Apartamento da Mina - 23h30min:
Já era bem tarde, porém Mina estava tão animada que parecia que a qualquer momento a japonesa iria explodir. Ela enfim estava sozinha com Chaeyoung, e dessa vez para garantir, ela pedira que a Son fosse tomar banho depois dela, assim não teria o risco dela sair e a Son estar dormindo. Agora estava sentada em sua cama, vestindo uma camisolinha bem simples até, a única branca que tinha, porém tinha lindos detalhes em renda na altura que formava o decote generoso. Dessa vez Mina tinha certeza que iria dar tudo certo, as coisas estavam perfeitas, não havia para onde Chaeyoung fugir naquele horário, fora que ela não queria correr o risco de Mina acabar convidando a vizinha para dormirem de conchinha, a Son era bem ciumenta.
Após alguns minutos de espera, Chaeyoung enfim sairá do banheiro. Estava usando uma blusa larga de dormir que Mina sempre lhe emprestava e uma cueca que ficara por lá desde a ultima vez em que dormira por ali. Eram trajes normais, porém Mina já estava mais do que acessa, o desejo reprimido dentro de si era tão grande que podia avançar em cima da Son como uma leoa indomada. A baixinha olhou para a japonesa e sorrio, tinha de admitir para si mesma que Mina estava linda, aparentemente ela estava lhe provocando de forma um tanto sutil, simples.
—Vem cá Chaeng, vou te mostrar o quanto estou fogosa essa noite. — Mina chamou a Son com o indicador e a coreana logo engoliu seco. Não tinha desculpas, se bem que talvez tivesse uma, mas ainda não era totalmente executável, tinha de dar cabo de algo primeiro para que pudesse iniciar seu plano. —Não se finja de pedra, nem de sonsa. Sei que agora nada nos impede.
—De fato, dessa vez você venceu. — Disse tentando parecer estar tranquila, Mina sorrio vitoriosa e mordeu o lábio inferior. —Só vou até a cozinha beber água e já volto. Sabe, como você é fogosa, é melhor beber já, pois não sei quando vai me dar uma folga essa noite. — A Son começou a caminhar até a porta do quarto, Mina apenas assentiu ansiosa e apertou o lençol com ambas as mãos. —Um minutinho, prometo.
Chaeyoung saiu dali após falar e deu passos largos até a sala, ela não pretendia beber água nenhuma, queria mesmo era se livrar do único objeto que podia fazer Mina mudar de idéia naquela noite, pois sem ele, com certeza ela não se atreveria a fazer. Chegando ao cômodo, procurou logo por sua bolsa, tirou de dentro todos os preservativos que tinha e sorrio sem graça enquanto caminhava até a janela que havia na pequena lavanderia junto da cozinha. Sentiu-se mal de jogar as camisinhas fora, mas tinha de ser assim, não iria fazer amor com Mina antes que os sentimentos fossem ditos com clareza, ela tinha de falar em algum momento, assim Chae também falaria e daria tudo certo. Claro que se xingaria muito se isso viesse a acontecer ainda nessa madrugada, mas também não tinha problema, depois da declaração compensaria Mina por todas as noites em que deixou de ama-la.
Ao sair da cozinha, deu de cara com Mina que vinha adentrando a sala com um meio sorriso sexy, porém dessa vez Chaeyoung não de encolheu, já tinha tudo sob controle novamente. Ela recebeu Mina de braços abertos, abraçando-a com gosto e força, ato que fizera a japonesa sorrir e suspirar. A Son pensou em dizer algo, mas fora impedida pela outra que selou seus lábios iniciando um beijo calmo e apaixonado, o qual a coreana não teve como recusar, amava o beijo de Mina, era como uma droga, viciante e alucinante.
—Hm... Eu não tenho camisinha... — Resmungou entre o beijo e puxou mais o corpo de Mina contra o seu, no fundo queria mais contato com ela e estava difícil demais resistir. Talvez por que não fim das contas não queria resistir, Mina era seu tudo, a mulher que queria casar e ter filhos, só gostaria que ela fosse menos complicada para falar de sentimentos. —M-mas podemos fazer sem, eu gozo fora. — Nesse momento Mina rompeu o beijo e se afastou um pouco. —Pinguim, vamos fazer. Não vai dar nada, você não vai engravidar. — Disse com tranquilidade, sabia que Mina não ia aceitar, ela tinha responsabilidade demais para aceitar tal coisa.
—Não da pra fazer sem, olha o que aconteceu com a Nay e a Jeong, esse negocio de gozar fora não é mito já que o pré gozo sai bem antes. Eu vou colocar o meu robe pra ir comprar e você vai ir comigo. — A Son arregalou os olhos e olhou para o relógio, já era meia noite e ela queria sair para comprar camisinha, até podia ter alguma farmácia aberta, mas isso não era bom. —Ai a gente vem brincando no carro já. Vai ser divertido Chaeng, seu carro é grande. — Disse já seguindo até o quarto, Chaeyoung apenas assentiu.
—Não fode assim Mina, droga... — Resmungou para si mesma e optou pela única coisa que podia. Correu até a porta e trancou a mesma, em seguida jogou a chave no lugar onde Mina não iria ter a idéia de procurar, dentro do certo de lixo na cozinha. Quando voltou até a sala, a japonesa logo apareceu ali já vestindo seu robe e com sua bolsa no ombro. Chaeyoung perdeu o ar por uns segundos, mesmo daquele jeito ela continuava absurdamente elegante, nem parecia estar com roupas de dormir. —Vamos lá, mas eu vou ficar dentro do carro te esperando.
—Não tem problema. — Mina caminhou até a porta e tentou abrir, mas nada de conseguir. Em seguida ela procurou pela chave na mesinha próximo da porta. —Ué, mas por que diabos a chave não esta aqui? Droga Chaeyoung, você sabe que não é pra tirar a chave e jogar em qualquer canto, agora temos que procurar. — Disse irritada e logo começou a jogar as almofadas do sofá no chão, a chave tinha de estar pela sala. —A chave deve ficar em cima da mesinha, eu já disse um milhão de vezes.
—Desculpa pinguim, eu esqueci, estava muito animada pra gente brincar a noite toda. — Mentiu e sorrio sem graça, Mina gostou de ouvir aquilo, mas sua frustração era grande no momento, parecia que tudo estava conspirando para que não conseguisse fazer amor com Chaeyoung. Sabia que não devia ter parado com o anticoncepcional, agora tinha de dormir mais uma vez frustrada, pois não achava a chave em lugar algum. A Son delicadamente a agarrou por trás e Mina suspirou, só faltava ela morder a coreana devido a tanta frustração. —Deixa a chave pra lá, amanhã a gente vai achar ela. Agora vamos pra cama e se você se comportar, podemos dormir sem roupa pra sentir melhor o calor uma da outra sabe. O que me diz?
