eu ri me afastando.
S/n: Obrigada por tudo Dean, até qualquer dia Zico. - Eles me responderam com um "Tchau".
Logo, toda aquela bolha de tranquilidade tinha sumido, novamente eu estava exposta a tortura do mundo, ou melhor falando, eu estava exposta a tortura da minha tia.
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