P.O.V Annabeth Chase:
"Me encosto contra o sofá enquanto meu pai e Luke trocam ofensas, um gritando coisas horríveis para o outro como se aquilo fosse essencial para a sobrevivência deles.
Não tenho forças para pedir que parem... não mais, e por isso apenas fecho os olhos e deixo que destilem o veneno deles.
Acho que Natalie percebe meu cansaço pois sinto sua mão no meu ombro, ultimamente ela tem estado mais... dócil perto de mim, mesmo assim luto contra a vontade de afastar a mão dela do meu corpo.
Abro os olhos a tempo de ver meu pai colocar a mão no peito e arregalar os olhos antes de se ajoelhar, como se não suportasse ficar em pé, Natalie grita o nome dele correndo até o mesmo enquanto Luke o encara com fúria e confusão estapampada no rosto.
-Luke, vai embora! - Os olhos com fúria e confusão agora estão destinados a mim, não só o olhar como os sentimentos também. - Você não está vendo que ele está passando mal?
Meu ouvido está zumbindo e, mesmo assim, consigo escutar Natalie ligando para o hospital.
-Que ele morra! - Puxo Luke pela camisa em direção a porta assim que as palavras deixam a boca dele.
-Vai embora! - Repito com raiva.
Quem ele pensa que é pra desejar a morte de alguém?, penso tentando manter meu pensamento dentro do meu corpo.
-Você vem comigo né? - Ele segura meu braço assim que abro a porta e eu o olho incrédula.
-Meu pai está passando mal! - Minha voz sai mais alta do que eu gostaria e eu sinto meu corpo tremer, não sei se de medo pela situação do meu pai ou de raiva pela reação de Luke.
-E daí? Ele não se importa com você mesmo.
-Eu não vou discutir isso com você agora. - Respondo empurrando ele mais firmemente para o lado de fora da casa. - Independente de tudo, ele me criou e me deu tudo o que pôde, não desejo mal algum a ele.
-É... - Ele respira fundo se virando pra mim e seus olhos encontram os meus, me encolho pelo abismo vazio que encontro nos olhos azuis dele. - Às vezes o amor acaba e mantemos as pessoas por perto por sensação de dever, pena ou costume... só que da parte dele nunca ouve amor, apenas sensação de pena.
Mal sinto quando eu bato a porta na cara dele.
Fecho os olhos me perguntando se ele tinha mesmo deixado de me amar e se só estava comigo por pena, costume ou, pior, porque achava que deveria ficar comigo."
Quando acordo, Percy não está lá.
Me sento soltando um suspiro e sei que ele não tinha obrigação nenhuma de estar ali quando eu acordasse, mas... ele tinha prometido né?
Olho no relógio e engulo em seco, são quase cinco da tarde, eu tinha dormido mais de 10 horas e ainda me sentia cansada.
Me levanto fazendo uma careta, precisava escovar o dente e parecia que minha bexiga iria explodir a qualquer momento.
O dia precisava terminar logo, pelo menos faltavam apenas 8 horas para isso.
Quando volto pro quarto pra voltar a me deitar, Percy entra no local com uma bandeja com comida e me olha surpreso.
-Você acordou! - Não consigo evitar a risada enquanto ele fecha a porta do quarto. - Eu estava pensando em te acordar pra comer alguma coisa.
É claro que ele não estaria aqui comigo porque estaria fazendo algo pra mim, é a cara dele.
-Parece que não precisa me acordar. - Ele me olha surpreso novamente por eu estar falando mais do que uma palavra.
-Pensei que seu voto de silêncio fosse durar até amanhã, nunca fiquei tão feliz em escutar a voz de alguém na minha vida. - Me encosto na cabeceira da cama enquanto o mesmo deixa a bandeja de comida no meio da cama e se senta ao meu lado puxando minhas pernas para ficar em cima das dele. - Como está se sentindo, meu amor? Você parecia, e ainda parece, cansada.
-Me sinto cansada, mas amanhã estarei melhor, prometo. - Respondo sentindo ele acariciar minha coxa de leve, olho para bandeja com comida e suspiro. - Não estou com fome, Percy.
-Ah, mas vai comer! - Ele puxa a bandeja quase deixando o suco entornar e eu seguro a risada. - E são ordens da dona Sally, você sabe que não vai adiantar nada dizer que não está sentindo fome porque ela vai entrar aqui e fazer você comer.
