SeungCheol parou o carro nas mediações da grande construção onde estava a boate escolhida por SungKwan que havia lhe enviado o endereço mais cedo dizendo ser um bom lugar para “diversão” e já ficou imaginando em como era o lugar para deixar o amigo tão animado. Boa coisa não devia ser e julgando pela vibração da música alta que parecia chegar até onde estava, ainda dentro do veículo talvez tivesse razão. A rua era mal iluminada e pessoas estranhas para SeungCheol passava pela calçada. Uma jovem provavelmente bêbada quase foi atropelada e acabou sendo salva por seu acompanhante que a puxou pelo casaco verde brilhante.
-Finalmente você chegou! – ouviu assim que fechou a porta.
-Desculpa eu estava...
Como iria explicar ao amigo que tinha passado um bom tempo na frente do espelho se arrumando e trocando de roupa de novo e de novo como um adolescente em seu primeiro encontro? Se dissesse que ficou perguntando a um gato velho e rabugento se estava bonito provavelmente seria a piada da noite.
-Vamos entrar logo. – o amigo quase pulou de empolgação - JiHoon já está lá dentro.
Anunciou o que fez o Choi arquear a sobrancelha.
-JiHoon aceitou vir?
-Claro, eu disse que seria um encontro de amigos. Tem muito tempo que não saímos todos juntos. Desde aquele dia que... – viu um vinco se formar na testa dele enquanto parecia tentar se lembrar em que momento tinha acontecido tal encontro – Eu não faço ideia quando foi, só sei que aconteceu. Acredite em mim. – acenou indicando que deixasse o assunto para lá como se não importasse – E que vai ser bom ter meus amigos por perto essa noite.
O recém chegado estudou os arredores mais uma vez, agora procurando por quem havia combinado de encontrar, mas quando não o encontrou em parte alguma acabou pensando se ele não tinha apenas desistido de se encontrar com um desconhecido. Pensar naquelas possibilidade causou certa frustração, havia se empolgado tanto em tentar descobrir o que tanto o intrigava em Ren que se sentiria muito decepcionado se ele simplesmente lhe desse um bolo.
De qualquer forma seria completamente compreensível se não aparecesse. Imaginava a si próprio na situação onde um estranho ficava o encarando dia após dia em seu trabalho como um maluco stalker e um dia, do nada, apenas o convidava para um encontro que por sinal seria em uma boate estranha em uma parte pouco confiável da cidade. Definitivamente era uma situação suspeita o bastante para qualquer pessoa em sã consciência dizer recusar a comparecer.
As luzes coloridas quase o segaram quando atravessou a porta e deparou com a multidão que dançava em um ritmo frenético ao som das batidas incessantes do DJ. O barulho era ensurdecedor e por algum motivo sentiu certa familiaridade com o ambiente mesmo jurando que não estivera em algo parecido nos últimos tempos. Talvez em seus tempos de rebeldia, sim, nos últimos anos? Com certeza não. Só que em seu dejá vu não estava com seus amigos e sim com alguém que o olhava com olhos queimando de desejo. Balançou a cabeça e massageou as têmporas tentando se livrar daquelas cenas desconexas que tomavam sua mente como acontecia na livraria do SeungKwan.
-Por aqui. – SeungKwan agarrou seu braço o puxando, assim como fazia com Vernon, por entre o amontoado de corpos suados.
Não demorou muito a verem JiHoon com um copo na mão sentado ao lado de Soonyoung que parecia louco para cair na pista de dança, mas provavelmente JiHoon não queria e não o deixava ir sozinho. Na verdade deixava, até mandava, mas o outro sabia que se fosse teria problemas depois, o baixinho podia ser bem dramático quando sentia ciúmes. Os recém chegados se acomodaram rapidamente na mesa e SeungCheol constatou que não havia um lugar sobrando o que não era surpresa, afinal não tinha contado aos amigos que planejava se encontrar com alguém ali. Até podia contar, mas não queria que SeungKwan ficasse muito animado com aquele fato e acabasse assustando Ren. Preferia o encontrar sozinho e não ali naquele tipo de ambiente, mas infelizmente foi onde os fatos acabou os levando. Talvez, se ele aparecesse, podia chamar para sair dali.