—NÃO! — Mina gritou e Chae volveu o corpo dela, assim a japonesa retribuiu o abraço e repousou a cabeça pelo ombro da Son. —Com você vestida já esta difícil aguentar, com você sem roupa, vai ser praticamente impossível. — Murmurou num tom manhoso, Chaeyoung acabou rindo. —Não ria, sua boba.
—Okay, então vem. Vamos apagar as luzes e deitar abraçadinhas. — Chaeyoung pegou Mina no colo como se ela fosse uma criança que acabara de ter um pesadelo horrível. Apagara as luzes que haviam ascendido e seguiu para o quarto dela, a colocou cuidadosamente na cama e se deitou junto da mesma. —Bons sonhos pinguim.
Mina virou de costas resmungando, mas bastou a Son lhe abraçar que a mesma cedeu ao sono que estava batendo em sua porta, Chae demorou um pouco para adormecer, estava meio animada, mas no fim das contas fora melhor se livrar das camisinhas mesmo, tudo tinha de acontecer direito e não no meio de uma brincadeira que estava fazendo.
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Empresa de arquitetura - 07h00min:
Era bem cedo quando Nayeon chegou na empresa e agora, após alguns minutos dentro do elevador ela enfim chegara ao andar que ficava sua sala. Somi provavelmente ainda não estava ali, ela nunca chegava antes das nove, então a Im já estava preparada mentalmente para receber qualquer pessoa que aparecesse naquela manhã levemente ensolarada. Cumprimentou sua secretaria e dobrou no corredor seguindo até sua sala, desviou a atenção para sua bolsa, afim de achar as chaves, pois sem elas não entraria ali para trabalhar. Não demorou muito para acha-las e quando enfim levantou o olhar novamente para se direcionar até a porta, seu sorriso morreu ao avistar a figura de Yoo Jeongyeon parada ali recostada na parede.
—Vamos conversar coelha, por favor. — Jeongyeon começou, Nayeon se concentrou em abrir sua sala e entrar, a Yoo seguiu ela até dentro do cômodo e continuou a falar, não pretendia sair dali sem antes falar com sua coelha. —Nay, eu te amo tanto minha coelha. Não seja tão dura, por favor, me escute.
—Corta esse papo de que me ama, eu não quero mais ouvir isso, é uma asneira gigantesca, então me poupe. — Nayeon colocou sua coisas em cima de sua mesa e suspirou pesadamente, já se sentia estressada. —Eu apenas quero falar sobre o bebê e o que é melhor para ele. Se você insistir nesse assunto, vou largar você falando sozinha. — Disse e Jeongyeon assentiu. —Vamos descer até a cafeteria da empresa. Lá poderemos conversar melhor.
Nayeon apanhou apenas sua bolsa e saiu dali com Jeongyeon a seguindo em silencio. Durante os minutos no elevador e os minutos até o café, o silencio fora de fato algo que reinara entre as duas, Jeongyeon se perguntando o por que dela não aceitar seus sentimentos e Nayeon se perguntando como seria sua vida daqui pra frente. Ao chegarem no café, as duas procuraram se sentar em uma pequena mesa que ficava no canto, assim teriam a privacidade de conversar longe dos outros funcionários. A coelha não era muito viciada em café, mas acabara pedindo um expresso e Jeongyeon fizera o mesmo.
—Eu queria começar deixando bem claro que eu vou ter esse bebê e que nada, nem ninguém vai me impedir de ter essa criança. — Nayeon começou e Jeongyeon ficar meio indignada, pois jamais chegou a cogitar a idéia de pedir que ela abortasse. —Segundo, eu quero dar o melhor pra essa criança, tanto em questão de vida, como de família. Quero que ela cresça com a presença de ambas as mães, para que possamos educa-la da melhor forma possível.
—Vamos nos casar então Nayeon, ir morar juntas. Acho que só assim pra gente dar tudo de melhor pra essa criança e também preencher o ambiente com sentimentos bons entre nós e as pessoas que nos rodeiam. — Jeongyeon voltou a propor casamento e dessa vez Nayeon não fechou a cara, nem começou a ofender a loira, ela também tinha razão sobre as demais coisas que falara. —Meu apartamento é grande e acho que a Chae esta pensando em morar com a Mina, não falamos direito sobre o assunto, mas creio que é isso mesmo. Sendo assim, você pode se mudar para lá. Isso é o melhor para o bebê.
—Eu concordo dessa vez. — Nayeon num tom de desanimo, sempre desejou um dia se casar com Jeongyeon, mas jamais imaginou que seria assim e que ela começaria a falar de amor por causa do bebê. Jeong se sentiu mais animada por ver que ela enfim estava aceitando seu pedido, porém seu sorriso não durara muito. —Mas não vai se animando não, eu só estou aceitando isso pelo bem do bebê.
—Ótimo, vamos terminar o café e ir até o cartório, não vai demorar muito. — Jeongyeon tentou não parecer estar chateada com aquela situação, mas infelizmente era meio difícil. Mas Nayeon não se importava com aquilo no momento. —Já oficializamos tudo e depois podemos fazer uma coisa mais elaborada, com festa e tudo mais.
—Não, agora não, deixe de loucuras. — Disse num tom irritado, não havia por que tanta pressa, Nayeon ainda iria passar com um especialista, mas provavelmente não estava nem de dois meses ainda, fora que estava cheia de trabalho e não queria mais ficar perto da Yoo naquele dia. —Eu quero descansar disso, o dia mal começou e já esta sendo cheio.
—Okay, mas quando você vai se mudar lá pro apartamento? — Jeongyeon perguntou ao ver a Im começar a mexer em sua bolsa. —Eu não sei quando exatamente a Chae vai ir morar com a Mina, mas eu posso conversar com ela, pois ela já tinha me falado que ia dar privacidade pra gente, então creio que não vai demorar muito.
—Falando na Chae morar com a Mina, eu acho isso ótimo. Pois quem sabe assim elas não param com essa frescura e começam a namorar de vez. — Disse e Jeongyeon apenas assentiu concordando, já estava mais do que na hora da irmã parar de gracinhas e iniciar um relacionamento descente com Mina. —Mas eu não acho nem um pouco justo eu ter que me mudar para o seu apartamento. Porém tenho que concordar que ele é mais espaçoso que o meu e adquirir outro no momento esta fora de cogitação.
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Chalé - 09h00min:
Abriu os olhos com certa dificuldade, olhou ao redor e observou o chalé já meio iluminado pela claridade que adentrava pelas frestas das cortinas. Suspirou sentindo seu corpo bem quentinho, o fogo da lareira já estava bem baixo, Tzuyu sabia que só estava quente por causa do corpo de Sana que ainda continuava juntinho do seu. Como uma boba, ela sorrio observando a japonesa e lentamente retirou uma mecha de cabelo que cobria os olhos dela, porém ao vê-la se mexer, rapidamente afastou a mão e fechou os olhos fingindo que ainda dormia. Sana abriu os olhos devagar e sorrio bobamente ao ver a Chou ao seu lado, ela parecia dormir tão serena e o biquinho em seus lábios era fofo demais.
