Você desenhou estrelas ao redor de minhas cicatrizes, mas agora estou sangrando.
Taylor Swift
Com o seu violão em mãos, Taylor tentava compor uma música que viesse de sua alma, que falasse de amor, mas que também falasse de superação. Só que ela não estava conseguindo, e tudo porque estava com ciúmes do seu irmão mais velho com a Tori, da mesma maneira que o loiro sempre teve ciúmes dela com o Lautner. As coisas sempre mudavam, e ela tinha medo de algumas mudanças, sendo a principal delas, ficar longe dos seus pais e do seu ratinho de laboratórios, que seu pai sempre chamava de diabinho do papai. Ao passo que chamava ela de anjinha do papai, e isso até mesmo na sua fase mais rebelde. A loira estava passando por mudanças drásticas demais, e tinha muito medo disso, de mudar. Mudar para pior, não para melhor, e acabar decepcionando as pessoas que ela mais amava, em especial, o seu pai.
Ouvindo o seu estômago roncar feito uma motosserra, Taylor foi fazer um pequeno lanche na cozinha, sendo que ainda nem eram oito horas da noite, eram quase sete, bem na verdade. Ao chegar na cozinha, a loira acabou se lembrando de algumas coisas chatas que Debra lhe disse no passado, sobre ela ser meio gordinha, e que garotas gordas nunca chegam a lugar nenhum. Não que Taylor fosse gordofobica, e nem nada dessa natureza, só que, ela não queria ser gorda, já que mesmo tendo um corpo "normal", e nem um pouquinho padrão, pelos padrões da mídia, a loira já se sentia mal consigo mesma. E depois de muito pensar, ela optou por um copo de água gelada com uma pequena rodela de limão, e uma maçã bem vermelha da cor dos seus lábios, que eram naturalmente vermelhos e bem desenhados, seu rosto em si era pequeno e delicado como o de uma bonequinha, e o seu corpo era de uma menina que ainda nem se conhecia direito, mas que logo iria desabrochar em uma belíssima mulher.
-Oi Porquinha -era o Austin- Tudo bem com você? Parece com fome, e até um pouco pálida. Como se estivesse doente, ou sei lá, Tay. Não gosto de te ver assim, me sinto muito mal com isso.
-Tô bem sim, Ratinho de laboratório -ela se senta a mesa, com muita fome- Sabe, estou me sentindo meio gorda demais, ontem tive uma compulsão, comi vários biscoitos, e eu nem tava com fome, depois me senti culpada, e tudo isso, porque não tô sabendo lidar com as mudanças que vem acontecendo em nossas vidas, e o seu relacionamento em si com a Tori, é a principal delas, Tintin.
-Você devia falar dessa sua compulsão para a mamãe -começa Austin- Já faz tempo que você é assim, se quiser falo com ela pra você, mana.
-Não, e você me prometeu não contar nada a ela -Diz a loira- E muito menos para o papai. Você me jurou isso.
-Está bem -se senta a frente dela a mesa, muito preocupado- Mas conte comigo pra tudo, tá legal?
-Até mesmo depois que a Tori e você se casarem e tiverem um bebê?-ela pergunta meio sem jeito- Não quero ser um estorvo na sua vida.
- Você não é -diz ele, entrelaçando uma de suas mãos com a mão esquerda da mesma-Você jamais será um estorvo para mim, eu te amo de verdade, e isso é pra sempre, Porquinha.
-Eu também te amo muito, Ratinho de laboratório -sorri- Espero de coração, que seja feliz com a Tori, ela é uma garota legal, não é à toa que é uma de minhas melhores amigas.
-Desejo o mesmo para o Lautner e você, e aí dele se te fizer sofrer, Porquinha, pois esqueço que ele é o meu melhor amigo desde o jardim de infância -diz ele, meio sério- E parto a cara dele.
-Ah Austin -suspira- Nunca mude.
-Pode deixar. Não vou mudar, Porquinha, sempre vou te proteger.
Alguns dias depois...
Faltava menos de uma semana para o natal, e Taylor se sentia mal pelo modo que vinha tratando todo mundo, principalmente a Tori, que sempre foi muito legal com ela. Ninguém tinha culpa pelo que Style lhe fez, e não era nada justo, agir como se todo mundo tivesse culpa nisso. E de mas a mas, um dia o seu irmão iria ter de se casar e formar sua própria família, assim como a mesma faria um dia. E Taylor não conhecia ninguém melhor do que a Tori para ser a sua cunhada. Niall estava saindo com a Lindsay e Louis e Lana estavam namorando. Taylor estava recuperando suas notas rapidamente, e ela nem dava mais atenção a Debra, que acabou sendo expulsa do colégio Saint Louis, onde elas estudam por má conduta e comportamento inapropriado com alguns alunos e até mesmo, professores do terceiro ano.
