Casa de Momo e Sana - 22h15min:
As risadas podiam ser ouvidas por toda a sala. Já era um pouco tarde, mas a animação continuava intensa. As amigas riam enquanto comiam e tentavam inutilmente passar a parte do jogo sem cometer nenhum erro. Era difícil, pois sempre que paravam para tacar pipoca uma na outra acabavam por perder a concentração de tudo e voltavam para o começo, ai tornavam a rir uma da outra. Era uma amizade e tanto, tão forte que uma seria capaz de dar a vida pela outra se preciso fosse.
Son Chaeyoung era amiga das irmãs japonesas desde o colégio, fizeram seus cursos na mesma faculdade e hoje a amizade continuava firme e forte. Era o tipo de amizade que nada abalava, nem mesmo a distancia, pois Chaeyoung ficara bastante tempo fora conhecendo o mundo e aprendendo mais na companhia de seus pais. Fazia pouco mais de três anos que a Son retornara para a Coréia e abrira sua empresa de Marketing ali em Seul, deixando os negócios na Europa para seus pais. Uma mulher independente que dividia um apartamento no centro com sua irmã mais velha Jeongyeon. As duas se davam super bem e respeitavam uma o espaço da outra, a diferença de idade não era gigantesca e as duas tinham quase os mesmos gostos, exceto com relação a profissão. Jeongyeon era fisioterapeuta e Chaeyoung especialista em marketing, mas ainda sim as duas sempre entravam em um consentimento.
—A gente nunca vai conseguir salvar todo mundo, a gente sempre erra na parte da Emily ai o save volta lá nela com o Matt e os cervos. — Chaeyoung comentou enquanto pegava algumas pipocas que haviam ficado pelo sofá e colocava na vasilha novamente. Momo estava jogando dessa vez, tentando manter o foco para apertar os botões corretamente na hora que necessário. —Sana não volta hoje em. — Disse ao dar uma breve olhada no relógio em seu pulso, arregalou os mesmos. —Nossa já são quase onze poxa. Aposto que ela arrumou algum rabo de saia e vai passar a noite.
—Pode ser, mas se for isso mesmo logo ela me manda alguma mensagem avisando. Sana nunca dorme fora sem avisar. — Disse pausando o jogo pra poder comer um pouco da pipoca que ainda não havia sido desperdiçada com brincadeiras bobas por parte de ambas. —Vou pegar algo pra beber, um suco. Quer? — Momo se levantou com um punhado de pipoca em mãos e encarou a Son que negou com a cabeça. Com isso a loira virou-se para ir em direção da cozinha e começou a caminhar, porém fizera uma pequena pausa ao ouvir a campainha. —Aish, atende pra mim vai anã.
—Atendo sim. — Chaeyoung se levantou e caminhou até a porta após calçar seus chinelos de dedo, enquanto isso Momo seguira tranquila para a cozinha, queria retornar logo e terminar o jogo antes da meia noite se possível. A Son observou com atenção a figura alta e de cabelos que iam apenas até a altura dos ombros, não podia ver direito, mas obviamente não se tratava de Sana. Curiosa e cansada de ouvir som chato da campainha, Chaeyoung abrira a porta rapidamente e um sorriso gigantesco moldara seus lábios ao que seus olhos avistaram a figura da pessoa tão adorada ali parada. —Meu Deus, realmente quem é vivo sempre aparece. Juro que achei que estivesse morta. — Disse e a japonesa logo revirou os olhos, mal haviam voltado a se ver e ela já vinha com piadas bobas.
—Pra sua informação, eu estava fazendo um curso rápido fora da cidade, cheguei ontem a tarde. Momo e Sana estão? Sai do escritório agora, ai resolvi passar pra tomar um café e conversar. — Disse já entrando, tentando não deixar que a outra visse o sorriso bobo que brotara em seus lindos lábios e o tom avermelhado que suas bochechas ganharam. Chaeyoung fechou a porta e começou a segui-la até a sala de estar. A Son aproveitara para admira-la um pouco, conhecia Mina desde o colégio também e a cada vez que se viam, Mina estava mais e mais bonita. —Ai que sujeira. Vocês só sabem comer besteira e jogar esse videogame.
