handporn.net
História Love of my lives (Karamel) - Capítulo 18 - História escrita por AnaWest - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Love of my lives (Karamel) >
  3. Capítulo 18

História Love of my lives (Karamel) - Capítulo 18


Escrita por: AnaWest

Notas do Autor


Oii amores ❤

Iniciando a fase final hoje 💔😭
Espero que gostem ❤

Capítulo 19 - Capítulo 18


Cavalgava sem pressa entre as árvores esperando que Kal-El e meu pai me alcançassem, mas aparentemente algo tinha os destraído lá trás, ou era só eu que de repente corri demais e acabei tomando muita distância. Aqueles momentos fora do palácio eram raros então eu gostava de aproveitar cada segundo da vida do lado de fora.

O vento que batia em meu rosto e trazia o cheiro das árvores, o céu completamente azul ácima de mim, o barulho da água correndo no rio por perto, o som dos pássaros, e a maravilhosa sensação de liberdade que durava pouco. Sempre muito pouco.

- Kara! - Ouvi a voz de meu pai a minha procura - onde você foi parar? - abri a boca para respondê-lo, mas um barulho por perto me assustou. Alguém me observava atrás de uma árvore próxima.


- Quem é você? - Perguntei a senhora de muita idade quando me aproximei um pouco mais. Me perguntava como ela vagava sozinha por ali em um lugar tão deserto tendo aquela idade - o que você quer?

- Não sou ninguém, mas já te vi antes, eu conheci você - ela sorriu e se aproximou ainda mais. Se meu pai e Kal não estivessem tão perto eu com certeza estaria com muito medo. Algo nela era estranho pra mim - você é como poucos são, tem sempre uma nova chance.


- Do que está falando? Eu não te conheço - afirmei confusa. Provavelmente era alguma louca se metendo a amiga da família real. Eu deveria aproveitar que ainda estava montada e dar meia volta com meu cavalo, mas parecendo notar minha intenção ela agarrou uma de minhas mãos e me encarou. Senti uma estranha sensação percorrer meu corpo, mas não conseguia desviar o olhar ou me afastar.

- Seus olhos de cometas, carregam fogo, e o dom da sedução. Foi assim por muitas vidas, e isso é como uma maldição sobre você - falou com uma certeza impressionante em sua voz - seu coração é puro, mas ele estará sempre cercado por dois homens. Eles serão sua perdição. Um pelo desejo, e pelo amor, e o outro pela paixão, e pelo egoísmo.


- Pode me deixar por favor? Eu não acredito nisso - exigi me sentindo mal por aquelas palavras.

- É o seu destino, e ele é lindo, sempre tão lindo, mas também é trágico, tão trágico - parecia ter pena de mim enquanto falava analisando com carinho meu rosto.


- Solte-a já! - Ouvi a voz de meu pai ordenar com a espada em mãos assim como Kal-El, e diversos guardas nos rodearem.

- Nunca terminou bem - ela afirmou sem parecer se importar com a ameaça que sofria - talvez nunca termine - soltou minha mão quando foi puxada a força por um guarda parecendo perturbada ao me encarar - cuidado! Muito cuidado!


- Kara você está bem? - Kal perguntou se aproximando, mas minha cabeça girava confusa demais para respondê-lo - Kara!

Abri meus olhos assustada enquanto era sacudida por Adam. O encarei ainda confusa e entendi que era só um sonho. Um sonho muito estranho. Eu me lembrava perfeitamente de viver aquilo a alguns anos atrás e de como me assustou de certa forma. Por que de repente aquela memória retornou a minha mente após tanto tempo?

- Você está bem? - Adam perguntou.

- Sim - passei as mãos pelos cabelos ainda perplexa - foi só um sonho ruim - expliquei.


- Quer um pouco de água? - Perguntou.

- Não obrigada - neguei me acomodando novamente na cama.


- Quer me contar sobre o sonho? - Me encarou.

- Você acredita em professias, carma, maldições, destino, ou vidas passadas? - Questionei suspeitando da resposta.

- Não - ele não evitou rir - essas coisas são só invenções dos mais velhos para nos fazerem medo - garantiu - você tem medo disso?

