Dez anos mais tarde...
Casa da família Minatozaki - 11h00min:
As horas se passaram, os dias, semanas, meses e os anos. Muitas coisas mudaram e muitas coisas simplesmente continuavam da mesma forma de sempre, afinal nem tudo deve ser mudado, tem coisas que marcam e que fazem parte da essência de cada pessoa, então nem tudo estava tão diferente, pelo menos não diante da amizade e felicidade que continuava a mesma. Os sorrisos agora estavam um pouco mais maduros, alguns fios de cabelo brancos começavam a dar as caras, afinal assim como os anos se passaram, a idade andara também, mas não chegara a um ponto que atrapalhava.
Após tantos anos distantes, correndo e fazendo tantas coisas, elas enfim estavam novamente ali reunidas na casa de Sana, local definitivamente cabia todo mundo, a casa da família já era grande antes, agora estava bem maior, pois Sana quisera fazer alterações e expansões para o bem estar de sua herdeira, ela precisava de espaço para se desenvolver e crescer. A japonesa continuava com Tzuyu, as duas se casaram meses depois do pedido feito por Sana, pois resolveram esperar que a Taiwanesa desse a luz e tudo ficasse bem. O casal tivera uma linda e adorável garotinha a qual chamaram de Minjoo, um nome escolhido por Momo e Mina, as tias mais babonas do mundo. Os negócios de Sana iam de vento em polpa, maravilhosamente bem, os cosméticos eram um sucesso, Tzuyu era a garota propaganda dos mesmos, mas ela ainda mantinha seu emprego como modelo, agora apenas fotográfica, mas tudo continuava ótimo, fora uma escolha da mesma.
—Tzu, você vai demorar mais quanto tempo? Minjoo e eu já estamos prontas, as meninas estão lá em baixo bagunçando, seus pais não vieram, mas eles ligaram deixando beijos e deixando a promessa de que virão na semana que vem. — Sana gritou adentrando o quarto, Tzuyu estava terminando de se arrumar, as duas tinham acordado tarde.
—Quanto tempo eu quiser, ninguém mandou você desligar o despertador okay? Agora espera ou desce e fica olhando a Minjoo, não quero que ela caia ou acabe tomando álcool, porque a Jeongyeon pega a latinha, mas esquece em qualquer lugar. — Tzuyu saiu do banheiro finalmente, ela estava simples, porém bonita. Sana suspirou longamente e mordeu os lábios encarando ela. —Ué, achei que estivesse zangada por eu demorar, agora que estou vendo sua cara parece mais de tonta.
—Tonta só se for por você né, que me faz de gato de sapato dona Minatozaki Chou. — Sana se aproximou dela, queria pelo menos um beijinho. Tzuyu empurrou ela e a mesma só não caiu no chão por causa da cama, conseguira cambalear até a mesma. —Não vai me dar nem um beijo?
—Foi isso que você disse ontem, eu dei o beijo e acabei não dormindo nada, você não deixou, então nada de beijo agora. — Falou enfim colocando seus brincos e Sana fez bico. —Achei que a criança aqui fosse a Minjoo e não você.
—Eu não sou criança okay? E que conste que quem começou a fazer a graça ontem foi você mocinha. — Cruzou os braços e a encarou com um meio sorriso, Tzuyu se aproximou dela e lhe deu um tapinha leve no braço. —Ai, doeu amor. Me da um beijinho vai, só um minha vidinha, por favor. — Sana falou manhosa e fez biquinho.
—Só um e vamos descer, okay? — Disse séria e Sana assentiu abrindo os braços para ela. —Hm, que manha em, achei que tivesse me casado com uma mulher menos manhosa, bem madura que tem o controle da situação.
Sana sorriu e a beijou evitando que ela continuasse a falar, por mais que os anos tivessem se passado, o encaixe ainda era o mesmo, o sabor continuava ali, doce como sempre. As mãos da japonesa escorregaram pelas costas e quadril dela, Tzuyu sorriu entre o beijo e mordiscou o lábio inferior dela. Nesse momento passos foram ouvidos pelo corredor e uma garotinha adentrara o quarto, seu sorriso era gigante e ela parecia mais enérgica do que quando começava a correr pelo jardim com Sana.
—Uh beijinhos. — Minjoo disse de modo engraçado e o casal se separou sem graça. Tzuyu levantou do colo de Sana e ambas encararam a pequena. —Eu vim pedir outra roupinha, porque essa eu sujei mamãe...
—Como você se sujou filhotinha? — Sana perguntou chamando a filha para perto, Minjoo correu até ela e sentou em seu colo. —Barro e grama, caiu perto da piscina...
—Minatozaki Chou Minjoo você é igualzinha a sua mãe Sana. Um desastre total, agora eu vou colocar o que em você em mocinha? — Tzuyu a encarou com as mãos na cintura e suspirou longamente, ela realmente era igual a Sana, desastrada, fofinha e enérgica, Tzuyu não aguentava.
—Hm, coloca o vestido rosa mamãe? — Pediu e olhou igualzinho Sana costumava fazer quando estava querendo alguma coisa ou fazendo manha, as duas eram muito parecida. —Por favor mamãe...
—É mamãe Tzu, deixa vai! — Sana falou de um jeito fofo e lançou o mesmo olhar que a filha para a esposa. —O rosinha vai ficar tão fofinho nela.