—Não sabe a emoção que é mana. — A voz de Momo ecoou pelo cômodo e Mina abriu um largo sorriso, Chaeyoung apenas sentou-se no sofá. As irmãs trocaram um abraço caloroso após Momo deixar o copo em um local livre de acidentes, Sana odiava quando Momo derrubava suco no tapete. —Poxa você esta ótima. Sana e eu sentimos muito a sua falta, que bom que esta de volta. Uma pena que Sana ainda não chegou do jantar de negócios.
—Jantar de negócios? A essa hora? Aposto que nem volta, deve ser uma sócia e ela deve ser muito interessante. — Riu ao falar e as outras duas lhe acompanharam no riso, Sana tinha um papo muito bom e quase sempre as sócias da empresa se interessavam por ela. Por fim, Mina sentou-se ao lado da Son e Momo sentou-se ao seu lado. Mina acabara ficando entre as duas e internamente achara isso engraçado, de um lado sua irmã super protetora e do outro a pessoa por quem sentia seu interior se agitar. A loira voltou a focar em seu jogo, Chaeyoung voltou a comer a pipoca, deixando a tigela no colo de Mina. —Olha a folga em. Eu acabei de voltar e você já ta com essas graça.
—Eu não estou com graça nenhuma. Apenas estou usufruindo do espaço, não tem onde colocar a tigela, por que você ocupou o meio do sofá. Então coloquei no seu colinho. — Chaeyoung direcionou um olhar inocente para a japonesa e um belo sorriso fofo, Mina quase explodira internamente com toda aquela fofura vinda da coreana. —Mas me conte, como tem sido seus dias? Muitos processos? Pretendentes?
— Pretendentes? Nem sei o que é isso, não presto atenção nisso faz tempo. Já processos, tenho alguns e meus dias tem se resumido a isso, passo boa parte dos meus dias pensando neles. É difícil eu fazer alguma coisa diferente. Mesmo nesse mês que estava fazendo curso, eu mais pensei nos processos do que no curso. — Explicou calmamente enquanto encarava o resto de pipoca que havia naquela enorme tigela, suspirou longamente, sentindo-se um tanto cansada. Chae tocou-lhe o ombro e o apertou de leve, a japonesa virou o rosto a encarando. —Mas e você, correndo como sempre né? Mas nunca deixando de tirar seus minutos de relaxamento pra vir aqui.
—Claro, por que a vida não se resume apenas em trabalho. A gente precisa descansar, tirar um tempo pra apreciar outras coisas e a boa companhia dos amigos de verdade. — Chaeyoung apertou mais um pouco o ombro da japonesa e afastou sua mão dali. Mina voltou a suspirar, agora seu corpo estava tenso, mas era bom poder conversar com a Son depois de tanto tempo sem se verem. —Agora que voltou de seu curso, comece a apreciar um pouco outras coisas. Saia mais, veja filmes, aprenda a jogar videogame, faça sexo.
—Ata, sair e ver filmes eu até que posso fazer. Mas não estou interessada no videogame, talvez numa próxima vida eu queira aprender, e sobre minha vida sexual, ela pode estar parada, mas não me atrapalha em nada a falta disso ta. — Disse num tom divertido e acompanhou Chaeyoung em uma longa e gostosa risada. Definitivamente fizera bem em passar na casa das irmãs, pois estava se sentindo mais leve após um longo dia de trabalho. Apesar de Momo não estar lhe dando atenção, conversar com Chaeyoung estava sendo simplesmente perfeito. A Son conseguia lhe tirar de seu mundinho de trabalho rapidamente, com seu jeitinho único de falar e pensar sobre a vida. —Mas na verdade, falta-me boa companhia para fazer algumas coisas.
—Sana e eu vivemos te convidando pra fazer as coisas nos finais de semana, você que nunca aceita. Se sai pra fazer algo diferente é com a Nayeon, isso quando ela tem tempo e consegue ganhar a discussão com você, coisa que é rara de acontecer. — Momo enfim se pronunciou, sinal que estava prestando atenção tanto na conversa como no jogo. Mina e Chaeyoung riram, a primeira de nervoso e a segunda por ver a expressão da primeira, pois a loira havia dito uma grande verdade, era difícil tirar Mina de casa nos finais de semana. —Estou preocupada com a Sana, ela já devia ter chego ou mandado alguma mensagem.
