S/N POV
Assim que Mark me beijou, minhas bochechas ficaram ruborizadas, por sorte, ele separou ao ver que eu não o correspondi.
– Não conte pra ninguém o que viu lá em cima… - apenas assenti, me recuperando do beijo repentino.
Me lembrei que estava presa por Mark, então chutei-o em suas partes baixas, saindo do armário do zelador correndo. Mark estava no chão, me xingando baixinho.
{…}
Voltei para a sala, sentando no meu respectivo lugar, deitei minha cabeça na mesa gelada, olhando as folhas da árvore caírem - já que minha carteira era ao lado da janela e tinha uma vista boa.
– Queria ser como vocês, não me preocupar com nada, apenas deixar a vida me levar. - sussurrei baixo o suficiente para que ninguém escutasse além de mim.
{...}
A aula foi desgostosa, Tuan ficou me encarando o tempo todo.
Quando as aulas acabaram, ele foi chamado por uma garota quando parecia vir falar comigo, mas apenas ignorei.
Lu Han’s POV
– Ah, a _____ está muito esquecida, o médico disse que ela pode se esquecer de algumas coisas, mas às vezes ela se esquece até de mim. - fazia biquinho enquanto fitava o chão como se o mesmo fosse consolar-me.
– Ela está passando por uma fase difícil… - Xiumin se pronunciou, olhando para mim sem expressão alguma.
– Acha que deveríamos lembrar que ela tem alguns problemas? - mordi meu lábio inferior em uma pausa. – Ela vai enlouquecer se contarmos, melhor não. - respondi minha própria pergunta.
– Vamos buscar ela, você veio aqui logo de manhã, avisou ela que ia sair? - ele me olhava, bocejando por ter acordado cedo. – E aliás, acha mesmo que ela vai tomar os remédios? Acho que ela não se lembra mais para o que eles servem… - ele tocou meu ombro como um consolo.
– Avisei, mas talvez ela não tenha realmente me escutado. - suspirei. – Pelo menos quando ela sentir dor ela vai tomar… Só que é ruim. - sorri fraco. – E por hoje eu vou buscá-la, ontem ela teve um pesadelo e já estava achando que eu morri, quero mostrar melhor que estou bem vivo.
{...}
Cheguei em frente do colégio, estava sozinho - já que insisti que Xiumin descansasse -, vendo os alunos saírem e alguns me comprimentarem, lançando um olhar reprovador por estar matando aula e ainda ter a cara de pau de aparecer na frente do colégio sem uniforme.
Após passar alguns minutos, avistei ____ saindo pelo portão e um garoto correndo atrás dela, virando-a para ele antes que ela me visse.
– Desculpe ____, não era minha intenção te beijar sem permissão. - eu não podia ver meu rosto, mas tinha certeza que minha expressão de ódio era evidente para todos que me olhavam. – Eu só queria te deixar em silêncio sem te machucar. - ele segurou a mão dela. Passou dos limites, eu deveria ter vindo com o Xiumin para ele me segurar.
Quando ____ abriu a boca para falar, eu já estava segurando a gola da camisa do maldito.
– O que pensa que está fazendo? - ele arqueou a sobrancelha.
– Pensando se vale a pena bater em alguém ridículo como você. - falei asperamente.
– Chega, vamos embora Lu… - ___ segurou a barra da minha camisa. – Ele não vai mais fazer nada, então deixe-o ir por hoje.
– … - soltei-o, pegando na mão da _____ e saindo com ela para casa.
{...}
S/N POV
Lu Han estava apertando um pouco meu braço, acho que isso vai ficar marcado. Suspirei.
– Lu… - murmurei, ele me ignorava e continuava andando praticamente me arrastando. – Está me machucando… - abaixei a cabeça.
– Desculpe… - ele parou, se virando para mim e olhando para meu pulso que estava um pouco vermelho. – Você estava me traindo com ele, ___? - ele me olhava fixamente.
– Não, ele me beijou e eu não retribui. - encarei-o. – Sabe que eu não iria te trair…
Ele assentiu, beijando meu pulso que ele havia machucado, logo segurando minha mão e andando ao meu lado até chegarmos em casa.
– Ah, onde você estava nas aulas? - sentei na bancada amadeirada da cozinha, enquanto ele ficava entre minhas pernas, acariciando meu rosto. – Fiquei pensando até que meu último pesadelo era real…
– Eu havia lhe dito que estaria ocupado, não se lembra? Acho que estava meio dormindo… - ele riu baixo. – Ontem tínhamos ido ao médico, já tomou seu remédio?
– Não preciso de remédio, quando tenho você… - sorri boba, fazendo-o corar levemente.
– Vai melhorar só comigo então? - ele levava a mão direita ao meu rosto, acariciando de leve o mesmo. – Você se lembra o que tens para ter que tomar remédios?
– Lembro mais ou menos, mas eles têm muitos efeitos colaterais, me sinto vazia… - suspirei.
– Se não quer tomar remédios, insista em melhorar, insista que não precisa deles, mesmo que agora seja obrigada, basta convencer o médico. - ele beijava minha testa. – Não quero você mal, princesa. Então tome os remédios que eu serei o remédio que vai apagar os efeitos colaterais dessas drogas lícitas. - ele me abraçava forte, sendo retribuído na mesma intensidade.
– Me sinto tão vazia, Lu Han… É como se eu estivesse esquecendo de algo… - deixava algumas lágrimas molharem a camisa branca dele. – Mesmo que eu saiba que falta algo, parece que é impossível saber o que está faltando porque tudo está em branco…
– Eu sei, mas se for preciso, eu vou te lembrar de tudo, nem que eu tenha que fazer isso todos os dias.
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