Pensando em falar com Ren antes que ele se encontrasse com os amigos resolveu dar uma volta e procurar mais um pouco talvez o encontrasse por ali, cheio como estava não se surpreenderia se apenas o perdesse no meio de todos. Isso acreditando que não tivesse desistido.
-Vou buscar uma bebida, alguém quer?
JiHoon levantou seu copo ainda cheio, todos sabiam que ele não era bom com álcool, Sooyoung também recusou com uma careta, na última vez que bebeu além da conta acabou sumindo e foi encontrado abraçado com o sanitário. Quanto a SeungKwan apenas agarrou a mão do namorado.
-Mais tarde. – girou e fez Hansol o segurar quando se jogou pra trás como uma dançarina profissional, só que não - Agora vamos dançar.
E com saiu arrastando novamente o outro que apenas sorriu encolhendo os ombros para os amigos. As vezes não sabia como SeungKwan e Hansol continuavam se dando bem. Eram tão diferentes. Enquanto SeungKwan era elétrico, Hansol apenas seguia a vida da forma mais pacífica que podia. Sinceramente nunca havia visto ele irritado em todo aquele tempo que o conhecia. Nem mesmo quando o namorado o colocava em alguma situação constrangedora. Se bem que olhando para o detalhe de pessoas diferentes JiHoon e Soonyoung também eram completamente diferentes. Enquanto Soonyoung era uma pessoa feliz por natureza, JiHoon era o estresse e a complicação em pessoa e ainda assim se davam bem. Provavelmente a coisa dos opostos se atraindo era realmente verdade e esse era o segredo para casais felizes, duas metades opostas que se completavam.
Abrindo caminho por entre as pessoas SeungCheol conseguiu encontrar o bar, mas nada de Ren em lugar algum. Teve a impressão de o ver em um momento, mas quando se aproximou era apenas alguém com o mesmo corte de cabelo. Por isso quando encontrou um banco livre apenas se jogou nele e pediu uma bebida.
Enquanto sorvia o líquido amarelado percebeu que alguém se aproximava.
-Parece que alguém foi abandonado por seu par. – uma voz disse ao seu lado.
-Eu... – as palavras ficara perdidas quando olhou naquela direção e encontrou exatamente quem procurava – Acho que tem razão.
-Tem alguma ideia do motivo?
-Acho que sou estranho. – disse com um sorriso tomando mais um gole de sua bebida.
-Fale mais sobre isso. – se virou no banco e apoiou o cotovelo no balcão dando completa atenção ao outro – Por favor.
-Eu o conheci a algum tempo e fiquei... – viu os olhos dele se apertarem ligeiramente como se esperasse ansioso pelas próximas palavras – Curioso. Era diferente das outras pessoas que conheci, mas sentia que era inalcançável para mim.
-Inalcançável? – as sobrancelhas se ergueram um pouco – Por que?
-Ele era como um anjo. Ou um príncipe. – o viu sorrir e não pode deixar de retribuir – E como um bom idiota sem coragem continuei indo a onde ele trabalhava apenas para o ver. – riu batendo o copo de leve no balcão – Eu nem gosto de bolo...
-Sério? – ele ficou sério.
-Sério.
-Nunca podia imaginar isso. – ele riu e se aproximou um pouco mais quando uma música ainda mais alta, aguda e irritante começou -Não consigo te ouvir direito aqui. – disse mais alto que a música - Quer ir para outro lugar?
-Claro. – aceitou sem nem pensar.
Ele sorriu e segurou sua mão. Já tinha tocando a mão dele antes, mas era, como se podia dizer... Profissionalmente. Quando ele lhe devolvia o cartão na cafeteria ou quando tocava seu braço ou ombro em uma atitude amigável e de apoio. Não que dessa vez não fosse amigável, mas era como se sentisse que aquele toque era apenas seu não algo que ele faria por qualquer uma de suas muitas fãs do café. Não sabia bem explicar, mas era como se aquele toque provocasse calor, faíscas, eletricidade entre suas peles.
