Kendall POV
Sabe quando alguém ameaça algo super evidente na sua vida? Trabalho, herança, domínios? Ameaçaram a minha evidencia de viver. Quem quer que fosse que estivesse ameaçando minha mulher, meu filho e minha filha, iria se arrepender muito. Iria na verdade arcar com as consequências de viver amargamente. Eu iria descobrir quem é e iria fazer essa pessoa se arrepender por cada ameaça que fizer para Ana.
Ana acabou dormindo no meu lado da cama e ela estava tensa. Ela estava como se estivesse pronta para partir, deixando passos, deixando pistas. Ela não vai partir, ela não vai morrer. Levantei cedo no dia seguinte e a primeira coisa que fiz foi checar para ver se não havia mais nenhuma mensagem do X. Nenhuma mensagem.
Troquei de roupa rapidamente, fiz minhas higienes matinais, peguei uma blusa, as chaves, carteira, peguei uma maçã também e sai. Eu tinha que me precaver de certas coisas. Liguei para Logan do estacionamento e o próprio se lerdeou um pouco quando comecei a contar.
— Eu te conto no caminho — falei — troca de roupa, chego em quinze minutos.
— Mas Kendall — ele disse
— Mas nada — desliguei.
Até lá eu fui pensando em tudo o que eu tinha que comprar. Ou nem tudo. Eu estava confuso e desesperado por dentro. Não era algo que eu estava acostumado todos os dias, mas quem está acostumado a perder quem ama todos os dias? FOCO KENDALL.
Depois de mais de quinze minutos cheguei e Logan estava me esperando na porta do prédio.
— Me conta, o que está acontecendo? — ele disse assim que entrou no carro — E porque tão cedo?
— Ameaçaram de morte — disse antes de parar no sinal vermelho — ameaçaram a Ana de morte.
— Você tá brincando comigo — disse ele rindo
— Você acha que eu brincaria com uma coisa dessas? — olhei bem pra cara dele e logo o riso se desfez, abrindo espaço para a cara preocupada de Logan Henderson.
— O que você pretende fazer? — perguntou ele — Na verdade, nós todos temos que fazer alguma coisa.
— Primeiro eu tenho que tirar a Ana daquele quarto — disse virando a direita — Pelo muito que eu conheço ela, ela não vai querer sair de lá.
— Único jeito é visitas — Logan disse pegando o celular
— Não — falei — nenhuma das meninas sabe disso, ainda.
— Nós temos que fazer algo — ele disse — Que tal o ‘trem de carga’? Lembra que ele era nosso segurança?
— Logan, você é um gênio — disse atravessando antes do sinal vermelho pausar no semáforo, nos prendendo mais uma vez.
Estávamos indo até a gravadora quando escuto meu celular apitar. Estacionei rapidamente, deixando Logan sem entender nada.
“ Sou eu de novo. Os planos ainda são os mesmos, mas eu preciso de Amber! Se é Kendall que está lendo, passe para ela imediatamente. X”
— Merda — balbuciei.
— O que foi? — Logan estava curioso
— Será que devo confiar? — perguntei mostrando-lhe a mensagem
— Você nunca irá saber — ele disse — eu acho que essa pessoa quer realmente ajudar.
— Se isso me prejudicar — resmunguei — deixo você no ultimo lugar na minha lista de melhores amigos.
“ Amber não está aqui. Você vai esconder identidade até quando?”
“ Eu preciso dela. X”
“ Pegue o numero. Mas por favor, não deixa nada de ruim acontecer com ela”
“ Eu prometo que não vai acontecer nada. X”
Dei o numero de Amber e logo continuei caminho até a gravadora, com o coração apertado. Queria chegar em casa logo e saber que ela está bem. Saber o que essa tal X queria.
Depois de alguns minutos de pura dor no coração chegamos a gravadora.
— GUSTAVO — gritei no saguão e logo Kelly veio chamando nossa atenção. Gustavo havia se tornado um velho ranzinza que amava produzir musicas
— Ele está na s...
— Obrigado — falei e logo eu e Logan adentramos a sala dele.
— Vocês já estão querendo muito — disse ele assim que ouviu nosso belo pedido — ele foi embora já tem anos.
— Mas você não tem o numero dele? — perguntou Logan
— Ter eu tenho — ele disse — Só não sei se devo passar.
— É realmente caso de vida ou morte — disse e logo ele mudou sua expressão, pegando uma agenda na gaveta e foleando rapidamente. Olhei para Logan apreensivo e de minuto em minuto eu olhava minha caixa de mensagens em busca de algo novo.
Amber POV
Eu estava preocupada. Desde ontem minha mãe não saia do quarto e percebi que meu pai havia saído cedo de casa. O que ele foi fazer? Ai já é um mistério.
Levantei-me e fui para a cozinha preparar algo para mim e para minha mãe. Fiz suco, torradas com geleia, cortei morangos e kiwis e levei para ela em uma bandeja fofa na cama. Quando coloco em cima da mesinha para acorda-la, surge-me uma mensagem.
“ Amber. Agora é contigo.
Você não sabe quem eu sou, ainda. Mas você precisa me ajudar.
Eu não quero que sua mãe morra, então, se estiver disposta, retorne mensagem. X”
O que eu deveria fazer? Ignorei aquilo e acordei minha mãe. Ela dormia no lugar do papai agarrada com o travesseiro dele. Aposto que tinha o cheiro dele lá. Ela mal queria se levantar.
— Vamos, mãe— disse — você precisa comer. Se não quer comer por você, faça o favor de comer pelo meu irmão, ou irmã.
— Você é idêntica ao seu pai — ela disse — cadê ele?
— Eu não sei — respondi — vou pegar mais suco para mim, já volto. COMA.
— Okay, meu bebê — ela disse e tomou um gole de suco e eu sai.
Na verdade eu iria responder aquela mensagem.
“ Como? Se você não quer que minha mãe morre, imagina eu. COMO EU POSSO AJUDAR?”.
“ Me encontre na praça em frente a sua casa hoje as duas. X”
“ Okay. Eu espero que você não queria me matar”.
“ Descartada a possibilidade”.
Hanna POV
Eu tinha que pensar num plano para fazer a Amber me ajudar. Brigar com ela de mentira na frente de minha mãe e fazer ela pensar que eu ajudaria ela a executar esse plano doentio? Eu iria me encontrar com Amber e nós resolveríamos juntas, eu espero.
Minha mãe estava cada vez mais louca com esse assunto de ‘ querer o Kendall para ela’. Será que é tão difícil aceitar que ela nunca o terá?
Tomei meu café da manhã e logo mandei mais uma mensagem para Kendall.
“ Sua filha vai ser a primeira pessoa a saber quem eu sou. Não estrague isso. Eu só quero ajudar, eu JURO. X”.
Um silencio permaneceu no chat por horas e então, quando deu uma e meia e sai de casa. Kendall ainda não havia respondido e Amber também não. Confesso que eu estava com medo da sua reação.
Sentei-me em um banco afastado assim que cheguei lá. Olhava para o prédio, que era enorme. Nada dela sair pela porta da frente com uma feição de assustada. Passaram-se dez, vinte, quarenta minutos. Eu estava quase desistindo quando vi ela sair pela porta do prédio, andando diretamente para a praça.
Ela estava de costas para o outro lado quando eu abordei ela.
— Amber? — chamei-a
— Você? — ela disse — O que faz aqui?
— Sou eu quem preciso da sua ajuda — falei.
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