-E você também vai me fazer comer? - Pergunto quando ele pousa a bandeja na minha perna, o moreno sorri.
-Sim, mas pegarei mais leve. - Arqueio a sobrancelha pra ele. - A gente vai dividir e depois vamos dizer pra ela que você comeu tudo, vai ser nosso segredo.
-Isso sim é uma ideia brilhante, cabeça de alga. - Respondo e ele fica animado.
-Tudo bem, eu fico com o suco de limão e duas torradas, você fica com a salada de frutas, o iogurte e come pelo menos uma torrada. - Faço uma careta.
-Não é justo, a salada tem muito mais coisas do que as suas duas torradas! - Reclamo e ele suspira.
-Sem acordos nesse momento, Chase. - Ele resmunga balançando a cabeça. - Ou fazemos assim, ou você come a bandeja toda sem reclamar e eu ainda filmo.
Reviro os olhos bufando e ele me olha divertido.
-Parece uma criança. - Pego o iogurte semicerrando os olhos pra ele.
-Pelo menos uma vez no ano eu tenho que ser a criança da relação né? Você todos os dias têm a idade da sua irmã. - Ele abre a boca em falso choque.
-Que absurdo! - Olho para o iogurte na minha mão fazendo uma meia careta.
-E se dividirmos? - Pergunto e ele nega com a cabeça me fazendo soltar um suspiro. - Desde quando você ficou tão difícil de convencer a fazer as coisas?
-Sou irredutível quando se trata da sua saúde, meu amor. - Tiro minhas pernas de cima dele com cuidado pra não derrubar toda a bandeja e o mesmo me encara. - Ei!
-O que? Quero me sentar confortável e comer... é pela minha saúde, sabe? - Ele comprime os lábios e eu seguro a risada mantendo uma certa distância entre nós dois.
Estávamos terminando de comer quando escutamos batidas na porta, olho para Percy em pânico porque não quero ver ninguém.
-Calma aí. - Ele se levanta e abre apenas um pouco da porta quando vai atendê-la, o suficiente pra ele colocar a cabeça na porta.
Ouvir a voz de Estelle perguntando por mim aperta meu coração, ainda mais quando Percy diz que eu to dormindo e ela reclama com a voz chorosa que eu dormi o dia todo e ela quer brincar comigo, olho para o relógio e ainda são cinco e meia, não posso abraçar minha menininha agora e brincar com ela, não hoje.
Percy sai do quarto por alguns minutos e escuto as vozes abafadas dele, Estelle, Sally e Natalie, provavelmente explicando para a pequena que eu passarei o dia todo com ela no dia seguinte.
Quando o moreno volta, eu estou encolhida abraçando minha perna e olhando para o pote da salada de frutas, que ainda faltavam umas quatro colheres para terminar. Ele suspira tirando a bandeja da cama e deixando em cima da mesa da escrivaninha dele, voltando a se sentar na minha frente.
-Você sabe que não precisa ficar assim. - Ele comenta tocando meu braço, me fazendo afrouxar o aperto contra meu corpo. - Amanhã você dá atenção pra ela.
-Ela é só uma criança, Percy.
-Você precisa do seu tempo e está tudo bem, Annabeth. - Mordo minha bochecha enquanto os olhos dele me analisam.
"Às vezes o amor acaba e mantemos as pessoas por perto por sensação de dever, pena ou constume..."
Consigo visualizar Luke ao meu lado encarando tanto à mim quanto ao Percy enquanto as palavras dele ecoam na minha cabeça.
-Annabeth... - Percy me chama e seu olhar preocupado encontra o meu. - Você saiu do ar.
-Desculpa. - Passo a mão pelo meu rosto e vejo que está molhado.
Eu estava chorando, de novo. Até que tinha demorado.
-Não precisa se desculpar, meu amor. - Me encolho quando ele tenta tocar meu rosto. - O que foi? Falei alguma coisa errada?
Uma risada escapa levemente amarga da minha garganta, o que o deixa confuso.
-Você, constantemente, apenas me diz as coisas certas. - Comento soltando um suspiro. - Pode me prometer uma coisa?
-Se estiver ao meu alcance para cumprir, é claro.
-Você disse que ama - Ele assente com uma expressão séria. -, me promete que você vai me dizer se um dia não me amar mais ou não estar mais apaoxonado por mim?
-Por que está pedindo isso?
