Caminhamos de volta para a minha casa. Ainda havia gente se divertindo, e provavelmente seria uma das noites em que Katarine fecharia bem tarde. A rua também estava tomada. O rodeio tinha acabado, mas as pessoas permaneciam na cidade.
Samantha abriu a porta da minha caminhonete e entrou. Sua carranca ainda era de poucos amigos.
— Preciso avisar o Tato e a Keyla — eu disse, abrindo a porta para descer, mas Samantha segurou o meu braço. O calor de suas mãos me provocou arrepios. Assim que percebeu o seu efeito sobre mim, ela recuou.
— Não precisa — disse ela, me soltando. — Mandei uma mensagem para ela, não queria que a Keyla se preocupasse. — Senti que o carinho dela pela minha prima era verdadeiro. E isso me deixou ainda mais culpada pela minha atitude.
Virei a chave na ignição e partimos. O silêncio era constrangedor, mas eu não sabia o que falar. Pedir desculpas não adiantaria. Ela era orgulhosa, mas também tinha um coração fácil de magoar, e eu tinha me esquecido disso. Começou a chover, o que deixou o clima ainda mais pesado.
Quando chegamos à fazenda, a chuva estava intensa. Antes que Samantha saísse da caminhonete, eu a segurei.
— Desculpa, ok? — Passei as mãos no cabelo, nervosa. Por que ela me deixava assim? — Eu sei que exagerei em algumas coisas, mas não foi minha intenção te magoar.
— Sim. — Soltei a respiração que nem percebi que estava segurando e sorri. Afinal, ela tinha me desculpado. Em seguida, Samantha completou: — Você quis, sim, me magoar e conseguiu. — Droga! Descobri que estava fodida.
Como a chuva estava forte, ela desceu da caminhonete e foi correndo em direção à porta da casa. Fiz o mesmo sem me importar em me molhar. Corri atrás dela e quase caí quando meu pé afundou em uma poça d'água. Mas eu a alcancei e a puxei pela cintura fazendo com que parasse.
Samantha começou a espernear e a gritar ao mesmo tempo. Fiquei de frente para ela e, mesmo com a chuva em seu rosto, eu conseguia perceber que os olhos estavam lacrimejando. Ela começou a esmurrar meu peito com as duas mãos, enquanto colocava para fora toda a raiva que sentia.
— Odeio você, sua caipira desgraçada.
*Inicie: Sinônimos - Chitãozinho e Xoxoro ft. Zé Ramalho*
— Não, não odeia. — Ela parou de supetão com minha declaração e levantou o rosto, me encarando. Estar tão perto dela, e sentir aquele corpo colado ao meu, despertou o meu desejo.
Naquele momento, eu tive certeza: precisava tê-la a todo custo.
— O que você quer, Heloísa? — Sua voz estava carregada com o mesmo desejo que eu sentia.
Colei meus lábios nos dela, em um beijo nada paciente. Apertei Samantha contra o meu corpo e senti suas mãos enlaçarem o meu pescoço possessivamente. Ela me puxava, tentando tomar tudo de mim. Em resposta, eu invadia seus lábios, possuindo sua boca com a minha língua.
Descolei nossos lábios e pude ouvir as nossas respirações. Um raio clareou o céu, e vi seu sutiã por baixo da camisa branca molhada. Levei a mão até eles e ela gemeu com meu toque.
— Eu quero você, Cristal. — Finalmente respondi sua pergunta, embora o beijo já tivesse sido claro o bastante.
Samantha ergueu um pouco a cabeça, e me beijou novamente. A chuva caía em nós, e o calor que eu sentia por aquela mulher só aumentava. Gemi quando senti meus lábios presos em seus dentes.
— Também quero você, peã. — Ouvir sua confirmação me deixou excitada. O corpo dela também ansiava pelo meu. Eu podia ver a excitação em seus olhos.
Peguei Samantha nos braços e a carreguei até a caminhonete. Assim que a coloquei no chão, ela me empurrou contra o capô e colocou as mãos por baixo da minha camiseta encharcada.
Meu corpo inteiro tremeu com o calor do toque. Fiz o que desejava: abri botão por botão da camisa dela.
— Heloísa, está chovendo — ela disse, sorrindo, mas me deixando totalmente livre para chegar aos seus seios. Virei Samantha de costas para mim, contra o meu corpo, e abri o sutiã.
Segurei seus seios e confirmei o quanto eram perfeitos em minhas mãos. Ela colocou a bunda em minha virilha, fazendo com que ambas gemêssemos.
Chegava a doer o desejo que sentia por ela. Continuei acariciando seus seios molhados. Samantha apoiou a cabeça no meu ombro, gemendo cada vez mais com as carícias que eu fazia em seus mamilos, já enrijecidos.
— Eu sei que está chovendo. — Depois de alguns minutos, resolvi responder à altura: — E nem toda essa água apaga o fogo que eu sinto quando estou perto de você — confessei entre lambidas em sua nuca. Distribuí beijos em seu pescoço até chegar ao seu ouvido. — Quero você, Cristal, e tem que ser aqui e agora — disse e não reconheci minha própria voz embargada pelo tesão.
Tudo parecia conspirar para o que estávamos fazendo: a chuva, o céu rajado pelos raios, o farol do carro, a escuridão a nossa volta. Eu me afastei dela para abrir a porta da caminhonete e apagar o farol do carro para nos dar mais privacidade. Quando me virei, quase caí para trás: Samantha estava quase nua, vestindo apenas uma calcinha minúscula branca.