—Eu me sinto a mulher mais sortuda do mundo. — Sussurrou ainda a encarando e ajeitou-se um pouco melhor para poder admira-la com perfeição. —Pois estou casada com um anjo na aparência, mas um demônio na personalidade e isso é fodidamente excitante. — Sana acariciou a bochecha rosada dela e aproximou o rosto deixando um selinho rápido nela. Quando a japonesa já voltava a posição inicial, Tzuyu abriu os olhos fingindo estar surpresa, já que não estava mais dormindo a uns minutos.
—Aish Sana, você não devia ter abusado de mim de novo. Você ainda por cima me fez ficar naquela posição com o rosto no travesseiro, sorte sua que não estou com dor nas costas e não sufoquei no travesseiro. — Tzuyu começou imediatamente a reclamar e falar sobre Sana novamente ter lhe abusado, a japonesa revirou os olhos. —E onde já se viu me fazer sentar no seu rosto, eu devia ter sufocado você naquele momento.
—Putz, eu não abusei de você coisa nenhuma. — Disse esparramando-se pela cama e se afastando um pouco dela. —Você adorou ficar de quatro, gemeu toda manhosinha enquanto falava pra eu ir mais rápido e não tinha como se sufocar, porque você ficava olhando sobre ombro afim de me ver. Me lembro bem ta e quanto a sentar no meu rosto, era mais fácil você me afogar de tanto que estava molhada, fora que foi você quem pediu pra sentar. — Sana sorrio ao seu lembrar e a encarou. —Eu não aguento mais essa historia de que eu abusei de você.
—Olha aqui pare de falar essas besteiras, se você voltar a encostar em mim, eu vou dar um jeito disso nunca mais voltar a acontecer, você esta entendendo Sana? — Tzuyu jogou a coberta para o lado e se levantou aparentemente irritada, seu rosto estava bem vermelho, mas era de vergonha. —Responde sua idiota. — Disse e Sana riu alto já se levantando também.
—Ontem a noite você não parecia querer as minhas mãos longe, meus carinhos, meus beijos, minha língua. — Sana começou a falar enquanto lembranças ótimas tomavam conta de sua mente. —Na primeira da noite eu que tomei iniciativa, mas nas outras três foi você quem tomou esposinha linda. — Continuou já caminhando até o quarto, iria separar uma roupa para depois ir tomar banho. —Não que eu esteja reclamando é claro, por que sinceramente eu amei você toda soltinha.
—Isso é uma calunia, você pare de me caluniar. — Disse completamente corada de vergonha enquanto caminhava atrás da japonesa até o quarto, também pretendia ver qual roupa iria vestir para saírem um pouco e ver o que iriam fazer. Não podiam passar o dia todo dentro do chalé fazendo qualquer coisa, dormindo ou coisas que Tzuyu não gostava de admitir que gostava. —Deixe de dizer mentiras Sana.
—Ah não me faça gargalhar querida. — Sana deu as costas para ela e sinalizou para que ela as encarasse com atenção, Tzuyu olhou para os vários vergões espalhados por toda a pele da japonesa e engoliu seco. —Essas marcas nas minhas costas provam que tudo é verdade, os chupões que temos também provam. E ai o que me diz agora?
—Eu só fiz essas marcas por que eu queria me soltar de você e não por que eu estava gostando, o mesmo para os chupões, eu esta tentando te morder. — Disse totalmente sem confiança em suas próprias palavras, sabia que aquilo não fazia sentido visto que se lembrava do que havia dito enquanto arranhava Sana e marcava a pele com a boca. —O tempo todo eu queria fugir de você.
—Olha se quer saber a real. — Agora o tom de Sana mostrava que ela estava zangada, Tzuyu arregalou um pouco os olhos enquanto a escutava. —Eu só fui atrás de você, por que queria te esquentar já que você podia acabar ficando doente, sua mal agradecida. Jamais imaginei que fossemos acabar fazendo outras coisas. — Disse e Tzuyu riu de forma irônica.
—Ah Sana você é uma péssima mentirosa, pois saiba que mentir é feio viu. — Disse apanhando sua toalha que estava sobre a cama e caminhando até o banheiro, Sana a encarou levemente chocada, não conseguia entender como ela podia agir daquela forma. —Enfim, essa conversa já deu né e o recado já esta dado. — Resmungou dando por encerrado a conversa e adentrou o banheiro.
—Ahh... Mais que mulher impossível. — Sana atirou-se sobre o colchão vazio e começou a dar socos no mesmo, Tzuyu lhe deixava frustrada e louca, até o fim da lua de mel ela lhe deixaria totalmente fora de si se continuasse assim. —Ah que droga, que God Jihyo me de forças.
Do banheiro Tzuyu pudera ouvir os resmungos de Sana e um sorriso brotara em seus lábios, é claro que havia gostado da noite e sabia que ela tinha razão, mas jamais em juízo perfeito pretendia admitir isso.
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Apartamento de Dahyun e Momo - 09h50min:
A Kim abriu os olhos lentamente, a claridade não entrava pela janela, mas como as cortinas eram claras o quarto estava um pouco mais claro, porém não a ponto de incomodar sua primeira visão do dia. Viro um pouco o rosto e sorrio sentindo-se feliz ao ver o semblante tão sereno de Momo ali dormindo ao seu lado, suspirou ao remexer-se, pois sentir todo aquele corpo coladinho ao seu lhe deixava doida, a respiração quente contra sua pele lhe dava deliciosos arrepios. Dahyun não estava nem um pouco preocupada com o horário, finalmente sua folga havia batido com a de Momo, então as duas podiam acordar um pouco mais tarde e aproveitar o dia como bem entendessem. Claro que ela havia pensado em algumas coisas, mas primeiro queria saber os planos de sua japonesa.
Cuidadosamente volveu o próprio corpo sem sair dos braços dela e a encarou com atenção enquanto mordia o lábio inferior. Momo remexeu-se e deslizou as mãos pelas costas da Kim e apertou o tecido da blusa fina entre os dedo, Dahyun aproximou seu rosto e deixou um beijo pela ponta do nariz dela, a japonesa sorrio de imediato e abriu os olhos. A timidez de Momo ainda prevalecia ali, mas estava um pouquinho menor devido o fato que ela ainda achava que Dahyun e ela haviam transado, a Kim tinha uma longa luta pela frente para fazer Momo se soltar de vez daquela escuridão de medos que o pai a havia jogado.