—Esta bem, vamos colocar o rosinha. Mas se você se sujar de novo eu vou esquentar o seu bumbum e vou esquentar o da sua mãe também por não te olhar direito. — Tzuyu sorriu de forma amigável e ambas sorriam de volta, sabiam que ela não faria isso realmente. Tzuyu era uma mãe molenga no fim das contas, ela não conseguia resistir a aquelas duas.
Tzuyu colocou o vestidinho limpo em Minjoo e as três desceram com a mesma rindo, chegando na sala se separaram, a pequena fora brincar com as outras crianças, enquanto o casal se deslocou até a cozinha e por fim chegaram até o jardim.
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Jardim - 11h40min:
Fazia pouquíssimo tempo que a festa havia se iniciado, mas já estava tão animada que parecia estar rolando a horas. Tinha um tempo considerável que não faziam isso direito, os dias eram tão corridos que geralmente quando sobrava tempo, o mesmo era dedicado a passar com a família, os amigos ficavam para o tempo que restava nos finais de semana e olha lá quando sobrava algum. Mas agora finalmente estavam festejando, não era aniversario de ninguém, nem dia especial para algum casal, apenas um final de semana em que as coisas haviam enfim dado certo e elas haviam conseguido se encontrar.
Mina e Chaeyoung brincavam com as crianças no jardim, estavam animadas demais, eram ótimas tias e divertidas, Chae virava uma criança no meio da bagunça, Mina não ficava atrás, parecia uma tia babona brincando e rindo com todas, pelo menos os mais novinhos, já que Jongin e Minjoo por serem um pouquinho maiores estavam na sala, Sana podia estar velha, mas lá ainda estava seu videogame, o qual ela fazia questão de ensinar Minjoo a jogar sempre que podia.
—Jesus, ainda bem que a gente não teve filhos amor. — Mina abraçou Chae ao ter seu corpo empurrado na direção da mesma, as crianças não paravam de correr e brincar, estavam felizes e espaço não falta. Chae a abraçou rindo e respirou fundo. —Será que Zeref e Lua estão bem em casa?
—Com certeza para as duas coisas. — Disse ofegante e começou a andar com a esposa até uma cadeira para que pudessem se sentar. —Se continuarmos no meio do fogo cruzado, vamos acabar caindo na piscina, olha o estado da Somi, acho que já derrubaram ela umas duas vezes.
—Dahyun também caiu uma vez, agora esta lá brincando de novo. Me admira a Momo não ter entrado na roda, acho que esta cansada, fez plantão ontem se não me engano. — Mina comentou, Chae se sentou e puxou a mesma para seu colo. —Amo meus sobrinhos e sobrinhas, mas é bom saber que vou chegar em casa e vai estar tudo tranquilo, os gatinhos não fazem mais isso, só querem dormir.
—Estão velhinhos poxa, mas no começo Lua e ele bagunçavam a casa toda. — Disse e Mina concordou rindo. —Vamos tomar um refresco e continuar a brincadeira com as crianças?
—Tudo bem, mas dessa vez a gente se esconde e você procura, mas não vale ligar no meu celular para achar mais fácil. — Mina se levantou do colo da esposa e tirou a blusa mais grossa que usava, estava suando já.
—Se você largar o celular aqui na mesa ou na bolsa minha idéia não daria certo, mas você carrega ele para todo o canto. — Disse e Mina revirou os olhos, porém logo apanhou o aparelho e o desligou. —Ah sacanagem poxa...
—É nada, apenas justo. — Dito isso Mina começou a caminhar até as crianças, Yuna não estava mais brincando, parecia ter ficado irritadinha com algo e estava com Jihyo. —Vamos lá Chaeng, esta com você.
As duas foram logo para o meio da bagunça, Dahyun estava brincando com as crianças de novo também, Momo estava recostada bebendo algo e cuidando para que Jeongyeon não fizesse nenhuma besteira com a carne, não podia ter álcool de jeito nenhum, as crianças não tinham começado a comer ainda, mas ainda sim iriam em algum momento. Porém apesar de tudo Momo observava tudo com um sorriso bobo nos lábios, ela não podia acreditar que tudo aquilo estava mesmo acontecendo em sua vida. Sua carreira como medica estava ótima, seu tratamento havia acabado tinha mais ou menos seis anos, foram dias que Momo considerava importantes e Dahyun estivera ao seu lado em cada um deles.
—Eu consegui realizar o meu sonho... — Comentou recostando-se no batente da porta e cruzando os braços enquanto observava a esposa brincar com as crianças, era tão bonito e maravilhoso que Momo achava estar sonhando as vezes, mesmo já tendo se passado tanto tempo.
Victoria deu um tapinha nas costas das filha e não disse nada, mas Momo se sentiu bem ao ver o sorriso que a mais velha tinha em seus lábios, sabia que ela estava orgulhosa e uma das coisas que Momo sempre gostou de fazer fora dar orgulho para sua mãe. A japonesa brindou com ela que estava ao seu lado e encerrou sua bebida, iria se divertir com as crianças e ver porque Inosuke não parava de parava de tentar pegar apenas a irmã mais nova, o rapazinho claramente estava com arte, Dahyun estava tão feliz que nem percebia.
—Tomou o remédio para a artrite hoje? — Krystal perguntou para a esposa ao parar ao lado dela, Victoria negou com a cabeça. —Seus netos então não vão ter a graça de brincar com você hoje?
—Hoje não, acho que é mais satisfatório que brinquem com as mães. Sowon tem o jeitinho da Momo inocente e fofo, mas ao mesmo tempo parece tanto com Dahyun, não como Inosuke, o rapazinho é atirado e direto como ela. Imagino bem quando forem maiores, vão dar trabalho demais. — Comentou e a outra riu.