Ela enxugava a água que caía no seu rosto e puxava os cabelos para trás. Olhei para o seu corpo como um animal faminto. Mesmo no escuro eu conseguia reconhecer cada traço dela.
Samantha era linda de uma forma natural, tinha curvas tão estonteantes, e eram perfeitas para mim. Enquanto eu me deliciava com a visão à minha frente, ela se aproximou e, sem desviar os olhos dos meus, levou suas mãos até minha blusa e a tirou. Em seguida, fez o mesmo com a minha camiseta. Nós nos abraçamos e, enquanto ela me beijava, suas mãos desceram para o meu jeans, abrindo o botão.
— O que você esconde aqui, caipira? — A chuva tinha diminuído um pouco. Samantha abaixou minha calça e alcançou o meu sexo. Grunhi como um animal no cio. Ela se ajoelhou na grama encharcada. Não acreditei que ela faria aquilo ali, e nesse estado. Não a queria ajoelhada daquela maneira, mas não consegui emitir uma palavra, paralisada pela antecipação do prazer que estava por vir.
Desejei que estivesse claro para enxergar nitidamente o que ela estava fazendo. Apesar de não ver, eu senti... E como senti! A boca da Cristal me tomava quase por inteira. Eu sentia os seus lábios me fazendo perder o equilíbrio. Tive que me encostar na caminhonete para não desabar.
— Que boca gostosa — murmurei enquanto levava as mãos para segurar o seu cabelo.
Ela me lambia e me chupava com perfeição. Eu a desejava tanto que já estava a ponto de gozar.
— Isso.. porra, que boca! .. vou gozar.. — falei baixo e rouca por tamanho prazer. Não aguentei mais e permitir me entregar.
— Caralho.. — levei as duas mãos na cabeça a vendo me olhar satisfeita.
Levantei Samantha de forma abrupta. Sua carinha de assustada me fez sorrir.
— Sua vez. — expliquei, e encostei seu corpo na porta da caminhonete antes que ela pudesse falar algo.
— Heloísa, e os funcionários? — Ela perguntou, assustada.
Foda-se, ninguém sairia no meio de uma chuva como aquela, a não ser duas malucas a ponto de transar entre raios e trovões.
— Não interessa — respondi em um tom tão duro pela excitação. — Abre as pernas, Samantha — ordenei e ela não respondeu. Levei um dedo até sua boceta e escutei Samantha arfar.
— Está molhada da chuva? — Retirei o dedo e o levei até seu rosto. Contrariando minhas expectativas, ela o chupou e gemeu ao sentir o próprio gosto. — Muito gostosa. — Sorriu com o meu elogio. — Agora, vamos te comer, linda — disse, e sem aviso enfiei dois dedos de um vez em sua entrada, fazendo-a gritar. Samantha não era virgem, mas era apertada pra caralho. Deslizei um pouco mais, sentindo o calor do seu interior. Deliciosa!
Beijei-a mais uma vez com fervor e foi retribuido de imediato. Samantha começou a gemer e rebolar desesperada.
— Heloísa, eu não aguento mais essa demora, me fode logo. — suplicou, e eu entendi seu desespero. Estava tentando ir devagar, prolongar o prazer, mas era inevitável.
— Gosta forte, né? — Perguntei e comecei a estocar. — Ah, meu pai. — Senti que ela estava me sugando para dentro. — Faz isso de novo! — Pedi e senti meus dedos sendo apertado.
Samantha rebolava e gemia agarrada ao meu corpo, eu comecei a aumentar o ritmo dos meus movimentos. Entrava e saía dela com facilidade, como se conhecesse cada parte do seu corpo. Era muito familiar para mim, familiar até demais. Ela soltou um de seus bracos do meu pescoço e passou os dedos pelos lábios alcançando o clitóris, estimulando-se em movimentos circulares. Era excitante vê-la buscar o próprio prazer.
— Eu vou gozar, Heloísa. — Gemeu baixo, abrindo mais as pernas e impulsionando o quadril contra mim. — Porra.. isso.. — Segurei seu cabelo com a outra mão fazendo-a me encarar. Seus olhos brilhavam em puro desejo.
— Se lembra dos oito segundos? — Sussurrei as palavras que eram puro tesão em seu ouvido.
— Hm.. Sim — arfou.
— Conte até oito, Samantha. — Soltei seus cabelos e comecei a meter com uma intensidade que até eu desconhecia. Contei mentalmente junto com ela. No seis, sua voz já estava fraca e ela convulsionava em minhas mãos. Segurei sua cintura e ela gemeu alto no oitavo segundo, liberando tudo o seu líquido. Samantha ficou mole e ofegante em meus braços.
Segundos depois ali abraçadas, abri a caminhonete e a deitei no banco de trás. Com a luz acesa, pude ver sua cara de satisfação e saciedade.
— Heloísa? — Ela me chamou quando fiz menção de me afastar. A chuva já tinha cessado totalmente, o que era um alívio. Estávamos encharcadas, mas não havia arrependimentos.
— Não vamos estragar o que aconteceu com palavras. Amanhã conversamos. — Fui firme, e ela entendeu. Não tinha a menor chance de eu discutir com ela. O que eu mais queria naquele momento era levá-la para a cama e começar tudo de novo.
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