-Não quero que fique comigo por pena ou costume... ou porque acha que deve ficar comigo. Por favor, só... me promete...
-Eu prometo! - Ele responde rapidamente assim que minha voz começa a falhar. - Mas eu não acho que isso vá acontecer.
-E eu espero que não aconteça.
-Agora vamos falar sobre o trabalho que você me deu para eu conseguir dizer que te amo sem ser interrompido... - Solto uma risada fraca quando ele me olha com reprovação. - Eu estou há meses tentando dizer e você sempre me atrapalhava, estava com medo do quê?
-Não era medo! - Falo rapidamente, mas então percebo que era medo de escutar ele falando e de um dia para o outro as palavras não serem direcionadas mais à mim, quando há ações e palavras envolvidas tudo se torna bem mais real, inclusive a dor de pensar em não ter mais isso.
-Bom, não importa o que era, o importante é que agora você sabe de verdade que eu te amo. - Sinto um arrepio na espinha quando ele fala. - Eu simplesmente amo tudo em você e às vezes não acredito na sorte que tenho por você me amar também, você é tudo o que eu sempre quis mas sem saber e espero muito que um dia você se veja exatamente como eu e todo mundo te vemos, você é simplesmente incrível e merecedora de todo o amor do mundo.
Na falta do que dizer, eu beijo ele.
Percy fica surpreso com a minha ação, mas logo seus braços estão em volta da minha cintura me puxando mais contra ele enquanto nossas línguas dançam uma com a outra. Uma das mãos dele sobe pelas minhas costas até chegar na minha nuca e puxar levemente os fios do meu cabelo, solto um suspiro quando ele suga o meu lábio inferior e afasta nossas bocas.
Demoro um pouco para abrir os olhos e, quando o faço, encontro ele me encarando com aquela imensidão verde que falam mais do que qualquer outra coisa.
-Eu te amo tanto. - Ele sussurra com um surriso e então repete tantas outras vezes que eu me sinto mal por tê-lo impedido de dizer por tanto tempo porque ele gosta de dizer tanto quanto eu gosto de ouvir. - Você lembra da nossa aposta na festa de Halloween? - Ele pergunta beijando o meu pescoço e eu sorrio.
-Aquela que você perdeu? Como poderia esquecer?
-Sim, a mesma que você não decidiu o que queria como prêmio. - Empurro o mesmo sabendo que nada de bom viria depois daquela frase, ele sorri mordendo o lábio inferior. - Faltam três meses para a próxima festa de Halloween...
-Isso quer dizer que eu tenho três meses pra decidir o que eu quero antes de você e Thalia conseguirem me fazer participar de uma aposta idiota. - Ele balança a cabeça soltando uma risada.
-Nada disso, Chase. - Arqueio a sobrancelha pro mesmo e sinto a mão dele passar pela minha coxa antes de chegar na barra do casaco que estou vestindo. - Eu estou reivindicando o prêmio pra mim.
-Você não pode fazer isso, Jackson! - Ele aproxima o rosto do meu colocando a mão por dentro do meu casaco e tocando minha cintura, o contato das mãos frias dele com a minha pele quente faz meu corpo arrepiar e eu arfo.
-Você tem certeza? - Ele pergunta ameaçando me beijar mais uma vez, mas seus lábios descem pelo meu pescoço. - Eu acho que nos divertiríamos muito mais se o prêmio fosse meu... - Ele sobe o casaco deixando metade da minha barriga exposta. - Eu sei que quer isso, Annabeth.
Mordo o lábio inferior quando sinto minha barriga completamente exposta e os dedos dele brincando com os bicos dos meus seios, os apertando e acariciando.
-Qu-qual é a sua ideia? - Me amaldiçoo mentalmente por ter gaguejado e deixado minha voz falhar, mas os olhos de Percy apenas escurecem.
-Primeiro: nos livraremos disso aqui. - Ele tira o casaco do meu corpo deixando meu tronco nu, mordo minha bochecha por dentro quando vejo o sorriso dele. - É impressionante como ainda consigo me surpreender com a sua beleza... e como você ainda consegue se sentir envergonhada sob o meu olhar.
-Eu acho que nunca vou me acostumar. - Comento enquanto o mesmo me empurra para deitar na cama.
Ele dedilha minha barriga tão suavemente que mal sinto seu toque, passando pelo vão dos meus seios e os pousando nos meus lábios para acariciá-los, o rosto dele desce até o meu ouvido.