Mina olhou as horas no visor de seu celular, faltava muito pouco para onze da noite. Sana fora de casa até aquele horário era um pouco estranho, pois ela nunca deixava de avisar Momo. O vago pensamento de ligar para a irmã passara por sua mente, mas ao abrir a agenda, o som da porta da frente sendo aberta de forma bruta soara por todo aquele cômodo e fora logo seguido por um estrondo da mesma sendo fechada com força. O olhar das três na sala logo fora na direção do som e a imagem de uma Sana claramente nervosa pudera ser vista. Alem de nervosa ela parecia estar com as roupas um pouco sujas, os cabelos bagunçados e o tom vermelho com certeza não era de vergonha, mas sim devido a raiva que lhe consumia naquele momento.
—Boa noite e com licença. — Sana podia estar brava mais não podia deixar a educação de lado, ainda mais com suas irmãs e uma de suas melhores amigas. Mas tudo que mais queria naquele momento era volta até a casa da família Chou e cometer um crime de ódio contra Chou Tzuyu. A garota realmente conseguira lhe fazer perder as estribeiras, o suco que jogara nela fora pouco perto do que realmente achava que ela merecia, mas por hora estava bom, visto que mata-la na frente dos pais seria algo extremo demais. Sana adentrou seu quarto bufando de nervoso, jogou-se em sua cama após livrar-se do celular e começara a socar o colchão. —Ahh... Que ódio, porra.
Na sala, as três se entre olharam e Momo fizera um discreto sinal de que ia subir para conversar com Sana, não era normal ela chegar daquela forma tão descontrolada. Não conseguiam imaginar o que podia ter acontecido, já que não passava de uma simples reunião de negócios e ela obviamente não havia sido roubada, pois o carro estava parado na garagem. A loira respirou fundo e saiu dali após despedir-se brevemente de Mina e Chaeyoung, a mais nova podia ter subido também, mas não tinha como ajudar se fosse algo relacionado aos negócios da empresa, pois não entendia nada dos mesmos. Mas sabia que Momo conseguiria acalma-la e entender o que havia acontecido para poder ajudar. Pensando nisso, ela se levantara e fora seguida pelo olhar curioso de Chaeyoung, a Son pensara por um segundo que ela ia subir também, mas logo entendera que ela apenas ia ir embora.
—Se você já vai, eu gostaria de lhe oferecer uma carona. Sei que não esta de carro e pretendia pedir a Momo que te levasse, mas agora com isso, sei que esta sem opções. — Chaeyoung se levantara rapidamente com o seu celular em mãos e ficara frente a frente com a japonesa. Mina arqueou a sobrancelha, pronta para recusar alegando que ia pegar um ônibus. —Não me olhe com essa cara, sabe muito bem que pegar ônibus a essa hora esta fora de questão. Alguém tão elegante e bonita como você é um alvo fácil para trombadinhas e pessoas maldosas. Por favor, aceite. Assim podemos conversar mais um pouco, a noite é uma criança e sei que acordas tarde para trabalhar. — Disse lançando um olhar pidão para a japonesa, o pior de tudo era que não sabia dizer não para aquele rostinho fofo e aquele olhar que parecidíssimo com o do gatinho do filme Shrek. Esse era um dos pontos fracos da japonesa.
—Tudo bem. Faz tempo que não nos vemos mesmo e creio que conversar mais um pouco vai ser bom. Nesse mês que não nos falamos você deve ter feito um montão de coisas divertidas, então quero que me conte. — Mina enfim ajeitou a alça de sua bolsa no ombro esquerdo e sorrio para a mais baixa. Chaeyoung apanhou rapidamente as chaves de seu carro e correu até a porta da frente afim de abri-la para Mina. A japonesa segurara uma pequena risada e logo seguira para fora, Chaeyoung fora logo atrás, ela não estava acostumada a ver a Son agindo daquela forma tão educada, quase que cavalheira. Já fora da casa, ela dera uma breve olhada para o carro da baixinha. —Esse carro é muito grande pra você, como faz pra alcançar os pedais? Você é tão pequena.
—Ah muito engraçadona você né Minari. Pra sua informação, eu não só alcanço bem os pedais, como também dirijo muito bem. Agora por favor, adentre minha carruagem que eu como uma bela princesa irei te levar até o seu castelo. — Chaeyoung disse ao aproximar-se de Mina que já estava perto do carro, a Son abriu a porta para a japonesa e fechou após ajuda-la a entrar, em seguida deu a volta e ajeitou-se bem no banco do motorista. —Vamos embora, e se quiser ligar o rádio, pode ficar a vontade.