—Espera só terem a idade do Jongin, só falta destruir a casa quando vai nos visitar, Yerin nem tanto, mas ele é um terrorzinho. — Uma das mães de Nayeon comentou e o outro casal riu alto.
Enquanto estavam conversando e rindo ali no jardim, Jongin estava muito animado na sala conversando com Minjoo, o Yoo e a Minatozaki se davam muito bem, não apenas porque tinham a idade próxima, mas sim por gostarem praticamente das mesmas coisas, estudavam juntas, voltavam para casa juntos também, pois era sempre Nayeon ou Tzuyu quem iam busca-los. E por falar nas mães, recostadas na entrada da sala de estar estavam Nayeon, Jeongyeon, Tzuyu e Sana, as quatro observavam a tamanha animação das duas crianças conversando, gesticulando e rindo.
—Ai meu Deus, nem acredito que o meu gatinho cresceu tão rápido e escolheu justo a Sana para ser a sogra dele. — Nayeon comentou baixo fazendo um drama gigante, insinuando que Sana era uma péssima escolha como sogra. —Parece que foi ontem que ele nasceu... Tão pequeno, gordinho e fofo.
—Ei, até aparece que a Minjoo vai escolher vocês como sogras, minha filha sabe o que é bom e o Jongin nem deve ser o tipo dela, aliás, ela nem tem tipo ainda, Minjoo é uma criança apenas, ela não vai namorar antes dos trinta. — Sana falou cruzando os braços na frente do corpo.
—Deixa disso Sana, crianças de hoje em dia aprendem e fazem tudo muito rápido, aposto que pelo menos em selinho ela já deve pensar e o Jongin também. — Somi comentou se aproximando, Jihyo ria da cara de Sana e da de Nayeon.
—Aff mais nem ferrando, meu Jongin beijando na boca, não tão cedo. Meu gatinho é inocente ainda, a filha da Sana que deve ser pervertida igual a ela. — Jeongyeon que até então só observava finalmente falou alguma coisa.
—Espera um minuto, minha filha não é pervertida igual a Sana não, ela é um anjinho que obviamente puxou a mim nesse quesito. — Tzuyu também começara a falar, enquanto isso as duas crianças simplesmente estavam alheias a tudo aquilo, só queriam falar sobre os jogos de videogame que iam jogar e os que estavam jogando, sobre a escola e as matérias.
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Casa da família Son - 19h30min:
A festa fora bem divertida na casa de Sana, porém Mina e Chaeyoung agradeciam fortemente por finalmente estarem em casa. O casal passara três anos morando no Japão, a empresa de Chae tinha uma filial lá e Mina conseguira alguns clientes importantes também, mas nada era melhor do que estarem ali na casa nova que haviam comprado juntas, tinha muito espaço para os gatinhos e para ambas trabalharem em casa sempre que fosse preciso. Zeref e Lua estavam velhinhos, mas ainda eram tudo para ao casal, os únicos filhos que tinham, pois cuidavam deles como se fossem isso mesmo, seus filhos, que agora precisavam de mais atenção do que nunca.
—Hm, finalmente em casa e enfim livre para poder andar pelada. — Mina comentou começando a arrancar as roupas, Chaeyoung riu alto observando a esposa, a noite estava quente e elas estavam sujas de tudo um pouco, brincar com as crianças fora algo intenso para elas. —Vamos tomar um banho e depois brincar na cozinha?
—Não é má idéia, só devemos tomar cuidado para não incomodarmos os vizinhos como da ultima vez fizemos. — Chae se aproximou dela a abraçando por trás e beijando seus ombros expostos, Mina já estava só de calcinha. —Você esta com cheiro de chicletes amor, acho que babaram em você.
—Acho que foi o Inosuke, aquele pestinha é igual a Momo quando era criança. — Mina comentou, seu sobrinho era um perfeito terrorzinho, lembrava muito Momo mesmo não sendo filho de sangue da mesma. —Momori adotou o filho certo, são iguais.
—Com certeza, mas a Sowon não fica atrás, é as duas cuspida pinguim. — Chae começou a caminhar empurrando Mina na direção do quarto, a japonesa acompanhou os passos dela evitando cair. —Eu até que gostei viu, sua pele esta docinha...
—E você lá pode comer doce demais? O seu começo de diabetes vai aumentar e vai dar merda em. — Mina comentou rindo e Chae soltou um suspiro frustrado, havia se esquecido que seu exagero com doces gerara um alerta. —Porém acredito que me provar não trará nada demais, o excesso de doce vai sumir no banho.
—Oh é mesmo! — Falou mais animada.
As duas acabaram tomando um banho não muito demorado, colocaram roupas confortáveis que usariam para dormir e voltaram para a sala, Lua e Zeref estavam lá agora, antes os gatinhos estavam dormindo no escritório de Mina, o sofá daquele espaço era o favorito de ambos. Chae tentou beija-los e eles saíram dali, Mina achara engraçado, em seguida elas foram até a cozinha, pretendiam de fato brincar e aquele cômodo era o escolhido daquela noite.
—Pronta Chaeng? — Disse de modo sensual e a Son engoliu em seco enquanto se aproximava da bancada.
—C-com certeza pinguim. — Chae tentara parecer confiante, mas estava um pouco difícil, Mina era intimidadora demais quando estava séria e sexy ao mesmo tempo, Chae não conseguia aguentar a pressão. —Por onde devo começar?
