Desde que saí do Japão, mamãe me aconselhava a casar cedo com um homem rico antes que eu ficasse desprovida de beleza e ninguém quisesse mais nada comigo. Pouco a pouco fui concordando com ela. Não poderia continuar trabalhando como uma simples garçonete no centro de Seul o resto da vida, ou queimando os neurônios na faculdade de direito que passei com um esforço danado.
Eu só queria ter muito dinheiro, isso, é claro, sem ter que ficar por aí vendendo meu corpo.
Foi aí que a ideia de usar os playboyzinhos babacas da faculdade começou a funcionar. Christopher foi o primeiro. Logo Junmyeon ficou em meu caminho e eu não pude querer nada melhor... Até encontrar Dahyun.
Céus, eu me lembrava até do seu cheiro e sua voz tão gostosa. Era engraçado para mim porque eu nem tinha ideia de que aquela moça tão linda era a irmã mais nova do cara que eu arrancava dinheiro uma vez ou outra.
Como eu poderia imaginar que a irmã que Junmyeon tanto falava seria tão interessante assim?
- O que houve? - Jihyo apareceu com um balde de pipoca na mão e um copo de refrigerante quando sentei no sofá e joguei os sapatos para um canto qualquer da sala. - Voltou cedo até.
- Tive uns problemas. - Ela me olhou desconfiada.
- Se meteu em problemas mesmo, não é? Eu sabia! Você sempre faz alguma coisa quando sai.
- Quase... Eu realmente quis me meter em problemas hoje, mas não deu. Ouça, eu estou odiando fazer isso no momento, mas queria pedir desculpa pelo jeito que falei com você mais cedo.
Certo, aquela foi a primeira vez que pedi desculpa a alguém além da minha mãe quando uma vez aos onze anos joguei seu maço de cigarros na privada e dei descarga. Jihyo era quase uma amiga para mim, mesmo que sempre me desse alguns sermões e me deixasse com raiva na maior parte do tempo.
- Ah! - A coreana deixou as coisas na mesinha do centro e me abraçou forte, praticamente esfregando meu rosto contra seus seios... Grandes. Jihyo estava pronta para me fazer morrer com falta de ar. - Não precisa se preocupar com isso, Sana, eu te amo mesmo assim.
- Tudo bem, agora me solte. Tenho adoração por seus seios mas não tanto assim. - Jihyo fez uma careta e me soltou. - E aí? Por que sua namorada com cara de psicopata saiu daqui nervosa? - A garota sentou ao meu lado.
- Nervosa? Ela parecia normal pra mim. - Resmungou Jihyo, dando de ombros.
- Você realmente não quer pensar melhor sobre o assunto?
- Que assunto?
- Sexo, Jihyo! Você precisa transar urgentemente. - Tentei entrar novamente naquele assunto, mas de maneira mais leve.
- Eu não entendo o motivo de todo mundo querer tanto que eu faça esse tipo de coisa. Posso muito bem viver sem sexo na minha vida. - Respondeu ela.
- Mas a Tzuyu não. - Olhei a garota com calma, ela tinha acabado de encher a boca de refrigerante. - Eu juro que falo isso pro seu bem, Hyo. Tzuyu é uma menina linda, eu não duvido que ela realmente te ame, mas... É complicado, entende?
- Me explique então. - Bufei por não saber o que dizer. Tudo bem, eu era a mais velha e podia até ter uma certa obrigação de explicar a ela sobre tudo e mais um pouco.
- Aish... Bom, é que quando se é virgem, você não sente tanta vontade assim de estar com outra pessoa, porque, afinal, não se provou da coisa toda. Me entende? - A verdade é que nem eu estava me entendendo. - O que eu quero dizer, é que Tzuyu já deve ter transado com outras pessoas, e ela deve sentir falta desse... Tipo de contato. Ainda mais por você ser tão bonita, deve ser difícil pra ela ter que ficar se segurando. Conseguiu me entender agora?
- Tente ser mais direta.
- Que se você consegue viver sem foder nessa vida, acho que a Tzuyu não. - Limpei a garganta com um certo arrependimento de ter entrado naquele assunto. Nunca tive tanta vergonha assim para falar sobre sexo, mas é que Jihyo exalava uma inocência fora do comum. - Vocês já conversaram sobre isso?
- Mais ou menos. - A garota engoliu em seco.
- E você sabe como ela se sente em relação a isso? - Tive um balançar de cabeça como resposta. Jihyo estava levemente vermelha. - Então fala com ela de novo. Aposto que não é só ela que está na vontade, Jihyo, você não me engana. Como consegue se segurar tanto?
- Na verdade, é porque o papai me fez prometer...
- Seu pai é um idiota, Jihyo! Como não consegue ver que ele só te fez prometer isso porque é um preconceituoso?
- Ele foi o primeiro a aceitar meu relacionamento com Tzuyu. - Sorri com sua inocência, era algo admirável para pessoas fodidas como eu.