—Dormiu bem Momori? — Dahyun levou uma das mãos até o rosto dela fazendo um delicado carinho. Momo sorrio e sentiu vontade de beija-la, pensou em não fazer com receio dela não gostar, mas perante a situação que se encontravam, o que haviam feito e as palavras que ela mesma havia dito, resolveu arriscar. A japonesa aproximou seu rosto e selou os lábios da Kim com vontade, a intenção era ficar no selinho, porém Dahyun amou aquele gesto tão espontâneo da outra que deslizou a mão do rosto para a nuca e transformou aquele selinho em um beijo mais intenso, onde pode sentir a língua da japonesa se encontrar com a sua. Com sua outra mão, ela empurrou o corpo de Momo para o lado e a japonesa a puxou junto mesmo sentindo-se tensa. —Melhor beijo de bom dia que alguém pode receber. Mas você ainda não me respondeu Momori.
—Sim Tofu... Eu dormi bem até demais. — Disse ofegante e Dahyun selou os lábios dela por alguns segundos e ao seu afastar trocou um sorriso fofo com ela. —A-acho que devíamos levantar né Tofu? Sei que estamos de folga, mas aposto que esta um dia lindo lá fora e tem centenas de coisas que podemos fazer. — Momo estava gostando de ficar ali com a Kim daquele jeito, mas por algum motivo ainda sentia medo de que algo alem de beijos rolasse, fora que ainda tinha o fato que não sabia quais eram as intenções de Dahyun com tudo aquilo, já que na cabeça de Momo a Tofu gostava de Mina.
—Hm, eu tenho algumas idéias. — Dahyun empurrou a coberta para o lado e se levantou, pois percebera Momo um pouco tensa, talvez por que havia acordado animada e a Kim sentira isso com perfeição ao ficar sobre o corpo dela. Após a Kim se levantar, Momo puxou a coberta novamente e se cobriu apenas até a cintura enquanto a encarava. —Podemos começar o dia comendo naquele café bonitinho que a gente sempre ia perto da faculdade, depois podemos ir ver algo para a clinica, tipo moveis, decoração e coisas assim. Sei que não pensou em nada disso ainda, depois podemos almoçar e tomar sorvete na pracinha olhando os patos no lago. O que me diz?
—Eu gostei de quase tudo, exceto da parte de ver coisas para a clinica. Hoje estamos de folga, isso inclui folga da clinica também. Mas o restante eu aprovo. — Momo pensou em se levantar, mas não queria se mostrar dura para Dahyun logo quando acabaram de acordar, ela podia pensar que era uma tarada ou querer resolver o grande problema. —Enfim, por que você não vai tomar um banho Tofu? Enquanto isso, eu me levanto e arrumo a cama.
—Ah não, enquanto eu vou tomar banho você vai pegar e voltar a dormir. Eu te conheço bem mocinha. — Dahyun se aproximou da cama, agarrou as cobertas e logo começou a puxa-las, Momo tentou segurar sem fazer muita força, não queria fazer a coreana cair. —Vamos Momori, podemos tomar banho juntas pra economizar tempo. Eu posso ajudar com os cortes das suas costas, que por sinal fui eu que fiz né. — Disse e Momo acabou corando de imediato, a Kim sorrio e aproveitando de sua distração básica, tratou logo de puxar a coberta de uma vez. —Hm, pode ser um banho gelado mesmo, assim a gente acorda de vez ou quem sabe acabamos por esquentar a água.
Dahyun soltou a coberta e andou até o banheiro com um sorriso pervertido em seus lábios, agora estava louca para dar banho na japonesa, tocar todo aquele corpo debaixo da água quente parecia perfeito para ela. Momo passou as mãos pelo rosto vermelho e se levantou de vez, se antes já estava tensa, agora estava pior. Calçou seus chinelos e saiu do quarto ajeitando seu pijama, ia tentar fugir desse banho, preferia tomar sozinha perante a situação que se encontrava, tudo bem que Dahyun já havia lhe visto nua e tocado, mas ainda sim era complicado. Porém o dia mal havia começado e Momo já tinha certeza de que ele seria bem longo, Dahyun por outro lado tinha certeza que seria maravilhoso.
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Apartamento de Jihyo e Nayeon - 10h20min:
Jihyo estava em seu quarto terminando de se arrumar para o trabalho, já devia estar na empresa cuidando das coisas de Sana, mas acabara tendo um imprevisto chamado Jeon Somi batendo em sua porta logo cedo. Agora a Jeon estava na cozinha devorando o café da manhã e cantarolando musicas que pretendia cantar para o bebê de Nayeon depois que o mesmo nascesse. A Park iria ficar na empresa apenas até as cinco, depois iria fazer uma visita para seus pais, eles provavelmente estavam com saudades, a única coisa ruim disso era que Somi iria ir junto e eles a adoravam por demais, ela até os chamava de sogro e sogra.
—É pra comer só a comida viu, não a mesa junto Somi. — Jihyo havia enfim saído do quarto e a primeira coisa que fez foi olhar para a Jeon que ainda comia absurdamente tranquila, ela parecia nem se preocupar em ir trabalhar ou não. A outra virou o rosto lhe encarando e abriu um largo sorriso. —Eu já estou pronta, você ainda vai me dar carona? Por que se não eu vou chamar um carro pelo aplicativo por que a Nayeon levou o carro dela hoje.
—Eu vou sim. Posso levar algumas bolachas comigo? — Perguntou e a Park logo assentiu com um sorriso bobo, se Somi continuasse desse jeito iria acabar roubando a fama de comilona que Momo tinha. —Ótimo, vamos lá então minha princesa. — Somi correu até a porta e abriu a mesma para que Jihyo fosse saindo. —Aposto que essa frescura da Nayeon e da Jeong não dura nem um mês, o que você acha?
—Acho que não passa de amanhã, aposto que hoje Jeong e ela conversam, transam por lá mesmo e já era, estão resolvidas. — Resmungou ao sair com sua bolsa em mãos e o celular, Somi fechou a porta e trancou, em seguida entregou a chave para a Park e por um segundo ela cogitou em com a Jeon, mas logo mudou de idéia e a guardou em sua bolsa. —Hm, quer apostar valendo o que?
—Se eu ganhar você faz algo pra mim, se eu perder faço algo pra você. O que acha? É meio clichê, mas eu não consigo pensar em mais nada, é isso ou beijos e amassos. — Sugeriu e as duas logo começaram a caminhar até o elevador, era bom descer de escada pra exercitar, mas estavam atrasadas, então o elevador era a melhor opção no momento. —Ah e se ambas perdermos nada acontece ou pode acontecer, mas a gente vê na hora.