—Você vai preparar um bolo para mim e você tem exatas duas horas, se acabar antes maravilha, ganha pontos extras. — Disse animada e Chae sorriu largo, sabia que ia dar merda, mas seria divertido. —Valendo. — Mina sentou sobre a bancada e começou a observa-la.
As duas finalmente começaram a se divertir, essa era uma coisa que agora tinham mania de fazer as vezes. Brincar, mas não com malicias ou coisas do tipo, Chae e Mina eram o tipo de casal que gostava de se divertir como adolescentes, não estavam tão velhas, mas depois dos trinta algumas coisas mudaram e o pique tinha de ser mantido, assim não cairiam na rotina e nem se deixariam abater por cansaço. A brincadeira da vez seria como se estivessem em um tipo de masterchef, Chae teria que fazer um prato para Mina provar e depois o contrario, o problema é que com poucos minutos de brincadeira a japonesa acabara indo ajudar a esposa, Chae ainda era um desastre na cozinha.
Mina e Chae estavam bem assim, os anos tinham passado e elas continuavam as mesmas, em alguns momentos durante esse tempo chegaram a falar sobre filhos, mas o resultado final sempre era o mesmo, que não queriam ter e que os gatinhos estavam de bom tamanho, fora os sobrinhos e sobrinhas, os mesmos davam trabalho. A vida profissional delas estava ótima também, a filial do Japão era um sucesso e Mina continuava muito bem com clientes tanto da Coréia como de seu país natal.
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Casa da família Jeon - 20h25min:
As luzes da casa já se encontravam apagadas, porém a casa não estava em silêncio, a TV do quarto estava ligada e em breve começaria uma bela maratona de filmes que a família gostava, principalmente Yuna, a adorável garotinha que o casal tivera a felicidade em conseguir adotar após um processo demorado e um pouquinho difícil. A pequena era a alegria do casal, Somi e Jihyo a amavam imensamente e paravam tudo para estar com ela quando preciso era, Yuna tinha autismo e por precisava de uma atenção redobrada.
Somi trabalhava mais em casa do que na empresa, mas o trabalho entre ela e Nayeon estava bem dividido, Jihyo estava bem ativa na empresa com Sana, mas não tinha problemas em sair quando era preciso. Yuna as vezes tinha problemas na escola, ficava irritada, um pouco agressiva, começava a chorar, dentre outras coisas que eram comuns, mas que as vezes as outras crianças não entendiam. Então as mães corriam para acudir a mesma, porém isso não impediam que fossem uma família feliz e tivessem ótimos momentos juntas.
—Mamãe Hyo trás sovete logo. — Gritou e levantou as mãos para cima, Somi fez o mesmo e beijou a bochecha da filha. —Sovete, sovete...
—Sorvete filha, tem uma letrinha faltando ai no meio. — Jihyo falou adentrando a sala e entregando o sorvete para as duas no sofá. —Você quer que a mamãe Hyo faça aviãozinho ou você quer comer sozinha?
—Quero vião da mamãe Hyo e um da mamãe Sumi. — Falou gesticulando com as mãos e saiu do colo de Somi, acomodando-se entre ambas as mães no sofá. —Coloca o filminho mamãe Sumi.
Yuna tinha momentos de imensa hiperatividade, porém isso parecia ter ficado mais na festa de Sana, agora a pequena só queria mesmo era ver seu filme e dormir com as mães, Yuna gostava muito de dormir com o casal em dias de chuva, não tinha medo, mas gostava de ficar ouvindo o barulho e falando com as mães até pegar no sono.
—Que comece o filme, e o primeiro avião logo vai pousar no aeroporto da mocinha mais linda do mundo. — Jihyo falou preparando a colherada e a garotinha bateu palmas animada, Somi enfim deu inicio ao filme.
—Acho que eu também mereço uma colherada né? — Somi falou fazendo biquinho enquanto olhava para Jihyo, a outra sorriu largo mas negou com a cabeça. —Ah Jih, porque eu não?
—É mamãe Hyo, porque mamãe Sumi não? — Yuna encarou a mãe com curiosidade, a mais velha suspirou longamente.
—Mamãe Somi já é grande, enquanto que você é uma mocinha ainda, um neném e ainda pode ganhar aviãozinho. — Explicou e Yuna começou a rir de Somi. —Porém tem coisa que mamãe Somi ganha e são especiais também
—Viu mamãe Sumi, você também ganha coisas especiais. — Yuna deu tapinhas na perna de Somi e encarou a TV. —Vamos assistir e tomar o sovete antes que fique mole.
—Antes que derreta filha. — Somi falou corrigindo a baixinha e lhe de uma colherada do sorvete. —Ei que tal amanhã de manhã você e eu estudarmos as palavras? Acho que sua professora vai ficar contente.
Yuna não respondeu, mas Somi sabia que ela iria gostar, Jihyo sorriu e recostou-se no sofá. A vida delas estava boa demais, não tinham problemas com nada e nem ninguém, tinham algumas dificuldades com relação a filha, mas nada que não pudesse ser resolvido com paciência e muito amor, coisa que não faltava naquela casa.
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Casa da família Hirai - 20h50min:
O risos preenchiam o ambiente da sala, Momo e Dahyun estavam no quarto, haviam acabado de tomar banho e estavam tentando se trocar, a Kim pelo menos estava, pois Momo estava mais preocupada em lhe roubar beijos e agarrar a todo segundo. Anos atrás Dahyun se surpreenderia muito com tais atitudes, hoje em dia era bem comum, não podiam ficar sozinhas pelos cômodos que a japonesa começava com suas graças e artimanhas. Porém sempre consciente de que as crianças podiam aparecer, Inosuke nem tanto, o garoto parecia saber os momentos que era melhor ficar em seu canto, mas a pequena Sowon era uma garota sapeca.