- Não seja boba. Ele só fez isso pra não perder você. E fez você prometer que só iria perder a virgindade depois do casamento pra não ter o desprazer de saber que a Tzuyu enfia os dedos em você. - Jihyo suspirou de frustração ao me ouvir. Me senti bem com isso, de jogar a verdade na cara dela pois odiava quando ela colocava seu pai num pedestal.
- Isso não faz sentido pra mim.
- Não faz? Qual é! Seu pai sabia que a Tzuyu não ia aguentar tanto tempo sem sexo, é até uma surpresa vocês estarem quase dois anos juntas. Quase dois anos! Você sabe o que é um mês sem sexo?! - Encarei os olhos grandes da coreana enquanto falava. - Ele foi esperto e você foi burra! Se quer foder com ela, então fode logo de uma vez! - Por fim me levantei do sofá para ir dormir. Já tinha perdido a paciência mesmo e conversar sobre Jihyo não querer transar com a deusa que ela chamava de namorada só iria me deixar insana de vez.
Tirei a roupa da festa e tomei um banho quente. Antes de dormir troquei algumas mensagens com Junmyeon, mas não mencionei em momento algum que estava na festa de sua empresa. Ele ficaria furioso.
Eram quase oito da manhã quando cheguei no carro de Christopher na lanchonete que eu trabalhava. Ele era meio grudento mas não consegui recusar sua carona, ir andando ou de ônibus estava fora de cogitação. É claro que uma moça como eu deveria sempre estar dentro de um carro como aquele.
- Queria te pedir desculpa por ontem. Sei que não tenho direito nenhum sobre você. Podemos apenas continuar com nossa farsa? - Christopher sorriu, mas continuei o olhando séria.
- Christopher, você está levando isso a sério?
Eu sei que sim. Estava caidinho por mim.
- É que você é tão linda, Sana. Às vezes eu me esqueço que tudo é uma farsa.
- Tudo bem, eu não ligo. Só quero que fique claro que eu não me importo nem um pouco com seus sentimentos e estou aqui só pelo dinheiro que você está colocando no meu bolso. - Olhei para Christopher com um sorriso maldoso. Eu era má no fim das contas. - De toda forma, obrigada pela carona... Namorado.
- Então pensa! - Ele exclamou alto antes que eu saísse do veículo. - Pensa que a gente poderia ter algo de verdade. E eu poderia te dar tudo o que você quiser.
- E eu tenho cara de idiota por acaso? Acha que eu não sei que você é só um moleque que bate uma pensando em mim? Cresce, Christopher! Eu avisei que seria só negócios, então não queira misturar isso.
Saí do carro com o mesmo sorriso cínico enquanto o rapaz me olhava sem poder fazer nada. Eu sabia que ele não ia abrir mão do nosso trato, aquela era a única chance dele ter um pouco de mim afinal.
A lanchonete que eu chamava carinhosamente de espelunca, quase sempre estava vazia, exceto pelas segundas, sextas e sábado. Eu tinha quase certeza de que aquilo não rendia dinheiro nenhum e que meu patrão só não me demitia porque gostava de ficar secando meu corpo vez ou outra. Ele amava me jogar cantadas idiotas e me chamar para sair, e eu amava lhe dar respostas grossas sabendo que ele não tomaria meu emprego.
Logo vi minha única colega de trabalho ali, quase dormindo no balcão. Seulgi era um anjo, mas sempre dormia e me deixava dando conta de tudo sozinha.
- Bom dia, ursinha, coisa linda da mamãe! - Bati no balcão com tanta força que a menina pulou e por pouco não caiu para trás.
- Que isso, Sana? Precisava de um escândalo desses? - Seulgi me encarou brava enquanto coçava os olhos. - O que custava me deixar dormir um pouco? Não apareceu uma mosca aqui desde que abri.
- E nem vai aparecer porque ontem eu limpei tudo direitinho, Seulgi, se eu ver uma sujeira que for eu faço você limpar com a língua.
- Aish... Como foi sua noite, it girl?
- Proveitosa até certo ponto. E a sua? - Ela soltou um risinho malicioso.
- Finalmente consegui um ménage com minhas melhores amigas. - Sussurrou como se tivesse me contando um segredo. Fiquei surpresa, claro. - Nunca pensei que provaria de uma coisa tão boa na minha vida.
- Que bom pra você, safada. - Meus olhos pararam em uma moça que tinha acabado de entrar na lanchonete.
Bufei alto pois sabia que teria que vestir aquele uniforme horrível e ouvir cantadinhas baratas durante o dia inteiro.
*
A noite caía assim como meu humor. Seulgi novamente babava no balcão. Restava apenas dois homens que estavam ali desde a tarde comendo e olhando para minha bunda. Era constrangedor e Seulgi não prestava nem para tocá-los de lá.
