POV ISABELLA:
Já era manhã de sábado quando finalmente chegamos na capital de Louisiana, o cansaço estava estampado em nossa cara e por isso assim que descemos do trem fomos direto procurar um lugar para fica, segunda a moça do balcão de informações tinha um hotel bom e barato que ficava um pouco afastado do centro da cidade, como não podíamos escolher muito acabamos pegando o endereço do lugar e fomos até lá de taxi. O hotel não era luxuoso mas parecia ser bastante acolhedor, pelo fato de sermos menores de idade tivemos um pequeno problema para nos hospedar no hotel mas o gerente acabou aceitando nossa estadia em troca de dinheiro a mais, depois desse pequeno contra tempo resolvido finalmente pegamos a chave da suíte que tínhamos pedido, assim que entrei no quarto larguei minha bolsa em uma poltrona que tinha ao lado da porta, Rafael deixou sua mochila junto com a minha e logo foi se deitar na cama; O quarto era simples, tinha uma cama de casal no centro logo em frente tinha uma estante com uma TV e ao lado uma frigobar, no canto tinha um pequeno guarda-roupa e ao lado uma porta que dava apara o banheiro, tudo tinha estampa florida, exceto a poltrona que era de um tom marrom escuro, apesar de pequeno e simples o lugar era realmente aconchegante, acabei despertando dos meus pensamentos quando ouvi Rafael falar comigo
Rafael: Vai ficar parada ai?
Ele se sentou na cama, tirou os sapatos em seguida a camisa e ficou me encarando
Isabella: Não, só estava analisando o lugar
Dei de ombros, ele sorriu e se deitou
Rafael: Ao invés de analisar de analisar esse lugar porque você não deita e descansa? Precisamos estar descansados para enfrentar tudo que vem pela frente.
Assenti com a cabeça, me aproximei da cama e sentei na beirada da mesma, retirei meus sapatos, a calça e por fim tirei o sutiã mas mantive a blusa, me deitei na cama já puxando o cobertor para me cobrir, cautelosamente me aproximei do Rafael e repousei minha cabeça sobre seu peito, ele me abraçou meio desajeitado e começou a acariciar meus cabelos, não demorou muito para que dormíssemos.
POV MEREDITH:
Depois do baque que foi ler a carta da Isabella e tive que tentar assimilar tudo sozinha, acabei me dando conta que precisava ter uma conversa com John.
No sábado de manhã fiz questão de chegar cedo na igreja, queria conversar com ele antes de começar o encontro de jovens. Assim que entrei na igreja pude avistar John arrumando o altar, quando ele me viu fechou a cara, aquela reação me deu certeza de que ele tinha conhecimento dos últimos acontecimentos, me aproximei e ele se manteve serio
Meredith: Acho que você já sabe o que eu vim fazer aqui
Ele assentiu com a cabeça, fez um sinal com a mão para que eu o acompanhasse e saiu andando pela igreja, logo reconheci que estávamos em frente a porta da sala de estudos bíblicos, sem muita enrolação entramos ali e ele fechou a porta em seguida, John foi andando pela sala até se sentar em uma das cadeiras
John: Creio que você veio fala do que sua sobrinha e o inconsequente do meu filho aprontaram
Meredith: Então você já sabe da história toda? –ele assentiu com a cabeça-, você tem alguma notícia deles?
John: Porque eu teria? Eles não falaram comigo –ele suspirou-, Rafael não vai falar comigo, ele sabe que sou contra esse relacionamento
Meredith: E você acha que eu sou a favor? –o encarei incrédula-, Dias atrás quando vi os dois juntos mandei se afastarem mas agora sei que não me obedeceram
John: Então você sabia desse envolvimento antes dessa confusão? Todo esse tempo você sabia que a Isabella estava desvirtuando o meu filho e não me contou? –ele disse grosseiro-.
Meredith: Eu vi os dois juntos há alguns dias mas não sabia que era tão sério
John: Você foi conivente com essa situação, você deixou a ordinária da sua sobrinha seduzir o meu filho
Ele me encarou com raiva enquanto gritava cada palavra, com muita fúria retruquei sua acusação no mesmo tom
Meredith: Eu não admito que você fale assim da Isabella, ela já cometeu inúmeros erros mas não é essa garota superficial que você está descrevendo –ele me encarou assustado e eu diminui o meu tom de voz-, confesso que achei que essa espécie de relacionamento era apenas uma válvula de escape para os dois, Rafael usava Isabella para fugir um pouco da igreja e Isabella usava Rafael para tentar esquecer o passado, mas eu vejo que estava errada, eles estão mais entregues do que eu poderia imaginar e isso não é bom para eles.