—Momo para... — Dahyun falou pela terceira vez quando tentava colocar sua blusa, mas a japonesa não deixava e inclusive havia tirado o pano das mãos da mesma. —Ai Momori, me devolve a blusa, se a Sowon vier aqui no quarto o que vamos falar para ela?
—Ah ela não vai vir, não esta escutando o riso dela com Inosuke na sala? — Dahyun assentiu diante da pergunta e Momo sorriu sapeca. —Então, vamos lá para dentro do banheiro, só mais um pouquinho.
—Hm, okay... Mas, primeiro devolve minha blusa para que eu possa deixar em um lugar estratégico. — Disse e Momo lhe entregou a blusa, Dahyun se aproximou dela e lhe deu um beijo rápido. —Obrigada esposinha, vai lá no banheiro que eu só vou fazer uma coisa e já vou também.
Momo apertou a bunda dela e foi até o banheiro, Dahyun suspirou vitoriosa e vestiu-se tranquilamente, passados alguns minutos a japonesa voltou para o quarto afim de saber o que estava acontecendo para ela demorar tanto. Acabara encontrando a Kim vestida com seu pijama e um sorriso maroto nos lábios, Momo fizera bico e começara a se vestir também.
—Dubu malvada poxa... — Murmurou olhando para ela, Dahyun riu alto e saiu do quarto, agradaria ela mais tarde, quando houvessem menos riscos.
Momo logo se juntou a família na sala, a pauta da noite era o que iriam comer no jantar, de um lado Dahyun e Inosuke queriam pizza, do outro Sowon e Momo queria comer Kimchi ou hambúrguer, porém tudo preparado em casa, não queriam pedir nada por aplicativo ou telefone, seria uma noite para diversão em família.
—Eu sugiro que a gente decida isso através de uma boa partida de videogame, o vencedor escolhe o que comer. — Momo encarou Dahyun com um olhar desafiador e a Kim começou a rir. —Quem ri por ultimo ri melhor. Aceita esse desafiou senhorita Hirai?
—Com certeza! — Dahyun colocou Inosuke no chão e caminhou até a outra apertando sua mão. —Hoje vai ser a noite da pizza, espere e verá meu amor.
—Okay, o vencedor declara do que o dia de hoje será, porém além disso o perdedor recebera uma prenda, de acordo? — Disse a trazendo para Dahyun ótimas lembranças, ela sorriu para a japonesa e assentiu. —Então vamos nessa querida. Baixinhos, vocês serão a torcida okay?
—Certo mamãe. — Os pequenos gritaram enquanto as duas ligavam o videogame e ajeitavam os fios.
Os dias na casa da família Hirai eram basicamente todos assim, se não tinha bagunça durante o dia por causa do trabalho e escolinha das crianças, a noite sempre tinha e nunca caia na rotina, sempre era alguma brincadeira diferente ou se não houvesse nada, elas simplesmente saiam, procuravam ver filmes, mas jamais iam dormir desanimadas ou cansadas por terem trabalhado demais. A vida havia se tornado bem doce para elas que tanto demoraram a ficar juntas, Momo tinha superado seus medos, Dahyun ajudara da melhor forma que conseguira, as duas trabalhavam juntas na clinica da japonesa, profissional e pessoal eram divididos perfeitamente, não haviam conflitos quanto a isso.
—Se prepara Sowon, nós vamos declarar hoje o dia da nossa comida favorita. — Momo falou segura de si e ajeitou-se no sofá para começar a jogar. Dahyun sentou ao lado dela também com o controle em mãos. —Esta pronta minha Dubu?
—Com toda certeza meu amor. — Dahyun beijou a bochecha da esposa, as crianças riram e se ajeitaram no outro sofá para começarem a torcer pelas mães. —Inosuke filhote, se prepara que hoje vai virar o dia da pizza.
O jogo se iniciou, ambas eram muito boas, pois sempre gostaram de jogar juntas, os jogos haviam evoluído, mas ainda eram os mesmos só que com gráficos melhores, que acompanhavam a evolução da tecnologia. O tão amado Mario Kart parecia mais real do nunca enquanto ambas controlavam seus personagens, as crianças riam quando algo acontecia e elas reclamavam, cuidando para não usarem palavrões, não queria que as crianças começassem a aprender a falar besteira tão cedo.
Infelizmente três rodadas passaram bem rapidamente, e por incrível que pudesse parecer, quem ganhara dessa vez fora a pessoa menos esperada. Momo vencera por dois a um, conseguira passar pelo carrinho de Dahyun no ultimo minuto da corrida e ganhara fortemente, a japonesa jogara o controle sobre a mesinha de centro e levantara começando a gritar o mais alto que conseguira.
—Ganhei, ganhei, ganhei e ganhei Dubu. — Momo gritou e Dahyun começou a rir enquanto recebia um abraço de consolo de ambos os filhos. —Porém, como eu sou muito legal, vamos fazer as três coisas e assistir desenhos enquanto comemos.
—Obaa, obrigado mamãe. —Ambas as crianças falaram e abraçaram a japonesa também. Dahyun sorriu observando a cena, sempre sonhou em ter uma família com Momo e ver que havia conseguido era simplesmente maravilhoso.