O sininho da porta tocou indicando que mais uma pessoa tinha entrado, mas não dei muita atenção. Porra, estava quase na hora de fechar, tudo o que eu queria era ir para casa e dormir até o ano que vem. Se qualquer um dos caras que eu costumava dar um passeio ou até mesmo Ten me ligasse, eu mandaria ir se foder.
Naquele exato momento eu estava passando vergonha enquanto tentava acordar Seulgi, mas parecia que aquela desgraçada tinha desmaiado no balcão. Eu quis dar uma paulada na cabeça dela.
- Problemas com a moça? - Meus pés se colaram no chão quando ouvi aquela voz. Senti um misto de felicidade e frustração por ouvi-la.
Respirei fundo e me virei quase que lentamente, conseguindo ver um sorriso ladino nos lábios rosados da mulher.
Dahyun! Merda. Eu nem estava tão apresentável assim e ela parecia estar mais linda do que a noite anterior.
- Que bom que eu não vou precisar matar o Chittaphon por me passar o endereço errado do seu trabalho. - Olhei rapidamente para Seulgi que ainda dormia. Que droga!
- Como me encontrou?
- Acabei de lhe falar, senhorita Minatozaki Sana. Obriguei Chittaphon a me dar todas as informações possíveis sobre você. - Fiquei chocada com sua resposta. Eu não esperava que ela fosse vir atrás de mim. - Eu não imaginava que você trabalhasse aqui.
Aquilo meio que veio como um balde de água fria, mas ela não pareceu querer me ofender ou qualquer coisa do tipo. Na verdade Dahyun encarava tudo com serenidade. Bem, exceto pelos homens que ainda me comiam com os olhos. Não foi difícil perceber que eu realmente estava incomodada com aquela atenção toda.
- O que veio fazer aqui? - Prontamente mudei de assunto. Não me orgulhava de estar trabalhando ali, embora ainda fosse um trabalho digno não chegava nem aos pés do que eu realmente queria.
- Ora, Sana... - Ela deu alguns pequenos passos em minha direção, tão perto e nem parecia se importar com a presença de outras pessoas. - Você foi filha da puta o suficiente pra não sair da minha cabeça durante a noite toda. - Dahyun praticamente sussurrou aquelas palavras. Ri baixinho e coloquei minhas mãos atrás do corpo, era uma forma de me controlar.
- Poderia até me desculpar por isso, mas não é algo que me arrependo, senhorita Kim. - Disse, carregando uma expressão quase maliciosa no rosto.
Então, acho que estávamos flertando de novo.
- Admiro muito essa sua ousadia de balançar meus limites e achar que isso não vai ter consequências. - Meu corpo esquentou, bem, chegava até me surpreender com o fato de que Dahyun me causava muito apenas com palavras.
- Seja mais direta, Dahyun. O que realmente veio fazer aqui, hm?
- Vim gentilmente te buscar pra irmos até o meu apartamento, para eu enfim foder você e acabar com a tensão que você colocou em mim desde ontem. Se você quiser, é claro. - Sorriu, e percebi que ela tinha se aproximado mais.
Ouvimos um pigarro, parecia ter vindo de um dos homens que por incrível que pareça, não tinham ido embora.
- Eu já estou terminando aqui. - Dahyun suspirou, assentindo logo em seguida.
- Tenho tempo de tomar algo pelo menos?
- Senta lá, vou pegar alguma coisa pra você.
Andei até a cozinha do lugar onde ficava o freezer e peguei uma pequena garrafa de refrigerante. Não seria boa ideia dar qualquer bebida alcoólica para Dahyun.
Eu mal havia entrado naquele espaço quando fui surpreendida com braços ao redor da minha cintura. Apenas quando virei meu corpo percebi que era Dahyun, e tive a boa parte do meu cabelo segurado por seu punho. Quando fui surpreendida novamente, agora com um beijo capaz de deixar meu corpo em chamas. Agarrei seus ombros antes que aquilo acabasse. Eu até poderia jurar que era coisa da minha cabeça, mas suas mãos realmente estavam me segurando e sua língua fazia uma mágica e tanto em minha boca.
Eu mal podia esperar que mágica ela faria em outras partes do meu corpo.
Ah, merda, como eu estava eufórica! Tudo bem, eu não me importava em brincar com ela em qualquer lugar que fosse. Menos na cozinha do lugar onde eu trabalho.
- Dahyun... - Encostei nossas testas e nos encaramos ofegantes. - Aqui não.
- Me desculpe, eu estava extremamente curiosa pra saber o gosto da sua boca. - Sorriu pra mim, dedilhando meus lábios. - Você é deliciosa, Sana, e eu quero mais de você.
Vi seu rosto se aproximar novamente, e quando percebi que ela iria me beijar, coloquei meu dedo em seus lábios.
- Vou avisar que estou fechando e depois você pode me levar pra qualquer outro lugar.
