10 meses depois
A equipe estava no avião, voltando do último caso, enquanto os agentes da BAU descansavam, JJ, Spencer e Hotch dormiam, Rossi lia e Morgan escutava música, Emily falava com o seu chefe da INTERPOL que estava em Londres.
-Algum problema com os relatórios Sr. Andrew?
-Não, agente Prentiss o seu trabalho está ótimo, porém tenho que comunicá-la sobre uma decisão.
-Qual decisão?
-Finalizaremos esse projeto, como você mesma propôs esse ano funcionou como um teste, e de acordo com o local e resultado apresentados decidimos se manteríamos ou não.
-E?
-Alguns países provaram que com ou sem nossos agentes o banco de dados estão sempre atualizados.
-Eu disse que o FBI tinha capacidade de nos manter atualizados.
-O teste comprovou isso, fica té o final do mês, depois volta para Londres, ao seu posto, sua equipe sente sua falta.
-Achei que não diria isso, mas também sinto.
-Está pronta para voltar?
-Sempre estou pronta para o trabalho.- A morena garante.
-Admiro isso, porém, devido ao que aconteceu, achei que exitaria em voltar!- Falando do relacionamento dela com Hotchner.
-Sabia que teria de voltar a Inglaterra, teremos que nós adaptar a situação- confiante.
-Ok, amanhã precisamos resolver algumas coisas, entretanto agora preciso desligar.
-Certo Sr. Andrew, até amanhã.
E ela fica quieta pensativa.
POV Emily On
Um mês, uau esse ano foi definitivamente muito rápido, tantos casos resolvidos, risadas, conversas, jantares, noites com as meninas, e acho que a coisa mais inacreditável, eu e Aaron construímos um relacionamento, era a única coisa que julgava impossível, mas e agora? Como vai ser? Nós sempre evitamos essa conversa, e nesse momento nós só temos um mês para decidir que rumo nossa relação vai tomar, já não me vejo sem ele e o amor que sinto é o mais verdadeiro, a última coisa que quero é acabar com isso, prefiro pensar que daremos um jeito, mas tenho medo, afinal ele e Beth se separaram por causa do trabalho.
POV Emily Off.
Quando é tirada de seus pensamentos por Morgan.
-Emily, Emily, garota Interpol.
-Não me chame assim- saindo de seus pensamentos e o moreno ri.
-Por que está tão pensativa? Sem ler nada ou escutar e obviamente não está tentando dormi, o que aconteceu na conversa?
-Tenho um mês.
-Você está morrendo por acaso?- brinca.
-Claro que não- ri do que ele fala- daqui um mês volto para Londres.
-Esse ano voou, passou muito rápido.
-Eu que o diga.
-E você está preocupada com o que vai acontecer entre vocês?- aponta para o Aaron que dormia.
-Você já imaginou o quão difícil é manter um relacionamento à distância?
-Sabe que pode ficar na BAU se quiser.
-Não posso, amo vocês e o trabalho que fazem, mas não posso ficar na BAU, para manter um relacionamento com o chefe da unidade, quer dizer, você sabe o que parece?
-Nós sabemos que se ficar é por competência e não por namorar o chefe, confiamos no seu trabalho.
-Sei que sim, mas não me sentirei bem com isso e descobri que realmente sinto falta do que faço em Londres, tem burocracia demais, algumas pessoas desagradáveis, mas gosto tanto de fazer, não que não ame isso aqui, muito pelo contrário, entretanto já não é minha realidade.
-Você já está decidida a não ficar?
-É meu trabalho, preciso voltar juro que se aparecesse algo em D.C. parecido com o que faço lá aceitaria, mas ficar na BAU vai parecer favorecimento.
-Entendo o seu ponto de vista, acho que você tem que fazer o que te faz feliz.
-Porém, ao mesmo tempo tenho medo que não dê certo, afinal ele e Beth terminaram por...- o amigo a interrompe.
-Não misture as histórias, vocês farão dar certo se realmente quiserem, por experiência própria digo, o trabalho só vai atrapalhar se vocês deixarem.
-Esqueço que você é um homem comprometido e apaixonado, a Savannah fez um milagre- sorri.
-Para você ver, sou um exemplo em tudo agora até mesmo em relacionamentos- ela rola os olhos.
-E com certeza o melhor exemplo de pessoa convencida- rindo- obrigada.
-Disponha, lembra que virei seu conselheiro amoroso?
-Não vou esquecer nunca mais- sorri.
Depois de algum tempo já estavam todos em solo, eles foram ao escritório, todos fizeram seus trabalhos e foram embora, quando Hotch foi chamar Prentiss para irei embora.
-Vamos?- entrando na sala da amada.
-Precisamos conversa, é melhor fazermos isso aqui.
-O Jack está em casa com a babá nova, quero saber como foram às coisas.
-Eu sei, mas nós realmente precisamos conversar.