Ficou feliz por ele o guiar por entre os que dançavam até um corredor precariamente iluminado com pequenas luzes neon vermelhas, contra as paredes vários casais pareciam tentar tirar um pedaço um do outro, mergulhados na luxuria incontrolável dentro de cada um. Ren continuou andando sem dar atenção para aquela cena que poderia ilustrar um livro de Dante só parando quando chegou em uma portinha que seria impossível detectar caso não soubesse onde estava. A tranca foi aberta Ren e passaram para o ar frio e puro da noite.
O viu respirar fundo abrindo os braços e soltando a mão de SeungCheol.
-Bem melhor não acha?
-Com certeza. – sorriu o vendo parecer feliz.
Lá dentro a batida da música chegava de forma abafada, mas ali tirando os poucos carros que passavam e as pessoas que conversavam à porta da boate havia silencio e muito ar fresco da noite. Como que em comum acordo não falaram muito no caminho até o carro. Apenas caminharam um ao lado do outro. SeungCheol se sentia muito consciente da pessoa ao seu lado e a mão distraída acabou indo a tatuagem do braço que parecia formigar como se fosse recém feita. Era um pouco incomodo, mas nada que não suportasse.
Continuaram em silencio depois de entrar no carro e o moreno começar a dirigir pela cidade. Na parada que fez em um cruzamento com sinal vermelho aproveitou para mandar mensagem para os amigos avisando que tinha ido para casa e garantiu a SeungKwan que não era por doença, nem por que tinha acabado sozinho naquele encontro duplo dos outros, mas também não deu detalhes de que estava com alguém, mais uma vez por motivos de “histeria Boo”.
-Isso parece bom. – olhou para Ren quando ouviu aquela frase e ele sorriu – Essa coisa de amigos. Desculpe. – apertou os lábios - Eu acabei lendo a mensagem enquanto escrevia.
-É bom sim. – sorriu voltando sua atenção ao transito a sua frente - Às vezes eles te sufocam, envergonham e mais um monte de coisa, só que não é por mal e tudo fica bem. – voltou a olhar rapidamente pra ele – Não tem amigos?
-Acho que não sou muito bom com essas coisas. – ele abriu a janela respirando fundo o ar frio que entrava.
-Duvido muito.
-Por quê?
-Hã... – como explicar que ele parecia atrair as pessoas – Você é gentil, bonito, tem um sorriso lindo, fala com educação com todos a sua volta, mesmo com aquelas garotas que parecem querer te controlar você ainda é gentil com elas e nunca fica irritado.
-Na verdade eu fico...
-Mas não usa essa irritação para o mal. Apenas respira fundo e segue sua vida. Não vejo motivos para alguém não querer ser seu amigo.
-Pode ser ... – colocou a mão pra fora da janela brincando com ela contra o vendo – Ainda assim não costumo saber muito o que dizer além dessas partes convencionais de sorrir e acenar. O que é horrível as vezes, mas fazer o que?
-Ser você mesmo?
-Eu preciso do meu emprego ou volto para o abrigo. – riu soprado.
-Abrigo? – olhou para ele quando estacionou o carro em uma área mais tranquila e muito mais “segura” que o bairro onde estavam antes.
-Eu vivi em um abrigo por alguns meses e tenho que dizer que não foi muito bom viver de caridade. Assim que pude resolvi encontrar um trabalho e apesar das dificuldade que foi no começo, e ainda é agora, as vezes, decidi ter uma vida. E por isso preciso sorrir e ser gentil com aquelas meninas que parecem querer me trancar no porão. Por que acha que elas me olham daquele jeito?
SeungCheol olhou para ele meio perdido. Será que realmente não sabia ou estava apenas brincando e queria o ouvir dizer algo daquele tipo.
-Hã...
-Não pense muito apenas fale. – desceram do carro e caminharam até a beira protegida por tubos de metal, lá embaixo o rio corria calmo iluminado pelas luzes a sua volta as distorcendo.