E eu fui, com Dahyun atrás de mim, que claramente fazia um esforço para não me agarrar de novo. Acordei Seulgi com um tapão na cabeça e depois fui conversar com os dois caras, tentar explicar gentilmente que já havíamos passado do horário. Eles foram até gentis comigo... Até o momento em que eu me virei e senti um tapa.
Um tapa bem no meu traseiro que me deixou furiosa. As outras duas no balcão também viram, eu tinha certeza pois Dahyun veio rápido em minha direção.
- Qual é o seu problema?! - Fiquei tão puta que não pensei que pudesse piorar, apenas deixei minha raiva escapar pelo tapa estalado que dei no rosto daquele homem. - Nunca mais encoste em mim! - Quase gritei.
Vi quando o homem alto se levantou da cadeira e ergueu a mão para mim. Nenhum homem nunca tinha feito isso antes e mamãe me ensinou que eu deveria acabar com qualquer filho da puta que tentasse me machucar.
- Eu juro por tudo que há nesse mundo, que se você encostar essas mãos imundas na minha namorada eu vou ter um enorme prazer em arrancá-las de você. - A voz de Dahyun veio ameaçadora, mas o homem apenas riu. Eu fiquei um pouco atônita por ouvi-la falar que eu era sua namorada.
- Olha só pra isso. Acho que vou ter que te deixar mansa também, branquinha. Dou conta das duas.
- Pois bem, seu merdinha do caralho. - Ela sorriu maldosa, e quando menos esperei, Dahyun deu um soco forte no rosto do cara. Eu o vi cair em cima da mesa com as mãos no nariz. Seu amigo que até então estava quieto correu para ajudá-lo. - A próxima vez que você mexer com qualquer mulher daqui, eu vou cortar essa coisa que você chama de pênis e dar para meus cachorros comerem!
Certo... Eu nunca estive tão chocada.
Seulgi saiu de trás do balcão com um taco de beisebol e ameaçou bater nos dois, quando um deles segurou o outro e ambos quase correram pra fora.
- Eles pelo menos pagaram? - Seulgi perguntou enquanto encarava a mesa extremamente bagunçada onde antes os dois filhos da puta comiam.
- Tudo bem, Sana? Eles fizeram qualquer outra coisa que te deixou ofendida?
Dahyun parecia tão preocupada, apreciei isso.
- Eu agradeceria muito se você pudesse me levar pra dar uma volta. Eu só vou me trocar.
- Tem certeza? Eu posso apenas te levar pra casa, tudo bem pra mim.
- Na verdade, eu gostaria de sair daqui com você e conhecer seu apartamento depois. - Ela olhou pra mim com luxúria, e eu não me segurei em retribuir. A tensão sexual era tanta que até Seulgi notou.
- Hã... Sana? - A garota cutucou o meu braço, me tirando de qualquer contato visual com Dahyun. - Aqueles caras não pagaram a conta, nós estamos fodidas.
- Oh, não se preocupe com isso. - Observei Dahyun tirar uma carteira do bolso traseiro. - Eu pago o prejuízo. - Seulgi abriu um sorriso enorme enquanto eu continuava apenas observando.
Aquela filha da puta tinha dinheiro suficiente pra me deixar pensando se realmente queria continuar brincando com um babaca como Junmyeon.
Me apressei até o banheiro e troquei aquele uniforme horrível pela blusa e a saia apertada que usei pela manhã. Seulgi terminava de arrumar tudo antes de finalmente poder fechar as portas depois de um dia cansativo... Para mim, claro, já que a única coisa que ela realmente fez foi dormir.
- Seulgi, você termina de fechar tudo aí? Eu já vou indo. - Seulgi riu ao me olhar com uma cara maliciosa. Pude notar o olhar negro de Dahyun descer do meu rosto até minhas pernas.
- Tudo bem, Saninha.
- Certo, te vejo na segunda. - Me despedi enquanto via se estava tudo guardado na minha bolsa. - Vamos? - Dahyun parou de me secar e sorriu assentindo.
- Claro.
Foi meio que impossível não sentir aquele mesmo arrepio quando ela segurou minha mão com firmeza. Eu gostava mesmo daquela sensação de estar prestes a fazer uma coisa proibida, e gostava mais ainda do olhar de desejo que recebia de Dahyun. Ela estava me tratando como se eu fosse a coisa que ela mais desejava no mundo. Talvez eu fosse mesmo.
Engoli em seco enquanto entrava em seu carro, seu cheiro parecia estar impregnado nele. Mal conseguia imaginar o quanto aquele automóvel tinha custado, eu apenas nunca tinha visto nada igual, nem com Ten. Eu fiquei a observando enquanto a mesma dava algumas voltas nas avenidas.
A desgraçada era tão linda que fazia meus olhos doerem. Desde sua pele pálida que contrastava com seu cabelo negro e os olhos marcantes. Dahyun era mesmo muito linda.