Seguindo a deixa da menor, Mina decidira ligar o radio e ver o que a Son andava ouvindo. Sabia que ela tinha um ótimo gosto musical, por isso tinha certeza que a playlist devia ser ótima, pois as musicas que Chaeyoung ouvia sempre eram muito animada e o ritmo era contagiante. Apertou alguns botões do aparelho e aguardou o inicio da primeira faixa que fora selecionada pelo modo alheatório e não demorara para uma linda e romântica melodia começasse a tocar. A coreana começara a cantarolar imediatamente e Mina ficara surpresa, aquilo fugia totalmente do que geralmente do gosto que Chaeyoung tinha.
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Casa de Momo e Sana - 22h55min:
Momo caminhava lentamente pelo corredor, estava com um pouco de medo de Sana, pois os sons que vinham do quarto da mesma eram amedrontadores. Mas precisava ir até ela, saber o que estava acontecendo, não podia deixar que sua irmã fosse dormir naquele estado de nervos que chegara. Parecia ser algo ser algo sério, já que Sana não ficasse irritada com facilidade e aquilo já não parecia mais uma simples irritação, parecia mais é que a castanha ia matar alguém aquela noite e Momo se sentia uma forte candidata, pois ia cutucar onça com vara curta. A loira suspirou pesadamente ao parar em frente a porta aberta do quarto da irmã e encarou a imagem dela derrotada sobre a cama grande. Ela estava socando o colchão e resmungando coisas nada bonitas.
—Ai, que coisa mais feia, uma mulher desse tamanho agindo como se estivesse fazendo birra. Você já passou da idade em que fazer isso era fofinho, o que aconteceu pra você estar desse jeito? — Momo adentrou o quarto tentando dizer coisas que aliviassem o clima, Sana abriu os olhos e se levantou, ficando agora sentada, a loira sentou-se ao lado da mesma e lhe deu um tapinha nas costas. —Se abre comigo. Você ta estranha, nunca te vi chegar assim de uma reunião.
Sana suspirou pesadamente e levou ambas as mãos até os cabelos, os ajeitando. Momo não disse mais nada, apenas continuou esperando que a outra começasse, sabia que tinha algo muito errado com ela. Nunca tinha a irmã daquela forma, estava morrendo de preocupação com a mesma, naquele momento só o que importava era que Sana ficasse bem.
—Momo, eu não fui em um simples jantar de negócios. Eu fui jantar na casa dos meus futuros sogros, Momori eu vou me casar. — Disse e Momo arregalou os olhos em surpresa, esperava ouvir tudo de Sana naquele momento exceto que ela ia se casar. —Eu sei que é chocante, mas se trata de um casamento para expansão dos negócios, foi tudo organizado pelo papai e eu não soube dizer não Momo. Agora passarei a ser CEO permanente das empresas e minha esposa passa a ser a vice junto com você. — Os olhos de Sana se encheram de lagrimas e sua voz ganhara um tom de choro que fizera o coração de Momo doer.
—Ual, você vai casar... Isso realmente é chocante pra mim, mas sabendo que isso veio do nosso progenitor, o choque simplesmente passou. Mas me conte, o que aconteceu na casa dos seus sogros que te fez ficar assim destruída e nervosa? — Sana havia falado sobre o casamento, mas isso não explicava o que havia rolado no jantar, ela precisava ser mais especifica. —Deita aqui no colinho da sua irmãzinha maravilhosa que te ama demais. — Disse e Sana ajeitou-se na cama para que pudesse repousar sua cabeça sobre coxas da loira.
—Tzuyu e eu não nos demos bem, ambas não concordamos com isso. Mas existe uma diferença enorme, Tzuyu me ofendeu e eu joguei suco nela, brigamos, ela foi grossa. — Sana derramou algumas lagrimas e respirou fundo. Momo passou a mexer em seus cabelos, já imaginando que a jovem Tzuyu teria problema quando Sana se recuperasse daquele baque inicial. —Eu nunca vou deixar isso barato, ela não sabe com quem ta mexendo. Eu não sou uma qualquer que ela ofende, zoa e fica por isso mesmo. Eu vou jogar a altura com ela. E não se preocupe, seu cargo como vice presidente jamais será tomado por completo pelas mãos dela.
