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História Lírios e Girassóis - Levemente alcoolizada - História escrita por kidebatista - Spirit Fanfics e Histórias
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História Lírios e Girassóis - Levemente alcoolizada


Escrita por: kidebatista

Capítulo 2 - Levemente alcoolizada



Rennyelle estava na janela do quarto da sua mãe fingindo que ouvia Alice reclamar sobre sua ansiedade para entrar na faculdade no ano seguinte. 
-... eu não sei sabe, tudo o que for pra ser será.  Mas não estou cem por cento certa. Fala Alice sentada na cama da mãe, observando o rapaz que estava deitado nela.
- Com certeza. Respondeu Rennyelle entediada.
O rapaz abre os olhos, Alice chama Rennyelle e ela chega mais perto da cama.
- Oi, fique calmo, está tudo bem. Você estava descansando, nós estamos aqui pra ter certeza que você está ok. - Fala Alice calmamente.
- Quem são vocês? Pergunta o rapaz.
- Meu nome é Alice. 
- E meu nome é Rennyelle.
- Onde eu estou? Pergunta ele. 
- Você está na nossa casa, no quarto da nossa mãe. Responde Alice.
O garoto para pra refletir, olha para o teto e então volta a olhar Alice.
- Como é seu nome? Pergunta Alice sorrindo. 
O rapaz parece se despertar de uma transe, ele a encara e mostra muita confusão antes de responder:
- Eu não sei. 
Alice e Rennyelle se encaram.
- Como assim você não sabe seu nome? Pergunta Rennyelle.
- Eu simplesmente não sei. Não sei como me chamo. 
Um silêncio constrangedor toma conta do ambiente.
- O que aconteceu comigo? O que eu estou fazendo aqui? Por que eu sinto tanta dor no corpo?  
- Nós te achamos na estrada. Você estava desmaiado. - Responde Rennyelle olhando para o rapaz com dó. 
Ele parece mais confuso ainda.
- Estrada? Desacordado em uma estrada?
- Sim, você não se lembra de nada? Pergunta Alice.
- Não lembro. 
- Qual foi a última coisa que você se lembra? Antes de está na estrada? 
- Eu não lembro de nada, eu não sei de nada. Não sei como eu vim parar aqui.
- Tudo bem, você deve ser lembrar depois. Fique tranquilo. - Pediu Alice calmamente. 
- Você está com fome? Com sede? Pergunta Rennyelle.
O rapaz para pra pensar e diz:
-Hmm não sei, me sinto vazio, mas não sei se é exatamente fome.
- Espera aí um pouco branquinho, nós vamos buscar algo para você. - Diz Rennyelle sorrindo para ele, e então olha para irmã. - Alice, por favor vem comigo. 
As duas saem do quarto e passam pela longa sala de estar, e então por um corredor cheio de quadros, até que chegam na cozinha onde está a mãe. 
- Mãe, o menino acordou. Ele simplesmente não sabe quem ele é! Exclama Rennyelle.
A mãe que estava cortando cenouras, larga a faca e se vira para encarar as filhas.-

Que conversa é essa? Oxe, como assim? Pergunta Dandara perplexa.

- Não sabe! Ele simplesmente não sabe quem é! Deve ter perdido a memória! Responde Alice aflita.
- Aí agora complicou hein. Ele perdeu a memória? Tem que mandar ele pro médico.
- Mãe, o que o postinho aqui de saúde de Lírio do Vale pode fazer por ele? Nada! Responde Rennyelle aflita.
- Vamos levar ele pra polícia? Sugere Dandara.
- QUÊ? Mas por que? O que a polícia pode fazer por ele? Pergunta Alice.
- Sei lá, vê se tem alguém com as características dele desaparecido por aqui. Alguma coisa eles devem fazer. 
- Eu posso pedir para Miguel ir lá falar com o pai do amigo dele que é policial, mas não devemos levar o branquinho pra polícia, aquela espelumca que chamamos de delegacia não é lugar para ele. 
- Sim, o coitado não tem condições nenhuma.
- E honestamente, acho que esse menino não é daqui da região, de jeito nenhum. Falou Rennyelle com ar de quem sabe das coisas.
- Rennyelle! Não é por que o menino é branco, loiro dos olhos azuis que ele não é daqui da região. Exclama Alice.
- Eu não tô falando por causa disso não doida, você não percebeu não? O branquinho não fala que nem a gente, ele tem um sotaque diferente.
Alice arregala os olhos, como se tivesse chegado há uma conclusão importante. 
- É mesmo, ele não tem sotaque baiano.
- Ah pronto, agora o rapaz então é de fora do estado?  Quando eu acho que isso não pode ficar pior. O que faremos com ele? Pergunta Dandara preocupada. 
- Nós temos que deixar ele aqui em casa! Responde Rennyelle rapidamente.
- Claro! Concorda Alice. - Ele precisa de cuidados até a memória dele voltar.
- Vocês ficaram doidas? Um estranho dentro daqui de casa?
- Mãe, pelo amor de Deus. Não podemos deixar o cara assim, sem amparo nenhum. - Alice agora chega mais perto ainda da mãe. - Coitado dele, o que vai acontecer com ele? Sem casa, sem dinheiro, sem memória e sem ninguém? 
- Se ele não tiver nossa ajuda, vai virar mendingo.  É sério, uma vez soube de um caminhoneiro que se envolveu em um acidente, perdeu a memória e ficou sendo mendigo por meses em uma cidade, até a família dele encontrá-lo. -  Rennyelle estava com esperança de convencer a mãe.
- Tá bom, mas eu não vou poder cuidar dele. Eu trabalho. 
- Mãe, nós acabamos de terminar o ensino médio
 A gente não tá fazendo nada por enquanto, claro que podemos ficar com ele e vamos cuidar da casa. Explica Alice calmamente.
- E aliás, o branquinho tá ótimo. Ele não vai ficar preso naquela cama, só tá um pouco cansado e dolorido.
Dandara faz cara de estranhamento e diz: 
-Branquinho? Esse é o nome dele? 
- Claro que não. Como nós dissemos, ele não se lembra nem do nome. Mas, acho que é ok chamar ele assim até ele se lembrar do nome dele.  Responde Rennyelle.