—Pode ser a primeira opção mesmo, mas não quero que envolva nada sexual, por que eu sei que você é safada. — Disse e Somi concordou com apenas assentindo e as duas enfim adentraram o elevador. —Mas enfim, ter um bebê é algo tão lindo, não sei por que estão de frescura. As vezes eu paro e fico me imaginando com barriga, pensando como vai ser quando eu for mãe sabe. Acho que vai ser um dos dias mais felizes da minha vida. — Jihyo recostou-se na parede do elevador e suspirou.
Somi se aproximou dela e a segurou pela cintura, Jihyo arqueou as sobrancelhas e a encarou sem entender nada.
—Se você quiser, a gente pode começar a pensar nos filhos primeiro, depois no casamento meu amor. — O tom de Somi era mais sério, tanto que Jihyo se arrepiou ao ouvir. —Depois a gente casa e vamos morar em uma casa bem bonita, com um jardim bem amplo e nosso lar será o mais cheio de amor do mundo todinho. — Jihyo gostou daquela visão, mas a proximidade era perigosa e Somi ainda tinha muito o que provar. —Você vai ficar tão linda com barriguinha de grávida.
—A gente da o braço e a pessoa já quer a perna né. Eu nem te dei uma chance ainda e você já esta fazendo planos para o futuro, nós concordamos apenas com uns beijos as vezes, mas nada alem disso. Esqueceu? — Jihyo não tinha um tom serio, mas sim leve e suas palavras saíram suaves. Somi selou os lábios dela e se afastou com um meio sorrio. —Aff, agora eu vou ter que ajeitar o meu batom de novo. Podia ter me beijado antes né. — Somi revirou os olhos e começou a limpar, o borro do batom de Jihyo que estava nela.
—Ah, eu não esqueci. Mas sabe como é, estou fazendo planos para quando você me der uma chance e a gente começar a namorar, noivar, casar e tudo mais. — Comentou e deu seu mais belo sorriso para Jihyo que por um momento se derreteu, mas depois assumiu uma pose séria novamente. —Enfim, vou te pegar as seis pra gente ir até a casa dos meus sogrinhos, estou com tanta saudade. — Disse e Jihyo lhe mostrou a língua. —Mostra de novo pra tu ver se eu não te beijo e chupo essa língua.
Jihyo guardou a língua rapidamente e virou dando as costas para a Jeon, a Park não queria exatamente que ela chupasse sua língua, mas ela não precisava saber disso por enquanto.
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Apartamento da Mina - 10h45min:
Mina e Chaeyoung haviam acordado tinham pouquíssimo tempo, devido ao horário que adormeceram, acabaram perdendo hora, mas nem estavam tão preocupadas. A Son já havia avisado a vice para que ela fosse cuidando das coisas e Mina não tinha compromissos na parte da manhã, mas ainda sim tinha de conferir alguns documentos de um caso que havia pego. As duas estavam sentadas tomando café, Mina prepara ovos e Chaeyoung apenas fizera o suco, assim acidentes foram evitados na cozinha. Agora estavam sentada a mesa, Mina já estava prontíssima para ir trabalhar e a Son apenas com a roupa de dormir que a japonesa lhe emprestara, pois tinha de ir até sua casa para se trocar.
—Eu ia te falar ontem, mas como aconteceu tudo aquilo a noite e acabamos indo dormir frustradas, achei melhor deixar pra hoje. — Começou quebrando o silencio e Mina levantou o olhar a encarando, curiosa para saber o que ela queria lhe dizer, esperava que fosse algo relacionado aos sentimentos que compartilhavam. —Então pinguim, eu almocei com a Jeong ontem e durante o almoço, eu comentei com ela que pretendo deixar o apartamento pra Nay e ela viverem com o bebê. Queria fazer isso logo, mas eu não achei nenhum apartamento legal, ai pensei de morar aqui com você.
—J-jura? — Perguntou muito surpresa, Chaeyoung assentiu e a japonesa abriu um largo sorriso, iria ter sua pequena pertinho de si todos os dias e todas as noites como sempre quis que fosse. Talvez os ventos estivessem soprando a seu favor agora, ela não teria escapatória a todo momento e em alguma hora acabariam falando sobre o amor que sentiam, já que estava tão obvio, era só falaram o grande "eu te amo". —Chaeng, eu acho isso perfeito. Já dividimos a cama mesmo, então não tem problema algum. Podemos fazer umas mudanças e colocar suas coisas de artes no meu escritório.
—Depois podemos ver esses detalhes, acredito que o essencial agora é vermos quando eu posso trazer minhas roupas, conseguir uma vaga no estacionamento por que não da pra por dois carros na sua. — Disse com um sorriso fofo, Mina suspirou toda boba, a ficha ainda não havia caído, ela não conseguia acreditar que finalmente ia morar com Chaeyoung. —Enfim, acho que deveríamos ver isso logo, pois minha irmã me disse que ia conversar com Nayeon hoje ainda.
—Acredito que a essa hora elas já devem ter conversado e se resolvido, não duvido nada que tenham feito até mais que isso. Já é quase hora do almoço Chaeng, não devimos nem estar comendo só isso. — Minha encarou os ovos sobre a mesa e a Chae deu de ombros, não estava nem com fome, só estava comendo por que estava bom e sabia que depois acabaria passando mal se não comesse. —Ah, fugindo desse assunto. Na volta do trabalho mais tarde, qual de nós vai passar na farmácia? — Perguntou e a Son quase engasgara com o suco.
—Eu passo pinguim, vou comprar um monte, incluindo aquelas de sabor e se tiver compro até a que brilha no escuro. — Mina riu da ultima parte e Chaeyoung acabou rindo também, as duas pensaram na mesma bobagem. —Pensando bem, melhor deixarmos a que brilha no escuro pra lá. Não quero ficar com você pensando em Star Wars e muito menos pensando na Tzuyu e na Sana, aliás, será que a Sana sabe que o apelido da Tzuyu é Yoda?
—Acho que a essa altura não só já sabe como também já entrou na onda e ofereceu o sabre de luz pra Tzuyu treinar. — Mina comentou e Chaeyoung acabou gargalhando e derrubando suco por toda a roupa que a japonesa lhe emprestara. —Droga, imagina só as duas brincando e fingindo que estão em uma luta em que a Tzu apanha o sabre e salva a terra.
—Ai que porcaria, me sujei toda. Chegando em casa vou ter tomar um super banho, mas imaginar as duas falando frases como "Oh princesa Yoda, vamos salvar a galáxia, toma meu sabre". Por que convenhamos que é a cara da Sana falar isso, sua irmã puxou a parte abobalhada da família. — Chaeyoung apanhou um pano de prato e começou a limpar um pouco sua roupa, Mina riu alto e se levantou. —Ai, somos péssimas, não devíamos ficar pensando essas coisas, nem sabemos o que elas estão fazendo.