-É melhor se acostumar porque eu nunca vou deixar de te desejar e nem de deixar isso claro. - Ele sussurra e eu sinto meu corpo se arrepiar, ele olha novamente para o meu tronco e umedece os lábios antes de segurar meu rosto e fazer com que eu o olho. - A melhor parte é saber que você é minha.
A voz dele soa tão rouca e confiante que eu sinto todo o meu corpo se arrepiar enquanto meu interior se aquece ainda mais, ele reivindica minha boca para ele enquanto não consigo impedir minhas coxas de apertarem uma contra a outra.
-Você confia em mim? - Ele pergunta ao separar nossos lábios e eu abro os olhos a tempo de vê-lo sorrir ao notar minhas coxas uma contra a outra.
-Não quando você pergunta isso. - Respondo ofegante e ele solta uma risada passando os dedos pelo cós da calça e a abaixando para tirá-la do meu corpo.
-Fecha os olhos. - Ele pede e eu comprimo os lábios sem saber o que ele vai fazer. - Anna... fecha os olhos, por favor. - Ele passa o dedo pela minha intimidade coberta pela calcinha e meu corpo arqueia automaticamente me fazendo fechar os olhos. - Preciso que abra a mão do controle, acha que pode fazer isso?
-O que quer dizer? - Pergunto e quando estou prestes a abrir os olhos novamente ele joga a minha calça por cima do meu rosto.
-Quero dizer que preciso que confie em mim para fazer o que eu quero fazer há tempos. - Ele responde e segura minhas mãos quando me movo para remover a peça de roupa do meu rosto.
-Nós já transamos, Percy!
-E agora vamos tentar algo novo, se você quiser. - Engulo em seco sabendo exatamente do que ele está falando, não é como se ele nunca tivesse mencionado isso ou pedido.
-Tá bom... - Respondo sentindo minha respiração ofegar.
Ele sai de cima de mim e eu me controlo para não me mover, é quase uma tortura não saber o que está acontecendo ao meu redor e algo me diz que ele sabe que me sinto assim.
-Preciso que feche os olhos. - Ele fala e então sinto o lado direito da cama afundar.
-Percy...
-Annabeth... - Ele me imita e eu me controlo para não xingá-lo. - Espero que esteja de olhos fechados, linda. - Sinto ele, finalmente, tirar a minha calça do rosto e mantenho os olhos fechados. - Boa garota.
-Parece que está falando com um cachorro. - Resmungo sentindo ele passar a mão pelo meu colo descendo pelo pescoço até chegar na nuca, ele solta uma risada levantando minha cabeça. - O que vai fazer?
-Você não tem que saber de tudo. - Sinto ele colocando algo em volta da minha cabeça e quando ajeita sei que é uma máscara de dormir.
-Se eu não souber de tudo, não serei sua sabidinha, cabeça de alga.
-Tem quer ser sempre tão detalhista? - Ele resmunga, mas eu sei que ta sorrindo só pelo som da voz.
Sinto as mãos dele nos meus pulsos e engulo em seco sentindo um tecido leve passar pelos locais e minhas mãos encontrar o ferro gelado da cabeceira.
Estou presa e vendada... e talvez completamente em pânico por me sentir vulnerável. Mas Percy não passaria dos limites, eu sei disso.
Fico ciente das mãos dele descendo pelos meus braços e sinto a respiração dele no meu ouvido.
-Relaxa, amor, não farei nada que você não queira, confia em mim? - Assinto com a cabeça. - Preciso que diga em voz alta.
-Confio. - Minha voz treme um pouco conforme sinto ele beijar meu pescoço puxando a pele com o dente.
Sinto ele afastar minhas pernas e acariciar a parte interna das minha coxas, ele move as mãos mais pra perto da minha intimidade e as afasta, por estar vendada meus outros sentidos ficam muito mais aguçados e não acho que isso seja uma boa coisa por ele estar me torturando.
Arfo quando sinto ele beijar meu ventre e um arrepio sobe pela minha espinha conforme a boca dele vai subindo deixando uma trilha de beijos que deixam o local dormente, a boca dele encontra o bico dos meus seios e meu corpo arqueia automaticamente, esquecendo que estou amarrada puxo meus braços para agarrar a nuca dele e solto um gemido de frustração quando não consigo me soltar.