- Eu vou ficar envergonhada desse jeito. - Ela notou meu olhar e sorriu. Aquilo era uma das coisas mais bonitas nela. - O que foi?
- Você é bonita. - Respondi, fazendo a mulher revezar seu olhar entre mim e a estrada.
- Você também. - Antes mesmo que eu respondesse, vi Dahyun tentar disfarçar uma careta de dor enquanto balançava a mão direita.
- Está doendo? Aposto que não deve ser muito agradável dar um soco na cara de alguém.
- É agradável quando se trata de um filho da puta como aquele. A dor que vem depois é que não é muito agradável. - Dahyun balançou a cabeça.
- Espero que seja canhota então. - Desviei o olhar para o caminho que fazíamos quando recebi a intensidade dos seus olhos.
- Sou ambidestra, Sana.
Acabei por rir.
- Isso é muito interessante, senhorita Kim Dahyun.
- Eu deveria me preocupar por você saber meu nome? - Dahyun continuou com os olhos na estrada embora tivesse um mínimo sorriso nos lábios.
- Quem não sabe, afinal? Além do mais, o Ten me contou um pouco sobre você.
- Você é mesmo uma stalker, garota.
- Talvez eu seja. Isso te preocupa? - Lancei um olhar desafiador até Dahyun. Eu realmente amava balançar seus limites.
- Se toda stalker for assim como você, eu não vou ter motivos pra me preocupar. - A morena me olhou de soslaio.
- Assim como?
- Gostosa. - Respondeu sem pudor algum.
Aquela resposta me agitou como nunca.
- Para o carro. - Minha voz soou tão séria que a mulher me olhou assustada.
- E-Eu falei algo errado? - Me esforcei para não rir do seu jeitinho desesperado.
- Para o carro, Dahyun. - Pedi novamente enquanto deixava minha bolsa no chão do carro.
Meus dedos formigaram quando o carro parou em frente a uma loja de roupas que aparentemente estava fechada. Foi então que pulei para o seu colo com toda a pressa que sentia de tê-la para mim desde a noite passada.
- Sana, nós estamos perto do prédio que eu-
A interrompi quando beijei seus lábios com vontade e tive a chance de sentir melhor um gosto semelhante ao de vinho em sua língua. Suas mãos passaram por minhas coxas para propositalmente subir minha saia. Sentir sua língua me dominar e os apertos que ela deixava por meu corpo me deixou molhada.
Puxei o cabelo negro de Dahyun, afastando seu rosto o suficiente para que eu pudesse me abaixar um pouco e começar a dar leves beijos em seu pescoço. Imaginei que qualquer coisa mais forte em sua pele branquinha iria deixar uma bela marca.
- Não deixa marca. - Dahyun pediu enquanto arfava com meus lábios que agora deixavam alguns chupões fracos em seu pescoço.
Por algum motivo quis questionar seu pedido, mas desisti por medo de acabar com o clima.
- Vai pro banco de trás, agora! - Aquilo em momento algum foi um pedido.
Rapidamente saí do seu colo para me acomodar no banco traseiro, seria ótimo fazer memórias gostosas ali. Recebi o corpo da mulher em cima do meu e logo nossos lábios estavam juntos novamente, dessa vez de uma forma mais selvagem onde as vezes eu mordia seu lábio sem dó alguma.
Não me contive em desabotoar sua calça jeans, louca para ver o que ela guardava por baixo do jeans casual e a blusa de mangas compridas. No entanto, ela fez meu queixo cair quando se afastou justamente para levantar a barra da blusa e tirá-la do seu corpo, deixando seus seios cobertos por um sutiã preto invadirem minha visão. Ah, eu ficaria com seu corpo em minha mente por alguns dias, tinha certeza.
- Nossa... - Encarei seu corpo com a respiração ofegante.
- O que?
- Você é muito gostosa, Dahyunie. - Ela apoiou suas mãos em cada lado do meu corpo desajeitadamente deitado no banco. Puxei seu rosto até estarmos mais próximas.
A mulher riu do meu súbito desespero e me deu alguns beijos no pescoço mas ao contrário dela, eu a deixei me marcar como bem quisesse, aliás, eu sentia minha calcinha molhar cada vez que sentia Dahyun puxar minha pele com seus dentes. Entendi que estava na hora de me livrar de todo o resto de roupa que me cobria, mas o barulho do celular na minha bolsa me tirou qualquer sensação boa que os lábios de Dahyun proporcionavam.
- Não quer atender? Assim param de insistir. - Sua voz me causou vibrações pelo corpo.
Droga, droga, droga! Por que sempre tinha algo pra atrapalhar?
- Só um minuto.
Dahyun deu espaço para que eu me esticasse um pouco até conseguir pegar minha bolsa e consequentemente meu celular. Eu quis morrer ao pegá-lo e ver o nome de Jihyo no visor.
- O que foi, Park? - Ouvi a risada da mulher ao meu lado quando meu tom saiu irritado para Jihyo.