—Assim que se fala Sana, não deixa ela pisar em você não, pisa nela também com salto agulha que é pra doer bastante. Agora sobre a empresa, eu já ia falar disso com você, mas enfim. Eu quero me desligar da empresa Sana, vou usar minhas economias pra abrir a minha clinica e tudo mais. Sabe que não me tornei pediatra atoa, e o bico no hospital três vezes por semana não preenche o vazio que tem no meu peito. — Momo aproveitara para abrir o jogo com a castanha, e a noticia do casamento viera em boa hora, pois agora sabia que Sana não ficaria sozinha, mesmo brigando, as duas comandariam tudo juntas. A outra voltou a se sentar e num movimento inesperado, ela abraçou Momo com força e fora retribuída da mesma forma. —Ei, não vai chorar mais. Mas agora que você vai casar, eu vou começar a procurar um lugar pra morar. Assim terá privacidade com sua esposa.
—Eu estou muito orgulhosa de você Momo, você enfim vai realizar o seu sonho. Essa é minha irmã, sempre lutando pelo que quer e sem precisar do velho. — Sana apertou mais a loira em seus braços, mas logo o quebrara o contato para encarar a irmã nos olhos. —Hm, sobre moradia, por que você não vai morar com a Kim? Ela vive sozinha e você adora ela, são super amigas. — Ao ouvir aquele sobrenome, o coração de Momo disparou de uma forma que ela sentia que ele podia explodir facilmente.
—Sei lá... Quem sabe, ela vive sozinha e pode querer continuar vivendo assim. — Disse já se levantando da cama e ajeitando suas vestes. Sana a encarou com um sorriso malicioso nos lábios. Momo acabara corando, sabia bem que por que a outra estava lhe encarando daquele jeito, ela melhor do que ninguém sabia como Momo se sentir em relação a Kim Dahyun. —B-bom, você já esta bem... Então eu vou indo tomar um banho e dormir, amanhã tenho plantão de manhã no hospital do centro.
—Opa, vai ver a Kim, aproveita e fala com ela sobre o apartamento. — Sana gritou enquanto Momo saia rapidamente de seu quarto, uma risada alta lhe escapara e ela pudera ouvir Momo bufando no corredor. —Boa noite e obrigado irmã, você é ótima. — Gritou novamente e suspirou mais calma. Momo seguiu seu caminho pelo corredor, ela se lembrara da irmã na sala com Chaeyoung, mas era bem obvio que as duas já deviam ter ido embora, a bagunça seria arrumada no dia seguinte assim que possível.
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Prédio do apartamento de Mina - 23h25min:
A japonesa bocejou pela quarta vez desde que Chaeyoung parara o carro e começara a se identificar para o segurança que ficava guardando o portão principal do estacionamento. Pois por mais que Mina tivesse lhe dito que se tratava de Chaeyoung, que a conhecia bem por demais e que era uma pessoa de bem o homem pedira seus documentos. Deu uma breve olhada para o alto rapaz e revirou os olhos, ele continuava olhando atentamente para os documentos de Chaeyoung. A Son estava irritada também, mas entendia a preocupação do rapaz, sabia que ele tinha de manter pessoas más longe do prédio e o estacionamento era um ponto de acesso rápido para tais tipos de pessoa.
—Com toda essa demora, eu acho melhor a gente ligar o DVD do seu carro e vermos filme aqui mesmo, se rolar mais alguma coisa vai ser um show e tanto para os seguranças assistirem. O processo no dia seguinte vai ser maravilhoso também, por que eu obviamente vou fazer questão de abrir um e quero ver alguém ganhar de mim. — Mina começou a resmungar em alto e bom tom, Chaeyoung a encarou um tanto surpresa, a parte do filme fazia sentido, mas a de rolar outras coisas não. Ela e Mina nunca tinham entrado em tal estagio, sequer chegara a rolar clima para que se beijassem. Na verdade nunca atingiram estagio algum, conversavam, eram amigas, mas aceitarem que havia algum sentimento que ultrapasse a amizade era basicamente impossível perante a visão de ambas. —Vai acabar de olhar isso e liberar a minha entrada ou não? Eu moro aqui e quero subir logo com a minha ficante pra transar loucamente com ela.