—Legal galerinha, agora vão lavar as mãos enquanto mamãe Hyun e eu vamos começar a preparar tudo. — Momo falou e ambos saíram correndo dali. —Sem correr gente, vão acabar caindo no corredor. — Falou e notou que Dahyun a encarava enquanto mordia o lábio inferior. —Hm, o que foi em mamãe Hyun?
—Nada, só estou olhando você mamãe Momo. Você fica tão linda e gostosa assim nessa pose toda de "mamãe séria" dando bronquinha sabe. — Dahyun se levantou e segurou Momo pela mão. —Estou me perguntando qual será a prenda que você vai me dar.
—Só vou contar quando estivermos lá no quarto esposinha. — Momo usou a mão livre para bater na bunda dela e ambas continuaram até a cozinha. —Agora vamos cozinhar.
Momo e Dahyun resolveram adotar Inosuke de apenas um aninho após estarem casadas, o garotinho conquistara ambas durantes visitas na clinica, ele era do mesmo orfanato que recebia atendimento gratuito da mesma. Após algumas semanas Dahyun engravidou finalmente de Sowon, as duas não haviam tentado antes, elas simplesmente optaram por adotar primeiro e depois tentar uma gravidez. Agora ambas estavam mais do que realizadas e o amor era algo gigantesco ali dentro, a família que sempre sonharam em ter.
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Casa da família Yoo -21h00min:
A maioria das luzes da casa já estavam apagadas, inclusive a do quarto de Jongin, exceto pelo fato que a TV continuava iluminando tudo, o garoto não gostava de dormir cedo, ainda mais quando saia de casa e ficava muito tempo sem as coisas que gostava, por isso estava agora jogando seu videogame. O único probleminha que o garoto tinha era que já era tarde, Jeongyeon já tinha pedido para que ele desligasse, botasse o pijama e esperasse pelo beijo de boa noite, Nayeon enquanto isso estava botando Yerin para dormir, a pequena gostava que a coelha contasse historia, Jeongyeon não sabia fazer isso.
—Yoo Jongin, esta na sua vez de ganhar beijo de boa noite. — Nayeon falou ao adentrar o quarto do menor, porém seu sorriso morreu ver que ele ainda não estava grudado no videogame. Não que ela proibisse, sabia que no fundo era meio cedo, já que no dia seguinte seria domingo, mas o problema é que seus planos com Jeongyeon falhariam se ele não dormisse. —Rapazinho, o que sua mãe Jeong te disse a meia hora atrás?
—Mas mamãe ainda é cedo, porque eu tenho que ir dormir? — Jongin largou o controle na cama e cruzou os braços ficando com bico. —Amanhã é domingo, não tem escola e nem vamos ir na casa das vovós.
—Tem razão, mas é que nós vamos fazer um passeio, vamos visitar aquela feira que você adora, pronto estraguei a surpresa. — Nayeon falara a coisa que viera em sua mente por causa do videogame, Jongin abriu um sorriso largo, o garoto adorava a feira que sua mãe citara, tinha coisas de games, eletrônicos e animes. —Sabe que temos que ir cedo, então borá dormir gatinho, está chovendo e o sono vai vir logo.
—Certo mamãe. — Disse vencido e logo se enfiou debaixo das cobertas, realmente estava chovendo e ele pode ouvir bem quando Nayeon desligou o videogame. —Yerin já esta dormindo mãe? — Jongin se preocupava com a irmã mais nova, pois ela tinha medo de trovões.
—Sim, coloquei ela para dormir primeiro, em todo caso sua mãe Jeong foi dar mais uma olhadinha nela. — Nayeon sorriu enquanto cobria o menor. —Boa noite rapazinho.
—Boa noite mamãe... — Disse virando de costas.
Nayeon saiu em disparada dali, passou pelo quarto de Yerin, ela parecia dormir tranquila feito um anjinho e Jeong não estava mais ali, então obviamente agora era sua hora de receber um belo beijo de boa noite. Não que a vida amorosa das duas tivesse parado, só havia ficado um pouquinho mais complicada do que antes, Jongin não pedia muito por elas, só se fosse algo relacionado a comida que ele não pudesse fazer sozinho, já Yerin era outra historia, ela pedia muito pelas mães, principalmente em noites de chuva.
A coelha adentrou o quarto sorrindo de orelha a orelha, observou Jeongyeon deitada na cama quase que sem roupas, a loira lhe encarou dos pés a cabeça e chamou com um movimento suave de sua mão. Nayeon suspirou ansiosa, fazia mais ou menos uma semana que estavam batendo na trave, já que sempre tinham parar por causa de algo, da ultima vez fora por que Yerin acordara e fora chorar na sala por estar com medo, ela não conseguira entrar no quarto do casal, então a sala fora quem recebera sua lagrimas iniciais.
—Saudade da minha coelha... — Murmurou enquanto encarava Nayeon, a mesma havia parado próximo da cama e já estava de livrando de sua camisola. —Porra em Nay, vem cá vem.
—Relaxa, os dois estão dormindo. — Falou com confiança, pois havia checado antes de encontra-la. Jeongyeon abriu os braços e Nayeon se enterrou em seu abraço caloroso e gostoso. —Hm, hoje você não me escapa senhorita Yoo.
—Nem quero coelinha... — Murmurou e a beijou lentamente, passando a acaricia-la com suas mãos enquanto seus lábios se buscavam com saudade.