-O que aconteceu?
-O Sr. Andrew conversou comigo hoje.
-Você disse que durante o voo teria com conferência com ele.
-Exatamente.
-E o que ele disse?
-Daqui a um mês acaba meu trabalho aqui, e eles não continuarão com esse projeto dentro do FBI.
-Isso quer dizer que- ele para de falar sem coragem de acreditar que o momento daquela conversa estava chegando, pior a partida dela.
-Terei que voltar para Londres- ele a olha e fica em silêncio por um tempo- você vai ficar calado por mais quanto tempo?
-Estou tentando absorver a informação.
-Sei que é difícil, porém nós sabíamos que isso aconteceria, que teria que voltar ao trabalho.
-Você está trabalhando aqui.
-Estou, só que nós sempre soubemos que isso era temporário, que não ficaria aqui.
-Pode voltar a trabalhar na BAU, diretamente pelo FBI.
-Por que você é o chefe da unidade?
-Não, você trabalha bem aqui, faz a diferença na equipe.
-Vocês ficaram três anos sem mim e foram ótimos, não precisam de mim para fazer a diferença- sorri.
-Mas eu preciso de você.
-E sempre estarei com você, se for esse seu desejo.
-Você em Londres e eu aqui? Sério? Se você ficar na BAU- é interrompido pela amada.
-Não posso ficar na BAU.
-Por que não? Não gosta mais de trabalhar conosco?
-Amo a equipe e o trabalho que vocês fazem, tenho muito orgulho do trabalho que fiz junto a vocês, porém acabei descobrindo que amo o que faço dentro da INTERPOL.
-E aquele papo todo de burocracia, politicagem, trabalho chato?
-Sim, tem algumas coisas chatas, mas também tem muita coisa boa, aqui nós conseguimos pegar os monstros depois deles terem agido, lá não, conseguimos parar alguns atentados antes de muita gente se machucar, claro que não impedimos todos, entretanto- o homem a interrompe.
-Entretanto você está procurando desculpas para ir embora.
-Claro que não- se defende- se tivesse algo do tipo aqui para mim, eu ficaria.
-Você está menosprezando o trabalho que nós fazemos.
-Jamais, vou desconsiderar isso que disse, porque sei que está nervoso- irritada com o que ouviu- admiro o que fazem e sinto muito orgulho, amo a maneira que trabalham e sou extremamente agradecida por ter trabalhado nisso, só que essa já não é mais minha realidade, e outra não posso voltar para lá assim, você é o chefe vai parecer que estou sendo favorecida.
-Você sabe que não te faria essa proposta se não confia-se no seu trabalho.
-Eu sei, mas se você não fosse o chefe certamente eu não teria a oportunidade de ficar.
-Teria sim, você é uma perfiladora incrível, qualquer um iria te querer na equipe e te fazer essa oferta.
-Mas você não é qualquer um.
-Mais um motivo para você aceitar e ficar.
-Sinto falta do meu trabalho.
-E não vai sentir de mim?
-É claro que vou, entretanto nós não precisamos acabar.
-Como você imagina manter uma relação à distância? Nossos trabalhos exigem demais de nós, não temos muito tempo para as pessoas que amamos que moram junto a nós, quem dirá para a que mora em outro país.
-Se você pensa assim por que quis tanto que isso acontecesse? Sempre soube que teria que voltar para a Inglaterra.
-Não quis pensar nisso.
-Nós devíamos ter conversado sobre isso antes.
-Essa realidade não é o que eu queria.
-Achei que você estava disposto a fazer dá certo.
-Emily, te amo e não consigo me ver mais sem você, não quero que isso acabe tanto quanto você, mas não é uma mudança de cidade ou estado, é outro país, o seu trabalho está nos atrapalhando.
-Não diga isso, o meu trabalho não é empecilho, amo o que faço, você sabe como isso é, até porque você não deixou a BAU para ficar- ela para, pensa um pouco tentando se acalmar- desculpe, é só que, você entende o que estou dizendo.
-Sem problemas, não é justo fazê-la escolher, me desculpe.
-Não é justo, te amo demais e isso nunca vai mudar, porém o trabalho é parte fundamental para mim, sempre foi e isso também não vai mudar.
-Preciso de um tempo- engole seco.
-Está terminando?- e uma lágrima teimosa cai.
-Não, é só que preciso pensar nisso tudo- ele vai indo para porta.
-Sei que podemos fazer dar certo- sorri fraco- te amo.
-Espero que possamos- e sai a deixando ali perdida em seus desejos, pensamentos e ideais.
O homem chega a casa acabado, quando entra e se depara com Ashley em sua sala.
-Papai- sorri recebendo o pai.
-Oi garotão.
-Olá Aaron.
-O que faz aqui Salvatori?
-Vim saber como você está? Fiquei sabendo que você e a Emily brigaram, vim te ajudar a se recuperar.