- Tem um homem bonitão aqui na sala esperando por você. - Cerrei os olhos desconfiada mesmo que ela não pudesse me ver. Provavelmente Jihyo estava falando do Chittaphon.
Senti meu cabelo ser afastado para que Dahyun deixasse alguns beijos em meu pescoço.
- Diga ao Ten que eu estou ocupada e que ele me atrapalhe qualquer dia, menos hoje. - Apertei meus punhos para não gemer quando Dahyun ousou apertar meu seio mesmo que por cima da blusa.
- Ten? Oh não, Sana, é um tal de Junmyeon que está aqui. Ele disse que só vai embora quando você aparecer.
Aquelas palavras me fizeram arregalar os olhos e afastar Dahyun para pular até o banco do carona.
- Eu já estou indo, segure ele aí. - Encerrei a ligação e encarei a mulher que colocava sua blusa. - Me desculpe, eu tenho que ir. - Senti até um incômodo em falar aquilo. O rosto de Dahyun estava um pouco vermelho.
- Não tem problema, a menos que você morra nós podemos nos encontrar em qualquer outra hora.
Ela se sentou ao meu lado e riu de um jeito engraçado enquanto fechava os botões da calça.
- Vou ter que marcar horário pra ficar perto de uma pessoa importante como você? - Perguntei divertida.
- Você sabe que não. Digamos que eu estou muito louca por você, então quando me chamar eu vou vir imediatamente.
Era isso que eu queria ouvir.
- É bom saber disso, Dahyunie. - Disse com um sorriso convencido. - Vou chamar um táxi, já abusei muito da sua boa vontade.
- Não se preocupe com isso, eu te levo pra casa. - Ela respondeu, já ligando o carro. - Só me guie, sim? - Assenti, então Dahyun passou seus dedos pelos fios de cabelo, os jogando pra trás. Aquilo foi sexy.
Eu odiei ter que voltar pra casa pois o caminho de volta foi tão rápido, e ficar ouvindo a risada de Dahyun a cada palavra idiota que eu falava não estava ajudando porque eu sabia que me arrependeria de não ter ficado e aproveitado a noite com ela dentro daquele carro.
Junmyeon era uma pedra no meu sapato mesmo. Eu faria questão de despachar aquele idiota por ter estragado minha foda de novo.
- É esse o prédio? - Perguntou, arqueando as sobrancelhas e olhando o lugar todo.
- Sim, aqui mesmo. Obrigada por ter me trazido, foi muita gentileza sua.
- Na verdade, eu quis aproveitar pra poder decorar o caminho e aparecer aqui de surpresa qualquer dia desses. - Dahyun comentou baixinho enquanto se aproximava perigosamente do meu rosto.
- Nem pense nisso, senhorita Kim, eu não moro sozinha. - A vi franzir o cenho com minha fala e tentar se afastar, mas segurei sua nuca e mordi seu lábio inferior.
- Você... - Ela respirou fundo. - Você namora? - Neguei com a cabeça rapidamente.
- Isso te incomodaria? - Perguntei, a encarando nos olhos.
- Um pouco, eu acho.
- Eu não namoro. Bem, é que eu moro há alguns meses com minha amiga peituda. - Dahyun riu pela forma que falei de Jihyo.
- É assim que você a chama? - Me ocupei em acariciar sua nuca. Eu gostei do gosto dos seus lábios e já queria senti-los de novo.
- Algumas vezes só. - A mulher suspirou e me olhou de cima a baixo. Percebi que ela fazia isso muitas vezes.
Um aparelho vibrou perto da marcha e Dahyun o pegou rapidamente. Parecia ler uma mensagem.
- É melhor eu ir. Meu irmão marcou um jantar hoje à noite pra apresentar a namorada e se eu não aparecer ele faz um escândalo. - Revirou os olhos e jogou o celular no banco de trás.
Franzi o cenho e abri a boca levemente. Então quer dizer que Junmyeon tinha uma namorada e eu não sabia disso? Canalha!
- Então seu irmão namora? - Dahyun cerrou os olhos pra mim, desconfiada do meu repentino interesse no assunto.
- Não sei, até ontem ele não tinha ninguém além das putas interesseiras que vivem o cercando.
Me senti ofendida.
- Espera, por que quer saber sobre-
Roubei um selinho seu, o que ocasionou em mais uma de suas risadas.
- Venha me ver outro dia.
- Claro, Sana. - Ela sorriu maliciosamente e me beijou uma última vez antes que eu saísse do carro.
Eu não sabia o que dizer e ela provavelmente não, por isso não dissemos mais nada e ela apenas foi embora.
Suspirei nervosa com péssimas previsões para aquele sábado entediante. Tirei o celular da bolsa e observei meu pescoço, procurando marcas ou qualquer coisa do tipo, encontrando pequenas marquinhas vermelhas que eu sabia que logo ficariam roxas e precisariam ser cobertas por maquiagem.
