Mais um dia que Colin tinha que aturar as chantagens de Helen. Ele podia jurar que ela havia conseguido estragar todo o respeito que sentia por ela. Ele até se sentia culpado por tê-la deixado, mas jamais pensara que ela fosse capaz de tal atitude. Ele só estava ali pelo filho que estava por vir.
Colin havia dormido no apartamento de Helen, pois ela pediu por sua companhia caso passasse mal de novo. Até que o sofá não era tão desconfortável, mas dormir com ela, com certeza seria. Ele queria manter toda a distância possível.
Hoje ele estava animado, apesar de estar onde estava. Ele e Jennifer iam sair. Quando desse a hora, não importa o que estaria fazendo ou onde estaria, ele iria encontrar com ela.
Teriam uma noite pra eles. Um jantar e depois estava a mando de Jennifer. Ele faria de tudo pra essa noite ser perfeita. Estava com tanta saudade da loira, tudo o que queria era aproveitar o seu amor.
Colin levantou-se depois que dormiu mais um pouco. Dormira com a roupa do corpo e tomaria banho quando chegasse em casa. Queria logo sair dali.
Bateu na porta do quarto que já fora dos dois e entrou. Helen estava sentada lendo um livro de nomes.
- Se for menina, quero chamar de Sophie. - alertou Helen, quando Colin entrou.
- Não gosto muito de Sophie.
- Não perguntei se você gosta.
- Hm... ok então. Vim perguntar se está melhor. Tenho coisas pra fazer.
- Eu estou bem.
Colin estava no carro, a caminho de casa quando mandou uma mensagem para Jennifer. "Confirmado hoje à noite?" minutos mais tarde Jennifer responde: "Sim, claro." Colin sorriu, digitou: "Estou ansioso". Resposta: "então somos dois (:" Colin não cabia dentro de si de tanta alegria que sentiu ao ler a mensagem.
Estacionou o carro e pesquisou alguns lugares legais para poder ir com Jennifer depois do jantar. Ele estava contando as horas.
E quando finalmente chegou, Colin esperava Jennifer do lado de fora de seu carro, em frente ao prédio que Jennifer morava.
Ele ajeitou o terno, por baixo sua camisa era azul claro. Jen sempre disse que essa cor destacavam a cor de seus olhos. O cabelo para trás, com gel, mas propositalmente com alguns pequenos fios caídos sobre o rosto.
Olhou para o relógio e ela estava 10 minutos atrasada. Ele riu para si mesmo. "Ela sempre se atrasa!" pensou Colin, com um sorriso divertido na cara.
Quinze minutos depois, Jennifer estava cumprimentando Colin. Ele estava segurando pra não a beijar ali mesmo, mas certamente isso estragaria a noite. Apenas apertou sua cintura num abraço demorado, beijou seu rosto, lutando para não descer os lábios até seu pescoço extremamente cheiroso. Ela estava linda, é claro. Aquele vestido valorizava o decote. E as pernas torneadas de fora estavam o deixando louco em questão de minutos. Se Jennifer não o estava deixando louco de propósito, deixaria sem querer, com certeza.
Colin estava seco todo esse tempo, o que o fez pensar por um momento se Jennifer também não teria feito sexo com ninguém. Parou de pensar, antes que aparecesse o ciúme. Uma coisa era certa, ele sentia falta de tudo entre eles. A pele macia de Jennifer roçando a dele quando invadia o interior de Jen, a voz dela sussurrando safadezas em seu ouvido, os beijos de tirar o ar, o gosto dela, o belo corpo de Jen nu, suas mãos a acariciando... Ele daria qualquer coisa para ter isso novamente. Ainda mais naquele momento em que ela o provocava tanto.
Ele disfarçou. Deu a volta no carro e abriu a porta para Jennifer se sentar ao seu lado. Se sentou no banco do motorista e saíram dali.
Jennifer olhava para Colin. Ele estava muito lindo. Mas na verdade, ele era muito lindo. Ela segurou as mãos para não acariciar seu rosto. Ela queria beijar aquela barba bem feita. Olhou para seu corpo sob a camisa, ele estava mais musculoso. Olhou mais para baixo, apertou uma mão na outra quando a vontade de acariciar a coxa de Colin veio.
A tensão sexual ali era imensa. Mas ainda tinham os fatos. Que era o que o impediam de parar o carro em qualquer canto e transarem com força, com vontade, até matarem toda a saudade que sentiam um do outro.
