*4 meses depois*
Hanna POV
Minha mãe era a famosa louca. Eu diria até doente mental, real mesmo. Desde que ela soube que Ana estava grávida de novo, ela pensa em mil e uma maneiras de matar ela. Ela detesta ver Ana feliz e sinceramente, isso está me deixando puta. De uns tempos para cá me peguei pensando no porque eu odiar tanto a Amber e a resposta é bem curta, NADA. Ela nunca me fez nada.
Eu sempre escutei de minha mãe “ Ela é ruim, odeie ela”, mas eu não posso mais viver assim. Agora é por minha conta tentar conseguir o perdão por tudo de ruim que eu já fiz para aquela família. Por todas as vezes que fui estupida. E isso tinha que começar tentando livrar o caminho da Ana com o da minha mãe.
— Não, hoje não — ouvi ela no telefone falando com alguém e parecia estar bem estressada — Não porra. Eu quero uma calibre 38.
Calibre 38? Eu não acredito que ela iria mesmo tentar matar Ana, ainda mais ela estando grávida. Eu precisava fazer alguma coisa. Mas o que? Todos me odeiam e nunca acreditariam em mim. Tentei pensar por alguns bons minutos até que ouço minha mãe me chamar.
— Sim? — disse assim que entrei no quarto
— Preciso que você fique de olho na rua para que ninguém veja eu chegar — ela disse — meu plano precisava ser bem executado.
— Okay, mas eu preciso encontrar Rick na casa do John — disse — se importa em esperar eu voltar?
— Mas tem que ser rápido — ela disse
— Okay — disse e sai correndo. O plano era conseguir outro numero para mandar mensagens anônimas para Ana, ou Kendall ou Amber e avisar de tudo. Fui para uma das lojas mais perto de casa, comprei e logo voltei.
Eu tinha que ser totalmente discreta com isso.
— Cadê Rick? — perguntou ela
— Insistiu em ficar mais — falei e bufei — Vou para o meu quarto vigiar de lá.
— Eu volto em no máximo uma hora e meia — respondeu ela e saiu. Tempo perfeito para fuçar nas coisas dela e procurar o numero de algum deles.
Agendas, não. Bolsa com cartões, não. Cadernos sortidos debaixo da cama, não. Guarda roupa, sim. Quem guarda uma caixa escrita “ MEU” com uma foto enorme do marido dos outros? Minha mãe precisava urgentemente ser internada. Procurei, revirei e encontrei o numero do Kendall. Estava mais que ótimo.
“ Você não me conhece, mas se quiser proteger sua esposa, preste MUITA atenção.
Alguém planeja acabar com a vida dela e eu sei quem é. Tente não deixar ela sair sozinha, muito menos sua filha com o namorado. Qualquer passo em falso e não terei mais como ajudar.
Amanha mandarei mais uma mensagem informando o plano que o matador pretende. X”
Então eu guardei tudo rapidamente e voltei para meu quarto, para “vigiar” a rua.
Ana POV
Eu estava na cozinha comendo melancia. Existe fruta mais gostosa? Existe. Kendall estava tomando banho e Amber estava no quarto assistindo filme. Iriamos pedir pizza e ficar vendo alguma coisa na televisão, quem sabe até jogando vídeo game.
Ouvi o celular do Kendall apitar e meus extintos curiosos não deixaram perder essa. E eu achei estranho. Numero desconhecido. Resolvi ler, vai que era uma das suas exs que eu odiava e sentia um ciúmes mortal.
“ Você não me conhece, mas se quiser proteger sua esposa, preste MUITA atenção.
Alguém planeja acabar com a vida dela e eu sei quem é. Tente não deixar ela sair sozinha, muito menos sua filha com o namorado. Qualquer passo em falso e não terei mais como ajudar.
Amanha mandarei mais uma mensagem informando o plano que o matador pretende. X”
O prato que eu segurava foi para o chão e nesse momento Kendall, que saia do quarto logo após o banho, correu em minha direção. Eu não controlava o meu medo.
— Eu.. eu..
— O que aconteceu, meu amor? — perguntou Kendall e logo pegou o celular da minha mão
— Eu vou morrer — falei e comecei a chorar — Eu não posso morrer, eu não posso deixar vocês.
— Você não vai morrer — Kendall afirmou e logo me abraçou, tentando me acalmar — Não vai.
— Kendall, eu não posso morrer antes de ter meu bebê — falei ainda mais desesperada — QUEM QUER ME MATAR, KENDALL?
— MATAR? — Amber se desespera ao deparar com meu grito desesperador — QUEM VAI MATAR A MAMÃE?
— Ninguém — Kendall disse envolvendo Amber num abraço triplo — Eu não vou deixar que encostem um dedo em vocês duas.
— Ke...Kendall — eu estava desesperadamente com medo e comecei a chorar de novo.
Então eu me soltei e corri para o quarto. Eu queria ficar sozinha, pensar e raciocinar o que eu faria antes de possivelmente me matarem. Deixar minhas coisas para minhas amigas, chorar até o fim dos meus dias, não comer?
Eu deitei no lugar do Kendall e abracei seu travesseiro o mais forte que eu consegui. Ele seria a ultima pessoa que eu pensaria antes de apagar e nunca mais existir. Ele seria a ultima pessoa que eu queria ver nessa vida, a ultima pessoa com quem eu queria falar por aqui. O ultimo “ eu te amo” seria para ele. E a parte mais difícil seria para ele, se despedir de um corpo inexistente.
Então ouvi batidas na porta e mal me mexi. Obviamente era Kendall e obviamente ele entrou quarto adentro. Nada me faria sair do seu lugar na cama, o que eu mais queria era absorver tudo dele. Todas as essências, todo seu amor, seu carisma, seu jeito.
Eu não conseguia olhar para ele. Meu rosto estava inchado de tanto chorar e meu coração acelerava demais em pensar que tem alguém solto por ai querendo me matar.
— Ana, eu não vou deixar que nada te aconteça — ele disse sentando-se na cama e acariciando minhas costas — Eu prometo. Você é a coisa mais importante desse mundo para mim.
Num impulso psicológico eu avancei nele e o abracei como se fosse mesmo o meu ultimo dia. O abracei como nunca abracei antes e disse inúmeras vezes que eu amava ele. Ele foi a melhor coisa que me aconteceu e nada poderia fazer eu mudar de opinião sobre isso. Ele é meu melhor amigo, ele é meu verdadeiro amor. Deixando isso ainda mais gay, ele é minha alma gêmea.
— eu te amo — disse mais uma vez depois de inúmeras vezes — obrigada por tudo.
— Eu te amo mais — ele disse e me beijou.
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