Minha expressão estava completamente fechada quando abri a porta do apartamento e dei de cara com Junmyeon impaciente sentado no sofá.
- Onde você estava? - Ele se levantou rápido quando me viu. Sua voz estava mais impaciente ainda, mas apenas o olhei com desprezo.
- Não é da sua conta, mas como sou educada te digo que estava no trabalho. - Dei de ombros, deixando minha bolsa no sofá.
- Que seja, vá se arrumar! - Ele disse, voltando a se sentar. Eu odiava quando um homem mandava em mim, por isso continuei o encarando, só que agora com raiva. - O que está esperando, Sana? Vá se arrumar!
- Eu acho bom você abaixar o tom comigo, Kim Junmyeon. - O homem bufou e depois respirou fundo para conter sua impaciência. Logo sua expressão suavizou.
- Me perdoe, é que estou tão nervoso que... Me desculpe, Sana. - Revirei os olhos e esperei que ele me explicasse que merda estava acontecendo. - Estou apaixonado por você, é isso. - Ele murmurou um pouco nervoso e isso me fez engasgar.
- C-Como? Apaixonado? Apaixonado por mim? - Não me importei em mostrar o quanto estava incrédula.
- Sim, Sana, eu estou completamente apaixonado por você. Agora, por favor, vá se arrumar para que eu possa apresentar você aos meus pais. - Ele me lançou um olhar quase suplicante.
- Eu não estou entendendo. Que porra é essa, Junmyeon?!
Digo, eu demorei a entender mas entendi. Junmyeon mandou uma mensagem para Dahyun dizendo que ia apresentar a namorada para família... E a namorada no caso era a minha pessoa? Puta merda!
Certo, eu não caí nenhum pouco naquele papo de canalha dele, mas estava eufórica novamente. Eu estava pronta para causar o caos naquela noite com todo prazer.
- Okay, Junmyeon, eu não entendi nada do que está rolando mas não vou mais questioná-lo.
- Ah, obrigado, meu amor! - Bufou. - Eu te espero aqui.
Apenas revirei os olhos de novo e peguei a bolsa no sofá antes de ir para meu quarto, e ao chegar lá vi Jihyo deitada na cama. Quando me viu praticamente pulou de lá.
- Sana? Poxa, precisava demorar desse jeito? Ele ficou olhando para os meus seios, foi constrangedor.
- Não se preocupe, Jihyo, ele não faz mal a uma mosca. - Ri debochada, vendo a garota cerrar os olhos pra mim. - Eu meio que sou namorada dele agora.
- Hã? Assim, do nada?
- Não sei que merda deu na cabeça dele mas não vou encher o saco. Ele tem o que eu gosto no bolso, então...
- Você não presta, Sana! - A ouvi murmurar antes de se dirigir até a porta. - Se for sair toma cuidado.
- Okay, mamãe. - Sorri para ela que retribuiu e depois foi para seu quarto.
Separei uma roupa decente, sabendo que não iria encontrar pessoas qualquer, e pior, eu teria que encarar Dahyun mais cedo do que previa. Tudo bem que era fato, uma hora ou outra ela ia descobrir que eu ficava com seu irmão também, mas não precisava ser tão rápido.
Tomei um banho rápido e tentei não exagerar na maquiagem, além de que tive que cobrir as marcas que Dahyun deixou em meu pescoço. Logo estava pronta como uma princesinha para conhecer a família do meu namoradinho, então fui até a sala onde Junmyeon já encarava seu relógio impaciente.
- Você demorou. - Ele reclamou, mas deu um sorrisinho bobo ao me olhar da cabeça aos pés. - Mas valeu a pena. Aposto que meus pais vão amar você.
Fomos quase voando em seu carro, e mesmo que eu realmente estivesse desconfiada daquela história toda de estar apaixonado por mim, não quis estragar o que diabos ele tinha preparado naquela noite. Acho que Junmyeon precisava mesmo de mim.
Eu nunca tinha ido em sua casa, era um fato, e não podia imaginar que aquele lugar poderia ser tão grande. Quando desci do carro fiz de tudo para que nenhum tipo de nervosismo me atrapalhasse, eu era uma pessoa bem carismática afinal e me dava bem com qualquer tipo de pessoa.
- Tudo bem? - Junmyeon perguntou lentamente, como se eu não fosse capaz de entender nada se ele não falasse comigo daquela forma.
- Claro, tudo bem. - Eu estava louca para ver a reação de Dahyun quando me visse com seu irmão. Seria no mínimo interessante.
Entramos na casa, agora Junmyeon segurava minha mão e entrelaçava nossos dedos como se fôssemos o casal mais fofo e romântico do mundo. Que piada, afinal. Já na sala pude ver um casal sentados no sofá conversando enquanto uma mulher estava mexendo em seu celular embora estivesse tão perto das outras pessoas.