-O que foi, minha linda? - O tom de provocação é nítido em sua voz e eu solto um grunhido, o que faz com que ele leve as mãos até o outro seio e aperte o bico entre os dedos mandando uma corrente de prazer por todo o meu corpo.
-Você sabe que vai me pagar por isso, né? - Minha voz não passa de um sussurro e isso faz ele rir enquanto lentamente desce com as mãos pelo meu tronco até encontrar minha intimidade por baixo da calcinha, arfo sentindo ele massagear o local lentamente e jogo a cabeça para trás.
-Isso o quê? - Sei que ele está próximo pois sinto sua respiração em meu rosto. - Por fazer isso? - Mordo o meu lábio inferior para evitar deixar um gemido alto escapar quando sinto ele pressionar meu clitóris. - Ou por isso? - Ele continua a massagem externa, mas também me penetra com um dedo e então acrescenta mais um.
Sinto a boca dele roçar na minha, mas ele não me beija, apenas continua com os movimentos dos dedos dentro de mim e do dedão fora, preciso controlar meus gemidos e parece que a cada segundo que passa fica ainda mais difícil porque Percy me tortura com os movimentos lentos, e às vezes acelera apenas para voltar a diminuir outra vez.
Sinto meu corpo tão quente que parece que entrarei em combustão a qualquer momento, ele beija meu maxilar e volta a dar atenção para os meus seios, sem deixar de dar atenção para a parte inferior do meu corpo e sem esquecer da tortura, na hora que ele passa a língua no bico do meu seio direito percebo como estão sensíveis e puxo meus braços mais uma vez e, mais uma vez, tenho que lidar com a frustração de não poder fazer o que eu quero, de não poder tocá-lo. Sinto ele sugar meu seio com força ao mesmo tempo em que forma ganchos com os dedos dentro de mim tocando minhas paredes internas, não consigo impedir o gemido alto de escapar pelos meus lábios.
-Anna... - Ele ofega e eu resmungo em protesto quando ele tira os dedos de dentro de mim. - Você sabe que tem criança em casa, não pode fazer barulhos altos, minha linda.
-A culpa é toda sua. - Sibilo irritada sentindo as mãos dele nas minhas pernas as afastando, ele sopra minha intimidade e eu sinto meu corpo se curvar.
Onde caralhos esse homem aprendeu a dar nó assim? Não importa o quanto eu puxe meus braços, o nó não se desfaz.
-Você vai se machucar assim, sabidinha. - Ele comenta como quem não quer nada e eu suspiro ao sentir a fricção dos dentes dele no meu clitóris. - Se prepara...
Não tenho tempo pra ficar confusa porque assim que as palavras chegam aos meus ouvidos eu sinto ele sugar minha intimidade me fazendo morder o meu lábio inferior com força sentindo gosto de sangue em seguida, ele passa a língua pela minha intimidade antes de me penetrar com ela enquanto ele volta a massagear a parte externa tentando manter minhas pernas abertas pois mais consigo manter as pernas abertas e tronco na cama, ele desliza um dedo para dentro de mim e faz movimentos opostos da língua, puxo mais uma vez meus braços abaixando mais meu quadril na direção dele.
-Dá próxima vez que você falar sobre me amarrar... - Solto um gemido interrompendo minha frase e ofego sentindo meu corpo esquentar mais, se é que era possível. - eu juro que vou... - Sinto meu ventre se contrair e meu corpo tensionar antes de relaxar.
Ele deita sobre mim e, pela primeira vez, noto que ele está sem roupa, pelo menos sem camisa.
-Vai fazer o que? - Ele pergunta baixo perto do meu ouvido, mas não me dá tempo de responder porque rapidamente junta nossos lábios, agradeço porque tinha esquecido o que iria dizer. Sinto a língua dele revirar a minha boca sem pressa alguma enquanto meus seios roçam no tronco dele, uma mão dele está acariciando o topo da minha cabeça enquanto a outra acaricia a minha barriga, sempre subindo até meus seios e descendo antes de tocá-los. - Machucou a boca? Está inchada e com um leve gosto de sangue.
-Culpa sua. - Ele não responde, apenas volta a beijar e tocar cada parte do meu corpo que ele sabe que me deixa mais enevoada.
-Você quer que paremos por aqui? - Ele pergunta, sua voz abafada pela minha pele conforme ele beija minha cintura. - Ou quer que continuemos?