Os minutos se passavam e com eles tudo fora evoluindo, não tinham pressa mas também não tinham todo o tempo do mundo. O som da primeira trovoada que cortara o céu fizera um breve dueto com um longo gemido de Nayeon, o primeiro de muitos que pretendiam ser liberados naquela noite. Porém, a segunda trovoada viera acompanhada de um choro, mas não era Nayeon quem chorava, era Yerin que chorava e dava suaves batidas na porta. Jeongyeon levantou o olhar encarando a esposa e a mesma lhe empurrou de leve com o pé pedindo silenciosamente para que saísse do ponto em que estava.
—Mamãe já vai neném, um minutinho. — Nayeon se levantou tão rápido após Jeongyeon se afastar que parecia ter ganhado super poderes. Ela correu para o banheiro, onde lavou as mãos e vestiu sua camisola novamente, então foi a vez da loira ir se acalmar, enquanto isso a coelha abriu a porta encontrando Yerin com um ursinho nas mãos chorando. —O gatinha, o que aconteceu?
—O barulho mamãe, o barulho volto... — Yerin tremeu o lábio e abriu os bracinhos, Nayeon a pegou no colo e levou até a cama. —Ele quer me pegar...
—Não quer não, é só um som da chuva neném. — Disse enquanto se ajeitava com ela, logo Jeongyeon saiu do banheiro, havia tomado um banho e estava tranquila. —Olha quem esta aqui mamãe Jeong.
—Nossa princesa e o senhor urso. — Jeongyeon jogou-se na cama e Yerin riu, pois a mãe quase cairá ao fazer isso. —O que aconteceu?
—O "barulho" voltou sabe, o da chuva. — Nayeon explicou e Jeongyeon suspirou, pois havia se esquecido desse grande detalhe, provavelmente Nayeon também, pois se tivessem lembrando nem teriam começado nada.
—Posso fica aqui mamãe Jeong? — Yerin pediu encarando a loira, Jeongyeon jamais iria dizer não.
—Se ela vai ficar com vocês, eu também quero. — Jongin falou chamando a atenção das três, o rapazinho estava parado na porta do quarto com um bico fofo.
—Certo, vamos dormir todo mundo junto. — Jeongyeon falou animada e Nayeon sorriu também, já estavam acostumada, com Jongin nem tanto, mas ele tinha seus momentos. —Vem cá rapaz. — Disse dando espaço.
Jongin entrou no quarto e fechou a porta, a família se ajeitou da melhor forma possível na cama, Nayeon ascendeu a luz do abajur e não demorou para que o sono viesse avassalador.
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Casa da família Minatozaki - 21h45min:
Risos e mais risos eram ouvidos na sala, a TV estava desligada, porém a família estava se divertindo sem o auxilio da mesma. Momentos assim era bem típicos na casa, no começo era todas as noites, depois passara a ser mais nos finais de semana, só que ainda sim era bem rotineiro acontecer isso. Noites de diversão em família, onde Tzuyu e Sana se sentavam com Minjoo na sala, pediam besteiras para comer e esqueciam de tudo que estava acontecendo do lado de fora por algumas horas, a não ser que fosse uma emergência, do contrario não estavam nem ai.
A brincadeira estava rolando e dessa vez era mímica, os risos não podiam ser evitados, principalmente quando Sana quem fazia os gestos para que adivinhassem, a japonesa era um sarro, porém agora era a vez de Minjoo e o tema era voltado para coisas de fazenda, interior e relacionados a isso.
—Hm, tirando leite? — Sana gritou animada enquanto a filha fazia os gestos, Tzuyu quase engasgou com o que tinha em sua boca. —Ou será que é colheita? Está colhendo morango?
—Não mamãe. — Minjoo disse e começou a fazer outro gesto.
—Esta correndo em cima de algo que machuca os pés? Tipo cacto? — Tzuyu perguntou, mas a menina negou com a cabeça. —Hm, essa está difícil em.
Minjoo parou e pensou em seu próximo gesto, foi então que avistou Yuke o cachorrinho da família, ela o chamou e alcançou também um chapéu que Tzuyu havia usado durante a festa de mais cedo. O casal apenas observou tudo, Minjoo subiu em cima do cachorro como se ele fosse seu cavalo e fingiu que cavalgava com o mesmo.
—Cavalgando... Montaria. — Sana gritou e a garotinha sorriu animada, porém um bocejo lhe escapou, Sana e Tzuyu olharam o relógio e notaram que já era relativamente tarde, Minjoo provavelmente estava bem cansada do dia longo que havia tido. —Minha princesa esta com soninho?
—Um pouquinho mamãe. — Minjoo disse caminhando até Tzuyu e abraçando a mesma, Sana sorriu encarando ambas e se levantou. —Mamãe faz leite?
—Faço, vai indo lá com a mamãe Tzuyu para o quarto que eu logo estarei lá. — Sana começou a apanhar as cartas com temas de cima da mesinha para guarda-la.
Tzuyu saiu dali carregando Minjoo, ela podia ter dez anos já, mas ainda era completamente manhosa na hora de dormir, o casal mimava a mesma demais as vezes, por isso ela agia dessa forma, porém para Tzuyu ela havia puxado esse jeito um pouco de Sana, ela também era atrapalhada como a mesma, as manhas era bem parecidas, a voz principalmente e o jeitinho de se aproximar. A mais velha colocou a filha na cama, prendeu seus cabelos para que no dia seguinte estivessem talvez menos embaraçados e esperou que ela se cobrisse.