—P-perdão senhoritas, a demora é por uma boa causa e eu sou novo aqui, então me perdoem mesmo. — O segurança ficara super sem graça e logo entregara os documentos da Son, a entrada logo fora liberada e o carro enfim entrara seguindo até a vaga que pertencia á japonesa.
As duas desceram e começaram a caminhar até a recepção, queriam subir rápido. Já era tarde e queriam de fato ver um filme, o restante das coisas que Mina falara foram apenas para que o segurança agilizasse as coisas, porém o filme de fato era algo real, que realmente ia rolar.
—Você é maluca, como pode dizer aquelas coisas pro segurança. Ele deve estar achando que somos duas pervertidas e que vamos quebrar a sua cama de tanto foder durante restante da noite. — Chaeyoung nunca tinha visto Mina agir daquela forma, já vira ela sem paciência outras vezes, mas ela nunca falava besteiras daquele tipo. A japonesa riu diante da indignação e surpresa da Son, gostava de vê-la com aquela carinha fofa esperando uma explicação. —Não ria mulher, você é doida.
—As vezes a gente tem que ser. Mas no fundo acho que estou começando a pegar os costumes de Momo e Sana, elas que falam muita besteira nos momentos que a paciência some. — Disse e logo acenara para a porteira, não queria parar para conversar, por isso apertara o passo indo direto para o elevador. —Boa noite Rosé. — Falou ao passar pela jovem que lhe encarou com um sorriso simpático, porém os passos apresados de Mina foram cessados quando ela notou que a som não estava mais ao seu lado.
—Nossa você ta muito linda Chaeng, faz tanto tempo que não vem aqui. Agora que Mina voltou, passe mais por aqui, faço uma cafezinho ótimo, podemos tomar juntas. — Rosé achava a Son um pedacinho de mal caminho pelo qual ela queria seguir, bastava a mesma lhe dar uma brecha. Chaeyoung riu sem graça e colocou as mãos nos bolsos do moletom rosa que usava, Mina deu meia volta e a encarou com raiva.
—Vai ficar ai parada ou vai me acompanhar logo? Aqui na portaria faz muito frio, quero subir e tomar um banho, estou muito cansada. — O tom de Mina não era nem um pouco amigável, a Son sentiu um arrepio ruim percorrer sua espinha, era bem diferente ver Mina com ciúmes tão de perto. —Vamos logo. — A japonesa virou-se novamente de costas e caminhou pisando fortemente no chão, o som de seus saltos podia ser ouvido por todo aquele andar.
Chaeyoung engoliu seco e após fazer um discreto aceno para Rosé, a Son começou a seguir Mina até o elevador, as duas adentraram o mesmo em silencio e logo a japonesa apertou o botão que as levaria para o andar de seu apartamento. Chaeyoung pensara em varias coisas para dizer, mas não conseguira, pois quando estava em lugares fechados se sentia um pouco fora de orbita e assustada. Já Mina ficara suspirando e bufando a todo minuto, o elevador não fizera nenhuma parada, mas o andar que a morena morava era quase o ultimo, as duas tinham muito que subir. Após cerca de vinte minutos subindo com o elevador, as duas enfim chegaram ao andar desejado, Chaeyoung esperou que Mina saísse e fora logo atrás da mesma.
—Por que esta me seguindo ainda, pode voltar até o elevador e ir embora. Você não vai entrar mais, desce lá e fica com aquela vaca, convida ela pra ver algum filme com você. — Mina estava nervosa e suas palavras deixavam bem claro o motivo de estar daquela forma. A japonesa estava se mordendo de ciúmes por causa das palavras da jovem da portaria para Chaeyoung. Porém o que mais lhe deixava irritada, era o fato que a Son ficara lá simplesmente rindo toda sem graça e não tivera a capacidade de esquivar, dar um fora na garota. —Você é uma idiota que fica flertando com todas que demonstram interesse em você.
—Ai, mas que pinguim mais ciumentinha. Fica tão bonitinha assim com as bochechas estufadinhas. Cute, cute, Minari pinguim ciumenta. — Chaeyoung começara a zoar a japonesa ao perceber que se tratava de ciúmes, Mina ficava incrivelmente fofa quando estava com ciúmes, isso pelo menos diante da visão da Son. A japonesa bufou de raiva e parou em frente a porta de seu apartamento e destrancou a mesma. —Ah você não quer que eu vá embora, admite vai.
