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Naquele fim de manhã, Suguru Geto havia ido para a biblioteca mais uma vez, estudar algumas matérias que tinha dificuldade. Afinal, matemática, quimica e física não eram o forte dele.
E o pequeno admirava quem conseguia dar-se bem nelas.
Sentado em uma mesa ao cantinho da parede, de frente a uma partileira de livros antigos e outra mesa redonda atrás de si com um único garoto aparentemente dormindo usando os braços de travesseiro e escondendo o rosto, o ômega concentrado ignorava os poucos alunos presentes na biblioteca, ele tentava resolver um simples exercício matemático.
A cabeça chegava a sair fumaça de tanto que Suguru se esforçava para pensar. Sinceramente, ele odiava aquela maldita matéria e nutria ódio por quem a inventou.
Batendo o ápis na folha do caderno, fazendo um risco surgir, Geto armou um bico frustado e grunhiu irritado.
— Que barulheira.
Uma voz grossa mas sonolenta atraiu a atenção do ômega, olhando para trás, está o garoto que dormia acordado, espreguiçando os braços e bocejando de jeito barulhento. Os cabelos brancos bagunçados e os olhos tentando se acostumar com a iluminação.
Suguru o conhecia bem, inclusive a reputação de bad boy.
Entortando a boca, numa careta de desgosto, o menor volta a tentar resolver a questão, sem pedir desculpas por acordar o outro, ignorando a presença dele.
— Que mal educado da sua parte, acordando os outros e nem pedindo desculpas.
Surpreendido novamente pela voz, cujo dono já estava ao lado de sua mesa, o encarando perigosamente perto demais, Suguru prendeu o ar em susto.
— Me desculpe, mas será que agora pode se afastar? — Recuperado, a mão do ômega empurra o alfa pelo peitoral, mas o maior não move um músculo.
Ignorando, Satoru olha a questão de matemática e ri. Aquilo para ele, era fácil de resolver. Pegando o lápis, sob o olhar incrédulo do menor pela intromissão, em poucos segundos a conta é resolvida.
— Você esqueceu de colocar o valor de X e y.
Uma das coisas que Suguru mais odiava, era sentir-se burro, esquecer de algo básico. Ele baixou a cabeça, sentindo vergonha.
— Obrigado, eu sou péssimo nisso.
Satoru observa a expressão cabisbaixa do menor e sorri, a mão grande do alfa esfrega o topo da cabeça do ômega, desajeitando os longos fios de cabelos. É inconsciente, sem conseguir conter a própria mão.
Uma ideia, para ficar mais próximo do outro, surge em meio a aquela situação oportuna.
— Eu posso ajudar você, em matemática. — Sugere gojo, como quem não quer nada além de ajudar. — Estou livre nos sábados e domingos.
Suguru fica sem reação. É inesperado que um encrenqueiro, bad boy, conhecido por dar em cima de quase todos, estivesse o oferecendo ajuda. Alguma coisa parecia errado ou melhor dizendo, ele queria algo em troca.
— E em troca de me ajudar, você iria querer o que? Sair comigo? — Em tom debochado, Suguru diz, afastando a mão do alfa de sua cabeça.
Satoru gojo parece gostar da ideia debochada e oculta o sorriso malicioso que insistia em tomar seus lábios finos.
— O que? Não. — Era difícil mentir e negar, como se odiasse a ideia e não tivesse interesse no ômega. — Só quero ajudar. Se não quiser, tudo b...
— Eu quero! — Suguru disse ligeiro, as bochechas coradas. As notas dele estavam péssimas na matéria e logo, as provas finais chegariam. — Pode me dar seu número? — Mordendo o canto da boca, perguntou tímido ao de cabelos alvos.
Não escondendo mais o sorriso, Satoru gojo lambe os lábios. Mexendo no bolso da calça, tira um papelzinho em branco, um que pretendia usar mais tarde para escrever outro bilhetinho. Pedindo emprestado o lápis, o número de telefone é escrito.
— Aqui. — Entregando, o alfa assiste eufórico o menor sorrir a si e guardar no caderno o papel.
— Obrigado.
Suguru agradeceu, mas quem agradecia mil vezes mais era Satoru pela oportunidade. A que, ele não desperdiçaria.
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