—A Sana é bem bobalhona, mas ela tem uma lábia incrível. Acredito que elas estão se divertindo muito se é que me entende. — Mina caminhou até a Son e se abaixou perto dela, Chaeyoung virou se limpando e ameaçou se levantar, mas a japonesa a impediu e tomou o pano de sua mão. —Hm, deixa que eu limpo pra você Chaeng. — A Son engoliu seco e segurou nos braços da cadeira e rezou internamente para que Mina limpasse apenas sua barriga ou seu banho em casa seria bem gelado.
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Pista de esqui - 14h30min:
Fazia pouco mais de uma hora que Sana e Tzuyu estavam ali na pista de esqui, haviam almoçado em um local extremamente agradável e com uma comida maravilhosa que ambas gostaram a ponto de repetir o prato. Agora estavam fazendo algo que gostavam muito, apesar de que Sana se dava melhor no esqui do que Tzuyu e isso já estava irritando a Chou que torcia fortemente para a japonesa cair, mas ela não caia de jeito nenhum e ainda por cima ficava se exibindo e as outras garotas da pista estavam adorando, talvez precisasse de uma ajudinha para beijar o chão.
Tzuyu não queria causar um acidente grave, apenas queria que ela parasse de se exibir, pois isso claramente era provocação que ela estava fazendo consigo, fora que assim as outras meninas parariam de olhar para ela. Quando ela percebeu que Sana vinha descendo novamente, apoiou com ambas as mãos em uma grade de proteção que havia ali perto e começou a fingir fazer alongamento, esticando as pernas para trás bem na hora que a japonesa estava pertinho. Sana tentou desviar, mas fora definitivamente impossível, acabara indo de encontro com o rosto na neve, Tzuyu acabara caindo na gargalhada e isso deixara claro para a japonesa que ela fizera de propósito.
Aproveitando da distração da Taiwanesa, Sana soltou os pés do esqui, fez a maior bola de neve que conseguiu e atirou com tudo contra a cara de Tzuyu, ela parara de rir na hora. A Chou limpou o rosto, se abaixou e pegou uma bola de neve e tacou de volta na japonesa, ali estava iniciada uma guerra, onde ambas queriam ganhar a todo custo, as duas pareciam crianças atirando bolas de neve uma na outra e se escondendo atrás de arvores e bancos. Sana se escondeu atrás de uma arvore, Tzuyu viu muito bem o local, apanhou rapidamente uma bola de neve grande e se preparou, quando Sana colocou a cabeça para olhar, a Chou rapidamente atirou a bola.
—Toma essa! — Gritou e Sana caiu no chão levando rapidamente a mão até o rosto, Tzuyu ficara surpresa, já que ela tacara neve e não um tijolo. Esperou uns segundos para ver se ela não iria revidar de repente e enfim se aproximou. —Ei, levanta Sana, já chega de brincar, melhor irmos embora. — Disse já se aproximando, Sana tirou a neve do rosto e se sentou com certa dificuldade, a Chou sentiu certa preocupação ao ver o sangue escorrendo da testa pelo rosto da japonesa, havia um pequeno corte ali. —Ai meu Deus, você esta bem? Eu juro que não fiz por mal. — Nesse momento a Minatozaki decidiu fazer um drama.
—Minha cabeça esta doendo muito e estou me sentindo tonta, enjoada... — Sana segurou a mão da Chou e com um pouco de força ela se levantou com a ajuda dela. —Ai Tzu, liga pro motorista vir pegar a gente. — Disse se apoiando na esposa e começando a caminhar com ela até o local onde haviam marcado de esperar o senhor que estava servindo de motorista. —Ai, esta doendo muito... Acho que vou vomitar.
Tzuyu começara a se sentir péssima enquanto caminhavam, ela ligou para o senhor e ele não demorara muito, pois ela deixara claro que Sana não estava bem. Apesar de se sentir mal, ela não tinha como saber que no meio daquela bola de neve havia um pedra, ainda bem que não pegara no olho, pois ai sim a Chou ficaria louca de preocupação. Porém ela ficaria mais louca ainda, quando soubesse que Sana estava fingindo estar com dor, ai o bicho iria pegar, mas por enquanto a japonesa iria aproveitar.
Durante o caminho até o chalé, as duas não conversaram e Tzuyu deixou que a japonesa repousasse a cabeça em seu ombro durante todo trajeto, o senhor perguntou como aquilo havia acontecido e se ofereceu para leva-las ao médico, mas Sana insistira em não ir e Tzuyu achara melhor, não gostava de hospitais. Ao chegarem o senhor ajudou a Chou a descer com Sana e a guiou para dentro do chalé, as duas se despediram dele e após Tzuyu trancar a porta ela encarou a japonesa parada perto do sofá, ela parecia não conseguir ficar em pé, pois estava balançando um pouco.
—Vem, vamos até o banheiro. É bom você tirar essas roupas e tomar um banho quente, depois vou fazer um curativo nisso, tem primeiros socorros no armário do banheiro. — Tzuyu segurou o braço de Sana e começou a puxa-la até o quarto, a japonesa as vezes cambaleava para o lado apenas para deixar o fingimento mais real. —Acha que consegue ficar em pé sozinha? Depois que você tomar banho, eu vou preparar algo bem leve e gostoso pra gente comer.
—A-acho que não consigo Tzu... Ai, esta doendo muito mesmo. — Sana levou a mão livre até a cabeça e Tzuyu suspirou, não podia acreditar na besteira que havia feito, agora estava muito mal consigo mesma. As duas seguiram até o banheiro e a Taiwanesa fechou a porta após deixar Sana encostada na parede. —Tzu, me ajuda a tirar a roupa e a me ensaboar?
—O-okay. — Era um pouco abusado da parte dela lhe pedir isso, mas no fundo Tzuyu entendia, se ela não podia ficar em pé, seria complicado tirar as vestes e se lavar sozinha. Não via problema em tocar Sana, afinal de contas ela era sua esposa e já haviam se tocado bastante durante os momentos íntimos que acabaram acontecendo devido a fatos que Tzuyu não sabia explicar. —Vamos lá Sana, depois eu tomo um banho também.
—Toma comigo, estou com medo de ficar sozinha e acabar caindo. — Disse num tom manhoso enquanto encarava o reflexo de Tzuyu no vidro do box. —Ou podemos tomar banho de banheira. Mas não me deixa sozinha, eu tenho medo de me afogar, estou com muita dor e enjoada. — Tzuyu apenas assentiu e focou em tentar tirar as roupas de Sana sem parecer estar gostando. —Obrigado querida.