Mas voltando ao presente momento, Taylor apareceu na cantina onde Tori estava sozinha e se sentou a frente da mesma. Tori fez menção de ir embora, mas com apenas um olhar, a loira a convenceu a ficar ali com ela.
-Olha Tori -começa Taylor- Sei que estou agindo feito uma idiota, e não apenas com você, sinto muito por isso. Você é uma de minhas melhores amigas, e sinto a sua falta, me perdoa, por favor.
-Eu também errei feio com você -a castanha suspira- Você sempre pediu para as meninas e eu jamais se envolverem com o Austin, até a Jade já me pediu isso, mas foi mais forte do que eu. Eu realmente amo o Austin, me perdoe por isso, também sinto a sua falta, ainda mais agora com esses malditos hormônios a flor da pele.
-Só se você me perdoar também-elas se abraçam- Te adoro Tori.
-Também te adoro, Tay -ambas estavam chorando de emoção-Espero de coração, que o meu irmão, você e a minha sobrinha sejam felizes juntos.
-Sobrinha? Mas eu ainda nem sei o sexo do bebê, Tay.
-Vai ser menina que eu sei -diz a loirinha, sorrindo- E já vou logo dizendo que o meu lobinho e eu seremos os padrinhos dela, Tori, e eu não aceito um não como resposta.
-Não poderiam ser outras pessoas, além de vocês dois -diz Tori- Obrigada.
-Eu que agradeço.
As duas se abraçam, e finalmente fazem as pazes de vez, depois de quase uma semana, sem se falarem.
...
Já em sua casa, depois de um dia meio chato e emocionante ao mesmo tempo no colégio, Taylor estava com o Lautner fazendo um piquenique bem romântico com ele. Tudo feito por ele, incluindo geleia de morango, a preferida dela, e ela estava amando tudo, principalmente com o Lautner sendo todo atencioso com ela, atento aos mínimos detalhes.
Então, ele tira de seu bolso uma caixinha de veludo azul, e dela tirou um par de alianças de namoro, sendo uma dela, e outra dele. Ela estava encantada com aquilo, com aquele gesto significativo da parte dele e muito.
-Loirinha. Minha Loirinha -começa ele meio sem jeito- Quer ser minha namorada? Digo, quer ser oficialmente a minha namorada?
-Sim -diz ela- Sim, eu quero.
-Minha Loirinha -coloca o anel dourado com a borboleta lilás no dedo dela que faz o mesmo com o anel prateado, e mais simples no dele- Estamos oficialmente namorando agora.
-Te amo -diz o olhando sorrindo e emocionada- Te amo muito, estamos juntos agora?
-Sim, nós estamos -responde-Estamos juntos, sim -ele a deita na grama ficando sobre ela- Te quero para sempre.
-Mas que pouca vergonha é essa aqui no jardim? -era o Austin, fazendo sombra sobre eles- Posso saber?
-Foi mal cara -sai de cima dela, meio envergonhado- Acho que me empolguei demais, quando a pedi em namoro.
-Tô de olho -diz o loiro- Então nada de gracinhas, tá legal? A propósito, também quero participar do piquenique, tô varado de fome.
- Ratinho de laboratório, você tá sobrando aqui -Taylor revira os olhos- Não percebeu isso ainda, não?
-Não - sorri sarcásticamente- Sou seu irmão, e o Lautner, meu melhor amigo, no que eu poderia estar atrapalhando?
-No meu namoro -diz Taylor cruzando os seus braços no próprio peito- Para de ser empata namoro e nos deixe em paz, pode ser? Ou tá difícil?
-Não posso fazer isso -diz Austin, dando de ombros- Sou seu irmão mais velho, quase uma espécie de dama de companhia aos avessos, por isso preciso vigiar vocês, ou acaso quer que eu fale justo agora do seu namoro com o papai?
-Chantagista -poe a língua pra ele- Mas isso vai ter troco, juro que vai.
Mais tarde naquele mesmo dia...
Austin estava tentando dar uns amassos com a Tori, mas a Taylor acabou aparecendo ficando no meio dos dois, com a desculpa de assistir um filme com eles. O que deixou Austin meio irritado, e Tori, desconfortável.
-Porquinha -começa Austin- Não acha que tá na sua hora de dormir, não?
-Acho não, Ratinho de laboratório.
-Na boa Tay -recomeça Austin-Me deixa a sós com a minha namorada.
-Gatinho não seja grosso com a sua irmã -percebe que ele vai para a cozinha- Aproveita e faz umas pipocas pra gente, por favor?
-Mulheres -ele resmunga.
-Xeque mate, maninho.
-O que disse Tay? -pergunta Tori.
-Disse pra você aumentar o volume da TV só mais um pouquinho.
-Está bem, Tay.
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