—Mamãe, quem ganhou o jogo? — Perguntou, Minjoo era bem competitiva as vezes, isso ela havia puxado de ambas, pois tanto Tzuyu como Sana sempre queriam ganhar. —Eu queria ir ao parque amanhã, sei que é domingo, mas eu queria ir ou talvez brincar na casa do Jongin.
—Você ganhou mocinha. — Tzuyu falou se aproximando e sentando na lateral da cama. —Sobre sair amanhã, bom acho que ambas as coisas são viáveis, depende muito de como o dia vai estar, já que agora esta chovendo.
—Tudo bem mamãe, deixa a porta encostada caso o Yuke queira vir dormir comigo. — Falou de ajeitando melhor na cama. Minjoo e Yuke eram amigos demais, o cachorrinho era seu grande companheiro nas aventuras pela casa.
—Olha quem trouxe um super leite. Eu até fiz um pouco a mais para mim tomar também, está bom demais. — Sana adentrou o quarto animada e entregou o copo para a filha. —Pronta para embarcar no mundo dos sonhos?
—Sim, até já pedi para a mamãe Tzu deixar a porta aberta. — Disse e Sana sorriu enquanto se sentava também na lateral da cama, ficando de frente com a esposa.
Minjoo tomou seu leite e deixou o copo ali pelo criado mudo perto da cama, Sana e Tzuyu lhe cobriram e encheram de beijos, aquela garotinha era uma das maiores alegrias do casal. Após isso, elas saíram do quarto e deixaram a porta meio aberta, sabiam que Yuke era esperto e empurraria caso quisesse entrar.
—Vou indo para o quarto, estou com um pouco de frio, acho que é por causa da chuva. Já acendeu a lareira? — Tzuyu encarou Sana com um olhar enigmático, a japonesa sorriu largo e uma lembrança surgiu em sua cabeça.
—Sim, eu acendi. Vou ali na cozinha e já encontro você meu amor. — Sana beijou a bochecha dela e seguiu seu caminho, Tzuyu suspirou longamente e seguiu até o quarto, enquanto isso na cozinha, Sana bebeu um pouco do leite e dispensou o restante, em seguida alcançou duas taças no armário e as deixou sobre a mesa. —Hm, tinto ou branco... Não me lembro qual era...
Tentando buscar na mente qual fora o vinho que beberam em sua lua de mel, tanto na primeira como na segunda, Sana se dirigiu até um local do lado de fora onde usava só para guardar vinhos e outras bebidas que gostavam de tomar sozinhas ou com as amigas. Procurou e procurou mais um pouco, até que finalmente se lembrou e apanhou a garrafa certa, voltara para dentro sem se molhar, era em uma parte coberta o local que fora.
Depois de ajeitar tudo e trancar a casa, Sana seguira para o quarto, a casa esta tão quieta que ela quase podia ouvir o fogo queimando na lareira. Ao adentrar o quarto ela observou Tzuyu sentada em cima do cobertor no chão, o olhar da mesma logo cairá sobre si e um sorriso bobo se formara em seus lábios.
—Quer tomar vinho para esquentar? — Sana sorriu de um jeito bobo e Tzuyu riu sem emitir som algum.
—Aceito, acho que é uma idéia viável. Senta aqui comigo. — Disse e Sana caminhou se sentando ao lado da mesma. —Já faz quanto tempo de desde a ultima vez?
—Que a gente fez amor ou que a gente bebeu vinho? — Sana perguntou meio confusa e Tzuyu lhe de um tapinha fazendo a mesma quase derramar o vinho no cobertor. —Eita que se cair isso mancha.
—Desde a ultima vez que a gente se sentou assim, bebeu vinho, fez amor e ficou curtindo o calorzinho. — Tzuyu observou o fogo queimando a madeira e Sana lhe entregou uma das taças. —Hm mês passado?
—Sim, antes da Minjoo ficar resfriada e vir dormir no quarto com a gente. — Comentou rindo e Tzuyu lhe beijou a parte exposta do pescoço. —Cócegas... Onde você quer chegar com isso senhorita Minatozaki Chou?
—Simples, eu adoraria receber os seus toques, por todo o meu corpo, bem devagar... Daquele jeitinho que você faz quando a gente toma vinho, igual na nossa lua de mel... A sua pegada ainda é a mesma e eu amo. — Tzuyu murmurou roçando os lábios na pele dela. —Quero muito reviver aquela noite, sem a parte da briga é claro.
—Hm mas se a gente estiver brigadas vai ser mais forte... O que você acha? — Sana bebeu todo conteúdo de sua taça e Tzuyu fez mesmo.
—Perfeito... Eu te odeio Sana. — Disse jogando a taça vazia de lado de subindo no colo da esposa, ela tirou o a taça das mãos de Sana e jogou a mesma de lado também. —Eu te amo...
—Eu te amo Tzuyu... — Sana sussurrou e beijou a taiwanesa lentamente, envolvendo o corpo da mesma em seu abraço. —Te odeio... Ah droga Tzu, o fogo da lareira pode até acabar, porém o fogo que eu sinto quando a gente fode nunca vai acabar. — Murmurou cortando o beijo por alguns minutos.
—Idiota... Me faz queimar então Sana. — Disse e beijou a japonesa evitando que ela continuasse a falar.
As coisas entre elas não podiam estar melhores, o amor e o ódio continuavam caminhando ali, lado a lado, porém se completavam virando um sentindo único e maravilhoso, o qual elas não podiam jamais negar sentir uma pela outra, era um sentimento que pretendiam carregar em seus corações pelo resto da vida...
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