- Eu não sei - suspirei - talvez sim.

- Não precisa, sabe o que dizem, princesas tem proteção extra do céu - garantiu se levantando já que o dia amanhecia lá fora.


- Quem diz isso? - Perguntei tentando me lembrar se alguma vez havia ouvido aquilo.

- Eu digo - riu se afastando.

Fazia pouco mais de uma semana desde que voltamos de Krypton e definitivamente aqueles vinham sendo dias tristes. Tudo por causa de Mon-El. Seu irmão havia partido para outro reino em uma viagem com o rei assim que chegamos, e os dias dali em diante foram horríveis. Eu precisava evitá-lo, mas ele parecia estar em todos os lugares com os olhos atentos a mim somente esperando que eu tomasse a decisão de conversar. Eu sabia, ele estava tão triste, abatido, e perdido, como eu. Só me negava a tentar entender quem era o verdadeiro culpado por isso. Antes podia ao menos agradecer por Adam não estar aqui, isso com certeza facilitava as coisas para nós. Mas agora, infelizmente, ele estava de volta, e eu sentia que isso só tornaria tudo mais complicado.

(...)

- Eu senti tanto a sua falta querido - Rhea dizia abraçando o filho mais velho carinhosamente - como foi na viagem? Eu não te vi ontem a noite depois que chegou.

- O de sempre mãe - respondeu tomando um lugar à mesa.


- É isso que tem a dizer? Conquistamos apoio de mais um reino, não é o de sempre Adam, é importante - Lar Gand repreendeu o filho.

- Está bem pai, mas não precisamos falar sobre isso na mesa de café da manhã, não é mesmo? - Retrucou e meus olhos, os da rainha, e os de Mon-El cairam sobre ele surpresos. Duas coisas eram certas sobre Adam, primeiro: ele nunca evitava falar de suas conquistas, principalmente se elas tinham a ver com o reino. E segundo: ele nunca desautorizava seu pai. Isso era bem mais a cara de Mon-El.


- Na verdade não precisamos mesmo, vamos agora mesmo para a sala do trono nos preparar para a reunião do conselho - o rei disse ao se levantar  irritado.

- Eu mal comecei aqui pai - disse frustrado.


- Quando for um rei vai precisar entender que existem prioridades maiores que alimentar-se, vamos - ordenou sem alterar o tom de voz se afastando e Adam o seguiu.

- É impressão minha ou as coisas estão um pouco tensas entre os dois? - Mon-El perguntou sem esconder a diversão com aquilo. Meu coração pareceu saltar do peito ao ouvir sua voz, parecia que havia um século que eu não fazia isso. Céus eu sentia tanta falta dele.


- Cuide da sua vida Mon-El, antes que sobre para você - Rhea pediu ao forçar um sorriso.

- Farei isso agora mesmo mãe - bebeu o resto do suco em seu copo, pegou uvas e um pedaço de bolo e se afastou como se nada estivesse acontecendo.


- Não queira ter filhos querida - a rainha brincou revirando os olhos e eu fingir rir enquanto pensava que realmente não queria mesmo - o que há de errado? Você não tocou na sua comida outra vez - afirmou preocupada. Eu não vinha comendo nada pela manhã graças aos enjoos que me perseguiam durante todo aquele tempo desde Krypton.

- Estou ótima, só fazendo um controle do peso - menti me forçando a beber um pouco de suco para que ela se tranquilizasse e me arrependi no mesmo instante, tudo pareceu se intensificar ainda mais.


- Você não precisa disso, está ótima - garantiu.

- Obrigada, a senhora também - afirmei e ela sorriu me encarando.


- Sabe que isso entre Adam e o pai dele é sua culpa não sabe? - Questionou.

- Minha culpa? Por que? - Não entendi onde ela queria chegar.


- Sim. Sua - riu - eu conheço meu filho e ele está mudado. Mais feliz, mais livre, mais disposto a aproveitar a vida.

- Isso não tem nada a ver comigo senhora - garanti. Eu sabia que Adam estava diferente, mas eu ainda não conseguia acreditar que ele realmente pudesse gostar de mim, até porquê tinha certeza que tais sentimentos nunca seriam correspondidos por mim.