A boca dele na minha virilha faz meu corpo estremecer, ele passa a língua pela minha coxa e quando está na metade dela ele suga o local.
Ofego quando ele volta a massagear minha intimidade com movimentos circulares e lentos.
-Você precisa responder, minha linda. - Engulo em seco quando ele aumenta a velocidade dos movimentos. - Já é a segunda vez que eu pergunto algo e você não responde, qual é o problema, sabidinha?
-Ahn... - Tento organizar meus pensamentos sabendo que a temperatura do meu corpo tinha voltado a subir, ele passa o dedo pela minha entrada e eu movo meu quadril em busca de mais contato, mas ele afasta o dedo com uma risada. - Eu já disse que te odeio? - Minha voz sai sussurrada, mas sei que ele tinha escutado.
-Anna, aqui não é lugar para termos esse tipo de discussão... outra vez. - Me lembro da nossa discussão sobre nos odiarmos e em como tinha terminado, sinto meu corpo formigar com a lembrança. - Você quer que eu te toque aqui? - Ele pergunta colocando dois dedos na minha entrada e os movimenta devagar.
-N-não. - Respondo sentindo meu corpo tremer e ele para de me tocar na hora, o que faz com que eu solte um resmungo de protesto. - Preciso de mais!
-Não estou entendendo... - Ele comenta em tom provocativo se afastando de mim e eu volto a puxar minha mão.
-Ah, Percy, você vai se arrepender tanto por isso. - Resmungo escutando a risada dele, o corpo dele volta a deitar por cima do meu e dessa vez sei que está totalmente nú.
Visualizo Percy sem roupa nenhuma e me sinto ofegar porque me lembro de todas as nossas escapadas durante essa semana simplesmente porque não conseguia manter minhas mãos longe dele e o mesmo me provocar o tempo todo.
-O que foi, minha linda? - Ele beija meu pescoço e eu solto um gemido baixo quando sinto ele pressionar o membro contra minha intimidade. - Era isso que queria? - Assinto incapaz de falar e levemente irritada comigo mesma por estar deixando ele me torturar dessa forma.
Ele abre meus lábios vaginais com o membro e eu engulo o gemido sentindo ele passar o membro pela minha intimidade sem me penetrar, a boca dele encontra meu seio enquanto ele me tortura ameaçando me pentetrar de tempos em tempos e nunca fazendo nada.
-É sério, eu vou te esfaquear enquanto você dorme. - Falo irritada e ele solta uma risada levando o rosto até meu ouvido.
-Relaxa, meu amor.
Ele me beija ao mesmo tempo em que me penetra e o beijo abafa o gemido que eu não consigo controlar, consigo sentir ele me estimulando tanto no clitóris aumentando o prazer que sinto, puxo minhas mãos novamente sentindo a boca dele no meu pescoço e sinto ele diminuir a velocidade das estocadas, ele tira a máscara do meu rosto e eu pisco tentando me acostumar a ficar sem ela, a primeira coisa que noto é o sorrisinho irritante dele ao me olhar.
Ele morde o lábio inferior abaixando o tronco mantendo nossos rostos próximos, mas sem de fato encostar nossas bocas, os movimentos do quadril dele voltam a ficar mais rápidos e eu ofego puxando meu braços de novo.
-Per-Percy... me solta, por favor. - Peço jogando a cabeça para trás e alcançando os lábios dele, ele me beija e sinto o ritmo dele diminuir, luto contra a votade de protestar sentindo a mão dele subindo pelos meus braços e desfazendo o nó.
Quando estou finalmente livre, pego Percy totalmente desprevenido e giro nossos corpos ficando por cima dele, sorrio ao vê-lo ofegar.
-É hora da vingança? - Ele pergunta segurando minha cintura e me puxando mais para baixo, pra encaixar no membro dele, isso faz com que nós dois soltemos um suspiro.
-Não hoje, amorzinho. - Deslizo ele de volta para dentro de mim e pego as rédeas da situação sentindo a mão dele descer para a minha bunda e me ajudar nos movimentos.