-Papai por que vocês brigaram?- triste.
-Nós não brigamos, vai com a Lindsay e Luck lá pra dentro.
-Vem Jack, acho que o Luck quer brincar- a babá chama e eles saem.
-Você está louca?
-Claro que não, só quero ajudá-lo, uma amiga me disse que você saiu do Quântico irritado e depois a Emily, então lembrei que o agente Grey me disse que a INTERPOL a faria voltar para Londres, quis vir ajudá-lo.
-Você e o agente Grey são amigos e falam sobre mim e Emily, não sei porque isso não me surpreende.
-Esqueça isso, esqueça a Emily, estou disposta a te ajudar essa noite- se aproxima colocado a mão sobre o homem.
-Não preciso da sua ajuda- tirando a mão dela de si e se afastando- tenho quem eu preciso.
-Por quanto tempo? Um mês? Vamos lá Aaron é apenas uma noite.
-Salvatori você não sabe o que são limites.
-Isso é bom, posso te dar prazer sem limites- fala com a voz sexy.
-Não você não pode.
-Posso te provar.
-Não quero, ta na hora de você ir embora.
-Nós nem começamos.
-Não tem o que começar- quando a campainha toca e ele vai atender- Emily- sorri.
-Emily: Você não precisa de tempo, precisa de mim- e o beija apaixonadamente.
-Preciso só de você- os dois estavam com a testa colada.
-Amor por que está demorando?- Diz Ashley sorrindo provocante, o sorriso no rosto da agente da INTERPOL vai se desfazendo, ela se afasta um pouco do namorado e olha a inimiga.
-Você?- sorri irônica- sempre você não é mesmo?
-O que posso fazer se ele não resiste a mim?
-Deve ser difícil para ele.
-Emily não tenho nada a ver com ela, quando cheguei já estava aqui.
-Salvatori devo admitir que você é bem rápida, podia esperar eu ir para Londres pelo menos.
-Nós não conseguimos.- Sorri sarcástica.
-Vocês não conseguiram- sorrindo nervosa, quando é atacada com a chegada de um menino e seu cachorro.
-Emily.- É abraçada pelo enteado e o cachorro latindo e lambendo-a, ela vê aquelas duas coisas e sorri genuinamente, se ajoelha ficando próxima aos dois e Hotchner sorri com a cena.
-Desculpe, não consegui mantê-los lá quando perceberam que a senhora chegou.
-Se problemas- sorri- Hey garotos, como vocês estão?
-Ótimos, sabia que o tio Peter vai me ajudar a adestrar o Luck?
-É mesmo? Que legal, e vocês já se tornaram amigos?
-Já, você me deu o melhor presente de todos- sorri.
-Que bom que gostou, os dois deram muito trabalho Lindsay?
-Não, foram bem obedientes, só o Luck que quase comeu o chinelo do Jack, mas ele vai se tornar um bom cachorro- sorri.
-Luck você não pode comer chinelos- sorri acariciando o cachorro, quando Jack coça os olhos e boceja- parece que tem alguém com sono aqui.
-Não to com sono- ainda bocejando.
-Percebi- sorrindo- vamos lá, te conto uma história.
-Ótimo- sorri.
-Lindsay pode ir, amanhã você pode deixar que o levo pra escola.
-Tudo bem, tchau Jack- e o menino vai abraçá-la.
-Boa noite Lind.
-Durma bem meu anjo, e você também Luck- sorri acariciando o carro- boa noite e sai.
-Jack vai indo para o quarto que já vou.- Emily instruí o garoto.
-Ta bom- e sai.
-Não vou atrapalhar a noite de vocês- fala com Aaron e Ashley- depois que o Jack dormi vou embora, a casa é de vocês- irônica.
-Emily- O homem a segura e recebe um olhar chateado.
-O Jack está me esperando- e vai para o quarto do menino.
-Está satisfeita agora?- Hotch olha a intrusa co raiva.
-Falta muito para eu ficar satisfeita- fala maliciosa.
-Salvatori para, nunca vamos ter nada, não quero nada com você, viu essa mulher, essa que está morrendo de raiva de mim, que acredita que te trouxe aqui, mas mesmo assim tá lá com meu filho, que cuida dele, que trata ele melhor que qualquer outra e é pessoa que amo, é perfeita pra mim, me enche de amor e vida, não posso ficar sem ela, não consigo mais, não importa se estaremos longe ou perto, o que realmente me importa é saber que ela estará comigo, que sempre vai voltar pra mim e eu sou dela, só dela, só quero estar nos braços dela, quero que dê certo só com ela.
-Isso é tolice.
-Chame como quiser, pra mim é amor, e agora ta na hora de você ir.
-Você ainda vai achar isso besteira.
-Tenho certeza que não- sorri satisfeito, abrindo a porta para que ela saísse.
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