- Mamãe, papai! - O rapaz quase gritou com um sorriso enorme nos lábios. Os mais velhos se levantaram do sofá e também sorriram quando me viram ao lado de Junmyeon.
- Ah, que bom que chegaram! - O homem disse com um sorriso que poderia rasgar sua face. Ele parou em minha frente e fez reverência. - Sou Kim Minkyung, pai do Junmyeon.
- Bem, essa é minha namorada. - Sorriu de canto, se virando para mim e me lançando uma piscadela.
- Prazer, senhor Kim, sou Minatozaki Sana. - Ele fez uma careta e depois balançou a cabeça.
- Pode me chamar só de Minkyung, Sana. - Apenas assenti com um sorriso tímido. - É japonesa? - Balancei a cabeça novamente e o mais velho pareceu ficar realmente feliz. - Mais uma japonesa pra família!
Não entendi nada.
- Olá, querida, sou Chohee. É um prazer conhecer a primeira namorada do Junmyeon. - Mesmo que ela não tivesse dito nada além, consegui deduzir que ela era mãe de Junmyeon. Procurei Dahyun com o olhar mas ela não estava ali.
Por fim uma baixinha extremamente bonita veio me cumprimentar. Eu tive a impressão de conhecê-la de algum lugar.
- Kim Taeyeon, irmã mais velha do Junmyeon. - Embora ela estivesse com uma expressão de tédio, não pude não achá-la bonita. A genética daquela família era mesmo incrível.
- Cadê a Dahyun? Não era pra ela já ter descido? - Junmyeon já tinha aquela expressão impaciente no rosto de novo.
- Taeyeon, vá chamá-la, por favor. - Chohee pediu educadamente, fazendo a mulher revirar os olhos e subir as escadas. - Me perdoe, Sana, é que Dahyun sempre se atrasa em jantares de família.
Sorri forçadamente, sentindo meu coração acelerar e um frio na barriga ao pensar em Dahyun.
- Principalmente quando sobe pro quarto junto daquela japonesa comilona. - Junmyeon deu de ombros. Sua fala me deixou em alerta.
- Junmyeon, respeite a namorada da sua irmã.
Namorada? Aquela cretina tinha uma namorada? Por isso ela tinha pedido para não deixar marcas... Filha da mãe!
- Eu não falei nada grotesco, todo mundo sabe que aquela garota come pra caramba. - Ele riu enquanto eu continuava quieta e seus pais também.
Taeyeon desceu depois de alguns minutos e nesse pequeno intervalo de tempo o pai de Junmyeon nos acomodou nos sofás, onde ficamos conversando até sua filha voltar.
- Ela está descendo. - Taeyeon anunciou, depois se jogou no sofá e mergulhou no celular de novo.
Era real, eu estava quase entrando em estado de pânico total, isso nunca tinha acontecido antes. Primeiro vi uma moça alta de cabelos negros descer as escadas, ela sorriu ao me ver e não foi difícil deduzir que aquela era a japonesa que mencionaram antes. A namorada de Dahyun.
- Olhem se não é a corajosa namorada do Suho. - A garota me observou com um sorriso divertido que, aposto, estava deixando Junmyeon em um estado de nervos. - Hirai Momo, nada além de uma ovelhinha no meio de leões. - Diferente dos outros ela puxou meu corpo e me deu um abraço que poderia ter sido acolhedor se eu não estivesse tão tensa.
Aquela era mesmo a namorada daquela coreana maldita? Porque eu estava me sentindo um bichinho perto da beldade que ela era.
- Momo, a Sana é japonesa também. - A tal Momo arqueou as sobrancelhas, surpresa.
- Caramba! É bom saber que eu não sou mais a única aqui. Nós podemos sair qualquer dia desses, coisas de cunhadas. - Eu não sei o que foi aquilo, mas senti um pequeno sentimento de raiva ao ouvi-la falar daquele jeito.
Bem, eu precisava ser educada com a família do meu namorado.
- C-Claro, vai ser legal. - Sorri, segurando um rosnado na garganta.
Meu coração voltou a acelerar quando ouvi os passos na escada, eu não esperava que ninguém além de Dahyun as descesse, então pensei que fosse explodir ao vê-la ali, tão linda enquanto digitava algumas coisas no celular.
- Ah, finalmente. - Junmyeon sussurrou ao meu lado com um sorriso provocante.
- Me desculpem o pequeno atraso, é que eu... - Ela parou de falar assim que me viu ali.
Foi gratificante para mim ver seu rosto confuso enquanto me analisava como se tivesse um raio-x nos olhos. E quando Dahyun captou a mão de Junmyeon segurando a minha, sei que ela entendeu o que realmente acontecia ali. Seu rosto que antes carregava uma expressão confusa, deu lugar a raiva e isso me deixou em chamas.
Acho que era ali que meus joguinhos com Kim Dahyun iriam se iniciar.
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