John: Se não fosse a sua sobrinha o meu filho não tinha cometido tantos erros
Respirei fundo e o encarei seria
Meredith: John eu acabei de dizer e repito: esse relacionamento não é bom para os dois; isso vai fazer com que a Isabella perca o foco para o futuro e que o Rafael se distraia da igreja, não adianta remoer os erros que já foram cometidos, agora nós dois devemos arrumar um jeito de trazer os dois de volta o mais rápido possível e acabar com esse relacionamento, mas para que isso aconteça eles vão ter que voltar porque de longe não dá pra fazer nada para separa-los, pelo menos tente assumir seu papel de Pai e ajude o Rafael da mesma forma que vou ajudar a Isabella, eu quero os dois aqui onde eu estou para depois fazer alguma coisa –disse ríspida-
John: Eu também quero o meu filho de volta, mas quero o meu Rafael de sempre e não isso que ele se tornou
Meredith: Então presta atenção no que eu estou falando, vamos tentar falar com os dois e apoia-los para que eles possam voltar pra casa
Era nítida a indecisão do John, mas depois de tanto relutar ele assentiu com a cabeça e deu um sorriso falso
John: Certo, vamos fazer isso e já sei até como.
POV RAFAEL:
Acordei no final da tarde e Isabella ainda estava dormindo, com muita cautela consegui me levantar sem acorda-la, aproveitei que estava praticamente sozinho e liguei o para Guilherme
Início da ligação
Guilherme: Já estava começando a achar que você não ia me ligar
Rafael: Que exagero! Não demorei tanto para te ligar
Guilherme: Tudo bem, não vou discutir isso porque agora só quero saber onde vocês estão e como está tudo por ai
Rafael: Estou em Louisiana e por enquanto está tudo tranquilo, os problemas só vão começar quando fizermos a denúncia contra o Felipe –dei um longo suspiro-, mas eu liguei mesmo foi para saber se você conversou com meu Pai
Guilherme: Sobre seu Pai tem uma coisa muito interessante para te dizer, fui lá conversar com ele e é claro que ele não teve uma boa reação, falou que só ia querer saber de você quando voltasse pra casa...
Rafael: No fundo eu já esperava por isso
Guilherme: Mas o engraçado é que não faz nem meia hora que ele veio aqui em casa conversar comigo, para falar a verdade veio ele uma mulher chamada Meredith se não me engano ela é Tia da Isabella, enfim, seu pai disse que tinha pensado direito e que estava preocupado com você, os dois pediram pra que vocês dessem notícias e que eles vão tentar ser o mais compreensível possível com toda essa situação
Rafael: Você está falando sério? –disse incrédulo-
Guilherme: Cara por incrível que pareça é a mais pura verdade, vou te confessar que achei bem estranho essa mudança de opinião de uma hora para outra
Rafael: A preocupação deve ter falado mais alto que o orgulho
Guilherme: É pode ser, você pretende ligar pra ele?
Rafael: Vou ligar e vou mandar a Isabella ligar pra Meredith, mas so depois que a gente já tiver denunciado o Felipe
Guilherme: E quando isso vai ser?
Rafael: Amanhã sem falta –soltei um longo suspiro-, você sabe do Felipe? Se ele já tem conhecimento que eu e a Isabella não estamos mais ai...
Guilherme: Por enquanto não sei de nada dele e sinceramente não estou querendo saber –ele soltou uma risada-
Rafael: Eu vou ter que desligar agora, mas depois eu te ligo de novo, se você souber de alguma coisa me avisa?
Guilherme: Com certeza, pode contar comigo
Rafael: Obrigado por tudo, de verdade
Guilherme: Estamos juntos sempre, fica bem
Rafael: Você também, tchau
Fim da ligação.
A mudança de opinião repentina do meu Pai realmente tinha me deixado meio confuso mas acabei me convencendo que a raiva foi coisa de momento por ser o último a saber de tudo, claro que ele não ficaria com raiva do único filho, antes que eu começasse a pensar besteira sobre meu Pai decidi espairecer a mente, voltei a me deitar na cama e me distrai observando Isabella dormir.
POV FELIPE:
Fiquei sem notícias da Isabella desde que a vi junto com o Rafael na escola mas não demorou muito para alguém me contar que ela tinha fugido, pelo jeito a história dela com o idiota do Rafael acabou se espalhando entre os jovens da igreja, tive que aguentar todos os meus amigos rindo da minha cara e fazendo piada dizendo que fui trocado por um babaca religioso, mas fato é que o sumiço dela e do idiota do Rafael estava me deixando preocupado, algo me dizia que os dois estavam planejando alguma coisa contra mim, eu tentei de todas as formas descobrir onde os dois estavam mas ninguém conseguia me responder essa pergunta e eu não me lembrava de um amigo da Isabella para perguntar sobre isso, só me recordei de um cara magrelo e estranho que vivia na cola do Rafael.
La estava eu na porta da casa do tal amigo do Rafael, com meu dinheiro e tantos amigos não foi muito difícil descobrir onde ele morava, já fazia um certo tempo que eu estava do outro lado da calçada esperando algum sinal daquele imbecil, logo vi ele saindo de casa junto com a Bruna, confesso que não entendi o que os dois estavam fazendo juntos mas a minha preocupação não era essa, segui os dois até o final da rua, foi ai que me aproximei e o puxei pela camisa, Guilherme me olhou assustado e a expressão da Bruna era de puro pânico, ignorei aqueles olhares sob mim e o agarrei pelo pescoço
Felipe: Eu quero saber do seu amiguinho e da Isabella e você vai me falar agora onde eles estão
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