—Você é uma idiota de primeira categoria. Mas okay, entra logo. — Mina abriu a porta fora entrando ainda nervosa, Chaeyoung deu um sorriso vitorioso e adentrou o apartamento. A japonesa a deixara sozinha pela sala e fora direto para o quarto. —Eu vou tomar um rápido banho e me trocar, vá escolhendo o filme. Já é tarde, mas que importa, você mesma disse que a noite é uma criança. — Disse já seguindo para o quarto, Chaeyoung suspirou longamente e sentou no sofá da sala, procurara pelo controle da TV e a ligara logo que achara o mesmo.
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Centro da cidade, motel Hot nights - 23h50min:
—Oh fuck... Não para. — Gemeu alto enquanto apertava com força o lençol da cama. A outra investia contra seu interior apertado sem dó, aumentando cada vez mais a intensidade de seus movimentos, afim de dobrar a onda de prazer que inundava o corpo da morena e fazê-la alcançar o mais alto patamar do prazer junto de si, assim explodiriam juntas pela segunda vez num orgasmo delicioso. —Ah... Eu não aguento mais... Fode Jeong.
—Eu estou prestes a explodir Nay. — Jeongyeon espalmou uma das mãos na cama, e a outra segurara firmemente a cintura de Nayeon. O calor percorria por sua carne. A sensação de prazer trazia o choque em toda as partes de seu corpo. Choque a qual tornava suas investidas mais fortes e intensas desde que mais e mais o prazer corrompia sua mente. O limite exibia em seu cérebro de maneira que lhe fizesse agir com mais selvageria. Sua mão fincava na carne de Nayeon, deslizando os dígitos sem dó algum pela pele deleitosa dela. —Oh querida... — Gemeu, fechando os olhos, esfregando seu corpo contra o da outra. — Tu devasta todo o meu ser coelha — Trincou a mandíbula e sem aviso segurou os ombros de Nayeon, a puxando com força em sua direção ao mesmo tempo em que caía para trás — Eu vou te destruir todinha. — Sussurrou quando a outra ficara devidamente em seu colo.
Jeongyeon sorriu de canto a abraçando, movimentando seu quadril para cima, estocando seu membro no interior da outra. Nayeon gemia sem pudor algum. Seu corpo havia ganhado vontade própria. Movimentava-se de forma tão afoita que era impossível não se sentir deliciosamente satisfeita. Aquela noite estava mais do que perfeita, os corpos se completavam como sempre, os seios se espremiam conforme os corpos se apertavam, buscando o calor, misturando o suor. O gozo parecia certo, tão próximo, tão claro de que ia ser o mais intenso daquela noite fria. Porém as mentes foram trazidas de volta á realidade por um som que ecoara insistentemente pelo quarto.
—Ai que droga, preciso atender, pode ser a Jihyo que matou a Somi e ta na delegacia. — Disse ofegante enquanto tentava parar de se movimentar, seu corpo estava elétrico. Jeongyeon abraçou-a com mais força, tentando evitar que a mesma saísse de seu colo, não queria parar, precisava dela. —Depois a gente continua, não faça assim. — Nayeon depositou um beijo nos lábios da Yoo e com muita dor em seu coração saiu do colo dela.
—Devia ter desligado essa droga, a gente tava tão perto. — Resmungou irritada e deitou-se direito na cama puxando o lençol para se cobrir um pouco e manter o corpo quente. Estava torcendo para Nayeon voltar logo para a cama e terminarem o que haviam começado.
Nayeon caminhou pelo quarto, apanhou o celular dentro da bolsa e atendeu após dar uma breve olhada no visor. Não esperava uma ligação daquela pessoa naquele horário, geralmente era pra mesma estar dormindo já.
—Alô, o que aconteceu Tzu? Você nunca liga a essa hora. — Atendeu ainda ofegante e sentou na beirada da cama de casal, Jeong começara a lhe irritar tentando pegar seu cabelo com os dedos do pé. Nayeon lhe dera um beliscão na região da coxa e sorrira ao ver a Yoo resmungar de dor. —Eu estava me ajeitando pra dormir. — Disse fingindo estar com sono, afim de justificar a voz estranha.
—Eu quero cometer um crime de ódio contra Minatozaki Hirai Sana... — Gritou a outra com uma voz que continha um tom de choro e raiva. Nayeon arregalou os olhos e sentiu-se curiosa, conhecia a japonesa citada.
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