- Tem sim, você o faz bem, eu tenho certeza que em suas mãos Adam será bem melhor algum dia - afirmou.

- Ele não está em minhas mãos - foi a minha vez de rir.


- Por enquanto - deu de ombros encerrando o assunto.  

(...)

- A senhora não está nada bem, talvez devesse ver um médico - Eve me alertou pela centésima vez na última semana.

- Eu estou ótima Eve, deve ter sido algo que eu comi - tentei disfarçar. Eu não sabia mais o que inventar para ela depois de ser pega vomitando tantas vezes ou simplesmente perdendo os sentidos do nada.


- O que a senhora anda comendo a tanto tempo? - Ela cruzou os braços mostrando que já não acreditava mais em mim - eu não quero me meter, mas se está grá... - a interrompi.

- Não termine essa frase, eu devo estar doente, mas grávida não - garanti. Me negava a sequer pensar naquilo durante aqueles dias. Minha vida já não era complicada o suficiente? Por que um bebê seria imposto nela nesse momento? Claramente eu não sabia nem mesmo cuidar de mim.

- Ótimo, então tudo bem eu pedir ajuda? - Perguntou.

- Não! - Neguei me sentando na cama.

- Eu já vi muitas mulheres grávidas, e sei reconhecer uma - afirmou me trazendo água - só falta a senhora aceitar. 

Talvez fosse isso mesmo. Eu só precisava aceitar. Mas como? O que seria da minha vida com um filho agora? Eu mal conseguia chegar a uma conclusão de quem era mesmo o pai desse possível bebê, como poderia criá-lo? Nenhuma criança mereceria uma mãe como eu. Que vivia uma vida dupla, e completamente errada, e que não poderia dar a ele a familia que merecia.

Eu tinha grandes suspeitas de quem seria o pai se estivesse mesmo grávida. Mas e se de repente minhas contas estivessem erradas? Eu não sabia nada sobre isso para ser sincera, e vinha evitando buscar saber a todo esse tempo. Sentia que talvez ignorando isso, deixasse de ser real.

- Tudo bem Eve, talvez eu esteja... - respirei fundo - grávida - completei hesitante - mas eu não quero que ninguém saiba ainda - era arriscado demais expor aquela possível gravidez agora. 

Se o bebê fosse do período antes da luta de Adam e Mon-El significava que era filho de Adam. E se fosse depois disso, no período que Adam estava de cama se recuperando, significava que era de Mon-El. Mas havia um grande obstáculo nesse caso. Eu teria que mentir e deixar que todos acreditassem que engravidei em Krypton. Só assim para Adam não suspeitar de que as datas não batiam quando o bebê nascesse. Céus, que tipo de pessoa era eu? Como eu havia chegado a aquele ponto? Isso ia contra todos meus princípios.

- Tudo bem princesa, eu não entendo seus motivos para esconder algo tão bom de todos, mas eu prometo respeitar - garantiu.


- Eu só não sei bem como lidar com isso ainda - expliquei - eu só tenho dezoito anos Eve, eu não pensei que fosse ser mãe tão rápido após me casar.

- Eu entendo, mas é algo muito recente, a senhora ainda tem muito tempo para aprender a lidar com isso - afirmou.


- Como sabe que é algo recente? - Perguntei em um misto de surpresa e nervosismo.

- É um palpite, a senhora sabe como eu acompanho cada passo da sua vida, sei de tudo que acontece ou deixa de acontecer - explicou.


- Eu preciso ter certeza Eve, sei que é estranho, mas eu gostaria de saber com mais exatidão se estiver mesmo grávida - suspirei.

- A senhora está - reafirmou rindo - e vamos descobrir agora o que quer saber - garantiu.

Não podia negar como de repente me preocupei ainda mais. Estar tão perto de ter certeza era desesperador. Se eu pudesse decidir, qual seria minha escolha para o bebê? Que ele fosse fruto de um casamento que eu nunca quis, firmado em mentiras, injustiças, e traições, mas que talvez por ele eu pudesse tentar fazer dar certo? Ou que ele fosse fruto de meu grande amor, que apesar de agora me fazer sofrer como nunca, havia um dia me ensinado tanto, e me feito tão feliz?