-Ok. Como eu disse você é bonito e as pessoas do mundo infelizmente é muito ligadas isso. Poderia ser um psicopata assassino que se tivesse boa aparência ainda poderia fazer pessoas ter uma “paixonite” por você. Quando aquelas garotas que olham provavelmente vê coisas que sempre sonhou. Um namorado bonito que nunca tiveram ou que desejam. A personificação de um personagem de um livro ou um mangá no qual elas são apaixonadas. – apertou os dedos no metal gelado - O rosto perfeito para aquele conto de fadas que inventam para si próprias. Eu não sei... – olhou para a roda gigante colorida a alguns metros – Talvez seja uma fantasia delas de alguma forma e por isso te olham estranho.
-Hum... Faz sentido. – mordeu o lábio e como sempre era um idiota SeungCheol ficou hipnotizado – E você? – perguntou se virando e apoiando as costas na proteção.
-Eu?
-Sim. Por que continua indo ao café mesmo que não goste de bolo?
Não gostava de falar muito sobre sua vida. Muito menos com estranhos, mas acontece que aquele era Ren, a pessoa por quem tinha suspirado por semanas. Provavelmente não teria problema se contasse só um pouco.
-Alguns meses atrás acordei em meu carro sem me lembrar de nada sobre uma noite especifica na minha vida. Não estrava bêbado, nem drogado e ainda assim não conseguia me lembrar do que aconteceu. – bateu com as unhas no tubo provocando um barulhinho irritante, mas ainda assim continuou – Eu... Fizeram exames, fiz terapias, mas ainda não sabem o que aconteceu. Simplesmente não consigo me lembrar e desde então minha vida tem sido uma bagunça por que sinto que estou perdendo algo importante junto com aquelas memorias. Acontece que quando te vi a primeira vez foi como se essa perda não importasse e desde então sempre tenho essa sensação quando está por perto. – riu soprado e se abaixou até encostar a testa no metal frio – Isso não faz sentido nenhum não é?
-Hum... Não consegue se lembrar de nada?
-Não. – se levantou e olhou para ele que parecia mais sério do que alguém que o achasse um estranho estaria – Eu tento. Sempre. Mas tudo que tenho daquela noite é isso. – levantou a manga da roupa mostrando o desenho em seu braço esquerdo.
Ren olhou o desenho por alguns segundo antes de estender a mão e o tocar. Logo que os dedos tocou o traçado a pele de SeungCheol queimou como se os dedos dele fossem feitos de fogo, ou como se a tinta reagisse ao toque dele. Com o susto acabou puxando o braço pra trás e o assustando também.
-Desculpe. – os olhos ainda estavam no desenho e tocava a própria mão como se também tivesse sentido algo com o toque - Te machuquei?
Ele parecia confuso, coisa que SeungCheol também estava no momento.
-Não... – olhou para o desenho que agora formigava, mas sem doer como fez um instante atrás – Acho que tive um reflexo.
-Ah... – apertou os lábios e o moreno tratou de cobrir o desenho para destruir o clima estranho que tinha causado – Então tem uma noite de amnésia e uma tatuagem?
-Estranho não é?
-Pelo menos não acordou em um hospital sem saber quem é. – se virou para o rio onde a lua estava refletida.
-Hospital?
Ele nega com a cabeça.
-Esquece. Me conte um pouco sobre você?
E com essa pergunta SeungCheol passou um bom tempo contando a ele sobre quem era, seja lá o que isso queria dizer. Falou sobre a gravadora, os amigos, os pais, o irmão viajante a quem não via a anos. Não sabia muito bem por que estava o contado aquelas coisas, mas o fato de Ren lhe provocar sentimentos tão familiares acaba soltando sua língua. Ren por sua vez não falou muito, mas perguntou bastante como se tentasse o entender. A história da amnesia de SeungCheol ou aquela frase sobre hospital de Ren não voltou a ser mencionado.
Caminharam na beira do rio e até compraram algodão doce já que Ren afirmou nunca ter provado. Ele colocou o doce na boca, mas fez careta e disse ser doce demais, acabou dando a coisa rosa e doce para a primeira criança que passou por eles. Quando finalmente SeungCheol terminou de contar sua bibliografia resumida e Ren pareceu não ter mais perguntas se sentaram no capô do carro olhando a roda gigante girar e brilhar com suas luzes coloridas tendo a cidade como fundo.