As vezes os olhares se encontravam e eles sorriam um para o outro.
Jennifer ligou o rádio e verificou as músicas que tinham.
- Não acredito que ainda tem as músicas que eu deixei aqui.
- Tenho, gosto delas. - Colin corou.
- Uhum. Você odiava elas. - Jen riu.
- Odiava. Mas não odeio todas.
- Ah, tá hahahaha. - Jennifer dera sua melhor risada. E logo Colin estava rindo com ela.
- Eu adoro quando você ri assim.
- Eu sei disso, já que sempre que eu rio você ri de mim.
- Mas eu não rio de você! - protestou Colin. - Você ri de verdade, é fofo!
- Fofo?
- Fofo sim, nem vem.
- Nada em mim é fofo, Colin.
- Ah, que isso. Você é muito fofinha. É um poço de fofura. Quase uma canceriana.
- hahahahahaha - Jennifer rira mais uma vez e Colin ficou olhando pra ela.
Jennifer parou, sem graça. - O que que você tá me olhando assim?
- É que você é muito linda.
Jen ficou sem palavras, sua bochecha corada foi para vermelha. Mas Jen sorriu e acariciou o braço musculoso de Colin, sentindo o seu calor. Entraram no restaurante e já estavam servidos. Jennifer adorara o vinho que bebiam. E estava tudo indo muito bem, como Colin havia planejado.
Depois de mais algumas taças, ambos já estavam mais soltos e descontraídos para conversar sobre qualquer coisa.
- Se você soubesse as coisas que eu pensei quando te vi com esse vestido, voltaria pra casa na hora.
- Tá brincando que você pensa que foi discreto? Eu percebi.
- Sério? Como foi? - Colin riu, tampado o rosto.
- Acho que você olhou tanto pro meu corpo, que deve ter visto até através da minha calcinha. - Jennifer deu mais uma golada no vinho.
- Ai, não fala isso. - Colin bebeu um pouco do vinho para molhar a boca.
- Eu não falei nada demais.
- Isso pra mim, no momento, é demais.
- Por quê?
- Eu queria ver através da sua calcinha. - Colin deu seu sorriso mais cafajeste, fazendo o sexo de Jennifer latejar.
- Colin! - riu Jennifer, com a franqueza.
- É a verdade. Não deve ser confortável um cara com visão de raio x olhando pra sua bunda e vendo tudo por baixo da roupa, mas queria mesmo.
- Poderia considerar tirar minha roupa em vez de ficar olhando.
Colin engasgou e ficou olhando para Jennifer, abobado.
Jennifer riu. - Quando foi que você ficou tão bobo?
- Você sabe que eu to morrendo de saudade de transar com você? E ainda fica falando isso pra mim. É maldade, viu?
- Eu sou uma menina má? - Jennifer piscou.
- Muito, merece ser punida.
Jen se inclinou na direção de Colin, revelando mais de seu decote. Colin olhava ali, sem disfarçar. Mordeu o lábio.
- E... pode me dizer qual é a punição? - Jennifer falou olhando diretamente nos olhos de Colin.
Colin responderia muito bem, se seu telefone não estivesse tocando, atrapalhando o momento deles.
- Preciso atender, desculpa.
- Tá tudo bem. - Jen deu um sorriso compreensivo para Colin.
"Oi, o que foi?" Perguntou Colin, mal humorado. "Sim, está em qual hospital?" "Certo, estou indo aí" Colin fez beicinho, mas seus olhos estavam preocupados. Ele desligou e pegou na minha mão.
- Jen, eu não quero que a nossa noite acabe. Mas a Helen tá passando mal e foi pro hospital. Eu queria que você fosse comigo, mas acho que não quer, certo?
- Não é bem o que esperei, mas também não quero que acabe. Podemos continuar depois?
- Claro! - ele sorriu. - Você vem comigo então?
- Ela não me quer por perto...
- Mas eu quero.
- Certo, certo. Vamos logo então.
Pagaram a conta e pegaram o carro de Colin.
Estavam no caminho, dentro do túnel quando Jen falou:
- Ela vai me matar né?
- Jen, eu já disse que não estamos juntos. Ela não tem nada com isso.
- O que ela tem?
- Dores no útero.
- Vish...
- Eu não quero perder meu filho, Jen.
- Fica calmo, você não vai. A Helen e a criança vão ficar bem.
- Obrigado pelo apoio, Jen.