A Chou colocou a banheira para encher e sentou Sana na beirada da mesma, enquanto isso se despediu e buscou as toalhas no quarto. Quando voltou ao banheiro, a banheira já estava praticamente boa para as duas, primeiro ajudou Sana a entrar e logo entrou também, a japonesa se ajeitou sentada entre as pernas dela. Nos minutos seguintes, Tzuyu procurou concentrar-se o máximo possível no banho, deixando claro para sua mente que tinha de lavar Sana o mais rápido que pudesse para evitar qualquer coisa. Durante o banho, a japonesa resolvera não brincar com a sorte, então se mantivera comportada e não tentara nada, afinal de contas era o mais correto já que estava com dor de cabeça e enjoada. Mas ela não podia negar que estava amando ser tocada por aquelas mãos tão delicadas e macias, e talvez fosse algo de sua cabeça, mas podia jurar que sentia ela lhe tocar com carinho e devoção.
Após terminar de lidar com Sana, Tzuyu banhou-se rápido e ambas saíram juntas do banheiro, tendo a Chou a guiar Sana te o quarto novamente, para que ela não tropeçasse ou caísse, pois segundo ela sua visão estava meio turva. As duas se secaram e colocaram roupas leves, mas que eram quentes e Tzuyu achou melhor deixar a japonesa deitada no sofá cama da sala, já que a cama do quarto não estava arrumada, fora que lá era bem mais pertinho do fogo e da cozinha. Ela ajeitou a esposa por ali e voltou até o banheiro, onde apanhou os primeiro socorros e voltou até ela.
—Pode arder um pouco, mas eu juro que vou assoprar. — Tzuyu se sentou ao lado da japonesa, ajeitou as coisas e logo começou a passar o remédio no pequeno corte, Sana ficara com uma expressão de desconforto, mas adorara quando sentira ela assoprando seu machucado. —Amanhã vai estar bem melhor. Agora eu vou fazer um mingau pra gente comer e podemos ver um filminho. Fica aqui Saninha. — Disse e logo colocou um curativo no local cortado e se levantou com a maleta em mãos.
—Ah não Tzu, fica aqui comigo, por favor... — Sana segurou a mão dela com carinho, seu tom era manhoso e seu olhar pidão. Tzuyu suspirou pesadamente e resolveu ceder, ela estava mal daquele jeito por sua culpa, então tinha que cuidar dela. —Por favor, minha querida. — Dessa vez Sana fez biquinho e Tzuyu assentiu sem pensar muito.
Ela deixou a maleta com os primeiro socorros na mesinha ali próximo e se deitou, a japonesa moveu-se e se aninhou ficando juntinho com a Chou, a Taiwanesa imediatamente começou a fazer um dos melhores cafunés que Sana se lembrava de receber em sua vida. Com a outra mão Tzuyu ligou a TV e mudou de canal até que a japonesa resmungou para que ela parasse em um filme de comédia que parecia ser bom. Sana sentir ter entrado em um sonho, onde sua vida de casada era maravilhosa e sua lua de mel estava sendo perfeita, não queria mais sair desse sonho, estava incrível demais receber mimos de Tzuyu.
—Hm Tzu, o cheiro da sua pele é tão gostoso... — Sana começou a se remexer sobre o corpo da Chou, ajeitando-se bem entre as pernas dela. Tzuyu sentiu certa pressão em seu ponto sensível, as roupas não eram grossas, então sabia muito bem o que estava lhe causando tal pressão. —Eu queria tanto ter te dado banho também, eu adoro a textura da sua pele querida, é tão macia. — A japonesa esgueirou-se um pouco para cima, até seus lábios alcançarem o pescoço da Chou, onde ela começou a deixar pequenos e demorados beijos.
—S-Sana... Não que eu esteja reclamando sabe, mas acredito que no momento fazer isso não vai ser bom pra sua dor de cabeça. Melhor você descansar, ai se mais tarde você estiver melhor a gente pode ver isso. — Disse num tom doce sem deixar de mexer nos cabelos da japonesa. —Vamos assistir um pouco o filme, pode dormir se conseguir. Eu não vou sair daqui, fique tranquila.
—Tudo bem Chewy... — Murmurou contra a pele dela e ajeitou-se por ali mesmo, não estava afim de assistir ao fim, queria mesmo era tirar um bom cochilo daquele jeitinho que estava, no calor dos braços da Taiwanesa, sentia o incrível cafuné que ela lhe fazia. Desde que se conheceram, essa era a primeira vez que ficavam mais por mais de cinco minutos sem brigar e a Chou ainda lhe tratava de forma amorosa, isso tirando na hora do sexo é claro. —Obrigado querida. — Resmungou e Tzuyu abaixou o som da televisão, com uma mão ela continuou o cafuné e a outra passou a acariciar as costas.
—De nada, agora fecha os olhos e descansa, por favor. — Disse num tom baixo, quase que sussurrando e Sana obedeceu, o fogo da lareira estava baixo, mas ainda estava dando conta de aquecer o ambiente, então Tzuyu nem se preocupou em mexer com o fogo. Tudo que importava no momento era que Sana descansasse e acordasse se sentindo melhor. —Acho que depois vou mesmo preparar o mingau... — Sussurrou para si mesma.
Pela primeira vez a respirava-se a paz naquele chalé, Tzuyu estava realmente preocupada com a japonesa e sentindo-se muito mal por ter machucado ela sem querer, devia ter visto melhor o que estava tacando nela. Sana sentia como se estivesse no céu finalmente, estar naquele momento com Tzuyu era maravilhoso, queria que ele durasse eternamente, mas sabia que uma hora ou outra ela iria descobrir que as dores eram mentira ou não, Sana torcia para que não, para que ficassem por mais tempo daquele jeito.
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Apartamento de Dahyun e Momo - 20h15min:
Fazia pouco mais de uma hora que haviam chego da rua, Momo estava terminando de ajeitar a cozinha e Dahyun estava guardando a comida que havia sobrado do jantar que pediram. O dia das duas haviam sido extremamente divertido, foram tomar sorvete, acabaram passando pra ver algumas coisas para a clinica, trocaram alguns beijos e mataram o restante do tempo no parque de diversões que por sinal fora uma das melhores paradas do dia, isso tirando a parte do sorvete na pracinha. A ultima coisa da noite seria um bom filme com pipoca e se depende de Dahyun, teria muitos beijos também, mas isso apenas se Momo não surtasse com o filme que a Kim havia escolhido, era algo totalmente diferente de tudo que já tinham assistido juntas.
—Dubu, qual filme vamos ver? — Momo quebrou o silencio que estavam preenchendo a cozinha. Dahyun segurou uma risadinha e guardou o ultimo prato antes de se virar para encara-la. —Pela sua carinha, sei que você não vai me contar. Mas poxa Dubu, eu tenho que saber, pra ter uma noção se faço bastante pipoca ou não. Por que se for chato tenho que fazer um monte, mas se for bom não. — Disse e a Kim riu da explicação dela, era bobagem, mas Momo fazia isso até mesmo quando iam ao cinema.