-Quer dar uma volta? – convidou ao vê-lo olhar o brinquedo com interesse.
-Melhor não. – Ren fez uma careta e se deitou de vez sobre o carro encarando o céu e o outro acabou seguindo – Não tem muitas estrelas aqui.
-A poluição não deixa. – sorriu triste com o fato – Mas podemos ver a lua.
-Sim. Já é alguma coisa. E tem as janelas. – a cabeça se virou para as luzes das cidades – Formam um “céu invertido”.
-Exatamente. – sorriu feliz por alguém pensar o mesmo - Sempre digo isso para os meus amigos, mas eles nunca me entendem...
-Eu te entendo.
O rosto se virou para SeungCheol. Estavam tão perto que podia sentir o cheiro dele. O mesmo cheiro que o bolo que comeu no outro dia, chocolate com morangos. Aquela coisa de cheiro parecia estranha e nunca falaria em voz alta, por que provavelmente pareceria um tarado comentando sobre cheiros, mas não podia evitar pensar sobre sempre que ele estava por perto. O fato era que sentir aquele cheiro ainda o fazia se revirar por dentro, uma dor em seu peito. A dor da perda. Como quando era criança e perdeu seu brinquedo favorito no zoológico.
Os olhos de Ren encontraram os seus e por um instante pensou que poderia o beijar, mas então ele voltou a encarar o céu escuro e o Choi fez o mesmo respirando fundo e tentando manter as batidas desenfreadas do coração sob controle. O que tinha em Ren que o fazia ter aqueles tipos de reações?
-Isso foi divertido. – Ren declarou quando o carro parou na frente de um prédio antigo, o endereço que ele tinha dado.
-Desculpe por não termos feito algo mais divertido ou... Sei lá.
-Tudo bem. – ele encostou no apoio do banco olhando para SeungCheol – Foi divertido conversar com alguém. É sério. – garantiu quando o outro ergueu a sobrancelha em um gesto de dúvida – Eu sei que tem um monte de garotas querendo falar comigo no café, mas não é a mesma coisa que alguém que realmente quer ouvir. Como você disse acho que sou uma fantasia para elas e esperam que eu tenha algo fantástico pra contar.
-Falando nisso você não me contou muito sobre você. Só eu falei.
Ele sorriu enigmático enquanto soltava o cinto de segurança.
-Isso quer dizer que vamos nos ver novamente?
-Quando quiser.
O sorriso se ampliou e Ren ficou um tempo olhando para SeungCheol, antes de se inclinar pra frente e dar um beijo em sua bochecha.
-Está combinado então. – sai do carro – Não vou te convidar pra entrar. Isso também fica para outro momento. Além do mais não sei se você é algum maníaco querendo me atacar. – brinca – Afinal bancou o stalker por um bom tempo não foi? Pode ainda estar colocando seu plano em prática.
-Engraçadinho.
-Não foi ruim.
-O que?
-Ter você de stalker. Pode fazer novamente quando quiser, sabe onde me encontrar. Prometo uma xícara de café por conta da casa.
-Vou pensar na sua oferta.
-Ou podemos dividir uma garrafa de vinho um dia desses.
-Está me chamando pra um encontro, Ren? – mordeu o lábio tentando esconder o sorriso enquanto repetia a pergunta dele do outro dia.
-Definitivamente. – fechou a porta, mas não demorou a voltar a janela e bater esperando que SeungCheol abrisse o vidro – E meu nome de verdade é JeongHan. – piscou – Só pra você saber. – e com isso correu até a porta tirando uma chave do bolso para destrancar e entrar.
JeongHan? Nome de verdade? Por que ele tinha que ser tão misterioso? E pior. Por que SeungCheol se sentia tão atraído em descobrir esses mistérios? Puxou a camisa pra cima novamente e tocou a tatuagem. Nada aconteceu. Nem mesmo formigando estava mais. Soltou um suspiro desanimando. Sempre que achava estar no caminho certo as coisas ficavam estranhas e voltavam a ser confusas em sem sentido. Menos quando estava com Ren. Ou melhor JeongHan.
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