Passo minhas unhas pelo abdômen dele e o vejo grunhir enquanto o local fica vermelho, me deito sobre ele enquanto continuo rebolando e sentindo ele apertar minha bunda com a mesma força que uso para cravar minhas unhas no corpo dele, deixo uma trilha de beijos do canto da boca dele até o pescoço na esperança de que isso abafe os meus gemidos. Ele puxa os fios da minha nuca me fazendo ficar apenas sentada e jogar a cabeça para trás enquanto ele se senta e sua boca dá atenção para os meus seios, ele volta a usar a outra mão para me estimular e eu puxo o rosto dele pra mim para beijá-lo. Ele nos vira novamente ficando por cima sem parar com as estocadas e eu arfo conforme ele vai aumentando seus movimentos indo cada vez mais fundo, sinto ele passar a mão pelos meus dois braços antes de prendê-los ao lado da minha cabeça e entrelaçar nossos dedos, fecho os olhos deixando a cabeça pender para trás.
-Abre os olhos. - Ele pede ofegante e eu faço isso observando os olhos verdes dele muito mais escuros do que normalmente, sinto meu corpo estremecer novamente e Percy nota pois balança a cabeça. - Comigo.
Seguro meu orgasmo o máximo que posso, mas o rosto avermelhado dele perto do meu com a boca vermelha e entreaberta soltando grunhidos faz com que minha missão de esperá-lo para gozar seja muito difícil.
-Agora. - Ele junta a boca na minha quando chegamos ao ápice e sinto meu corpo amolecer embaixo do dele, não muito diferente do que acontece com o dele.
Ele se deita ao meu lado tão ofegante quanto eu e o olho tentando regular a respiração.
-Aonde aprendeu dar nó daquele jeito? - Ele solta uma risada que preenche todo o ambiente e me puxa para perto, beijando o meu nariz.
-Segredo. - Reviro os olhos sentindo o dedão dele passar pelos meus lábios, seus olhos parecem hesitantes.
-O que foi? - Pergunto dando um selinho nele.
-O que acha de andarmos pela praia? - Faço uma careta e quando tento me mover para olhar a hora, ele me impede. - É só pra você respirar um ar puro.
-To respirando muito bem aqui com você. - Ele suspira e passa o nariz no meu, o que me faz sorrir.
-Por favor, uma hora apenas. Eu, você, o mar e as estrelas. - Ele beija meu rosto e me puxa mais para cima dele beijando meu pescoço. - Vamos fazer assim, nós vamos tomar banho e lá eu te convenço.
-Nós vamos tomar banho e você vai tentar me convencer. - Ele solta uma risada e se levanta, me puxando para o colo dele.
-E vou conseguir.
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Me encolho ao notar a sala com os nossos amigos jogados pelo chão, a TV está relativamente alta e todos nos olham quando aparecemos, mas a primeira coisa que noto é o olhar malicioso de Leo.
-Tudo bem? - Piper pergunta e eu vejo Sally abaixando a TV, assinto com a cabeça.
-Vamos dar uma volta na praia. - Percy avisa deslizando a mão até a minha e me puxando até a porta dos fundos que dá para a praia, vejo meu pai fuzilar ele com os olhos.
-Tudo bem, não voltem tarde. - Assentimos e quando estamos prestes a sair, escuto a voz de Leo.
-Cuidado com o atentado ao pudor, a praia é pública! - Olho para Percy em pânico e o mesmo solta uma risada, empurro ele irritada.
-E você acha graça?
-Convenhamos que às vezes você não foi muito discreta, né? - Fecho a minha expressão ignorando a risada dele e quando o mesmo me abraça. - Qualquer coisa eu digo que estava assistindo filme erótico.
-Por que eu te namoro mesmo? - Pergunto e ele me vira pra ele.
-Deixa eu pensar... porque eu sou o amor da sua vida. - Arqueio a sobrancelha.
-Se pensar assim te faz feliz, quem sou eu pra dizer o contrário. - Ele segura meu rosto na direção do dele e eu sorrio antes dele juntar nossos lábios.
Ficamos um tempo namorando na praia, um provocando o outro e olhando o céu que parecia muito mais bonito hoje.
Quando voltamos, eu congelo na varanda pois consigo escutar gritos, Percy larga a minha mão e entra na casa quando meu corpo se recusa a se mexer.
Eu não deveria ter saído do quarto, foi uma péssima ideia pois o dia ainda não terminou.
Minutos depois Percy aparece correndo, o rosto levemente assustado e descrente.
-O que aconteceu? - Pergunto esperando que ele me der a pior notícia do mundo sentindo minhas pernas fraquejarem.