- Gostei do apelido! Diz Alice sorrindo.

                            ***
- Desculpa a demora, aqui está um lanche para você. - Alice entrou no quarto seguida pela irmã e pela mãe, ela segurava um prato com um sanduíche de frango. 
- Obrigado. Respondeu Branquinho tentando levantar, ele ainda sentia dor nas costas. 
- Você está sentindo dor? Pergunta Dandara.
- Sim, não é algo muito forte, mas ainda sim dói. Sinto uma leve dor na cabeça também. 
- Coma, você vai se sentir melhor. - Aconselha Rennyelle.
Alice põe o prato no colo do Branquinho e então ele começa a comer.
- Está ótimo! Muito obrigado. 
- De nada, fui eu que fiz. Responde Dandara sorrindo. - Com licença, eu preciso voltar pra cozinha. Rennyelle, só por que você está aqui com ele, você se livrou de lavar os pratos. Mas fique esperta viu nega. 
Rennyelle rir para mãe e depois que ela sai, fala para os dois:
- Essa mulher me enche o saco. 
Minutos depois Branquinho termina de comer o seu sanduíche, Rennyelle pega o prato e leva de volta para cozinha, deixando Alice a sós com ele.
- Então, você consegue andar? Pergunta Alice 
- Sim, eu consigo, só ter calma.
- Você quer conhecer a nossa casa? 
- Claro, eu quero. 
- Você vai passar um tempo aqui, então é bom conhecer.
Branquinho pareceu ficar um pouco triste após ouvir isso. 
- Meu Deus. Isso não parece verdade. - Ele põe a mão na cabeça. - Como eu vim parar aqui? Eu não sei quem eu sou, não sei de nada...
- Calma, você vai ficar bem. Você vai se lembrar, claro que vai. Não se preocupe, nós vamos te dar apoio nesse tempo. Venha conhecer a casa. Fala Alice erguendo sua mão para ele segurar.
Os dois saem do quarto e vao para uma enorme sala de estar, as paredes são brancas, há um grande sofá preto, uma mesa de centro com um vasinho com lírios e uma tv grande na parede. 
- Então, aqui é a sala, geralmente ela fica mais movimentada. 
Branquinho franze a sombrancelha.
- Quem mora aqui além da sua mãe, e da sua irmã? Pergunta ele surpreso. 
Quando Alice ia abrir a boca para responder, houve um barulho muito alto de carro freiando.
-Irraaaaaaa! Essa foi por pouco. Você é o melhor meu camarada. Gritou uma voz femina que ecoava do lado de fora da casa.
- Puta que pariu. Exclamou Alice falando consigo mesma em voz alta. Ela então começa a andar até a varanda, e faz sinal de "vem" para branquinho. 
- Você é maravilhosa! Respondeu um homem que estava no banco do motorista.
A porta do carro se abriu, e uma mulher alta, magra, cabelo loiro mal pintado e pele queimada de sol. Ela não era negra mas também não chegava a ser branca. A mulher vestia um horrendo vestido de paetês cor de rosa e roxo, e usava salto agulha.
Alice e Branquinho estavam parados na varanda assistindo a cena.
- Ah para! Você é simplesmente o me- lhor! Melhor! - A mulher apontava o dedo em direção ao homem, claramente ela estava bêbada. - Próximo final de semana quero mais! Você me prometeu que vai me levar pro pagode! Você me prometeu porra.
- Pepita, eu já te falei. Eu vou te levar, prometo. Gritou o homem aos berros.
- Até semana que vem! Gritou ela de volta.
- Eu sabia que tava alguma coisa estranha. Essa casa tava sossegada demais. - Resmungou Rennyelle que tinha acabado de chegar na varanda após todo aquele barulho.
O carro deu a partida, e então Pepita se virou, e percebeu pela primeira vez que estava sendo observada pelos três.
- Olá meninas, tudo em cima? Pergunta Pepita com um sorriso descarado.
 - Você como sempre animada demais da conta né tia. Responde Rennyelle cruzando os braços.
- Ah não seja tão dura comigo, você não tem um pingo de ... - Pepita olha para Branquinho. - Uau. Quem é ele? Você não me disse que tava namorando. 
Alice faz um muxoxo de desaprovação, Branquinho fica de boca aberta e desconcertado e Rennyelle parece não ficar abalada.
- É claro que ele não é meu namorado. Aliás, eu já tenho um namorado! Você o conhece. 
- Bem, o que posso dizer? Namoros terminam com o tempo. 
Se me dão licença, preciso tomar um banho.    Diz Pepita passando pelos três e entrando para dentro.
- E você acaba de conhecer a moradora mais bizarra dessa casa. Tia Pepita. Fala Alice sorrindo para Branquinho.
- Dessa casa? Essa mulher é a pessoa mais bizarra de toda Lírio do Vale. -  Retruca Rennyelle.


Notas Finais


Espero que estejam gostando, sintam se livres pra comentar o que quiserem.


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