(...)

- Inferno! - A voz de Adam ecoou pelo quarto assim como o barulho da porta que ele bateu. Pareceu não me notar ali na cama o observando e chutou o primeiro móvel que viu em sua frente. Ele havia passado o dia quase todo na reunião do conselho, e provavelmente algo tinha ido mal. Por um segundo havia me esquecido do quanto era ruim estar com eles nesses momentos de fúria, e dessa vez por algum motivo eu temia em dobro - eu não acredito nisso! - sequei as lágrimas que percorriam meu rosto pra que ele não viesse a me questionar sobre isso depois, e em algum tempo ele acabou se virando - ah você está ai... - disse em um tom mais baixo.

- Estou - foi tudo que consegui dizer.

- Desculpe por isso - pediu arrependido tomando um pouco de água e respirando fundo.


- Quer falar sobre isso? - Perguntei e ele balançou negativamente a cabeça. Agradeci mentalmente, eu estava mal demais para cuidar dos problemas dele agora.

- Eu quero só ficar aqui - se aproximou se livrando dos sapatos, subindo na cama e se deitando no meu colo abraçando minhas pernas - só isso... - disse mais calmo fechando os olhos.

(...)

As horas pareciam não passar naquela madrugada fria, enquanto eu não dormia tentando lidar com meus sentimentos. Encarava meu retrato feito por Mon-El sem saber no que pensar. "Você disse que eu não perderia você" foi a última coisa que ele me disse, e era verdade, eu havia garantido aquilo a ele e também a mim mesma. Como de repente toda minha certeza de estarmos sempre juntos foi embora? Aquilo doía tanto. Porquê eu o amava, porquê sabia a verdade sobre ele, porquê não duvidava de seu amor por mim, porquê sabia como errei, e porquê sabia o quanto o magoaria.

Eu me sentia sem chão, não sabia mais em que acreditar, mas era impressionamente a certeza em mim de que ao menos um abraço dele me reergueria. Eu precisava vê-lo, ouví-lo, e sentir que tudo era como antes por um mínimo momento, somente para ter coragem de encarar tudo que a muito tempo deveria ter encarado.

Observei Adam por um tempo me certificando de que ele estava mesmo dormindo e deixei o quarto. Encarei a porta de Mon-El por um segundo, mas soube que não o encontraria ali. Se ele ainda me esperasse, como eu acreditava que esperaria, estaria nesse momento no nosso lugar. Então para lá que eu iria.

Pareci me esquecer de que precisava fazer isso sútilmente e parti apressada até a biblioteca. A primeira vista eu diria que estava vazia, mas restava uma última vela acesa, e ao seu lado lá estavam seus olhos me encarando na escuridão, surpresos e felizes por me verem.

- Eu preciso de você! - Foi tudo que eu disse ao correr em sua direção e ele me recebeu com um abraço - me desculpe, eu acredito em você - respirei mais aliviada enquanto seus braços me envolviam de forma desesperada - eu estava confusa em Krypton, mas no fundo em sabia a verdade no momento em que me explicou. Eu não queria ver, eu não queria acreditar que não havia feito aquilo, porquê era mais fácil assim, porquê eu sabia que isso me tornava uma péssima pessoa pelo que fiz antes - desabafei afobada com as palavras.

- Ei, ei calma - ele se afastou um pouco do meu corpo somente para observar meu rosto, mas suas mãos seguiam em mim - eu sabia que voltaria, eu esperei aqui todos os dias, porquê tinha certeza que não acabou. E tudo bem, eu perdoo você. Eu comecei isso quando tentei te provocar a respeito da Lena, mas eu juro, eu só quero você, eu vou fazer de tudo para consertar isso.

- Você não vai me querer depois de tudo que eu tenho para contar - garanti entre soluços.

- Eu sempre vou querer você - sorriu secando meus olhos - vem, eu quero que se acalme, vamos conversar quando conseguir falar - afirmou me puxando para o sofá e me acomodando em seus braços - não se preocupe, vai ficar tudo bem.



Notas Finais


Eita 😬💔


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...