-A Juni... ela... o bebê está nascendo! - Ele abre um sorriso enorme e estica a mão na minha direção. - Vem, amor, não é nada ruim... na verdade, é incrível.
Deixo que me leve até dentro de casa e vejo o caos estalado, Juniper tenta se manter calma mas quando a contração é forte demais ela acaba dando uns gritos que fazem Grover gritar também.
-Vamos levá-los pro carro. - Thalia toma as rédeas da situação e vão andando até a porta da frente.
-É melhor não ir todo mundo. - Will fala quando vê que está todo mundo, menos eu, indo em direção à porta também. - Thalia, eu, Grover que é o pai e a Juniper, óbvio. Tem lugar para mais um em um carro.
Olho para Percy e aperto a mão dele.
-Esse lugar é seu - Murmuro tocando o braço dele. -, afinal é seu sobrinho.
-E você?
-Eu vou dormir, não se preocupe. - Ele solta um suspiro, sem estar convencido, Juniper dá outro grito passando a mão na barriga.
-VAMOS LOGO, INFERNO!
-Eu vou também! - Nico fala e não espera o convite antes de ir até a porta ajudar Grover e Will que estão segurando a Juni.
-Percy - Grover me lança um meio sorriso, mas a expressão deixava claro que estava nervoso. -, fica aqui, está tudo bem, você pode ir depois.
-Tem certeza? - Ele pergunta e Grover assente, os dois se abraçam rapidamente. - Qualquer coisa me liga!
-Pode deixar.
Quando os cinco saem pela porta, os outros tentam agir normalmente mas sei que estão ansiosos porque acaba que eu também estou.
E se algo der errado no parto? E se não estivesse na hora certa?
Largo a mão de Percy e volto para o quarto correndo sentindo vontade de vomitar, o moreno vem atrás de mim e entra no banheiro segundos depois de eu ter vomitado todo o lanche da tarde.
-Anna... - Ele segura meu cabelo conforme dou descarga e me preparo para escovar os dentes. - Vai dar tudo certo.
-Você não sabe disso. - Respondo sentindo o gosto da pasta e meus olhos arderem com as lágrimas.
Termino de escovar os dentes em silêncio e troco minha roupa para um pijama.
-Ei, você não pode pensar sempre! - Ele me impede de deitar fazendo com que eu olhe para ele. - O meu sobrinho ou sobrinha nascer hoje é a melhor coisa que poderia acontecer, porque também é o dia em que o amor da minha vida completa mais um ano e o primeiro ano ao meu lado, eu sei que vai dar tudo certo.
-E se não der?
-Vai dar, na verdade já deu. - Ele segura meu rosto entre as mãos e me beija rapidamente. - Você vai ver quando acordar amanhã, não pense coisas negativas, por favor.
-Eu acho que você deveria ir para o hospital. - Falo e ele balança a cabeça.
-Não vou te deixar sozinha.
Olho para o relógio, 09:32 PM. Um pouco mais de 3 horas para acabar o dia, vou sobreviver.
-Eu estou bem, Percy. - Murmuro voltando a olhá-lo. - Você precisa ser o primeiro a segurar o bebê do Grover... depois dos pais, é claro. Qualquer coisa eu ligo pra você, mas sei que vou dormir tentando pensar positivo.
-Tem certeza mesmo?
-Absoluta. - Beijo ele para que o mesmo saiba que estou falando sério.
-Eu te amo. - Ele fala e eu fecho os olhos respirando fundo ao escutá-lo.
-Eu também te amo. Agora vai ficar com o seu melhor amigo. - Ele me beija antes de sair do quarto.
Vai ficar tudo bem. Coisas ruins acontecem o tempo todo, não tem nada a ver com a data e por isso vai dar tudo certo com o nascimento do bebê., penso e me deito passando a coberta pelo meu corpo, sinto meus olhos pesarem automaticamente. Estou cansada, não do mesmo jeito que estava de madrugada, mas ainda assim cansada o suficiente para dormir rapidamente.
Quando estou quase caindo no sono, escuto a porta se abrir e o peso de alguém em cima de mim, ao mesmo tempo que tenta não pôr tanto peso assim.
Sei que é Percy pois seu cheiro é impossível de não identificar.
-Sou mais do que feliz pela sua existência e espero que um dia você acredite nisso. Feliz aniversário, sabidinha. - Ele sussurra dando um beijo na minha testa e, quando escuto a porta bater, sorrio.
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