—Não vou te contar do mesmo jeito. Mas eu sugiro que faça pouca pipoca, por que provavelmente bem pouco a gente vai comer. — Dahyun caminhou até ela e lhe deu um beijo na bochecha, Momo corou no mesmo segundo e sorrio. —Vai fazendo a pipoca, eu vou lá na sala preparar o filme. Eu aluguei ontem durante o horário do almoço já que você não pode ir comer comigo, falaram que é bom.
Dahyun não esperou que Momo falasse mais alguma coisa, ela simplesmente virou de costas e saiu dali em direção a sala. Naquela noite a Kim haviam decidido iniciar seus planos para fazer Momo se soltar um pouco mais, começar a perder a vergonha que sentia quando estavam juntas, para que ela deixasse de ficar tensa quando estivesse excitada perto de si, dentre outras coisas. Pensando nisso fora que alugara o filme da noite, na verdade ela alugara mais de um tipo, cada um com um estilo diferente, assim caso ela não curtisse um, podiam tentar outro sem demora.
A Kim ajeitou tudo, armou o sofá cama e esperou por Momo, o certo seria assistirem no quarto, mas Momo insistia que a pipoca podia atrair possíveis formigas que estivessem pela casa e elas acabariam fazendo ninho em algum canto do quarto, não que isso não pudesse acontecer na sala, mas segundo ela no quarto seria mais difícil de elimina-las. Por ultimo, ela apanhou um edredom no quarto e voltou para a sala, onde a japonesa já estava esperando por ela com uma bacia media de pipoca.
—Espero que não seja terror, por que você tem medinho Tofu. Eu até posso te proteger, mas se for muito feio, não tem como eu garantir que não vou ficar com medo também. — Momo se ajeitou no sofá cama, Dahyun atirou o edredom nela e a mesma o esticou, a bacia de pipoca ficara pelo braço do sofá. A Kim apanhou o controle e caminhou até a japonesa, esgueirou-se por debaixo do edredom e sentou-se entre as pernas da japonesa que acabara sentindo-se tensa. —A-assim não vai fica desajeitada?
—Não, muito pelo contrario. Esta perfeito Momori e não se preocupe, o filme não tem nada de terror. — Dahyun recostou-se bem na japonesa, fazendo questão de esfregar contra o corpo dela, em seguida ela segurou ambas as mãos dela e as puxou para ela lhe abraçasse, Momo engoliu seco, mas logo se tranquilizou, afinal não tinha nada demais ficar com as mãos ali na barriga da Kim, fora que ganharia pipoca na boca. —Enfim, agora que esta tudo perfeito, eu vou dar play.
Momo assentiu e Dahyun botou o filme pra rodar, de inicio parecia que não passava de um filme normal e bem clichê de romance. Claro que a introdução fora meio estranha, Momo não conhecia nenhum dos atores e nem a produtora do filme, mas se Dahyun haviam escolhido é por que provavelmente ele era bom. Enquanto os primeiro segundos de filme rolavam, Dahyun torcia para que Momo gostasse e ao mesmo tempo prestava atenção em cada reação de seu corpo, cada som emitido por sua boca e claro a temperatura de suas mãos já que as estava segurando.
—Oh shit... — Murmurou quando percebera que aquilo não se tratava de um filme qualquer, mas sim de um filme pornô. Agora estava claro como a água, os primeiro minutos não passaram de uma introdução bem fajuta e agora os atores já estavam na maior esfregação. —Por Jihyo, acho que você errou o filme Tofu. — Momo apertou as mãos da Kim e a mesma segurou uma risadinha.
—Não errei, é esse mesmo o filme que eu aluguei, "Ajudando o mozão a se soltar" foi o filme que mais me recomendaram lá na locadora quando perguntei da sessão pornô. — Disse levando as mãos até as pernas da japonesa, arranhando as partes expostas devido o short não ser muito longo. —Relaxa Momori, só quis inovar, a gente nunca viu um filme assim. Podemos acabar gostando, fora que pode ajudar a esquentar, já que hoje esta frio.
A Hirai ficou em silencio e passou a assistir o filme, e como em todo filme ou vídeo pornô, os atores não demoraram a iniciar o ato. Nesse momento sentiu-se virgem até mesmo de cabeça, não apenas de corpo, jamais havia se imaginado fazendo sexo, tivera alguns sonhos com Dahyun, mas nenhum chegara a ser daquele jeito. Porém sua mente logo começara a trabalhar em cima daquilo que seus olhos enxergavam, Momo começara a enxergar ela e Dahyun daquele jeitinho, a Kim gemendo seu nome e pedindo para ser fodida como a atriz naquele momento pedia. Dentre esse pensamentos, acabara por soltar um arfar contra a nuca da coreana que sentiu seu corpo todo estremecer e seu ponto sensível fora atingido por uma pontada.
Dahyun sentiu as mãos da japonesa começarem a ficar suadas, a respiração ofegante dela batia contra sua nuca e pescoço, o membro de Momo começara a dar sinais de vida também, roçando nas costas da Kim. Dahyun mordeu o lábio inferior e remexeu-se afim de sentir mais a japonesa, podia sentia sua calcinha já úmida, pois alem de acompanhar o corpo dela ficando animado junto do seu, não deixava de se imaginar fazendo tudo aquilo com ela naquele sofá cama, no chão, na mesinha de centro e até mesmo na janela.
De repente, Momo se afastou da Kim esgueirando-se para o lado de forma desengonçada e correu até o quarto da branquela, Dahyun pausou o filme e correu atrás da mesma, talvez ela tivesse se sentido incomodada com aquele filme, mas havia outro mais leve. Chegando ao quarto, a coreana percebeu que Momo havia se trancado no banheiro, calmamente ela se aproximou da porta e bateu duas vezes.
—Momori, desculpe ter escolhido aquele filme. Não sabia que era tão assim, digamos que pesadinho, juro que nem sabia que tinha anal. — Dahyun começou a tentar se explicar e Momo suspirou do outro lado da porta enquanto encarava o volume de seu shorts. —Aish Momori, sai dai meu anjo, se você quiser eu posso colocar um com papai e mamãe apenas, que tenha algo mais tranquilo. — Disse na esperança que Momo abrisse a porta, mas tudo que ouviu foi a japonesa gemer, Dahyun não soube dizer se era de frustração, excitação ou outra coisa. —Bom, eu vou voltar pra sala e colocar o outro filme e me aliviar, coisa que eu acho que você esta fazendo ai dentro.
Momo não sabia o que fazer, nunca havia se aliviado, nem estava excitada com filme, estava excitada com Dahyun e não sabia se isso era bom ou ruim. Por fim, a japonesa livrou-se de suas roupas e entrou debaixo do chuveiro frio, enquanto isso pela sala, Dahyun se tocou e gemeu o nome da japonesa enquanto imaginava as duas tendo um belo momento incansável no sofá, a noite seria longa...
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