- A verdade é que eu estava sendo egoísta. É claro que estava magoada, mas não pensei no fato de que você ama essa criança e tudo o que quer é ela perto de você.
- É muito difícil ter que passar pelo que estou passando. Acho muito injusto ter que escolher entre você e o meu filho.
- Será que ela fala pra valer?
- Não sei, mas acho que sim. Tenho medo de arriscar. Mas... Jen, não é errado ela me chantagear? Quantos casais se separam e tem filhos? Isso não é tão absurdo.
- Você também tem direitos como pai.
- Podemos tentar?
- Eu poderia dizer que não, mas não vou.
- Então é "Sim"?
- Sim. Mas ainda temos muito o que conversar.
- Sim, senhora.
Colin sorriu para Jennifer, e Jennifer sorriu.
Chegaram ao hospital e deram um beijo rápido.
- Juntos. Me dá a mão.
- Pra ela ver?
- Não temos que esconder. - Colin arqueou a sobrancelha.
- Ainda acho que ela vai me matar, mas... - Jen deu a mão pra Colin e entraram.
O enfermeiro explicava a Colin sobre as dores de Helen.
- A senhora O'Donoghue está com fortes dores no útero, então está agora fazendo ultrassom pra ver se está tudo bem com o bebê.
- Mas tem algum risco?
- Provavelmente não, senhor. Mas não posso dizer que não há nenhum % de risco.
- Façam de tudo pros dois ficarem bem, por favor.
- Pode ficar calmo senhor, faremos.
- Obrigado.
Jennifer acariciou a mão de Colin, o acalmando.
- Vai ficar tudo bem.
Colin sorriu para ela. - Você não existe, sabia? - Abraçou Jennifer. E assim ficaram até Helen sair, uma hora depois.
Helen parou, surpresa, até onde os dois estavam.
- Obrigado por vir, Colin... Jennifer.
- Como a criança está? - perguntou Colin, evitando o assunto.
- Eu estou melhor, obrigada por perguntar. E nosso filho está bem. Desculpa por estragar a noite de vocês quando senti dor.
- Não estragou a nossa noite. - Colin sorriu para Jennifer, que corou. - E não precisa falar assim.
- Preciso falar como?
- Helen, para.
- Para não, Colin. Vejo que decidiu finalmente entre seu filho e essa mulher.
- Olha, entendo que não goste de mim, mas eu ainda estou aqui, então me respeite. - intrometeu-se Jen.
- Quem está falando de respeito? Ah, você.
- Helen, você não precisa gostar dela, mas eu gosto. Então não fala assim. Ela está falando direito com você.
- Colin, e o seu filho?
- Quero sempre na minha vida.
- É ela ou seu filho.
- De novo com isso? Eu não aguento mais. E se você me impedir de chegar perto do meu filho, vamos ver isso em um tribunal, mas eu não vou deixar o meu filho longe de mim e não vou nunca mais deixar quem eu amo por causa de chantagem.
- Eu posso fazer isso.
- Não, você não pode. Eu não via isso porque estava cego pelo medo. Eu não vou me afastar dessa criança, e nem dessa mulher. Que droga, Helen. Por que não faz o mesmo que eu e se permite ser feliz com outra pessoa?
- Eu não quero escutar esse blábláblá, Colin.
- Eu te levo em casa.
- Não precisa.
- Eu insisto, Helen.
- Eu disse que não quero.
- Ok.
Se virou para Jennifer.
- Eu estou exausto. Acha que ainda tem clima pra gente terminar a noite?
- Acho que não, mas ainda quero ficar perto de você.
Colin beijou o canto da boca de Jen.
- Me leva pra casa?
- Levo, amor.
A oportunidade de ter a noite perfeita fora embora, mas Colin e Jennifer iriam tentar. Isso o deixava feliz.
Colin levou Jennifer até a porta, e ela o convidou para entrar.
- Dormir juntinhos?
Colin sorriu.
- Saudades disso. Quero muito.
Jennifer se aproximou com delicadeza e colou seus lábios nos de Colin, que a abraçou.
A verdade, é que Colin estava tão carente de Jennifer, que ele apenas a queria ter. Isso era o amor pra ele. Não importa se estivessem excitados demais pra dormir, ou sem clima e apenas dormissem, ou estivessem irritados ou magoados. Ele já sabia que a queria todos os dias da vida dele. E não aguentaria a perder de novo.
- Você é a minha vida, JMo.
- Eu te amo mais que tudo, meu amor.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.